Help
RSS
API
Feed
Maltego
Contact
Domain > www.youprettynow.com
×
More information on this domain is in
AlienVault OTX
Is this malicious?
Yes
No
DNS Resolutions
Date
IP Address
2025-01-07
18.234.0.229
(
ClassC
)
2025-12-08
3.213.54.155
(
ClassC
)
Port 80
HTTP/1.1 301 Moved PermanentlyServer: awselb/2.0Date: Mon, 08 Dec 2025 22:57:08 GMTContent-Type: text/htmlContent-Length: 134Connection: keep-aliveLocation: https://www.youprettynow.com:443/ html>head>title>301 Moved Permanently/title>/head>body>center>h1>301 Moved Permanently/h1>/center>/body>/html>
Port 443
HTTP/1.1 200 OKDate: Mon, 08 Dec 2025 22:57:08 GMTContent-Type: text/html; charsetutf-8Content-Length: 619995Connection: keep-aliveServer: gunicorn !DOCTYPE html>html langen classh-100> head> !-- Required meta tags --> meta charsetutf-8> meta nameviewport contentwidthdevice-width, initial-scale1> link relicon typeimage/png href/img/favicon_96x96_1.png sizes96x96 /> !-- Bootstrap CSS --> link relstylesheet hrefhttps://cdn.jsdelivr.net/npm/bootstrap@5.1.3/dist/css/bootstrap.min.css integritysha384-1BmE4kWBq78iYhFldvKuhfTAU6auU8tT94WrHftjDbrCEXSU1oBoqyl2QvZ6jIW3 crossoriginanonymous> !-- font awesome --> link relstylesheet hrefhttps://cdnjs.cloudflare.com/ajax/libs/font-awesome/4.7.0/css/font-awesome.min.css> !-- required for additional decoration --> link relstylesheet href/css/styles.css> link relstylesheet href/css/root.css> !-- Optional JavaScript; choose one of the two! --> !-- Option 1: Bootstrap Bundle with Popper --> script srchttps://cdn.jsdelivr.net/npm/bootstrap@5.1.3/dist/js/bootstrap.bundle.min.js integritysha384-ka7Sk0Gln4gmtz2MlQnikT1wXgYsOg+OMhuP+IlRH9sENBO0LRn5q+8nbTov4+1p crossoriginanonymous>/script> !-- Option 2: Separate Popper and Bootstrap JS --> !-- script srchttps://cdn.jsdelivr.net/npm/@popperjs/core@2.10.2/dist/umd/popper.min.js integritysha384-7+zCNj/IqJ95wo16oMtfsKbZ9ccEh31eOz1HGyDuCQ6wgnyJNSYdrPa03rtR1zdB crossoriginanonymous>/script> script srchttps://cdn.jsdelivr.net/npm/bootstrap@5.1.3/dist/js/bootstrap.min.js integritysha384-QJHtvGhmr9XOIpI6YVutG+2QOK9T+ZnN4kzFN1RtK3zEFEIsxhlmWl5/YESvpZ13 crossoriginanonymous>/script> --> title>Lyrics and More/title> script src/js/script.js>/script> /head> body onLoadonLoadAction()> nav classnavbar navbar-expand-lg navbar-light stylebackground-color: #e3f2fd;> div classcontainer-fluid> a classnavbar-brand href/>img src/img/favicon_96x96_1.png width40 height35>/a> button classnavbar-toggler typebutton data-bs-togglecollapse data-bs-target#navbarTogglerDemo02 aria-controlsnavbarTogglerDemo02 aria-expandedfalse aria-labelToggle navigation> span classnavbar-toggler-icon>/span> /button> div classcollapse navbar-collapse idnavbarTogglerDemo02> ul classnavbar-nav me-auto mb-2 mb-lg-0> li classnav-item> a classnav-link href/>Home/a> /li> li classnav-item> a classnav-link href/how_it_works>How it works/a> /li> li classnav-item> a classnav-link href/contact>Contact/a> /li> /ul> form classd-flex methodPOST action/searchartist> div classinput-group col-md-4 ms-2> input namesearch classform-control py-2 me-2 typesearch placeholdersearch artists> span classinput-group-append me-3 stylepadding-top: 2px;> button classbtn btn-outline-success typesubmit>i classfa fa-search>/i> artists/button> /span> /div> /form> div stylemargin: 3px;>/div> form classd-flex methodPOST action/searchlyrics> div classinput-group col-md-4> input namesearch classform-control py-2 ms-2 me-2 titleTo search for an exact phrase, enclose the phrase in double-quotes typesearch placeholdersearch lyrics> span classinput-group-append stylepadding-top: 2px;> button classbtn btn-outline-success typesubmit>i classfa fa-search>/i> lyrics/button> /span> /div> /form> /div> /div> /nav> style> .bkg-index-image { background-image: linear-gradient(to right, rgba(255,255,255, 0.8) 0 100%), url(img/singer_3.jpg); background-size: 600px 480px; background-repeat: no-repeat; background-position: center center; } /style> div classcontainer-fluid stylemin-height: calc(100vh - 120px);> div classrow m-2> div classcol-md-12 rounded> div classm-2> div classcol-md-12> div classborder rounded styleheight: auto; background: #f7f7f7; padding: 2px; margin-top: 1px;> Some of the artists in our database: /div> div classd-flex flex-row flex-wrap bkg-index-image> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/a-cor-do-som titleA Cor do Som é um grupo brasileiro que se criou a partir do séquito de músicos que acompanhavam Moraes Moreira após a sua saída dos Novos Baianos. O A Cor do Som surgiu em 1977, experimentando novos padrões de som, valendo-se das experiências anteriores dos Novos Baianos, Moraes Moreira e de Pepeu Gomes, sendo um movimento pós-tropicalista. Em seu primeiro disco "A Cor do Som" (WEA 1977), tinha como integrantes Dadi, baixo, Mú Carvalho, composição e teclados, Armandinho, composição e guitarra baiana e Gustavo, bateria. A partir do segundo disco "Live In Montreux", Ary Dias, percussão passa a fazer parte da banda, Misturando rock, ritmos regionais e música clássica, adotaram o nome "A Cor do Som" por sugestão de Caetano Veloso, e logo no seu primeiro ano, foram convidados a participar do Montreux Jazz Festival, na Suíça, tornando-se o primeiro grupo musical brasileiro a participar do evento - vale observar que o show em Montreux rendeu um disco ao vivo. Em 1985, o grupo se dissolveu, com alguns componentes - como Armandinho e Mu Carvalho - seguindo carreira solo. Em 1996, o grupo juntou-se novamente para gravar o disco "A Cor do Som Ao Vivo no Circo", recebendo o prêmio Sharp de melhor grupo instrumental. Em 2005, com a formação original, o grupo apresentou-se no Canecão, no Rio de Janeiro. O show contou com a participação especial de Caetano Veloso, Daniela Mercury, Moraes Moreira, Davi Moraes e o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, além dos músicos Nicolas Krassic (violinno), Nivaldo Ornelas (sax soprano), Marcos Nimrichter (acordeom e teclados), Jorge Helder (baixo acústico, violão e baixolão), Jorginho Gomes (bateria e percussão), Marco Túlio (flauta), Francisco Gonçalves oboé), Bernardo Bessler (violino), Marie Cristine (viola) e Marcio Mallard (cello). O espetáculo, gravado ao vivo, gerou o CD e DVD "A Cor do Som Acústico", lançado no mesmo ano com produção musical de Sérgio de Carvalho. Em 2006, foi contemplado com o prêmio Tim de Melhor Grupo, na categoria Canção Popular, pelo CD "A Cor do Som Acústico".> A Cor Do Som /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/adoniran-barbosa titleAdoniran Barbosa nasceu em 06 de agosto de 1910, em Valinhos, SP. foi um colecionador nato de apelidos. Seu verdadeiro nome era João Rubinato - mas cada situação por ele vivida o transformava num novo personagem numa nova história. Ele nos conta a vida de um típico paulistano, filho de imigrantes italianos, a sobrevivência do paulistano comum numa metrópole que corre, range e solta fumaça por suas ventas. Através de suas músicas, canta passagens dessa vida sofrida, miserável, juntando o paradoxo bom humor / realidade - para quê lamúrias? Tirou de seu dia a dia a idéia e os personagens de suas músicas. Iracema nasceu de uma notícia de jornal - quando uma mulher havia sido atropelada na Avenida São João. Adoniran nasceu e morreu pobre - todo o dinheiro que ganhou gastou ajudando ou comemorando sucessos com os amigos - seu combustível era a realidade - porque então querer viver fora dela? Talvez soubesse que o valor maior de suas canções eram interpretações como a de Elis ou Clara Nunes. Foi um grande colecionador de amigos, com seu jeito simples de fala rouca, contador nato de histórias, conquistava o pessoal do bairro, dos freqüentadores dos botecos onde se sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o único verdadeiro samba de São Paulo. Mais do que sambista, Adoniran foi o cantor da integridade.> Adoniran Barbosa /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/adriana-calcanhoto titleOH, ainda não possuímos essa biografia!Que tal nos enviar essa biografia? Além de ficarmos muito felizes, não esqueceremos de por seu nome nas contribuições ;DEnviar biografia de Adriana Calcanhoto> Adriana Calcanhoto /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/agepe titleAgepê, nome artístico de Antônio Gilson Porfírio, (Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1942 — 30 de agosto de 1995) foi um cantor brasileiro. O nome artístico decorre da pronúncia fonética das iniciais do nome verdadeiro "AGP". Antes da fama, foi técnico projetista da extinta Telerj, a que abandonaria para se dedicar à carreira artística. A carreira fonográfica teve início em 1975 quando lançou o compacto com a canção Moro onde não mora ninguém, que seria regravada posteriormente por Wando, mas o sucesso veio na verdade nove anos depois, com o estrondoso sucesso de Deixa eu te amar, que fez parte da trilha sonora da telenovela Vereda Tropical, de Carlos Lombardi. O disco Mistura Brasileira, que continha esta canção, foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas (vendeu um milhão e meio de cópias). A carreira destacou-se por um estilo mais romântico, sensual e comercial, em que fez escola. Foi integrante da ala dos compositores da Portela, contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião e teve no compositor Canário o mais freqüente parceiro. Na sua voz tornaram-se consagradas inúmeras composições da autoria, como Menina dos cabelos longos, Cheiro de primavera, Me leva, Moça criança dentre outras. Morreu de cirrose aos cinqüenta e três anos de idade.> Agepe /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/alceu-valenca titleAlceu Paiva Valença (São Bento do Una, 1 de julho de 1946) é um cantor e compositor brasileiro. Seu disco de estréia foi gravado em parceria com Geraldo Azevedo. Nasceu no interior de Pernambuco, nos limites do sertão com o agreste. É considerado um artista que atingiu maior equilíbrio estético entre as bases musicais nordestinas com o universo dos sons elétricos da música pop. Influenciado pelos negros maracatus, cocos e repentes de viola, Alceu conseguiu utilizar a guitarra, - que chegou a galope montada nas costas do rock and roll de Elvis - com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico nas suas canções. Por conta disso, conseguiu dar nova vida a uma gama de ritmos regionais, como o baião, coco, toada, maracatu, frevo, caboclinhos e embolada e repentes cantados com bases rock'n'roll. Sua música e seu universo temático são universais, mas a sua base estética está fincada na nordestinidade. O envolvimento de Alceu com a música começa na infância, através dos cantadores de feira da sua cidade natal. Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês, três dos principais irradiadores da cultura musical nordestina, foram captados por ele pelos nostálgicos serviços de alto-falante da cidade. Em casa, a formação ficou por conta do avô, Orestes Alves Valença, que era poeta e violeiro. Aos 10 anos vai para Recife, onde mantém contato com a cultura urbana, e ouve a música de Orlando Silva e Dalva de Oliveira, alternando com o emergente e rebelde ritmo de Little Richard, Ray Charles e outros ícones da chamada primeira geração do rock'n'roll. Recém-formado em Direito no Recife, em 1969, desiste das carreiras de advogado e jornalista - trabalhou como correspondente do Jornal do Brasil - e resolve apostar no talento e na sensibilidade artística. Em Recife, a profusão de folguedos vindos de todas as regiões do estado, notadamente no carnaval, onde até hoje os grupos se confraternizam, seria decisiva na solidificação de uma das mais febris personalidades da música brasileira. Inerente a sua obra, o sentido cosmopolita de fazer arte, de forma direta e que refletisse a sua vivência e bagagem cultural de homem nordestino, sua história, seu povo e as novidades da música. A partir daí, o mago de Pernambuco amadurece a idéia de colocar a guitarra e o teclado nessas vertentes da música da sua região. A atitude em si não é novidade visto que os tropicalistas já tinham fundido o baião de Luiz Gonzaga com as guitarras. Alceu, entretanto foi mais fundo: pesquisou duplas de emboladores como Beija Flor e Treme Terra, Geraldo Mouzinho e Caximbinho, embolou-se com os maracatus de Pernambuco, bebeu na fonte dos aboios mouriscos, dos pífanos, rabecas e pandeiros, cozinhou tudo na panela do rock, e o resultado é uma obra atemporal, de qualidade. Em 1971, vai para o Rio de Janeiro com o amigo e incentivador Geraldo Azevedo. Começa a participar de festivais universitários, como o da TV Tupi com a faixa Planetário. Nada acontece. Nenhuma classificação, pois a orquestra do evento não conseguiu tocar o arranjo da canção.> Alceu Valença /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/alcione titleDesde pequena, graças ao pai policial e integrante da banda de sua corporação, João Carlos Dias Nazareth, inserida no meio musical maranhense, Alcione fez sua primeira apresentação já aos doze anos. Fez o curso normal, formando-se em magistério. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1967, trabalhando na TV Excelsior. Após ter feito excursão por países da América do Sul, morou na Europa por dois anos. Voltou ao Brasil em 1972 e três anos depois ganhou o primeiro disco de ouro através do primeiro LP, A voz do samba (1975). Identificando-se com o samba, desde cedo tornou-se fervorosa simpatizante da Mangueira, Escola que reunia grandes sambistas na capital do Rio. Ganhou o apelido de Marrom, com o qual também é conhecida, e o primeiro grande sucesso foi Não deixe o samba morrer, de Edson e Aluísio, no repertório do primeiro LP. Em mais de três décadas de carreira, ganhou prêmios de dezenove discos de ouro, dois de platina e um duplo de platina; por dois anos consecutivos, ganhou o prêmio Tim na categoria melhor cantora de samba, entre 2004 e 2005. Além de Não deixe o samba morrer, foram consagradas na voz de Alcione inúmeras canções, como: Sufoco, Gostoso veneno, Rio Antigo, Nem morta, Garoto maroto, A profecia, Delírios de amor, Uma nova paixão, Depois do prazer, Enquanto houver saudade, Estranha loucura, Faz uma loucura por mim, A loba, Retalhos de cetim, Qualquer dia desses, Pode esperar, O que eu faço amanhã, O surdo, Pior é que eu gosto, Meu vício e você, Pandeiro é meu nome, Você me vira a cabeça, Quem de nós, Mineira, Meu ébano, dentre muitas outras. Alcione é moradora do condomínio Village Marapendi, no bairro de Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro. Prêmios e homenagens Considerada um dos orgulhos do Maranhão, a cantora Alcione recebeu várias homenagens não apenas na sua terra natal como em diversas partes do Brasil. Apenas para citar as mais importantes, veja: Alcione virou nome de um importante teatro, localizado no centro histórico de São Luís, sua terra natal; Em 2003 foi inaugurado, também em São Luís, o Elevado Alcione Nazareth, um importante viaduto que liga os bairros Ipase e Vila Palmeira. No Rio de Janeiro, foi tema de samba-enredo em 1994 da escola de samba Unidos da Ponte, com o enredo Marrom da cor do samba, embora a cantora se declare amante da escola de samba Mangueira. Alcione recebeu diversos prêmios ao longo da carreira, dos quais vários discos de ouro e platina. Uma prova disso, desde de o início do Prêmio Tim de Música que ela sempre é eleita como a melhor cantora de samba, fazendo parte também do ABC da Música composto por: A:Alcione, B: Beth Carvalho e C:Clara Nunes. Discografia Universal Music / Philips A Voz do Samba (1975) Morte de um poeta (1976) Pra que chorar (1977) Alerta geral (1978) Gostoso veneno (1979) E vamos à luta (1980) Alcione (1981) Dez anos depois (1982) Sony BMG / RCA Vamos arrepiar (1982) Almas e corações (1983) Da cor do Brasil (1984) (Ouro) Fogo da vida (1985) (Ouro) Fruto e raiz (1986) (Platina) Nosso nome: resistência (1987) (Platina) Ouro & Cobre (1988) (Ouro) Simplesmente Marrom (1989) (Ouro) Emoções Reais (1990) Promessa (1991) Pulsa, coração (1993) (Ouro) Brasil de Oliveira da Silva do Samba (1994) (Ouro) Profissão: Cantora (1995) Tempo de Guarnicê (1996) Universal Music / Polygram Valeu - Uma Homenagem à Nova Geração do Samba (1997) (Ouro) Celebração (1998) (Ouro) Claridade (1999) (Ouro) Nos Bares da Vida (2000) - ao vivo (Platina) A Paixão tem Memória (2001) (Ouro) Indie Records Ao Vivo (2002) (Platina) Ao Vivo 2 (2003) (Platina) Alcione - Duetos(2004) Faz Uma Loucura por Mim (2004) (Platina) Faz Uma Loucura por Mim - Ao Vivo (2005) Novo Millenium - ALCIONE(2005) Maxximum - Alcione(2005) Alcione e Amigos(2005) Uma Nova Paixão (2005) (Ouro) Uma Nova Paixão - Ao Vivo (2006) (Ouro) Novelas(2006) Coleções - Grandes Sucessos de Alcione(2007) De Tudo Que eu Gosto(2007) Raridades(2008)> Alcione /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/aldir-blanc titleCarioca do Estácio, Aldir Blanc começou a compor na adolescência, época em que também aprendeu a tocar bateria. Foi como baterista que tocou no Teatro Azul e participou do grupo Rio Bossa Trio, que mais tarde virou GB-4. Nos anos 60 estudou medicina na universidade, especializando-se em psiquiatria. Aldir Blanc nasceu no Rio de Janeiro, no dia 02 de setembro de 1946. Aldir é um compositor e escritor brasileiro. Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como "Bala com Bala" (sucesso na voz de Elis Regina), "O Mestre-Sala dos Mares", "De Frente Pro "e "Caça à Raposa". Uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é "O Bêbado e a Equilibrista", que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Em um de seus versos, "sonha com a volta do irmão do Henfil", faz-se referência ao sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, que na época estava em exílio político no exterior. Em 1968, compôs com Sílvio da Silva Júnior "A noite, a maré e o amor", música classificada no "III Festival Internacional da Canção" (TV Globo). No ano seguinte, classificou mais três músicas no "II Festival Universitário da Música Popular Brasileira": "De esquina em esquina" (c/ César Costa Filho), interpretada por Clara Nunes; "Nada sei de eterno" (c/ Sílvio da Silva Júnior), defendida por Taiguara; e "Mirante" (c/ César Costa Filho), interpretada por Maria Creuza. Em 1970, no "V Festival Internacional da Canção" classificou-se com a composição "Diva" (com César Costa Filho). Neste mesmo ano, despontou seu primeiro grande sucesso, "Amigo é pra essas coisas" em parceria com Sílvio da Silva Júnior, interpretado pelo grupo MPB-4, com o qual participou do "III Festival Universitário de Música Popular Brasileira". Sua canção "Nação" (c/ João Bosco e Paulo Emílio), gravada em 1982 no disco de mesmo nome. foi grande sucesso na voz de Clara Nunes. Em 1996 foi gravado o disco comemorativo Aldir Blanc -50 Anos, com a participação de Betinho ao lado do MPB-4 em O Bêbado e a Equilibrista no disco comemorativo. Esse disco apresenta diversas outras participações especiais, como Edu Lobo, Paulinho da Viola, Danilo Caymmi e Nana Caymmi. O álbum demonstra, também, a variedade de parceiros nas composições de Aldir, ao unir suas letras às melodias de Guinga, Moacyr Luz, Cristóvão Bastos, Ivan Lins e outros. Outro parceiro notável é o compositor Guinga, com quem fez, dentre muitas outras, "Catavento e Girassol", "Nítido e Obscuro" e "Baião de Lacan". Também em 1996, Leila Pinheiro lançou o disco Catavento e Girassol, exclusivamente com canções da parceria de Aldir Blanc com Guinga. No disco há uma homenagem a Hermeto Pascoal, com a música "Chá de Panela", que diz que "foi Hermeto Pascoal que, magistral, me deu o dom de entender que, do riso ao avião, em tudo há som". Em 2000, participou como convidado especial do disco do compositor Casquinha da Portela, interpretando a faixa "Tantos recados" (Casquinha e Candeia). Publicou, em 2006 o livro "Rua dos Artistas e transversais" (Editora Agir), que reúne seus livros de crônicas "Rua dos Artistas e arredores" (1978) e "Porta de tinturaria" (1981), e ainda traz outras 14 crônicas escritas para a revista "Bundas" e para o "Jornal do Brasil". A mistura mineiro/carioca de João Bosco e Aldir Blanc foi, com certeza, uma das mais bem sucedidas parcerias da MPB. Lançados por Elis Regina, na década de 70, o engenheiro João e o Psiquiatra Aldir formaram uma dupla imbatível de repórteres de uma época. João tentou Vinícius, mas a parceria não decolou. Aldir compôs com Ivan Lins e Gonzaguinha - mas a cadência não batia. Apresentados por um amigo comum, encontraram, finalmente a combinação perfeita. Nessa época, João Bosco estava passando férias no Rio. Como ainda estavam estudando, a parceria foi montada por correspondência - Aldir mandava as letras para Ouro Preto (onde João fazia sua faculdade de engenharia) e, nas férias, juntavam-se para cantar, jogar sinuca e compor. Até que um dia Aldir mandou a letra de Agnus Sei. E a parceria se consolidou, com uma gravação, prêmio de um pasquim carioca. O Brasil ouviu, e Elis gravou em 72. A genialidade da dupla está na perfeição de versos e melodias, na história do homem comum que tem sua glória de 15 minutos estampada no jornal, ou no bar da esquina. Ficaram anos sem compor juntos. João Bosco vinha fazendo parcerias constantes com Abel Silva e Aldir voltou com a renovação da música de Guinga, e em novas parceiras com Moacyr Luz. Em 2006 Aldir nos presenteia com um disco todinho cantado, gravado entre setembro e outubro de 2005. “Vida Noturna” (Lua Music), este é o nome do disco que já nasce com o mérito inestimável de re – unir, depois de mais de 20 anos, uma das parcerias mais bem sucedidas da música brasileira: Aldir Blanc e João Bosco. João e Aldir cantam juntos a música que dá nome ao disco e, também, “Me dá a penúltima”, ambas compostas por eles, a primeira gravada em 1976, em “Galos de Briga”, e a segunda em 1977, em “Tiro de Misericórdia”, discos de João. No disco – um projeto do compositor e cantor Moacyr Luz – Aldir é acompanhado pelo piano de Cristóvão Bastos e pelo violão de João Lyra. Este último cede seu lugar a João Bosco nas faixas já citadas, a Hélio Delmiro em “Constelação maior”, na qual o violonista e guitarrista é parceiro de Aldir, e a Guinga, em “Cordas”, uma já conhecida composição dos dois gravada por Leila Pinheiro em 1996. Esta é a tônica do disco. Um acompanhamento enxuto, sensível, fazendo a cama perfeita para o cantar, às vezes doce, às vezes amargo, às vezes sincopado e sempre preciso do poeta cantor.> Aldir Blanc /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/almir-sater titleNatural do Mato Grosso do Sul, tocava violão desde criança, mas só foi descobrir a viola caipira - instrumento que o celebrizou - no Rio de Janeiro, aonde foi estudar Direito. Desistiu de ser advogado e foi ter aulas com o violeiro Tião Carreiro. Mais tarde voltou para Campo Grande e formou a dupla Lupe e Lampião. Em 1979 foi para São Paulo e passou a acompanhar cantoras como Tetê Espínola e Diana Pequeno, além de integrar o show " Vozes & Violas". Seu primeiro disco, "Almir Sater", saiu pela Continental em 1981, sendo logo seguido por "Doma", pela RGE. Três anos depois montou a Comitiva Esperança, que viajou pelo pantanal mato-grossense pesquisando a música e os costumes da região. Depois de lançar outros discos e abrir o Free Jazz Festival de 1989, Sater atuou na novela "Pantanal", da TV Manchete, que o projetou nacionalmente, junto com sua música. Em seguida, continuou como ator, estrelando "Ana Raio e Zé Trovão", da mesma emissora. Afastou-se das novelas para se dedicar mais à música, lançando "Terra de Sonhos" em 1994, mas dois anos mais tarde voltou a atuar em "O Rei do Gado", da TV Globo. Almir Sater volta à cena em 2006, com o CD “Um Violeiro toca”, um resumo de seus 25 anos de carreira. Destaque para a música-título do disco "Um Violeiro Toca" e o sucesso "Tocando em Frente".> Almir Sater /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/altemar-dutra titleIniciou sua carreira na Rádio Difusora de Colatina, no Espírito Santo, localidade para onde sua família havia-se mudado, cantando uma música de Francisco Alves. Antes de completar sua maioridade, seguiu para o Rio de Janeiro, levando uma carta de apresentação para o compositor Jair Amorim, que o encaminhou a amigos do meio artístico. Tentou a sorte como crooner em boates e casas de espetáculos. Gravou seu primeiro disco na Tiger, com "Saudade que vem" (Oldemar Magalhães e Célio Ferreira) e "Somente uma vez" (Luís Mergulhão e Roberto Moreira). Por volta de 1963, foi levado por Jair Amorim para o programa Boleros Dentro da Noite, na Rádio Mundial, e no mesmo ano Joãozinho, do Trio Yrakitan, levou-o para a Odeon, onde foi contratado. Logo atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso com Tudo de mim (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), tornando-se conhecido em todo o Brasil. Em 1964 gravou com grande sucesso Que queres tu de mim, O trovador, Sentimental demais e Somos iguais (todas de Evaldo Gouveia e Jair Amorim). Destacou-se também na América Latina, fazendo apresentações em vários países e gravando um LP com Lucho Gatica: El bolero se canta así. Com suas versões em espanhol, chegou a vender mais de 500 mil cópias na América Latina. Depois de ter dominado as paradas de sucesso locais, a partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos EUA. Em pouco tempo tornou-se um dos mais populares cantores estrangeiros nos EUA. Apresentava um show para a comunidade latino-americana, no clube noturno "El Continente", em Nova Iorque, quando faleceu aos 43 anos, de derrame cerebral. Foi casado com a cantora Marta Mendonça, tendo dois filhos, Deusa Dutra e Altemar Dutra Júnior, este também a seguir carreira artística.> Altemar Dutra /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/amado-batista titleAmado Batista veio de uma família muito humilde. Nasceu em uma fazenda em Davinópolis/GO na época distrito de Catalão/GO, aos 3 meses se mudou para a cidade de Itapuranga/GO. A viagem foi feita de trem com toda a família e a mudança foi em carro de boi, chegaram só 60 dias depois. Até os 14 anos, Amado e sua família eram agregados de fazendeiros e trabalhavam na roça. Plantavam de tudo, verduras, frutas e davam uma parte da colheita para os fazendeiros, em troca tinham uma casinha para morar. De ano em ano ia na cidade. Amado tem 12 irmãos. Amado é o caçula dos homens. Perdeu seu pai em 1965. Nessa época se mudou para Goiânia. A vida na cidade grande foi difícil, no começo Amado trabalhava como faxineiro em uma loja de camisas, onde aprendeu a pregar botão, coisa que não esqueceu até hoje. Depois ele foi catador de papel de rua. Desde criança Amado Batista sonhava em ter uma bicicleta, sempre ficava olhando as pessoas na rua andando, foi uma vontade tão grande, de não poder ter uma, que hoje Amado tem 14 bicicletas (é claro que distribuidas em todos os lugares onde gosta de descansar e divertir com seus filhos). Quando morava em Goiânia, Amado Batista era muito satirizado pelas pessoas, porque não sabia falar direito, também tinha morado apenas na roça, realmente era muito caipira. Desde pequeno adorava música, aos 6 anos ganhou uma gaita de um amigo do irmão dele e nunca mais parou de tocar. Aprendeu a tocar violão com 15 anos, pegava emprestado do seu irmão e tocava para as pessoas na cidade. Era fã de Roberto Carlos, dos cantores da Jovem Guarda e dos Beatles. Sempre sonhando com a música, enquanto trabalhava em uma livraria, juntou todo o dinheiro que tinha (férias, décimo terceiro) e montou uma loja de discos na estação rodoviária de Campinas, bairro de Goiânia, chamada "RC 7". Colocou seu irmão para tomar conta enquanto trabalhava na livraria. Com o dinheiro comprava mais discos. Assim sua loja foi crescendo e foi através dela que Amado conheceu vários artistas e pessoas importantes de gravadoras. Na época da Ditadura Militar foi preso pela Polícia Federal e recolhido no Batalhão do Exército, por conhecer pessoas que eram contra o governo. Ficou 2 meses em reclusão. Foi a pior coisa que ele passou na vida, foi torturado, não o deixavam dormir. Em 1975 gravou seu primeiro disco pela gravadora "Chororó". Foi para São Paulo de carona com Ari Gonçalves, que era famoso como cantor. Também usou o mesmo estúdio do Ari para gravar, mas não obteve sucesso com o disco. Neste mesmo ano conheceu Reginaldo Sodré, compuseram juntos a música "Desisto", o sucesso não poderia vir de outro nome, e Amado tinha certeza que iria dar certo. Daí até conseguir gravar foram vários obstáculos: O dono da gravadora Chororó não acreditava que Amado poderia fazer sucesso com aquela música, afinal o disco anterior foi um desastre. Mas por intermédio de Isis, filha do dono da gravadora, Amado conseguiu gravar. Bom... foi um estouro, mais de 100.000 de discos vendidos. O maior sucesso. Como o disco não tinha foto, ninguém sabia quem realmente era Amado. Ele que continuava com sua loja, vendia os seus próprios discos e ninguém o reconhecia, mas faziam filas enormes para comprar o disco. Depois do sucesso do primeiro disco, as gravadoras grandes começaram a procurar Amado Batista. Ele assinou contrato de 4 anos com a Continental . Ganhou um prêmio de disco mais vendido do ano. A gravadora acreditava que o disco venderia apenas 100.000 cópias. Mas o novo disco lançado em 78 chamado "Sementes de Amor" com a música "Amor Perfeito", vendeu 1 milhão de cópias. Faz 29 anos e essa música vende até hoje. Amado Batista viajou o Brasil inteiro fazendo divulgação. A partir daí Amado passou a ser conhecido, ia sempre no programa do Chacrinha junto com grandes nomes como Roberto Carlos, Sidney Magal, Jerry Adriani, Giliard, Silvio Brito, Carlos Alexandre e outros. Ganhou 5 discos de platina, todos entregues por Chacrinha. Foi o grande apresentador que lhe entregou o disco de diamante, inventado na época para homenagear Amado, que tinha vendido mais de 1 milhão de cópias.> Amado Batista /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ana-carolina titleAna Carolina Souza (Juiz de Fora, 9 de setembro de 1974) é uma cantora, compositora, arranjadora e instrumentista brasileira. Carreira A sua influência musical vem do berço. Sua avó cantava em rádio, seus tios-avós tocavam percussão, piano, cello e violino. Ana Carolina cresceu ouvindo ícones da música brasileira Chico Buarque, João Bosco, Maria Bethânia; na sua preferência internacional destaca-se Nina Simone, Bjork e Alanis Morrissete. Ainda na adolescência, iniciou a carreira de cantora apresentando-se em bares de sua cidade natal. Com a finalidade de fazer da música uma profissão, Ana deixa o curso de Letras e segue para o Rio. Em um show no Mistura Fina, Luciana De Moraes (filha de Vinícius de Moraes) encanta-se com a sua voz grave e cheia de melodia. Resultado, em apenas 15 dias, a jovem e promissora cantora assinou um contrato com a bmg. Assim, em 1999, chega ao público de todo o Brasil o CD “Ana Carolina”. O CD é uma verdadeira obra de arte, resgasta os clássicos antigos da MPB (“Beatriz”, “Alguém me disse” e “Retrato em branco e preto” de Chico Buarque) passa pelo Pop de Lulu Santos (“Tudo bem”) e revela Ana Carolina como compositora (“A canção tocou na hora errada”, “Trancado”, “Armazem” e “O avesso dos ponteiros”) e também a Totonho Villeroy (“Garganta” e “Tô saindo”), que passa a ser o seu grande parceiro em composições. Foi através desse CD que Ana Carolina foi indicada ao Grammy Latino.> Ana Carolina /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/antonio-marcos titleAntônio Marcos Pensamento da Silva, ou Antônio Marcos (São Paulo, 8 de novembro de 1945 — São Paulo, 5 de abril de 1992) foi um ator, compositor, violinista, humorista e cantor brasileiro. Trabalhou como office-boy, vendedor de varejo e balconista de loja de calçados, passando pelos programas de calouros, para chegar ao rádio e finalmente à televisão. De 1960 a 1962, destacou-se no programa de Estevam Sangirardi, cantando, tocando violão e fazendo humorismo. Em 1967 integrou o coral Golden Gate e atuou nas peças Pé Coxinho e Samba Contra 00 Dólar, de Moraci do Val, no Teatro de Arena. Convidado por Ramalho Neto, gravou seu primeiro disco pela RCA, como integrante do conjunto Os Iguais, tornando-se logo solista e fazendo sucesso com a música Tenho Um Amor Melhor Que O Seu (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), que reapareceu em seu primeiro LP e vendeu mais de 300 mil exemplares. A partir daí, seguiram-se outros sucessos, como Oração De Um Jovem Triste (Alberto Luís) e Como Vai Você (com Mário Marcos). Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme Pais Quadrados... Filhos Avançados (1970), participando também de Som, Amor E Curtição (1972) e de outros, além de atuar em peças teatrais, como Arena Conta Zumbi (Teatro de Arena, direção de Augusto Boal, 1969) e Hair (Teatro Aquarius, direção de Altair Lima, 1970). Atingiu seu maior sucesso em 1973, com O Homem De Nazaré (Cláudio Fontana). Um de seus últimos sucessos foi a canção-tema de O Profeta, telenovela da TV Tupi na qual participava sua futura esposa Débora Duarte. Já casado com a atriz, participaria com ela da telenovela da TV Bandeirantes, Cara a Cara, na qual também interpretava a canção-tema. Tem oito LPs em português e quatro em castelhano, além de gravações feitas no exterior. Em 1991 pretendia lançar um LP contendo uma versão de Imagine, de John Lennon, mas Yoko Ono, viúva de John, vetou a versão, o que, aliado à falência da gravadora (Esfinge), impediu o lançamento do disco. Morreu vítima de complicações resultantes do alcoolismo. Após sua morte, foram lançados os CDs Acervo (1994, coletânea RCA/BMG) e Aplauso (1996, coletânea RCA/BMG). A música Como Vai Você foi regravada pela intérprete Daniela Mercury. Foi casado com Vanusa — com quem teve as filhas Amanda e Aretha — com Débora Duarte — com quem teve Paloma Duarte.> Antonio Marcos /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/arnaldo-baptista titleArnaldo_Baptista (BRA) - MPB rnaldo Dias Baptista nasceu em 6 de Julho de 1948, em São Paulo. Já em 1962, completamente tomado pela febre do rock'n'roll, Arnaldo formou juntamente com seu irmão Cláudio César e o amigo Rafael o grupo The Thunders. Em 1968, juntamente com seu irmão Sérgio e Rita Lee, formou Os Mutantes. Onde Arnaldo acabou se tornando o principal líder, arranjador e compositor. Após vários problemas e discussões internas, Arnaldo decidiu abandonar o grupo em 1973. Em julho do mesmo ano Arnaldo fez sua estréia solo no Festival de São Lourenço. Ainda em 1973, Arnaldo, resolveu virar produtor musical e chegou a produzir o primeiro compacto da banda Joelho de Porco "Se Você Vai De Xaxado, Eu Vou De Rock'n'Roll/Fly América". Infelizmente nem o compacto e nem a carreira de Arnaldo como produtor acabaram decolando. Já em 1974, lançou o Lp "Loki?". Um álbum que trouxe um Arnaldo amargurado, sofrido, alucinado, porém, não menos genial. Arnaldo pareceu querer mostrar aquelas canções sofridas e amarguradas para o mundo, como se isso fosse aliviar seu próprio sofrimento. No decorrer das 10 faixas, ficou evidente que a maioria das canções, tinham como tema central seu tempestuoso relacionamento com Rita Lee. Gravado em poucas sessões e praticamente ao vivo em estúdio, o álbum contou com a participação do velho amigo e maestro Rogério Duprat nos arranjos, Liminha no baixo, Dinho na bateria e surpreendentemente Rita Lee nos backing vocals de duas canções. Aliás, essa "visita" de Rita aos estúdios só ajudou a piorar ainda mais as crises depressivas e atitudes estranhas de Arnaldo. Ainda mais quando ele descobriu que Rita já o havia "trocado" por Andy Mills (técnico de som do cantor Alice Cooper). Ignorado na época por crítica e público, o álbum com o passar dos anos foi finalmente sendo reconhecido com uma marco único na música brasileira. Nunca um LP foi tão confessional e lírico ao mesmo tempo. Onde o humor, a loucura e o sarcasmo se apresentam em doses exatas. Um álbum mais atual do que nunca. Para poucos, pois poucos tiveram a sensibilidade de sentir o que Arnaldo estava passando naquele momento. Um disco que pode ser resumido na trilha sonora de dor, mais absurdamente exposta que já se ouviu. Um marco não só do rock brasileiro, mas sim um marco da música brasileira num todo. No ano de 1976, Arnaldo formou o grupo Arnaldo e Phoenix. O grupo, do qual hoje o próprio Arnaldo não se lembra, chegou a ser convidado para tocar no lendário festival de Águas Claras. Após quatro dias adiando a participação do grupo, o ex-Mutante, na última hora, não teve coragem de subir no palco. Ao fazer isso, Arnaldo, não se deu conta de que estava decretando o fim da meteórica carreira do grupo. Em meados de 1977, após recusar o convite do irmão Sérgio para voltar aos Mutantes, Arnaldo, ainda mais deprimido e alucinado, formou a Patrulha do Espaço. Uma banda que juntava Punk, Beatles, Elton John, Ficção Científica e toda generalidade de Arnaldo já iniciada em "Loki?". Juntamente com o ex-Mutante estavam Osvaldo Cokinho Gennari (ex-Neblina e Banho de Lua), Palhinha na guitarra e Flávio Pimenta na bateria. Antes mesmo do primeiro ensaio acontecer Palhinha e Flávio decidiram sair. Para os seus lugares foram chamados respectivamente John Flavin (ex-Secos & Molhados) na guitarra e Rolando Castello Jr. (ex-Tarântula, El Tri, Aço, Aeroblues e Made In Brazil) na bateria. Já em 1978, quando já estava com eles o guitarrista Eduardo Dudu Chemont (ex-Santa Fé, substituindo Flavin), Arnaldo resolveu retirar-se do grupo, principalmente por motivos de cansaço. O público só veio a tomar conhecimento dessa fase obscura de Arnaldo, com o lançamento em 1988 do álbum "Elo Perdido" (gravado em 1977) e do álbum "Faremos Uma Noitada Excelente" (gravado em 1978) e lançado em 1987. Ainda no ano de 78, após sair da Patrulha, o próprio Arnaldo anunciou que estaria retornando ao Mutantes, para shows e a gravação de um novíssimo Lp. O que não aconteceu. Em 1979, ainda meio sem rumo, Arnaldo foi para o Rio de Janeiro onde foi convidado a participar do grupo Unziotru. Além do ex-Mutante, o grupo ainda contava com Lulu Santos (ex-Vímana) na guitarra, Antônio Pedro de Medeiros (ex-Mutantes) no baixo e como convidado especial Rui Motta (ex-Mutantes). Em um dos shows a bateria foi executada por Lobão (ex-Vímana). Com o grupo formado, acabaram marcando 4 shows na Funarte, no Rio de Janeiro. Os shows acabaram valendo mais por seu conteúdo histórico do que por outra coisa. Durante os shows Arnaldo apresentou apenas pequenos fragmentos no piano tocando boogie-woogie enquanto Lulu cantou algumas coisas do seu repertório inicial. Após esses quatro espetáculos o grupo acabou se dissolvendo. Já em 1982, Arnaldo entrou em estúdio para gravar "Singin' Alone". Um disco que poderia perfeitamente ser chamado de "Loki? Vol.2", pois assim como em "Loki?", Arnaldo agiu com se estivesse vomitando todas as suas decepções, mágoas, dores e depressões em desesperadas viagens musicais fora dos padrões normais de compreensão. "I Feel In Love Again" (ainda da época da Patrulha), "Bomba H Sobre São Paulo" e "Jesus Come Back To Earth" são claros exemplos. Vale como detalhe o fato de Arnaldo ter decidido gravar sozinho todos os instrumentos, comprovando ainda mais a completo valor pessoal de cada composição. Ainda em 82, devido a seu comportamento agressivo e seu aumento do problema com as drogas (Arnaldo já havia sido internado em outras cinco oportunidades) ele foi novamente internado no hospital psiquiátrico para tratamento. Cada vez mais depressivo, ele saltou do terceiro andar indo seu corpo atingir o solo pouco depois com fratura na base do crânio (fratura essa que além de ser gravíssima, na maioria das vezes leva a pessoa à morte), edemas, fraturas e diversas lesões pelo corpo. Após qautro meses e onze dias no mais profundo estado de coma, Arnaldo, após passar por inúmeras sessões de terapia alternativa, quase que por milagre acordou, deixou o hospital e foi para casa. Em abril de 1983, Arnaldo fez uma de suas primeiras aparições em público desde o seu acidente. Isso foi proporcionado pelo canto Belchior, que com um show no Tuca, convidou Arnaldo para uma participação especial. Essa apresentação proporcionou reações bem distintas na platéia. A primeira foi de alegria, por ver um Arnaldo vivo e com forças para a longa recuperação que teria que encarar. E a segunda de pura tristeza, pois ainda encontraram um Arnaldo bastante debilitado. O ex-Mutante foi trazido até o microfone por duas pessoas, que o posicionaram em frente ao mesmo, colocaram suas mão sob o microfone, e ali o deixaram, e ali ele ficou imóvel, durante todo o seu set, que incluiu "Será Que Eu Vou Virar Bolor", "Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki?" (único momento em que ele soltou uma das mãos para fazer o movimento espiral como dedo indicador próximo a orelha, ilustrando a letra), entre outras pérolas. Arnaldo se comunicou com o público apenas por gestos e por uma fala ainda incompreensível. Apesar de todas as dificuldades, mostrou a todos que estava vivo, que havia conseguido sobreviver ao inferno e principalmente: havia voltado ainda mais genial. Ainda no ano de 83, Arnaldo decidiu formar a banda "Ghy" pra acompanhá-lo em uma série de apresentações. Após poucos meses de vida o grupo encerrou suas atividades. No ano de 1987, Arnaldo lançou o Lp "Disco Voador". Apesar de ter sido gravado do modo mais caseiro possível (tendo Arnaldo tocado apenas um teclado com ritmo eletrônico e gravando todas as faixas em apenas dois canais), o álbum além de servir como uma espécie de terapia, também serviu para mostrar mais uma vez a todos que sua recuperação havia apresentado resultados fantásticos. Em 1989, decidiu voltar a tocar ao vivo. Infelizmente a sua volta ao palcos acabou se resumindo a duas participações especiais, cantando e tocando teclados ao lado das bandas "3 Hombres" e "Maria Angélica". Esses shows marcaram o lançamento do disco "Sanguinho Novo". Um Lp onde treze bandas prestaram um tributo a Arnaldo gravando treze de suas composições, sendo elas conhecidas ou não. No ano de 1995, compôs a trilha sonora do curta-metragem "Sinhá Demência e Outras Histórias" do cineasta Christian Saghaard. Em 1996, Arnaldo foi contratado pela gravadora Virgin para o relançamento em cd do seu álbum "Singin' Alone". Aproveitando a chance, entrou em estúdio após quatorze anos, pra regravar como bônus de "Singin' Alone" uma nova versão de sua já clássica "Balada do Louco". A mesma acabou se tornando parte da novela "Fim do Mundo" exibida na Rede Globo. Morando a quase quinze anos em seu pacato sítio em Juiz de Fora, Minas Gerais, Arnaldo passa os dias juntamente com sua mulher Lucinha Barbosa. Ele divide seu tempo entre pintar quadros, camisetas, escrevendo, lendo muito, tocando e compondo. Para o futuro, pretende fazer exposições de seus trabalhos artísticos, lançar livros (tem vários do gênero "Ficção Científica" prontos) e principalmente lançar um disco inédito (seu contrato com a Virgin prevê ainda a gravação de um álbum), que por enquanto tem o título provisório de "Let It Bed". ----- Até que finalmente em 2004, com a ajuda de John, da banda Pato Fu, e Rubinho Trol, Arnaldo Baptista lança o álbum Let It Bed. John e Rubinho levaram para o sítio equipamento suficiente para um bom home-estúdio. Logo de cara perceberam que Arnaldo queria tocar de tudo e passava muito rapidamente de um instrumento para outro. Por isso decidiram espalhar microfones por todo o estúdio do sítio, deixando tudo ligado o tempo todo para manter o momento criativo sempre em alta. Com o CD pronto só faltava a gravadora para lançar o disco, mas por incrível que pareça, nenhuma se interessou pelo novo disco do dele. Então com o apoio do Lobão, lançaram o CD de forma independente nas bancas junto com a revista Outra Coisa, sendo um sucesso de vendas e da crítica.> Arnaldo Baptista /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ary-barroso titleFilho do deputado estadual e promotor público João Evangelista Barroso e Angelina de Resende. Aos oito anos, órfão de pai e mãe, Ary foi adotado pela avó materna, Gabriela Augusta de Resende. Realizou estudos curriculares na Escola Pública Guido Solero, Externato Mineiro do prof. Cícero Galindo, Ginásios: São José, Rio Branco, de Viçosa, de Leopoldina e de Cataguases. Estudou teoria, solfejo e piano com a tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como pianista auxiliar no Cinema Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como caixeiro da loja “A Brasileira” e com quinze anos fez a primeira composição, um cateretê "De longe". Em 1920, com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-ministro da Fazenda, recebeu uma herança de 40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos veio ao Rio de Janeiro estudar Direito, ali permanecendo sob a tutela do Dr. Carlos Peixoto. Aprovado no vestibular, ingressa em 1921 na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Faculdade seria importante na consolidação da veia artística, esportiva e política. Quando calouro, foram colegas de Faculdade mais chegados: Luís Galotti (jurista, dirigente esportivo e posteriormente ministro do STF), João Lira Filho (jurista e professor), Gastão Soares de Moura Filho (dirigente esportivo), João Martins de Oliveira, Nonato Cruz, Odilon de Azevedo (ator), Taques Horta, Anésio Frota Aguiar (jurista, político e escritor). Adepto da boemia, é reprovado na Faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas economias exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris, no Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a orquestra do maestro Sebastião Cirino. Tocou ainda em muitas outra orquestras. Em 1926 retoma os estudos de Direito, sem deixar a atividade de pianista. Dois anos depois é contratado pela orquestra do maestro Spina, de São Paulo, para uma temporada em Santos e Poços de Caldas. Nessa época, Ary resolve dedicar-se à composição. Compõe "Amor de mulato", "Cachorro quente" e "Oh! Nina", em parceria com Lamartine Babo, seu contemporâneo na Faculdade de Direito. Em 1929 obtém, finalmente, o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais. Seu colega de Faculdade e grande incentivador, Mário Reis, grava "Vou a Penha" e "Vamos deixar de intimidades", que se tornou o primeiro sucesso popular. Nos anos 1930, escreveu as primeiras composições para o teatro musicado carioca. Aquarela do Brasil teve a primeira audição na voz de Aracy Cortes e regravada diversas vezes no Brasil e no exterior. Recebeu o diploma da Academia de Ciências e Arte Cinematográfica de Hollywood pela trilha sonora do longa-metragem Você já foi à Bahia? (1944), de Walt Disney. A partir de 1943, manteve durante vários anos o programa A hora do calouro, na Rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, no qual revelou e incentivou novos talentos musicais. Também trabalhou como locutor esportivo (proporcionado momentos inusitados ao sair para comemorar os gols do seu time o CR Flamengo). Autor de centenas de composições em estilos variados, como choro, xote, marcha, foxtrote e samba. Entre outras canções, compôs Tabuleiro da baiana (1937) e Os Quindins de Yayá (1941), Boneca de piche, etc. Durante os a década de 40 e a década de 50 compôs vários dos sucessos consagrados por Carmen Miranda no cinema. Ao compor Aquarela do Brasil inaugurou o gênero samba-exaltação. No centenário do compositor Ary Barroso (2003), a Rede STV SESC SENAC foi a única a produzir um documentário especial de 60 minutos sobre a vida deste brasileiro único, intitulado "O Brasil Brasileiro de Ary Barroso", com depoimentos de Sérgio Cabral (Biógrafo), Dalila Luciano, Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves, Roberto Luna, e a filha de Ary Barroso, Mariúza . A direção foi de Dimas Oliveira Junior e produção de WeDo Comunicação.> Ary Barroso /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/as-freneticas titleEm 5 de agosto de 1976, o compositor e produtor musical Nelson Motta inaugurou num shopping no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, a discoteca Frenetic Dancing Days, que se tornou a febre das noites cariocas. Para servir as poucas mesas no espaço ocupado por uma enorme pista de dança, Motta teve a idéia de contratar garçonetes que, vestidas de malhas colantes, com saltos altíssimos e maquiagem carregada, fariam o atendimento, mas com uma inovação: no meio da noite, subiriam de surpresa ao palco, cantariam três ou quatro músicas, antes de voltar a servir. Sandra Pêra, que era cunhada de Motta, casado com sua irmã, a atriz Marília Pêra, se interessou pela colocação e trouxe para o grupo as amigas Regina Chaves, Leiloca e Lidoka, que fizeram parte do conjunto Dzi Croquettes, e a cantora Dulcilene de Morais, a Nega Dudu. Completou o sexteto, indicada pelo DJ da discoteca, a mulata Edir de Castro, que tinha participado do elenco do musical Hair. Foi selecionado um repertório de cinco músicas e o grupo ensaiou com o músico Roberto de Carvalho, que então começava a namorar a roqueira Rita Lee. Mas o sucesso das Frenéticas, como foram chamadas para associá-las ao nome da discoteca, foi tão grande, que milhares de freqüentadores entusiasmados exigiam que elas cantassem cada vez mais. Passaram a fazer shows de mais de uma hora e deixaram de ser garçonetes. O público foi capturado por uma combinação inusitada de humor picante, erotismo nas roupas e na letra das músicas, ritmo contagiante e uma performance esfuziante no palco. No seu primeiro sucesso, Perigosa, o refrão "dentro de mim" repetido inúmeras vezes entre gemidos lúbricos e gritinhos histéricos, deu o tom de suas apresentações. Com o fechamento da Frenetic Dancing Days, passaram a apresentar-se no Teatro Rival, atraindo um público mais diversificado. As Frenéticas foram as primeiras contratadas da gravadora Warner, que recém se instalava no Brasil. O primeiro compacto, , "A felicidade bate a sua porta" de Gonzaguinha ,foi muito executado nas rádios. Em seguida, o primeiro LP "Frenéticas" vendeu 150 mil cópias rapidamente e recebeu um Disco de Ouro. No final dos anos 70 conseguiram o feito inédito de emplacar o tema de abertura de duas novelas da Rede Globo, Dancin' Days e Feijão Maravilha. Depois vieram mais três discos pela Warner. Em 1982, Sandra Pêra e Regina Chaves saem do grupo e o quarteto remanescente assina contrato com a gravadora Top Tape. Mas o único álbum lançado por este selo não fez sucesso e o grupo se desfez em 1984. No entanto, o sexteto voltou a se reunir em 1992 para gravar o tema de abertura da novela Perigosas Peruas, da Rede Globo, e duas músicas inéditas para uma coletânea de seus sucessos lançada em CD. Até então, a discografia do grupo era constituída apenas de LPs de vinil. Outra coletânea em CD foi lançada em 1999. Por iniciativa de Lidoka, as Frenéticas voltaram em 1998 com nova formação. Do grupo original ficaram Lidoka, Edir e Dulcilene com uma particularidade: as três, aconselhadas por uma numeróloga, mudaram seus nomes artísticos respectivamente para Lidia Lagys, Edyr Duqui e Dhu Moraes. As demais integrantes do grupo original não quiseram retornar, preferindo continuar nas atividades que ainda em 2006 exercem: Regina, como produtora do humorista Chico Anysio; Leiloca como astróloga e atriz; Sandra, como diretora de teatro. As vagas foram preenchidas por Gabriela Pinheiro, Cláudia Borioni e Liane Maya. Ao recusar o convite, Leiloca deixou registradas em seu sítio na Internet suas razôes: ela só participaria desta volta frenética, se houvesse uma infra-estrutura à altura : um show com um diretor bacana; um patrocinador; assessoria de imprensa; enfim , o básico. As razões de Leiloca parecem ter se confirmado, o retorno das Frenéticas passou quase despercebido do grande público. Seu único disco gravado até agora só foi lançado três anos depois do retorno e não fez sucesso. Os fãs continuam preferindo suas músicas antigas. Para sobreviver, Edyr e Dhu têm que manter paralelamente suas carreiras como atrizes.na TV. Edyr atuou em novelas e viveu a escrava alforriada Ruth em Sinhá Moça. Dhu é a Tia Nastácia do Sítio do Picapau Amarelo. Em julho de 2006, para comemorar os 30 anos das Frenéticas, o grupo se apresentou em São Paulo junto com o grupo franco-americano Santa Esmeralda, do sucesso "Please Don't Let me Be Misunderstood".> As Freneticas /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/baden-powell titleBaden Powell, considerado um dos maiores violonistas de todos os tempos e um dos compositores mais expressivos da nossa música, foi o violonista mais influente de sua geração, tornando-se uma referência entre os violões havidos e a haver. Sua música rompe as barreiras que separam a música erudita da música popular, trazendo consigo as raízes afro-brasileiras e o regional brasileiro. Baden Powell de Aquino nasceu em Varre-Sai, no Norte fluminense, em 6 de agosto de 1937. Seu pai, Lilo de Aquino, militante do escotismo, deu-lhe o nome do general britânico fundador do movimento. Lilo tinha o apelido de "Tic", era sapateiro de profissão e chef de escoteiro. A música faz parte da história da sua família há algumas gerações, seu avô, Vicente Thomaz de Aquino, foi um fazendeiro negro que fundou talvez uma das primeiras e únicas bandas de escravos que tocavam e cantavam suas raízes. A família decidiu se mudar para o Rio de Janeiro, ainda em 1937, e com apenas três meses Baden tornou-se carioca do bairro de São Cristóvão. Seu Lilo, Dona Adelina, Baden e a irmã, Vera (o irmão mais velho, Jackson, já havia morrido) - mudou-se para o Rio, indo morar primeiro em Vila Isabel, depois na Saúde e logo em São Cristóvão, onde Baden Powell passou toda a infância e a adolescência. Baden cresceu ouvindo música, seu pai, violinista amador, fazia reuniões musicais em casa com os amigos Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Jaime Florence (o "Meira"), entre outros bambas da música dessa época. Contava também que costumava acompanhar os saraus batucando no armário do quarto. Com oito anos Baden se apaixonou por um violão que sua tia ganhara numa rifa. Ela não tocava nada e por isso o deixou pendurado na parede da sala. Baden ficava "namorando" o instrumento, mas era muito tímido pra pedir emprestado. Um dia não resistiu e pegou escondido o violão, enrolou-o em uma toalha e guardou debaixo da cama. Ficava descobrindo o som do instrumento e se encantando cada vez mais por ele, dizendo para si mesmo: "Eu vou tocar você!". Até que a mãe dele, limpando o quarto, achou o instrumento escondido e reagiu muito mal, exigindo que Baden o devolvesse a sua tia, coisa que ele se recusou. Quando "Seu Tic" chegou do trabalho, soube da história e entendeu que havia algum interesse se manifestando, ele decidiu iniciar o Baden nas primeiras posições de acordes do instrumento. Aos 8 anos, foi estudar violão com Jaime Florence, o Meira dos regionais de Benedito Lacerda e Canhoto. Na Escola Nacional de Música, estudou teoria musical, harmonia e composição. Em poucas aulas Baden já havia esgotado o pouco conhecimento violonístico do pai e foi ecaminhado aos cuidados do Meira, grande mestre violonista que foi também professor de Rafael Rabello e Maurício Carrilho. Baden aprendeu muito rápido, estudou violão clássico pela Escola de Tárrega e participava ainda iniciante das rodas de choro organizadas pelo professor: "O Meira colocava a gente sentado em volta da mesa e eu tinha que tocar tudo de ouvido, sem direito a erro, senão o pessoal brigava!", relembrava Baden. A prática e convivência com os melhores músicos da época lhe valeram boa parte da sua sabedoria musical. Baden era um prodígio gênial e seu talento se desenvolveu muito rápido. No ano em que completou nove anos participou do programa de calouros "Papel Carbono", apresentado por Renato Murce na Rádio Nacional, e conquistou o primeiro lugar como calouro/solista de violão, interpretando o choro "Magoado" de Dilermando Reis. Concluiu o curso de violão em quatro anos, aos treze tinha no repertório uma transcrição própria do Muoto Perpetuo de Paganini. Um dia seus pais foram chamados por Meira, que lhes disse não ter mais nada a ensinar ao jovem virtuose. A partir daí, começou a atuar profissionalmente recebendo seus primeiros cachês em bailes e festas no suburbio e na boemia Lapa. O primeiro conjunto que formou foi um trio composto por Milton Banana na bateria e Ed Lincoln ao contrabaixo. Aos 10 anos, havia vencido o programa Papel Carbono, de Renato Murce, porta de entrada para o rádio. Aos 15, munido de uma autorização do Juizado de Menores, era músico profissional. Terminado o ginásio no Instituto Cyleno, em São Januário, Baden começou a trabalhar como músico de orquestra na Rádio Nacional, e fez excursões pelo Brasil organizadas por Renato Murce onde os convidados principais eram artistas de cinema da época como Adelaide Chiozzo, Carlos Mattos, Eliana e Cyl Farney. Durante a década de 1950 integrou o Trio do pianista Ed Lincoln, atuando na Boite Plaza em Copacabana: ponto de encontro dos amantes da boa música, entre os quais figurava um certo jovem Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim), admirador do violonista e também atuante na noite carioca. Sua fama de exelente músico se espalhou rápido e em pouco tempo ele já era um dos músicos mais requisitados entre cantoras, como Alaíde Costa e Elizeth Cardoso, e estúdios de gravação. Nessa mesma época Baden começou a compor com seus primeiros parceiros: Nilo Queiroz, Aloysio de Oliveira, Geraldo Vandré e Ruy Guerra. Nessa primeira leva nasceram "Deve ser amor", "Não é bem assim", "Rosa flor", "Conversa de poeta", "Vou por aí", "Canção à minha amada", mas seu primeiro grande sucesso veio em 1956: "Samba Triste" em parceria com Billy Blanco. No final da década de 50 ele gravou seu primeiro disco, "Apresentando Baden Powell e seu Violão", lançado pela gravadora Philips, que hoje é Universal. Em 1962, conhece Vinicius de Moraes, com quem formaria uma das mais importantes parcerias da música popular brasileira. No início da década de 60, Baden tocava na boate Arpège, em Copacabana, e recebeu a visita do poetinha Vinicius de Moraes, que foi assistí-lo. A parceria Tom & Vinicius já fazia barulho e Baden ficou muito entusiasmado com o convite do poeta para que fizessem umas "musiquinhas" juntos. "O Vinicius chegou me mostrando uma letra que ele disse ter feito pra toccata 147 de Bach, Jesus Alegria dos Homens, e cantarolou: - Entre as prendas com que a natureza… Aí eu pensei que ele era maluco, hahaha!". Marcaram uns três "bolos" (encontros aos quais, um dos dois sempre faltava) e depois se trancaram no apartamento do Vinicius durante quase três meses; violão, máquina de escrever e o melhor amigo do homem, segundo Vinicius, o cão engarrafado: Whiskie. O Vinicius, que ainda era diplomata, pediu uma licença ao Itamarathy e ligou para os pais do Baden avisando que ele ia ficar em sua casa uns dias. Imagina, o Baden mal havia entrado na casa dos vinte e tomava guaraná! Durante esse período nacseram diversas composições, a primeira paerceria chama-se "Canção de ninar meu bem" e da mesma safra outras viraram clássicos da Bossa Nova e da MPB, como "Samba em Prelúdio", "Só por amor", "Bom dia amigo" e "O Astronauta". E assim o movimento "Bossa Nova" ganhou uma nova vertente. O sucesso da dupla foi muito grande, Baden e Vinicius eram figurinhas fáceis no programa "O Fino da Bossa" apresentado por Elis Regina, que fez com que muitas dessas parcerias se tornassem sucessos. Paulo César Pinheiro também foi um parceiro musical da maior relevância na obra de Baden. Juntos compuseram uma obra influenciada pelo samba e pelo choro, com letras inspiradas na liguagem popular e erudita. Paulo César Pinheiro é um letrista cuja poesia traduz fielmente as melodias de Baden. A obra desta parceria é uma evolução harmônica, melódica e poética do samba. O primeiro samba composto pela dupla foi "Lapinha", vencedor da I Bienal do Samba no ano de 1968, defendido por Elis Regina, que também imortalizou "Cai dentro", "Aviso aos navegantes", "Samba do perdão" e "Vou deitar e rolar". Naquele ano de 1962, Baden iria pela primeira vez à Europa, onde se tornaria o artista brasileiro de maior prestígio e chegaria a permanecer, às vezes, até cinco anos, apresentando-se e gravando em vários países. Ele permaneceu na França por vinte anos e depois mais 5 na Alemanha, acho que ele realmente gostou de lá. O fato é que Baden se apaixonou por Paris e pelo povo francês, que o acolheu tão calorosamente. Chegando em Paris foi logo encaminhado ao Quartier Latin, bairro boêmio, onde se concentrava toda a juventude parisiense - reduto dos artistas e da efervecência cultural. Baden começou a tocar em pequenos restaurantes e bares e logo chamava atenção pela sua singularidade sonora. Ao final de três meses, prazo de isenção de visto concedido pela França a todo visitante, o compositor, ator e cineasta francês Pierre Barouh conseguiu que o Baden fizesse uma apresentação na primeira parte do show do cantor Jacques Brel. Foi a grande oportunidade de Baden: uma apresentação para um público entendido e apreciador de música. Estavam na platéia agentes e empresários, diretores de gravadoras e jornalistas, todos impressionados e surpresos por uma música original e cheia de energia, que misturava samba com batuque, música clássica com improvisação, e lindas melodias dos já sucessos da Bossa Nova. Aquele foi o início de sua carreira internacional, a partir dali foram uma sucessão de propostas que resultaram em vários discos, tournées pelo mundo e parcerias inesquecíveis com diversos artistas com Stéphane Grappelli, Michel Legrand, Liza Minelli e Claude Nougaro, entre outros. Baden Powell trilhou um caminho de sucesso, respeitado e reverenciado por sua musicalidade e genialidade como instrumentista. Ganhou reconhecimento mundial, deixando seus acordes gravados no coração de vários fãs pelo mundo. Gravou mais de 70 discos e recebeu diversos prêmios pelo conjunto de sua obra, deixando um imenso legado a todos os músicos e amantes da música. Sua influência é marcante e está presente nas novas gerações de músicos, contribuindo para a evolução da música brasileira. Baden faleceu em 26 de setembro de 2000.> Baden Powell /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/belchior titleAntônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes (Sobral, 26 de outubro de 1946) é um cantor e compositor brasileiro. Foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional em meados da década de 1970. Durante sua infância no Ceará foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acaci Halley. Foi programador de rádio em Sobral, e em Fortaleza começou a dedicar-se à música, após abandonar o curso de medicina. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará. De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a canção Na Hora do Almoço, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana. Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará. Em 1972 Elis Regina gravou sua composição Mucuripe (com Fagner). Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na Chantecler. O segundo, Alucinação (Polygram, 1976), consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como Velha roupa colorida, Como nossos pais (depois regravadas por Elis Regina) e Apenas um rapaz latino-americano. Outros êxitos incluem Paralelas (lançada por Vanusa), Galos, noites e quintais (regravada por Jair Rodrigues) e Comentário a respeito de John (homenagem a John Lennon). Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati. Sua discografia inclui Um show – dez anos de sucesso (1986, Continental) e Vicio elegante (1996, GPA/Velas), com regravações de sucessos de outros compositores.> Belchior /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/benito-di-paula titleBenito di Paula, nascido Uday Veloso (Nova Friburgo, 28 de Novembro de 1941) é um pianista, cantor e compositor brasileiro. Uday Veloso ganhou fama nacional com o pseudônimo de Benito Di Paula. Nascido em 1941, em Nova Friburgo-RJ, é um dos grandes nomes da canção nacional dos anos 70. Foi crooner de boates do Rio de Janeiro, e depois continuou tocando na noite paulistana. Iniciou carreira pela gravadora Copacabana no início dos anos 70. Seu estilo musical é conhecido como "samba jóia", ao combinar o samba tradicional com piano e arranjos românticos e jazzisticos. Seu primeiro disco "Benito Di Paula" de 1971, foi censurado por trazer a música "Apesar de Você" de Chico Buarque. Seu segundo LP, "Ela" também não trouxe grande êxito. Mas estourou as paradas com o terceiro, "Um Novo Samba", onde já aparecia na capa com sua longa barba e cabelos, inúmeras correntes, brincos, pulseiras, etc. O grande sucesso desse disco foi a música "Retalhos de Cetim". Teve inúmeros sucessos ao longo de sua carreira como "Charlie Brown", "Vai Ficar Na Saudade", "Se Não For Amor", "Amigo do Sol, Amigo da Lua", "Mulher Brasileira". Chegou nos anos 70, a disputar a venda de LPs juntamente com Roberto Carlos, tendo composto muitas músicas para este. Comandou o programa "Brasil Som 75" na TV Tupi em 1975. Tem mais de 25 discos gravados, tendo parte importante de sua obra relançada em CD, devido ao sucesso de suas músicas. Chegou a fazer sucesso em nível internacional também, principalmente na América Latina. Teve parte de sua história contada no livro "Eu Não Sou Cachorro Não" do historiador, jornalista e escritor baiano Paulo César de Araújo.> Benito Di Paula /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/beth-carvalho titleElizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth Carvalho, (Rio de Janeiro, 5 de maio de 1946) é uma cantora brasileira. Vida Beth é filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho, e irmã de Vânia Santos Leal de Carvalho. Seu contato com a música foi incentivado pela família, ainda na infância. Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai, que era advogado. Sua avó Ressú tocava bandolim e violão. E sua mãe tocava piano clássico. Ainda fez balé e já na adolescência estudou violão, numa escola de música, acabando como professora de música. Morou em vários bairros do Rio e seu pai a levava com regularidade aos ensaios das escolas de samba e rodas de samba. Nas festinhas e reuniões musicais dos anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova. Em 1964, seu pai foi cassado pelo golpe militar por ter pensamentos de esquerda. Para segurar a barra pesada que sua família enfrentou durante a ditadura, Beth passou a dar aulas de violão para 40 alunos. Graças à formação política recebida de seus pais, Beth Carvalho é uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de outros povos. Um exemplo recente foi a conquista, ao lado do cantor Lobão e de outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito no mundo: a numeração dos discos. Carreira A carreira de Beth Carvalho se originou na Bossa nova. No início de 1968 participou no movimento Música nossa, que foi fundado pelo jornalista Armando Henrique, e pelo hoje, maestro Hugo Bellard. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções "O Som e o Tempo", no longplay do Música nossa. Nesta época ela gravou com o cantor Taiguara, pela gravadora Emi-Odeon. Em 1965, gravou o seu primeiro compacto simples com a música “Por quem morreu de amor”, de Menescal e Bôscoli. Em 66, já envolvida com o samba, participou do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela. Vieram os festivais e Beth participou de quase todos: Festival Internacional da Canção (FIC), Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país. Além de seu primeiro grande sucesso, “Andança” é o título de seu primeiro LP lançado no ano seguinte. A partir de 73, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 72, buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas” e em 75, fez o mesmo com Cartola, ao lançar “As Rosas Não Falam”. Diz o poeta que todo artista tem de ir onde o povo está. Esses versos, além de grande verdade, definem com rara precisão a atitude de Beth Carvalho diante da vida. Beth é inquieta. Não espera que as coisas lhe cheguem, vai mesmo buscar. Pagodeira, conhece a fertilidade dos compositores do povo e, mais do que isso, conhece os lugares onde estão, onde vivem, onde cantam, como cantam e como tocam. Freqüentadora assídua dos pagodes, entre eles os do Cacique de Ramos, Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros. Por essa característica, Beth ganhou a alcunha de "Madrinha do Samba". Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique. A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e Beth passou a ser chamada de Madrinha do Pagode. Sambista de maior prestígio e popularidade do Brasil, é aclamada também como Diva dos Terreiros e Rainha do Samba. Em 1979, Beth se casou com Edson de Souza Barbosa, craque do futebol brasileiro, que participou da Copa do Mundo de 66 e um grande amante do samba. Em fevereiro de 1981 se torna mãe de uma menina linda a quem Edson deu o nome de Luana. Hoje, Luana Carvalho é atriz e cantora, e ganha aos poucos o seu merecido espaço. Para Beth, ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida. Até aqui, são 42 anos de carreira, 31 discos, 2 DVDs e apresentações em diversas cidades do mundo: Angola, Atenas (onde representou o Brasil no festival “Olimpíada Mundial da Canção” em um teatro de arena construído há 400 anos a.C. Hoje, Beth tem um busto na Grécia), Berlim, Boston (na Universidade de Harvard), Buenos Aires (no Luna Park projeto “Sin Fronteiras” da cantora e amiga Mercedes Sosa), Espinho, Frankfurt, Munique, Berlim, Johannesburgo, Lisboa (no show do jornal comunista “Avante”, para um público de 300 mil pessoas), Lobito, Luanda, Madri, Miami, Montevidéu, Montreux (onde participou do famoso festival em 87, 89 e 2005), Nice, New Jersey, Nova York (no Carneggie Hall), Newark, Paris, Punta del Este, São Francisco, Soweto, Varadero (Cuba), Zurique, Milão, Padova, Toulouse e Viena. No Japão, embora nunca tenha feito shows, vende milhares de cópias de CDs e tem sua carreira musical incluída no currículo escolar da Faculdade de Música de Kyoto. Beth Carvalho tem 6 Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, 9 de Platina, 1 DVD de platina, centenas de troféus e premiações diversas. Em 1984, foi enredo da Escola de Samba Unidos do Cabuçú, “Beth Carvalho, a enamorada do samba”, com o qual a escola foi campeã e subiu para o Grupo Especial. Como o Sambódromo foi inaugurado neste mesmo ano, Beth e a Cabuçú foram as primeiras campeães do Sambódromo. Dentre todas as homenagens já feitas à grande cantora, Beth considera esta, a maior de todas. E declara: “Não existe no mundo, nada mais emocionante do que ser enredo de uma escola de samba. É a maior consagração que um artista pode ter”. Em 85, Beth foi enredo novamente. Dessa vez, da escola de samba Bohêmios de Inhaúma. Em 1997, viu a música “Coisinha do Pai”, grande sucesso de seu repertório, ser tocada no espaço sideral, quando a engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra, programou para ‘acordar’ o robô em Marte. Beth Carvalho gravou o 25º disco, “Pagode de Mesa” ao vivo, em apresentação na gravadora Universal Music. Max Pierre, diretor artístico da Universal, traduziu o que ela costuma fazer sempre: cantar o samba de raiz em torno das mesas de quintais, terreiros e quadras, nos pagodes que reúnem os melhores partideiros, músicos e poetas do gênero. Embora Mangueirense de coração, Beth foi homenageada pela Velha Guarda da Portela, com uma placa alusiva ao fato de ser a cantora que mais gravou seus compositores. Em junho de 2002, recebeu das mãos de D. Zica, viúva de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira. A entrega desse Troféu, realizada no Teatro Rival do Rio de Janeiro, tornou-se, com Beth Carvalho, um recorde de bilheteria da casa. Carioca da gema e amiga de Cuba, foi solicitada pela presidência da Câmara Municipal do Rio de Janeiro para entregar a Fidel Castro, o título de Cidadão Honorário da cidade. Seu 26º disco, “Pagode de Mesa 2”, concorreu ao Grammy Latino na categoria melhor disco de samba. O 27° foi o CD “Nome Sagrado – Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho”, seu compositor preferido, com participação do afilhado Zeca Pagodinho, Wilson das Neves, Guilherme de Brito (parceiro mais constante de Nelson). Este projeto foi tirado de uma gravação caseira do arquivo de Beth e vendido em bancas de jornal. A cantora obteve grande repercussão pela ousadia da empreitada e concorreu ao Prêmio TIM de Música Brasileira como melhor disco de samba. Seu 28° CD, “Beth Carvalho canta Cartola“, foi uma compilação idealizada pelo jornalista e grande fã de Beth, Rodrigo Faour. Beth foi a intérprete preferida de Cartola e responsável pela volta desse grande mestre à mídia. Em 2004, a cantora gravou seu primeiro DVD “Beth Carvalho, a Madrinha do Samba”, que lhe rendeu um disco de Platina. O CD que saiu junto foi disco de ouro e indicado ao Grammy Latino de 2005 como melhor álbum de samba. Depois de lançar este trabalho com sucessos acumulados ao longo dos anos, em 2005 Beth Carvalho seguiu em turnê internacional, fechada com chave de ouro no Festival de Montreux, exatamente 18 anos após sua primeira apresentação na Suíça. Este registro será lançado em DVD pela gravadora Eagle, com distribuição na Europa, Japão, EUA e Brasil. A turnê mostrou sua força em números: mais de 10 mil pessoas assistiram ao show em Toulouse, na França, platéia lotada no Herbst Theatre, em São Francisco e lotação esgotada em Los Angeles. Em dezembro do mesmo ano, a cantora abriu o Theatro Municipal do Rio de Janeiro para celebrar o Dia Nacional do Samba e seus 40 anos de carreira. O show antológico, que reuniu grandes sambistas da atualidade, como Dona Ivone Lara, Monarco, Nelson Sargento, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, entre outros, foi lançado em CD/DVD no fim de 2006, inaugurando seu próprio selo “Andança”. Em 2007, a cantora lançou também pelo selo Andança, o CD/DVD “Beth Carvalho canta o Samba da Bahia”, com um repertório de sambas de compositores baianos, de diferentes gerações. O DVD foi gravado pela Conspiração Filmes em agosto de 2006, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Entre os convidados , estavam Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Olodum, Riachão, Danilo Caymmi, entre outros. O DVD traz ainda um histórico documentário sobre o samba de roda da Bahia. Festivais Aos dezenove anos fica em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção de 1968, com a canção Andança, sendo seus compositores Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto, vocal: Golden Boys, da TV Globo - Canal 4, do Rio de Janeiro, atual Rede Globo. Participou dos festivais de música das TV Excelsior, TV Record e TV Tupi. É estudiosa dos sambas brasileiros. Chegando a trabalhar com o legendário escritor e compositor Nelson Sargento. Em 1971, Beth era a supercantora da escola de samba Unidos de São Carlos, atual GRES Estácio de Sá, indo para a Estação Primeira de Mangueira, e se dedicando totalmente a verde e rosa, que são as cores da escola. Conheceu Jorge Aragão no bloco carnavalesco Cacique de Ramos . Onde cantava e desfilava animada, junto com o bloco. Jorge Aragão deu para ela gravar em 1977, a música Vou Festejar, que também é compositor Nelson Cavaquinho. Ela é um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira, com dezenas de sucessos e participações importantes em diversos movimentos de apoio à música brasileira. Turnês e descobertas Fez turnês em Lisboa, Montreux,Paris, Madri, Atenas, Berlim, Miami e São Francisco. Nesses anos todos de carreira descobriu talentos, tais como Jorge Aragão,Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Gracia do Salgueiro, Sombrinha, Arlindo Cruz, Quinteto em Branco e Preto, Zeca Pagodinho, Yamandú Costa e Alessandro Penezzi. Composições e parcerias "A velha porta" - com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós "Afina o meu violão" - com Paulinho Tapajós e Edmundo Souto "Canção de esperar neném" - com Paulinho Tapajós "Joatinga" - com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós "Sereia" - adaptação do folclore baiano. Espetáculos 1968 - III Festival Internacional da Canção - junto com o conjunto vocal Os Golden Boys - Maracanazinho, no Rio. 1969 - Olimpíada da Canção - realizado na Grécia 1969 - IV Festival Internacional da Canção - Maracanazinho, Rio de Janeiro. 1979 - Show Beth Carvalho - no Cine Show Madureira, no Riode Janeiro 1987 - Beth Carvalho ao vivo em Montreux 1991 - Show de Beth Carvalho - na cidade de Olimpía, SP. 1999 - Pagode de mesa - no Rio de Janeiro 1999 - Esquina carioca com Walter Alfaiate, Moacyr Luz, Luiz Carlos da Vila, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara - no Bar Pirajá, em São Paulo 2000 - convidada para participar do Show de Jorge Aragão - no Olimpo, Rio de Janeiro 2000 - Beth Carvalho e a bateria da Mangueira - no Olimpo, Rio de Janeiro. 2000 - Pagode de mesa 2 - Tom Brasil, São Paulo 2001 - Nome sagrado - Teatro Rival, Rio de Janeiro 2003 - participação especial junto com Ademilde Fonseca no espetáculo "Alma feminina", de Eliane Faria - Teatro Rival 2003 - Beth Carvalho e grupo "A fina flor do samba" - Centro Cultural Carioca - Rio de Janeiro 2004 - Riação convida Beth Carvalho - Projeto da idade do Mundo - Centro Cultural Banco do Brasil - Brasília, DF 2005 - Beth Carvalho e convidados - Almir Guinteto, Luiz Carlos da Vila, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, Dona Ivone Lara, Vó Maria e Jongo da Serrinha - Teatro Municipal do Rio de Janeiro, RJ 2006 - Beth Carvalho - Teatro Municipal do Rio de Janeiro, RJ 2006 - Beth Carvalho - Teatro do Sesi - Porto Alegre, RS - Projeto Samba no Teatro 2006 - Beth Carvalho 60 anos - Canecão - Rio de Janeiro 2006 - Beth Carvalho canta o samba da Bahia - Teatro Castro Alves - Salvador,BA 2007 - Beth Carvalho canta o samba da Bahia - Canecão - Rio de Janeiro.> Beth Carvalho /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/beto-guedes titleAlberto de Castro Guedes, conhecido como Beto Guedes, (Montes Claros, 13 de agosto de 1951) é um violonista, cantor e compositor brasileiro. Biografia Desde a adolescência tocava em bandas e aos 18 anos participou do V Festival Internacional da Canção, com sua composição Feira Moderna, em parceria com Fernando Brant. Tendo a música mineira como uma de suas principais influências (ao lado do rock dos anos 60 e dos choros que o pai seresteiro compunha), participou ativamente do Clube da Esquina, que projetou nacionalmente os compositores mineiros (de nascimento ou de coração) contemporâneos como Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e o próprio Beto Guedes. Foi acompanhado pelo também mineiro grupo 14 Bis e em 1977 lançou o primeiro LP, A Página do Relâmpago Elétrico que superou expectativa comercial. No ano seguinte, o disco Amor de Índio traz na faixa-título o maior sucesso de sua carreira. Em 1986, saiu LP Alma de Borracha pela ODEON, dando-lhe seu 1º Disco de Ouro, ultrapassando a marca de 200 mil cópias vendidas. Atualmente segue a carreira solo, e seus LPs foram relançados no formato de CD pela EMI em 1997. Em 1998 gravou Dias de Paz, uma seleção de releituras que inclui duas inéditas.> Beto Guedes /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/boca-livre titleBoca Livre é um grupo de música popular brasileira, de estilo refinado cujos arranjos instrumentais e, principalmente, vocais fogem da métrica convencional utilizada por outros grupos, através do uso de acordes vocais dissonantes e revezamentos nos solos. Participou, em 1978 do disco Camaleão, de Edu Lobo, excursionando com o compositor através do Projeto Pixinguinha. O grupo se destaca por suas composições e também pelas versões de músicas de outros compositores. O primeiro disco foi independente, o Boca Livre, de 1979, foi o disco independente que mais vendeu até então, e incluiu, entre outras músicas, “Toada” (Zé Renato, Cláudio Nucci e Juca Filho) e “Quem tem a viola” (Zé Renato, Cláudio Nucci e Xico Chaves). Em 1989, o quarteto lançou pela Som Livre o LP "Boca Livre em concerto", gravado ao vivo durante temporada no Canecão (RJ). Em 1993 participaram do disco Deseo, de Jon Anderson, vocalista do grupo inglês Yes, lançado em 1994, e lançaram o CD Dançando Pelas Sombras (Polygram, 1992) nos Estados Unidos, sendo muito bem aceito pela critica local. Em 1993-1995, Fernando Gama e Lourenço Baeta substituíram Cláudio Nucci e David Tygel, lançando o CD ao vivo Songboca (Velas), que ganhou o Prêmio Sharp. Em 1998, foi contemplado pela segunda vez com o Prêmio Sharp, como Melhor Grupo Brasileiro, com o CD comemorativo dos 20 anos de carreira Boca Livre Convida, 20 Anos. O disco contou com participação especial de Claudio Nucci e David Tygel, integrantes da formação original do grupo, além de Djavan, Chico Buarque, Gal Costa, Milton Nascimento, Beto Guedes, Erasmo Carlos, Frejat, Ricardo Silveira, Sérgio Dias e Paulinho Moska. Em 2000, fez um espetáculo no Metropolitan (RJ), ao lado do conjunto 14 Bis. O show foi gravado ao vivo e lançado em CD. No final desse ano, Zé Renato desligou-se do grupo para dedicar-se exclusivamente à sua carreira solo, sendo substituído por Claudio Nucci, integrante da formação original do quarteto. Em 2006, voltou a atuar com sua formação clássica, integrada por Maurício Maestro, Zé Renato, David Tygel e Claudio Nucci. Lançou, em 2007 o CD e o DVD "Boca Livre e ao vivo", em show no Canecão (RJ), com a participação de Roberta Sá, Rodrigo Maranhão, Renato Brás, Fred Martins e Marcelo Mariano, além do grupo MPB-4.> Boca Livre /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/byafra titleByafra (que até 1998 adotava o pseudônimo com 'i' - Biafra), nome artístico de Maurício Pinheiro Reis, (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1957) é um cantor brasileiro. No dia em que Byafra nasceu, os americanos perdiam o sono com o Sputnik (primeiro satélite feito pelo homem) lançado 11 dias antes pelos soviéticos e que sobrevoava Nova York seis vezes por dia. Três meses depois do nascimento do cantor, o clube que viria a ser uma de suas grandes paixões, o Botafogo, comemorava um dos maiores campeonatos de sua história, após golear o Fluminense na final por 6X2. No Planalto Central, o presidente Juscelino Kubitschek acelerava seus candangos para inaugurar Brasília dentro do prazo. No mundo da música, Elvis Presley dava as cartas no cenário internacional e no Brasil, a Bossa Nova ainda engatinhava. Os fenômenos que iriam forjar a personalidade musical de Byafra ainda estavam em gestação. A salada formada por Beatles, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Pink Floyd, Fagner e Novos Baianos - algumas de suas principais influências – estava apenas sendo preparada para entrar no cardápio dos anos 60. Desde que recebeu a flauta das mãos da Dona Aura, Byafra passou a se alimentar de música todos os dias. A vontade de cantar o levou ao Coral do Centro Educacional de Niterói, comandado pelo Maestro Hermano Soares de Sá. Logo, estaria embarcando com seus colegas de Coro para várias apresentações incluindo uma participação internacional no Festival de Aberdeen, na Escócia, para cantar peças de Villa-Lobos. Foi nessa época, por ser muito magro, que recebeu dos colegas de escola o apelido que viria a adotar como nome artístico Na metade dos anos 70, a carreira musical já era seu principal projeto de vida. E foi nessa época que nasceu O Circo, banda que teve rápido sucesso em apresentações em Niterói e no interior do Estado do Rio. Como principal vocalista do grupo, Byafra começou a ganhar intimidade com os palcos. E foi acompanhado por seus colegas de O Circo, que Byafra entrou pela primeira vez no velho estúdio da CBS (hoje Sony Music), na Praça da República, centro do Rio de Janeiro, para gravar seu primeiro álbum, na época editado em LP e cassete. Lançado em 1979, “Primeira Nuvem” foi rapidamente adotado pelas rádios de todo o Brasil. Uma das canções, composta pelo próprio Byafra e por Luiz Eduardo Farah, transformou-se em grande sucesso: “Helena”. Poucas semanas depois de introduzida nas rádios, essa faixa ganhou popularidade ainda maior ao ser incluída na trilha sonora da novela Marron Glacê, da Rede Globo. Esta mesma emissora iria, ao longo dos anos, solicitar mais sete músicas de Byafra para suas novelas (ver lista abaixo), identificando suas canções com vários personagens famosos. Já em seu terceiro álbum – “Despertar” (1981) Byafra recebe seu primeiro Disco de Ouro ao superar 100 mil cópias vendidas, impulsionada pelo impressionante sucesso rediofônico de “Leão Ferido” (Byafra e Dalto), música mais executada pelas emissoras brasileiras no ano de seu lançamento e que mais tarde receberia novas interpretações de artistas como Simone. Em 1984, mais um Disco de Ouro em seu álbum de estréia na gravadora Ariola, hoje com seu catálogo incorporado à Universal. Dessa vez, a música que explodiu nas paradas de todo o Brasil, foi “Sonho de Ícaro” (Piska e Cláudio Rabello). Desde esse início vitorioso até hoje, Byafra jamais deixou de ter suas canções cantadas e lembradas por fãs de todas as gerações. São ao todo 12 álbuns inéditos e duas compilações que compõem um capítulo importante da Música Popular Brasileira. Como compositor Byafra registrou sua obra na voz de grandes artistas como Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Simone, Chitãozinho & Xororó, Chrystian & Ralf, Rosana, Xuxa, Angélica, Danilo Caymmi e muitos outros. Em 1998, antes do lançamento do álbum Ícaro, trocou o "i" pelo "y" em seu nome artístico (de Biafra para Byafra) para evitar aparecer na mesma página da guerra civil nigeriana nos sites de busca da internet. Atualmente ainda mora em sua cidade natal.> Byafra /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/cartola titleAngenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980) foi um cantor, compositor e violonista brasileiro. Considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão.1 Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma incipiente favela.2 Na Mangueira, logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça - seis anos mais velho - e outros bambas, e se iniciaria no mundo da boemia, da malandragem e do samba.2 Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos - tendo terminado apenas o primário.1 Arranjou emprego de servente de obra, e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".2 Junto com um grupo amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira. O nome e as cores verde-rosa teriam sido escolhidos por Cartola, que compôs também o primeiro samba para a escola de samba, "Chega de Demanda". Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Silvio Caldas.2 Mas no início da década seguinte, Cartola desapareceu do cenário musical carioca e chegou a ser dado como morto. Pouco se sabe sobre aquele período, além do sambista ter brigado com amigos da Mangueira2, contraído uma grave doença - especula-se que seja meningite1 - ter ficado abatido com a morte de Deolinda, a mulher com quem vivia. Cartola só foi reencontrado em 1956 pelo jornalista Sérgio Porto (mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta), trabalhando como lavador de carros em Ipanema. Graças a Porto, Cartola voltou a cantar, levando-o a programas de rádio e fazendo-o compor novos sambas para serem gravados. A partir daí, o compositor é redescoberto por uma nova safra de intérpretes.12 Em 1964, o sambista e sua nova esposa, Dona Zica, abriram um restaurante na rua da Carioca, o Zicartola, que promovia encontros de samba e boa comida, reunindo a juventude da zona sul carioca e os sambistas do morro. O Zicartola fechou as portas algum tempo depois, e o compositor continuou com seu emprego publico e compondo seus sambas.2 Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos solo, e sua carreira tomou impulso de novo com clássicos instantâneos como "As Rosas Não Falam", "O Mundo é um Moinho", "Acontece", "O Sol Nascerá" (com Elton Medeiros), "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça), "Cordas de Aço", "Alvorada" e "Alegria". No final da década de 1970, mudou-se da Mangueira para uma casa em Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 1980> Cartola /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/cassia-eller titleCássia Eller nasceu no Rio de Janeiro RJ em 10 de Dezembro de 1962. Residiu em Santarém PA, Belo Horizonte MG e Brasília DF. Tocando violão desde os 18 anos, chegou também a cantar opera e frevo e a tocar surdo em grupo de samba. Voltando ao Rio de Janeiro em 1990, foi contratada no mesmo ano pela Polygram. Seu primeiro disco, Cássia Eller, de 1990, incluiu regravações de Rubens (Premeditando o Breque), Já deu pra sentir (Itamar Assumpção), Qualquer dia (Legião Urbana) e um arranjo reggae para Eleanor Rigby (Beatles). O segundo, Marginal, trouxe ECT (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Nando Reis). No terceiro disco, Cássia Eller, gravou uma versão de Malandragem (Frejat e Cazuza), muito tocada nas rádios. Em 1996 lançou Ao vivo, gravado nas apresentações carioca e paulista do show Violões. Em Veneno antimonotonia (1997), traz somente composições de Cazuza. Impôs-se por seu estilo enérgico de interpretação, principalmente em razão de seu timbre vocal de contralto - uma das mais marcantes vozes da nova MPB. Faleceu no Rio de Janeiro em 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos de idade.> Cassia Eller /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/cazuza titleNo início dos anos 80, um garoto dourado do sol de Ipanema surpreendeu o cenário musical brasileiro. À frente de uma banda de rock cheia de garra, começou a dar voz aos impulsos de uma juventude ávida de novidades. Ele, Cazuza, era a grande novidade. O Brasil saía de um longo ciclo ditatorial e vivia um clima de democracia ainda incipiente, mas suficiente para liberar as energias contidas. Cazuza desempenhou um papel importante nesse processo. E quando as misérias e mazelas nacionais foram se desnudando, ele respondeu sem meias palavras. A expressão de sua repulsa diante desse quadro só pode ser comparada à coragem com que lutou por sua vida, no enfrentamento público da Aids. Lições de indignação e de dignidade; de como levar a vida na arte e "ser artista no nosso convívio". No pouco que viveu, Cazuza deixou uma obra para ficar. Bebeu na fonte da tradição viva da MPB para recriar, num português atual e espontâneo, cheio de gírias, e num estilo marcadamente pessoal, a poesia típica do rock. Com justiça, foi chamado de o poeta da sua geração. Na definição do dicionário, "cazuza" é um vespídeo solitário, de ferroada dolorosa. Deriva daí, provavelmente, o outro significado que o termo tem no Nordeste: o de moleque. Foi por isso que João Araújo, de ascendência nordestina, certo de que sua mulher Lúcia teria um menino, começou a chamá-lo de Cazuza, mesmo antes de seu nascimento. Batizado como Agenor de Miranda Araújo Neto, desde cedo o menino preferiu o apelido. O nome ele só viria a aceitar mais tarde, ao saber que Cartola, um dos seus compositores prediletos, também se chamava Agenor. Nascido a 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro, Cazuza foi criado em Ipanema, habituado à praia. Os pais - ele, divulgador da gravadora Odeon; ela, costureira - não eram ricos mas o matricularam numa escola cara, o colégio Santo Inácio, dos padres jesuítas. Como às vezes tinham que sair à noite, o filho único se apegou à companhia da avó materna, Alice. Quieto e solitário, foi um menino bem-comportado na infância. Na adolescência, porém, o gênio rebelde do futuro roqueiro se manifestaria. Cazuza terminou o ginásio e o segundo grau a duras penas, e, depois de prestar vestibular para Comunicação, só porque o pai lhe prometera um carro, desistiu do curso em menos de um mês de aula. Já vivia então a boemia no Baixo Leblon e o trinômio sexo, drogas e rock 'n' roll. Que ele amasse Jimi Hendrix, Janis Joplin e os Rolling Stones, tudo bem. Mas vir a saber que se drogava e que era bissexual, isso, para a supermãe Lucinha, não foi nada fácil. Assim como não foi, para o pai, ter que livrá-lo de prisões e fichas na polícia, por porte e uso de drogas. João Araújo não queria o filho na vagabundagem e, em 1976, arrumou emprego para ele na gravadora Som Livre, onde já era presidente. Lá, Cazuza trabalhou no departamento artístico, fazendo a primeira triagem de fitas de cantores novos, e na assessoria de imprensa. Depois foi divulgador de artistas na gravadora RGE, e, após sete meses de um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, deu alguns passos como fotógrafo. Mas nada disso o satisfazia. Graças, contudo, a um outro curso - de teatro, dado pelo ator Perfeito Fortuna (grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone) - Cazuza acharia o seu papel. Não seria representar, mas cantar. É que na montagem da peça "Pára-quedas do coração", conclusão do curso, tudo o que ele fez foi soltar a voz, vindo a gostar muito da experiência. Afinal, música ele já respirava desde criança. Em casa mesmo, se acostumara a conviver com a presença de estrelas da MPB que seu pai produzia. Por que não se tornar também uma delas? Só faltava achar a sua turma. Roberto Frejat, guitarrista; Dé, baixista; Maurício Barros, teclados; Guto Goffi, baterista. Era 1981 e esses garotos precisavam de um vocalista para completar sua banda. Os ensaios aconteciam na casa de um deles no bairro de Rio Comprido, onde um dia apareceu Cazuza, enviado pelo cantor Léo Jaime. Sua voz, era adequadamente berrada para os rocks de garagem que os quatro faziam, agradou muito. Animado, o novo integrante resolveu então mostrar as letras que, na surdina, vinha fazendo havia tempos. Rapidamente o grupo, que se chamava Barão Vermelho e só tocava covers, começou a compor e aprontou um repertório próprio. Dos primeiros shows, em pequenos teatros da cidade, ao disco de estréia foi um pulo. No início de 1982 uma fita demo chegou aos ouvidos do produtor Ezequiel Neves, que, entusiasmado, a mostrou a Guto Graça Mello, diretor artístico da Som Livre. Juntos, eles convenceram João Araújo - de início, relutante, na condição de pai do cantor - a lançar a banda. Com uma produção baratíssima, "Barão Vermelho", gravado em dois dias, obteve boa recepção da parte de artistas. Entre estes, um dos maiores ídolos de Cazuza, Caetano Veloso, que incluiu "Todo amor que houver nessa vida" no repertório de seu show e criticou as rádios por não tocarem as músicas do grupo. "Todo amor que houver nessa vida" (registrada também, mais tarde, por Gal Costa, Caetano Veloso e outros intérpretes) foi um dos destaques de um disco que revelou ainda "Down Em Mim", "Billy Negão" e "Bilhetinho Azul". No repertório predominavam rocks básicos, dançantes e juvenis, mas havia também blues, um gênero com o qual Cazuza se identificava desde que descobrira Janis Joplin. Sobre essas músicas o rouco cantor desfilava letras falando despudorada, escancaradamente de amor, prazer e dor. Ao sair o segundo disco, a reiteração dessas qualidades de estilo repercutiu na imprensa. Alguns críticos não tardaram a identificar ali a influência de mestres da dor-de-cotovelo, como Lupicínio Rodrigues, e da fossa, como Dolores Duran e Maysa - o outro lado da formação musical de Cazuza. Bem melhor gravado, "Barão Vermelho 2" foi lançado em julho de 1983. O álbum ainda não seria um sucesso comercial (vendeu cerca de 15 mil cópias, quase o dobro do primeiro), mas manteve o alto nível do repertório anterior, e arregimentou um público maior para a banda com músicas como "Vem Comigo (Cifrada)", "Carne de pescoço", "Carente profissional" e "Pro Dia Nascer Feliz". Esta última consolidaria a dupla Frejat-Cazuza, tornando-se um grande sucesso no registro feito por Ney Matogrosso, a primeira estrela da MPB a gravá-los. A escalada do grupo nas paradas, contudo, estava prestes a acontecer. Se com "Bete Balanço", filme de Lael Rodrigues, o rock brasileiro dos anos 80 chegou às telas de cinema, com a música-título, feita de encomenda para a trilha, o Barão Vermelho chegou ao grande público. Registrada num compacto do início de 1984, a canção estourou, virando um marco no trajeto da banda, que também contracenava no filme. A música acabou incluída no terceiro LP, lançado em setembro daquele ano, para ajudar a sua comercialização. O que talvez nem tivesse sido necessário, pois "Maior Abandonado", impulsionado pela faixa homônima, atingiu em dois meses a marca das 60 mil cópias vendidas, e em seis, das 100 mil. "Raspas e restos me interessam (...) Mentiras sinceras me interessam", em "Maior Abandonado"; "Você tem exatamente três mil horas/ Pra parar de me beijar (...) Você tem exatamente um segundo/ Pra aprender a me amar", em "Por que a gente é assim?"; "A fome está em toda parte/ Mas a gente come/ Levando a vida na arte", em "Milagres". Com achados como esses, presentes no novo álbum, Cazuza foi ganhando fama de poeta do rock brasileiro. Com muita energia, ele foi superando suas limitações como cantor. Suas atitudes irreverentes e declarações espalhafatosas, fizeram com que aparecesse cada vez mais como artista e personalidade. A princípio, tudo isso só contribuía para chamar a atenção para o grupo todo. Mas... Com o sucesso, e , conseqüentemente, com a maior exigência de profissionalismo, as diferenças se ressaltaram. O temperamento irriquieto de Cazuza pouco se adequava a uma agenda cada vez mais sobrecarregada de ensaios e entrevistas. Os desentendimentos foram crescendo. Em janeiro de 1985, o Barão fez uma bem-sucedida participação no festival Rock 'n Rio, abrindo shows para grandes atrações do rock internacional. A continuidade do sucesso, porém, não conseguiu evitar a separação do grupo. Em julho, quando o material para o próximo disco já estava selecionado, a notícia chegou aos jornais: enquanto os outros seguiriam com a banda, sua estrela partiria para uma brilhante carreira solo. Poucos dias depois, Cazuza voltava a ser notícia. Tinha sido internado num hospital do Rio com 42 graus de febre. Diagnóstico: infecção bacteriana. O resultado do teste HIV, que ele exigiu fazer, dera negativo. Mas naquela época os exames ainda não eram muito precisos. Gravado com outros músicos, o álbum "Cazuza" apresentou uma sonoridade mais limpa que a do Barão. Lançado em novembro de 1985, o disco inaugurou a fase individual do cantor e uma série de parcerias. Entre os co-autores das músicas figuraram dois antigos colaboradores: Frejat, que continuou parceiro e amigo de Cazuza, e Ezequiel Neves, outro velho e grande amigo, co-produtor, desde os tempos do Barão, de todos os seus discos. Cazuza assinou os maiores hits do novo álbum: em parceria com Ezequiel e Leoni, o rock "Exagerado", emblemático da sua persona romantico-poética, e a balada "Codinome Beija-Flor", com Ezequiel e Reinaldo Arias. Mais dois rocks ficaram notórios. "Medieval II" fixou nas rádios seu auto-irônico refrão ("Será que eu sou medieval?/ Baby, eu me acho um cara tão atual/ Na moda da nova Idade Média/ Na mídia da novidade média"). E "Só As Mães São Felizes", que teve sua execução pública proibida pela censura. Escandalosa ("Você nunca sonhou ser currada por animais? (...) Nem quis comer sua mãe?"), a letra homenageou artistas malditos, como o escritor beat Jack Kerouac, citado no verso-título. Importante referência literária de Cazuza, ao lado de Clarice Lispector (cujo "A descoberta do mundo" tornou seu livro de cabeceira), Kerouac também teve um poema transcrito na contracapa do disco seguinte. Lançado em março de 1987, "Só se For a Dois" foi o primeiro álbum de Cazuza fora da Som Livre, que resolvera dissolver o seu cast. Disputado por várias gravadoras, ele se transferiu para a Polygram, a conselho do pai. A essa altura, apesar da imagem de artista "louco", sua postura profissional já era outra. O rompimento com o Barão, junto com a liberdade artística que almejara, trouxera também a exigência de mais seriedade. "Só se For a Dois" acrescentou novos sucessos à sua carreira, a começar pela canção-título, mas a música que estourou mesmo foi o pop-rock "O nosso amor a gente inventa (estória romântica)". Em seguida ao lançamento, uma turnê nacional mostrou um show mais elaborado que os anteriores, em termos de cenário e iluminação. Cazuza se aprimorava e decolava: seus espetáculos lotavam, suas músicas tocavam e a crítica elogiava seu trabalho. A essa época, contudo, ele já sabia que estava com Aids. Antes de estrear o show "Só se For a Dois", tinha adoecido e feito um novo exame. A confirmação da presença do vírus iria transformar sua vida e sua carreira. Em outubro de 1987, após uma internação numa clínica do Rio, Cazuza foi levado pelos pais para Boston, nos Estados Unidos. Lá, passou quase dois meses críticos, submetendo-se a um tratamento com AZT. Ao voltar, gravou "Ideologia" no início de 1988, um ano marcado pela estabilização de seu estado de saúde e pela sua definitiva consagração artística. O disco vendeu meio milhão de cópias. Na contracapa, mostrou um Cazuza mais magro por causa da doença, com um lenço disfarçando a perda de cabelo em função dos remédios. No seu conteúdo, um conjunto denso de canções expressou o processo de maturação do artista. "O meu prazer agora é risco de vida/ Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll", confessava ele, em "Ideologia". E: "Eu vi a cara da morte/ E ela estava viva", em "Boas Novas". Rico e diverso, o repertório trouxe ainda um blues, o "Blues da Piedade", uma canção "meio bossa nova e rock 'n' roll", "Faz Parte Do Meu Show", grande sucesso, e o rock-sambão "Brasil", que faria um sucesso ainda maior com Gal Costa. Tema de abertura da novela "Vale tudo", da Rede Globo, "Brasil" fez um comentário social forte sobre o país, com versos como "meu cartão de crédito é uma navalha". No disco, a temática social apareceu também em "Um Trem Para as Estrelas", feita com Gilberto Gil para o filme homônimo de Carlos Diegues. Ainda em 1988 Cazuza recebeu o Prêmio Sharp de Música como "melhor cantor pop-rock" e "melhor música pop-rock", com "Preciso Dizer Que Te Amo", composta com Dé e Bebel Gilberto, e lançada por Marina. E apresentou no segundo semestre seu espetáculo mais profissional e bem-sucedido, "Ideologia". Dirigido por Ney Matogrosso, Cazuza buscou valorizar o texto no show, pontuado pela palavra "Vida Fácil". Substituiu a catarse das performances anteriores por uma postura mais contida no palco. Tal contenção, porém, não o impediu de exprimir sua verve agressiva e escandalosa num episódio que causou polêmica. Cantando no Canecão, no Rio, cuspiu na bandeira nacional que lhe fora atirada por uma fã. O show viajou o Brasil de norte a sul, virou programa especial da Globo e disco. Lançado no início de 1989, "Cazuza ao vivo - o tempo não pára" chegou ao índice de 560 mil cópias vendidas. Reunindo os maiores sucessos do artista, trouxe também duas músicas novas que estouraram: "Vida Louca Vida", de Lobão e Bernardo Vilhena, e "O Tempo Não Pára", de Cazuza e Arnaldo Brandão. Esta - título do trabalho - condensou, numa das letras mais expressivas de Cazuza, a sua condição individual, de quem lutava para se manter vivo, com a do povo brasileiro. Foi pouco depois do lançamento do álbum que ele reconheceu publicamente que estava com Aids, sendo a primeira personalidade brasileira a fazê-lo. Era então notória -e notável - a sua afirmação de vida. À medida que seu estado piorava, ao contrário de se deixar esmorecer ante a perspectiva do inevitável, Cazuza, ciente do pouco tempo que lhe restava, passou a trabalhar o mais que podia. Entrou num processo compulsivo de composição e gravou, de fevereiro a junho de 1989, numa cadeira de rodas, o álbum duplo "Burguesia", que seria seu derradeiro registro discográfico em vida. O trabalho seguiu um conceito dual - num dos discos, de embalagem azul, prevalecia o gênero rock; no outro, de capa amarela, MPB. Entre as suas últimas novidades, com a voz nitidamente enfraquecida, Cazuza apresentou clássicos de outros autores (como Antonio Maria, Caetano Veloso e Rita Lee) e duas músicas feitas com novas parceiras, Rita Lee e Ângela Rô Rô. A canção-título, com uma letra extensa atacando os valores da classe burguesa, chegou a ser tocada nas rádios, mas o álbum não obteve sucesso comercial e foi recebido discretamente pela crítica. Em outubro de 1989, depois de quatro meses seguindo um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza viajou novamente para Boston, onde ficou internado até março do ano seguinte. Seu estado já era muito delicado e, àquela altura, não havia muito mais o que fazer. Foi assim que ele morreu, pouco depois - a 7 de julho de 1990. O enterro aconteceu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Sua sepultura está localizada próxima às de astros da música brasileira como Carmen Miranda, Ary Barroso, Francisco Alves e Clara Nunes.> Cazuza /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/chico-buarque titleFilho de Sérgio Buarque de Holanda, um importante historiador e jornalista brasileiro e de Maria Amélia Cesário Alvim. Em 1946, passou a morar em São Paulo, onde o pai assumira a direção do Museu do Ipiranga. Sempre revelou interesses pela música - interesse que foi bastante reforçado pela convivência com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini. Em 1953, Sérgio Buarque de Holanda foi convidado para lecionar na Universidade de Roma, consequentemente, a família muda-se para a Itália. Chico torna-se trilingüe, na escola fala inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, suas primeiras "marchinhas de carnaval" são compostas, e, com as irmãs mais novas, Piiizinha, Cristina e Ana, encenadas. De volta ao Brasil, produz suas primeiras crônicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz, nome criado por ele. Sua primeira aparição na imprensa não foi cultural, mas policial, publicada, inclusive, no jornal Última Hora, de São Paulo. Com um amigo, furtou um carro para passear pela madrugada paulista, algo relativamente comum na época. Foi preso. "Pivetes furtaram um carro: presos" foi a manchete no dia seguinte com uma a foto de dois menores com tarjas pretas nos olhos. Chico não pôde mais sair sozinho à noite até que completasse 18 anos. Início de Carreira Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU) em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsor, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativa na década de 70. A primeira composição séria, Canção dos Olhos, é de 1961. Conheceu Elis Regina, que havia vencido o Festival de Música Popular Brasileira (1965) com a canção Arrastão; mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Chico Buarque se revelou ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), transmitido pela TV Record, com A Banda, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com Disparada, de Geraldo Vandré). No entanto, Zuza Homem de Mello, no livro A Era dos Festivais - Uma Parábola, revelou que a banda venceu o festival. O musicólogo preservou por décadas as folhas de votação do festival. Nelas, constam que a música a banda ganhou a competição por 7 a 5. Chico, ao perceber que ganharia, foi até o presidente da comissão e disse não aceitar a derrota de Disparada. Caso isso acontecesse, iria na mesma hora entregar o prêmio ao concorrente. No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes. Canções como Ela e sua Janela, de 1966, começam a demonstrar a face lírica do compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do vocábulo janela está presente em suas primeiras canções: Juca, Januária, Carolina, A Banda e Madelena foi pro Mar. As influências de Noel Rosa podem ser notadas em A Rita, 1965, citado inclusive na letra, e Ismael Silva, como em marchas-ranchos. Festivais de MPB nos anos de 1960 No festival de 1967 faria sucesso também com Roda Viva, interpretada por ele e pelo grupo MPB-4 -- amigos e intérpretes de muitas de suas canções. Em 1968 voltou a vencer outro Festival, o III Festival Internacional da Canção da TV Globo. Como compositor, em parceira com Tom Jobim, com a canção Sabiá. Mas desta vez a vitória foi contestada pelo público, que preferiu a canção que ficou em segundo lugar: Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré. A participação no Festival, com A Banda, marcou a primeira aparição pública de grande repercussão apresentando um estilo amparado no movimento musical urbano carioca da Bossa nova, surgido em 1957. Ao longo da carreira, o samba e a MPB também seriam estilos amplamente explorados. Veja mais em Wikipedia> Chico Buarque /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/chiquinha-gonzaga titleFrancisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847 — Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira. Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca (Ô Abre Alas, 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Filha de um general do Exército Imperial e de uma mãe humilde e mulata, Chiquinha Gonzaga foi educada numa família de pretensões aristocráticas (seu padrinho era o Duque de Caxias). Fez seus estudos normais com o Cônego Trindade e musicais com o Maestro Lobo. Desde cedo frequentava rodas de lundu, umbigada e outras músicas populares típicas dos escravos. Aos 11 anos, inicia sua carreira de compositora com uma música natalina, Canção dos Pastores. Aos 16 anos, por imposição da família, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da Marinha Imperial. Não suportando a reclusão do navio onde o marido servia e as ordens para que não se envolvesse com a música, Chiquinha separou-se. Consegue, finalmente, abandoná-lo, levando consigo o filho mais velho, João Gualberto. Após a separação, envolveu-se em 1867 com o engenheiro João Batista, mas acaba por não aceitar suas aventuras extraconjugais. Separa-se e passa a viver como musicista independente, tocando piano em lojas de instrumentos musicais. Deu aulas de piano para sustentar o filho e obteve grande sucesso, tornando-se também compositora de polcas, valsas, tangos e cançonetas. Ao mesmo tempo, uniu-se a um grupo de músicos de choro, que incluía ainda o compositor Joaquim Antônio da Silva Calado, apresentando-se em festas. Chiquinha conheceu João Batista Fernandes Lage, por quem se apaixonou. Na época, tinha 52 anos e João Batista 16, o que fez com que ela o adotasse como filho para viver esse grande amor. Suas filhas, Maria do Patrocínio e Alice Maria, entraram na justiça para provar que João não era filho legítimo, mas não levaram a causa adiante. Chiquinha morreu ao lado de João Batista, em 1935, quando começava Carnaval. A necessidade de adaptar o som do piano ao gosto popular valeu a Chiquinha Gonzaga a glória de tornar-se a primeira compositora popular do Brasil. O sucesso começou em 1877, com a polca 'Atraente'. A partir da repercussão de sua primeira composição impressa, resolveu lançar-se no teatro de variedades e revista. Estreou compondo a trilha da opereta de costumes "A Corte na Roça", de 1885 Em 1911, estreia seu maior sucesso no teatro: a operetaForrobodó, que chegou a 1500 apresentações seguidas após a estreia - até hoje o maior desempenho de uma peça deste gênero no Brasil. Em1934, aos87 anos, escreveu sua última composição, a partitura da peça "Maria". Foi criadora da célebre partitura da opereta "A Jurity", de Viriato Correia. Viaja pela Europa entre 1902 e 1910, tornando-se especialmente conhecida em Portugal, onde, escreve músicas para diversos autores. Chiquinha participou ainda, ativamente, da campanha abolicionista e da campanha republicana, e foi fundadora da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. Ao todo, compôs músicas para 77 peças teatrais, tendo sido autora de cerca de duas mil composições. em gêneros variados: valsas, polcas, tangos, lundus, maxixes, fados, quadrilhas, mazurcas, choros e serenatas.> Chiquinha Gonzaga /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/clara-nunes titleClara Nunes nasceu em Paraopeba, MG, em 12 de agosto de 1943. O pai, Mané Serrador, era violeiro e cantador de folias-de-reis. Órfã desde pequena, aos 16 anos foi para Belo Horizonte, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de tecidos. Por essa época cantava no coral de uma igreja, ao mesmo tempo em que, ajudada pelos irmãos, concluía o curso normal. Em 1960 foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em sua fase mineira, com Serenata do Adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o terceiro lugar, na finalíssima realizada em São Paulo, com Só Adeus (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, durante um ano e meio teve um programa exclusivo na TV Itacolomi. Nessa mesma época, cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano. Em 1965 foi para o Rio de Janeiro e passou a apresentar-se na TV Continental, no programa de José Messias. Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP, A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta boleros e sambas-canções. Em 1968, gravou Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba. Em 1972, além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Bello de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com musicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba Tristeza pé no chão (Armando Fernandes), apresentado no Festival de Juiz de Fora, que vendeu mais de 100 mil copias. Em fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show O poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho. Em 1973 gravou na Europa o LP Brasília e, no Brasil, o LP Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com Conto de areia (Romildo e Toninho). Em 1974, ao lado de Paulo Gracindo, atuou no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria. Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro lançou Claridade, seu disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto. Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o disco Esperança. No ano seguinte veio Brasil mestiço, que incluiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela. Em 1981 lançou Clara, com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou em 1982 Nação, que seria seu último disco. Morreu em 02 de Abril 1983, depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após um choque anafilático ocorrido durante uma cirurgia de varizes. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.> Clara Nunes /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/dalto titleEu conheci Dalto nos meados dos anos 60. Ia eu, caminhando pelas calçadas do Ingá, em Niterói, como era comum naquele tempo. Ele, sentado na varanda, cercado pela moçada, tocava e cantava Beatles como eu nunca tinha ouvido antes, a não ser pelos mesmos, é claro. Entrei no meio da galera e comecei a fazer parte do coro tímido daqueles que se atreviam a terçar vozes. Foi assim... Dalto dava aulas de violão em sua casa para uma legião de fãs que muitas das vezes em vez de aula preferiam ficar escutando o mestre, numa espécie de showzinho particular. Começamos a compor quase que juntos. Fui letrista de sua primeira canção, feita com muito cuidado pois era filho de Seu Dalto, o poeta Dalto Medeiros, parceiro de Silveira, grande contrabaixista e violonista. Uma dupla da maior qualidade, respeitada na cidade, com musicas gravadas pela nata da bossa nova como Tamba trio e Sérgio Mendes entre outros. Autores de “Canção do nosso amor”! Um verdadeiro clássico! Num desses discos em que interpretavam suas canções, Tom Jobimteria escrito na contra capa da sua admiração pela obra daqueles niteroienses. Não foram poucas às vezes em que ficamos quietinhos num canto da sala, tomando o cafezinho de Dona Maria, sua mãe, vendo os dois cobrões comporem. Dalto foi criado assim, no meio da música. Ouvindo Tia Carminha a tocar no piano, temas clássicos de Debussy e Chopin. Vendo o pai compondo bossas. E assimilando tudo que tocava na rádio Nacional, Tamoio, JB, Mundial, Eldorado, que o rádio naquela época tocava de tudo, tocava o que seus programadores gostavam, sem nenhuma preocupação crítica. The Beatles, Altemar Dutra, Juca Chaves, Ray Conniff, Os Cariocas, Elizeth, Elza Soares e Elis Regina, Simonal, Henry Mancini, Roberto Carlos, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Ed Lincoln, Bee Gees, João Gilberto, Elvis Presley, etc. Havia a música boa, brasileira ou não e ninguém perdia tempo patrulhando. Cada um na sua e procurando numa competição sadia, fazer o melhor. Lendo um livro biográfico sobre os Beatles, sorri quando Paul dizia: Eu e John não podíamos ouvir uma grande música que corríamos pra casa para tentar fazer uma melhor. Às vezes competíamos entre nós mesmos e isso fez de nós, compositores melhores. Bons tempos! Quando Dalto foi fazer parte dos Lobos, em 1968, e a banda que já era boa se tornou melhor. Baile cheio. Daí foi um pulo para um teste de gravação. “Fanny”, um charleston que ele fez em menos de 5 minutos, foi direto para as paradas em 69. Aí ele resolveu parar com tudo e terminar a faculdade de Medicina. Mas sempre compondo. Sempre dando aulas que voltou a ser seu ganha pão naqueles dias difíceis. Em 71 fez um retorno aos Lobos para defender no ultimo FIC (Festival Internacional da Canção) a musica “Eu sou eu Nicuri é o diabo” de Raul Seixas. Em 74, ao apresentar uma série de composições a EMI, na esperança de as ver gravadas, foi ele mesmo convidado para gravar duas delas, num compacto simples: “Leila Ly” e aquela que se tornou cult, “Flash back”. Sem abrir mão do seu propósito de concluir a faculdade, ao ver que o compromisso com o sucesso da carreira de cantor inviabilizava tudo, novamente se afastou e ficou no seu cantinho em Niterói. Compondo, estudando e dando aulas de violão até se formar. Em 1980, quase que por acaso (alguém teria tentado assumir a autoria da canção e a apresentou a PolyGram), viu “Bem te vi” gravação de Renato Terra, explodir no Brasil todo. Disco mais vendido naquele ano, tema de novela, 1º lugar nas paradas por meses. E não ficou só nisso. Logo em seguida “Vinho Antigo” e “Leão Ferido” gravados por Biafra, ambas, tomaram conta da rádio fazendo com que, imediatamente, gravadoras começassem a se interessar e procurar por seu repertório. Foi assim, apresentando canções, como sempre na EMI, que Miguel Plopschi o encaminhou para Renato Correa, Diretor Artístico da gravadora na época, deslumbrado com suas performances. Era 1981 e via Radio Cidade, absoluta naquela época, foi lançado “Relax”. Em 82, ao mostrar as novas composições para um outro compacto simples, a gravadora decidiu que tinha material para um LP, coisa muito difícil de ser feita por um artista novo naquele tempo. Foi aí que surgiu “Muito Estranho” nome do disco e da canção histórica. Um ano inteiro no hit parade, vários discos de ouro, platina, mais de um milhão de cópias vendidas num tempo que só Roberto Carlos alcançava esses números. No segundo LP “ Pessoa”, a música com esse nome, uma das primeiras a ter um arranjo direcionado para e com execução totalmente eletrônica, “Espelhos D’Água”, “Anjo”, asseguraram sua posição na música brasileira tanto como compositor quanto como cantor. Daí vieram em seqüência “Onde é que a gente vai?”, “Quase não dá para ser feliz”, “Jezebel” e mais de uma dezena de outras. Canções que foram gravadas ou regravadas por artistas como Ângela Maria, Altemar Dutra, MPB4, Roupa Nova, Marco Sabino, Ray Conniff, Zizi Possi, Wando, Benito de Paula, Golden Boys, Patrícia Marx, e outros. Em 94, Dalto grava o semi acústico, “Guru” com uma releitura de seus sucessos e algumas inéditas como a que dá nome ao disco. Pela gravação de “Véu dos olhos” com participação especial de Marina, ganha o premio Sharp daquele ano para melhor musica pop. Daí vieram novas regravações como as de Beto Guedes, Jorge Aragão e Emilio Santiago e Preta Gil para “Espelhos D’Água”; Simone, Roberta Miranda, KLB para “Muito Estranho”; Marina para “Pessoa”; Ira e Neguinho da Beija Flor para “Flash back” Ray Conniff e Leandro e Leonardo para “Bem te vi” para citar algumas. Em 2002, Dalto teve canções inéditas gravada por Marina, Erasmo Carlos e Daniela Mercury. Sempre compondo e fazendo shows pelo Brasil, tendo suas canções feito parte da trilha musical de dezenas de novelas, Dalto continua em busca de sua melhor música.> Dalto /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/diana titleAna Maria Siqueira Iório (Rio de Janeiro, RJ), conhecida com o nome artístico de Diana, é uma cantora e compositora brasileira, do estilo Popular/Romântico. Ganhou de seu público e da mídia os apelido carinhoso de "A Cantora Apaixonada do Brasil", “A Voz Que Emociona”, entre outros, devido ao conteúdo apaixonado e melancólico de suas canções. Diana nasceu no bairro do Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 2 de Junho, filha de D. Regina Siqueira e Sr. Osvaldo Iório. Foi no bairro do Leblon, também no Rio, que Diana cresceu. Diana iniciou sua carreira no final da década de 60, seguindo os passos da Jovem Guarda, que dominava o cenário musical jovem na época. Em 1969, gravou seu primeiro disco, um compacto simples, pela Caravelle, trazendo as canções "Menti Pra Você" (Lado A) e "Sítio do Pica-Pau Amarelo" (Lado B), ambas de sua autoria, sendo a segunda em parceria com Carlinhos (este membro do grupo Renato e Seus Blue Caps e primo de seu vocalista Renato Barros). "Menti Pra Você", carro-chefe deste disco, ficou em primero lugar na Rádio Globo por mais de 40 semanas. O tremendo sucesso de "Menti Pra Você" lhe rendeu o convite do Sr. Evandro Ribeiro, então produtor da CBS, para fazer parte do catálogo de artistas da grande gravadora. Em 1970, grava um compacto simples, pelo selo EPIC, com duas canções, intituladas "Não Chore Baby" e "Eu Gosto Dele". Diana passa a ser então produzida por Raulzito, que mais tarde seria o conhecido "Maluco Beleza" Raul Seixas. Ainda neste ano, teve duas suas composições gravadas pelos artistas Odair José e José Roberto, a saber “Mundo Feito de Saudade” e “Que Tolo Fui”. Logo no início de suas carreiras, Diana e Odair José foram viver juntos. Os dois viriam a se casar oficialmente em 1973. Em 1975 se separam, após um desentendimento, que veio a ser especulado de maneira exagerada pela mídia. Em 76 nasce a filha do casal, Clarice. Diferente do que muitos pensam, a união de Odair e Diana só foi terminar definitivamente em 1981. Recentemente entrevistado por um blog, Odair José declarou que segundo o advogado Paulo Lins e Silva, eles foram o quarto casal a obter o Divórcio no Brasil. Na carreira de Diana seguem-se ainda dois compactos, em 1971 e 1972, que vêm a abrir definitivamente as portas para Diana no mercado musical brasileiro. Diana então contratada pela CBS, cobre a vaga de Wanderléa, que deixara o cast. Diana foi um absoluto fenêmeno de vendagens. É difícil mensurar o sucesso que Diana teve quando da sua explosão. Os LP’s tinham enormes tiragens para abastecer os afoitos consumidores da música romântica. Diana foi uma estrela pop em sua época, como podemos comparar ao dia de hoje um sucesso igual ou superior que de Sandy & Junior, Wanessa Camargo, ou Ivete Sangalo. Estima-se que as cópias vendidas ultrapassem a casa dos 20 Milões de discos. Com a produção de Raul Seixas, Diana alcançou as paradas de sucesso emplacando sucessos como “Ainda Queima A Esperança”, "Uma Vez Mais", "Fatalidade", "Um Mundo Só Pra Nós", "Porque Brigamos", "Estou Completamente Apaixonada" e "Hoje Sonhei Com Você". Raul Seixas compôs várias das baladas de Diana, a maioria em parceria com Mauro Motta. Rossini Pinto, talentoso produtor e compositor capixaba, ficou por conta de versionar os sucessos internacionais da época para Diana. De sua autoria são as letras de “Fatalidade”, “Porque Brigamos”, “Tudo Que Eu Tenho”, “Canção dos Namorados”, entre outros. Partindo Raul Seixas para sua carreira solo e passando a dedicar seu tempo às suas próprias produções, em 1974 Diana troca de gravadora, também em busca de liberdade para gravar suas próprias composições, e dar vida e identidade às suas músicas com sua própria e rica interpretação. Na Polydor, grava três discos, entre 1974 e 1976. Desta áurea e produtiva fase, resultam os sucessos "Foi Tudo Culpa do Amor", "Lero-Lero", “Sem Barulho” e "Uma Nova Vida", sendo esta última uma composição que Odair José fez para Rosemary. Curiosamente, na voz de Rosemary a música não teve êxito algum, porém em 1975, gravada por Diana, foi sucesso absoluto no Brasil. Em 1978, Diana grava pela RCA seu último LP dos anos 70, fechando essa década com um lindo trabalho. Neste disco, percebe-se uma forte diferença dos primeiros produzidos por Raul Seixas; Disco extremamente elaborado, maduro e artístico, contou com os melhores músicos da época, citando de passagem o grupo de Jazz brasileiro Azymuth, Maurício Einhorn, Hélio Delmiro, Nivaldo Ornelas, José Roberto Bertrami e Oberdan Magalhães. Destaque nesse disco, seja dado à faixa "Vida Que Não Pára", composta e gravada por Odair José, interpretada de uma maneira extraordinária. Na década de 80, Diana grava alguns compactos, muitos deste bem autorais e românticos, um LP e também participa de um tributo ao cantor Evaldo Braga, onde no disco “Eu Ainda Amo Vocês” canta em dueto com Evaldo Braga a música “Só Quero”. Atualmente radicada no interior do Estado do Rio de Janeiro, Diana faz shows pelo Brasil. Embora que pouco presente na mídia, Diana é uma artista requisitada, sendo suas apresentações lotadas, com grande público. Há algum tempo, Diana enviou uma carta de seis páginas ao presidente Lula, relatando os danos e prejuízos que a classe sofre, pedindo providências para com a situação que o artista vem enfrentando no Brasil. Esta carta foi apenas respondida com uma carta padrão, dando a entender que o delicado assunto não necessita maior atenção. Diana atualmente compõem uma infinidade de canções, e ela própria cuida dos detalhes de seus shows. Está nos planos de Diana gravar um DVD em show ao vivo com seus maiores sucessos. Também está escrevendo um livro auto-biográfico, onde também pretende publicar cópia da carta ao presidente. Não muito fã de participações em televisão, Diana acata oportunidades onde possa falar de seu trabalho atual, que inclui uma mescla de teatro, poesia, e performances que tão só a artista sabe fazer. Recentemente, Diana adotou uma nova grafia para seu nome artístico, a saber, "Diannah".> Diana /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/djavan titleNascido em Maceió, capital de Alagoas, filho de uma mãe afro-brasileira e de um pai neerlando-brasileiro. Sua mãe, lavadeira, entoava canções de Ângela Maria e Nelson Gonçalves. Aprendeu violão sozinho na adolescência. Sempre gostou muito de jogar futebol. Aos dezoito anos, formou o conjunto Luz, Som, Dimensão (LSD), que tocava em bailes de clubes, praias e igrejas de Maceió. No ano seguinte, Djavan largou o futebol e passou a dedicar-se apenas à música. Em 1973 foi para o Rio de Janeiro onde teve ajuda do radialista Edson Mauro, que o apresentou a Adelzon Alves, que o levou para o produtor da Som Livre, João Mello que lhe deu a oportunidade de gravar músicas de outros artistas para as novelas da Rede Globo: "Alegre menina" (Jorge Amado e Dorival Caymmi), da novela "Gabriela"; e "Calmaria e vendaval" (Toquinho e Vinícius de Moraes), da novela "Fogo sobre terra". O reconhecimento aconteceu mesmo em 1975 quando participou do Festival Abertura e conquistou o segundo lugar com a música "Fato consumado". Seu primeiro LP foi em 1976 tendo a faixa "Flor de lis" um de seus grandes sucessos. Em 1978 sua música "Álibi" é gravada por Maria Bethânia, dando nome ao disco de maior sucesso na carreira da cantora. Em 1981 e 1982 ele recebeu o prêmio de melhor compositor da Associação Paulista dos Críticos de Arte. As composições de Djavan já foram gravadas por Al Jarreau, Carmen McRae, The Manhattan Transfer, Loredana Bertè, Eliane Elias; e, no Brasil entre outros por Gal Costa, João Bosco, Chico Buarque, Daniela Mercury, Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Sua canção de 1988, "Stephen's Kingdom", contém uma participação especial de Stevie Wonder.3 Seu álbum duplo gravado ao vivo, Djavan Ao Vivo, vendeu 1,2 milhões de cópias e sua canção "Acelerou" foi escolhida a melhor canção brasileira de 2000 no Grammy Latino.4 No ano 2000, Djavan recebeu os Prêmios Multishow de melhor cantor, melhor show e melhor CD.5 Seu álbum Matizes foi lançado em 2007 e ele partiu em turnê pelo Brasil para promovê-lo. As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas "cores". Djavan retrata muito bem em suas composições a riqueza das cores do dia-a-dia e se utiliza de seus elementos em construções metafóricas que nenhum outro compositor consegue nem mesmo ousar. As músicas de Djavan são amplas, confortáveis chegando ao requinte de um luxo acessível a todos. Até hoje Djavan é conhecido mundialmente pela sua tradição e o ritmo da música cantada. Djavan é pai dos cantores Flávia Virgínia e Max Viana e do músico João Viana.> Djavan /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/dominguinhos titleJosé Domingos de Moraes, o Dominguinhos, nasceu em Garanhuns - PE no ano de 1941 e iniciou sua carreira aos oito anos de idade. Em 1950, conheceu Luiz Gonzaga que deu ao cantor uma sanfona de presente. A partir daí, passa a seguir a melodia da sanfona. Dominguinhos inovou no sotaque da sanfona com um estilo diferenciado. Em 1956, temos o primeiro trabalho com o Rei do Baião (Luiz Gonzaga). Em 1964, lançou o primeiro LP na Catangalo de Pedro Sertanejo, um pioneiro do forró em São Paulo. Entre seus inúmeros sucessos, destaque para: Gostoso Demais, De Volta Pro Aconchego, Lamento Sertanejo entre outros.> Dominguinhos /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/dona-ivone-lara titleFormada em Enfermagem, com especialização em Terapia Ocupacional, foi assistente social até se aposentar em 1977. Nesta função trabalhou em hospitais psiquátricos, onde conheceu a dra. Nise da Silveira. Com a morte da mãe aos três anos de idade, e do pai aos doze, foi criada pelos tios e com eles aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba, ao lado do primo Mestre Fuleiro; teve aulas de canto com Lucília Villa-Lobos e recebeu elogios do marido desta, o maestro Villa-Lobos. Casou-se aos 25 anos de idade com Oscar Costa, filho de Afredo Costa, presidente da escola de samba Prazer da Serrinha, onde conheceu alguns compositores que viriam a ser seus parceiros em algumas composições, como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira. Compôs o samba Nasci para sofrer, que se tornou o hino da escola. Com a fundação do Império Serrano, em 1947, passou a desfilar na ala das baianas. Compôs o samba Não me perguntes, mas a consagração veio em 1965, com Os cinco bailes da história do Rio quando tornou-se a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de escola de samba. Aposentada em 1977, passou a dedicar-se exclusivamente à carreira artística. Entre os intérpretes que gravaram suas composições destacam-se Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paula Toller, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Mariene de Castro e Roberta Sá.> Dona Ivone Lara /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/dorival-caymmi titleDorival Caymmi, compositor baiano, nascido em 30 de abril de 1914, é responsável em grande parte pela imagem que a Bahia tem hoje em dia, seu estilo inimitável de compor e cantar influenciou várias gerações de músicos brasileiros. Em Salvador teve vários trabalhos antes de tentar a sorte como cantor de rádio, e como compositor ganhou um concurso de músicas de carnaval em 1936. Dois anos mais tarde foi para o Rio de Janeiro com o objetivo de realizar o curso preparatório de Direito e talvez arranjar um emprego como jornalista, profissão que já havia exercido em Salvador. Mas, incentivado pelos amigos, muda de idéia e resolve enveredar para a música. Primeiro, por obra do acaso, tem sua música O que é que a baiana tem? incluída no filme Banana da Terra, estrelado por Carmen Miranda. Em seguida sua música O mar foi colocada em um espetáculo promovido pela então primeira-dama Darcy Vargas. Daí em diante seu prestígio foi se ampliando. Passou a atuar na Rádio Nacional, onde conheceu a cantora Stella Maris, com quem se casou em 1940 e permanece casado até hoje. Seus filhos Dori, Danilo e Nana também são músicos. As canções que celebrizaram Caymmi versam na maioria das vezes sobre temas praieiros ou sobre a Bahia e as belezas da terra, o que colaborou para fixar, de certa forma, uma imagem do Brasil para o exterior e para os próprios brasileiros. Algumas das mais marcantes são A lenda do Abaeté, Promessa de pescador, É doce morrer no mar, Marina, Não tem solução, João Valentão, Maracangalha, Saudades de Itapoã, Doralice, Samba da minha terra, Lá vem a baiana, Suíte dos pescadores, Sábado em Copacabana, Nem eu, Nunca mais, Saudade da Bahia, Dora, Oração da Mãe Menininha , Rosa morena, Eu não tenho onde morar, Das rosas. Em 60 anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos, mas o número de versões de suas músicas feitas por outros intérpretes é praticamente incalculável. Sua obra, considerada pequena em quantidade, compensa essa falsa impressão com inigualável número de obras-primas.> Dorival Caymmi /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/elis-regina titleElis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 – São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. Era carinhosamente chamada a Pimentinha. Considerada por muitos brasileiros uma das maiores cantoras da MPB. Elis, cantora aos onze anos de idade Elis Regina nasceu na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, onde começou a carreira como cantora aos onze anos de idade em um programa de rádio para crianças chamado O Clube do Guri, na Rádio Farroupilha, apresentado por Ari Rego. Revelando enorme precocidade, aos 16 anos lançou o primeiro LP da carreira. Sobre o começo da carreira de Elis e a disputa entre quem de fato a lançou, o produtor Walter Silva disse à Folha de S. Paulo: «Poucas pessoas sabem quem realmente descobriu Elis. Foi um vendedor da gravadora Continental chamado Wilson Rodrigues Poso, que a ouviu cantando menina, aos quinze anos, em Porto Alegre. Ele sugeriu à Continental que a contratasse, e em 1962 saiu o disco dela. Levei Elis ao meu programa, fui o primeiro a tocar seu disco no rádio. Naquele dia eu disse: Menina, você vai ser a maior cantora do Brasil. Está gravado.» Década de 1960, surge uma estrela Em 1960 foi contratada pela Rádio Gaúcha, e em 1961 viajou ao Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro disco, Viva a Brotolândia. Lançou ainda mais três discos, enquanto morava em Rio Grande do Sul. Em 1964, um ano com a agenda lotada de espetáculos no eixo Rio-São Paulo, assinou um contrato com a TV Rio para participar do programa Noites de Gala; é levada por Dom Um Romão para o Beco das Garrafas sob a direção da dupla Luís Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, com os quais ainda realizaria diversas parcerias, e um casamento com Bôscoli em 1967. Acompanhada agora pelo grupo Copa trio, de Dom Um, canta no Beco das Garrafas, o reduto onde nasceu a bossa nova, e conhece o coreógrafo americano Lennie Dale, que a ensinou a mexer o corpo para cantar, tirando aquele nado que ela tinha com os braços. Participa do espetáculo Fino da Bossa organizado pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, que ficou conhecido também como Primeiro Demti-Samba, dirigido por Walter Silva, no Teatro Paramount, atual Teatro Abril (São Paulo). Ao final do mesmo ano (1964) conhece o produtor Solano Ribeiro, idealizador e executor dos festivais de MPB da TV Record. Um ano glorioso, que ainda traria a proposta de apresentar o programa O Fino da Bossa, ao lado de Jair Rodrigues. O programa, gravado a partir dos espetáculos e dirigido por Walter Silva, ficou no ar até 1967 (TV Record, Canal 7, SP) e originou três discos de grande sucesso: um deles, Dois na Bossa, foi o primeiro disco brasileiro a vender um milhão de cópias. Seria dela agora o maior cachê do show business. Estilo musical O estilo musical interpretado ao longo da carreira percorria assim o "fino da bossa nova", firmando-se como uma das maiores referências vocais deste gênero. Aos poucos, o estilo MPB, pautado por um hibridismo ainda mais urbano e 'popularesco' que a bossa nova, distanciando-se das raízes do jazz americano, seria mais um estilo explorado. Já no samba consagrou Tiro ao Álvaro e Iracema (Adoniran Barbosa), entre outros. Notabilizou-se pela uniformidade vocal, primazia técnica e uma afinação a toda prova. O registro vocal pode ser definido como de uma mezzo-soprano característico com um fundo levemente metálico e vagamente rouco. Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos, registravam índices recordes de audiência. No Festival conheceu Chico Buarque, mas acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Elis participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna, Elis Regina, Gal Costa e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher. A antológica interpretação de Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), no Festival, escreveu um novo capítulo na história da música brasileira, inaugurando a MPB e apresentando uma Elis ousada. Uma interpretação inesquecível, encenada pouco depois de completar apenas 20 anos de idade e coroada com o reconhecimento do Prêmio Berimbau de Ouro. O Troféu Roquette Pinto veio na sequência, elegendo-a a Melhor cantora do ano. Fã incondicional de Carmen Miranda, a quem prestou várias homenagens, Elis impulsionava uma carreira não menos gloriosa, possibilitando o lançamento do primeiro LP individual, Samba eu canto assim (CBD, selo Philips). Pioneira, em 1966 lançou o selo Artistas, registrando o primeiro disco independente produzido no Brasil, intitulado Viva o Festival da Música Popular Brasileira, gravado durante o festival. Mais uma vitoriosa participação no III Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), a canção O cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta), classificando-se para a finalíssima e reconhecida com o prêmio de Melhor Intérprete. Em 1968, uma viagem à Europa a lança no eixo musical internacional, conquistando grande sucesso, principalmente no Olympia de Paris, onde se tornou a primeira artista a se apresentar duas vezes num mesmo ano, naquela que é a mais antiga sala de espectáculos musicais de Paris. Foi Elis quem também lançou boa parte dos compositores até então desconhecidos, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Tim Maia, Gilberto Gil, João Bosco e Aldir Blanc, Sueli Costa, entre outros. Um dos grandes admiradores, Milton Nascimento, a elegeu musa inspiradora e a ela dedicou inúmeras composições. Anos de glória Durante os anos 70, aprimorou constantemente a técnica e domínio vocal, registrando em discos de grande qualidade técnica parte do melhor da sua geração de músicos. Patrocinado pela Philips na mostra Phono 73, com vários outros artistas, deparou-se com uma platéia fria e indiferente, distância quebrada com a calorosa apresentação de Caetano Veloso: Respeitem a maior cantora desta terra. Em julho lançou Elis. Em 1975, com o espetáculo Falso Brilhante, que mais tarde originou um disco homônimo, atinge enorme sucesso, ficando mais de um ano em cartaz e realizando quase 300 apresentações. Lendário, tornou-se um dos mais bem sucedidos espetáculos da história da música nacional e um marco definitivo da carreira. Ainda teve grande êxito com o espetáculo Transversal do Tempo, em 1978, de um clima extremamente político e tenso; o Essa Mulher em 1979, direção de Oswaldo Mendes, que estreou no Anhembi em São Paulo e excursionou pelo Brasil no lançamento do disco homônimo; o Saudades do Brasil, em 1980, sucesso de crítica e público pela originalidade, tanto nas canções quanto nos números com dançarinos amadores, direção de Ademar Guerra e coreografia de Márika Gidali (Ballet Stagium); e finalmente o último espetáculo, Trem Azul, em 1981, direção de Fernando Faro. Data desta época a frase: Neste país só duas cantam: Gal e eu. Dentre os inúmeros sucessos consagrados, estão: Arrastão, Canção do sal, Redescobrir, Aprendendo a jogar, Casa no campo, Fascinação, Maria Maria, Romaria, Cartomante, Corcovado, Upa, neguinho!, O Bêbado e a Equilibrista, Aquarela do Brasil, Águas de março, Retrato em preto e branco, Alô, Alô Marciano, Chega de Saudade, Carolina, Dinorah Dinorah, Canção da América, Travessia, Saudosa maloca, Me Deixas Louca, Aviso aos Navegantes, Folhas Secas, Tiro ao Álvaro, Iracema, Aquele Abraço, Como Nossos Pais, Doente Morena, Ensaio Geral, Fechado pra Balanço, Ladeira da Preguiça, Louvação, No Dia em que Eu Vim Embora, Meio de Campo, O Compositor Me Disse, Gracias a la vida, Oriente, Rebento, Roda, Se Eu Quiser Falar com Deus, Viramundo, dentre muitos outros. Anos de chumbo Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis Anos de chumbo, quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública em meio às declarações ou nas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, teria afirmado que o Brasil era governado por gorilas (há ainda controvérsias em relação a essa declaração. Existem arquivos dos próprios militares onde ela se justifica dizendo que isso foi criado por jornalistas sensacionalistas). A popularidade a manteve fora da prisão, mas foi obrigada pelas autoridades a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo em um estádio, fato que despertou a ira da esquerda brasileira. Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro. Outra questão importante se refere ao direito dos músicos brasileiros, polêmica que Elis encabeçou, participando de muitas reuniões em Brasília. Além disso, foi presidente da Assim, Associação de Intérpretes e de Músicos. Últimos momentos Causando grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos de idade em 19 de janeiro de 1982, devido a complicações decorrentes de uma overdose de cocaína, tranquilizantes e bebida alcoólica. Foi sepultada no Cemitério do Morumbi. «Choram Marias e Clarices... Chora a nossa pátria mãe gentil. Em busca de um sol maior, Elis Regina embarcou num brilhante trem azul, deixando conosco a eternidade de seu canto pelas coisas e pela gente de nossa terra. E uma imensa saudade. » ( Agência de Publicidade) Elis é mãe de João Marcelo Bôscoli, filho do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano. Os três enveredaram pelo ramo da música.> Elis Regina /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/engenheiros-do-hawaii titleQuatro estudantes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS - Humberto Gessinger (vocal e guitarra), Carlos Maltz (bateria), Marcelo Pitz (baixo) e Carlos Stein (guitarra) - resolveram formar uma banda apenas para uma apresentação em um festival da faculdade, que aconteceria por protesto à paralisação de aulas. Escolheram o nome Engenheiros do Hawaii para satirizar os estudantes de engenharia que andavam com bermudas de surfista, com quem tinham uma certa rixa. Começaram a surgir propostas para novos shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre juntamente com uma série de shows pelo interior do Rio Grande do Sul. A banda, em menos de quatro meses de carreira já consegue gravar duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul (1985) com diversas bandas gaúchas, em razão de uma das bandas vencedoras do concurso adicionador à coletânea ter desistido da participação do álbum na última hora. Quando a banda seguiu com seus ensaios, durante a greve da faculdade, Carlos Stein realizou uma viagem, o que acabou inviabilizando sua permanência no grupo, e, tempos depois, ele passa a integrar a banda Nenhum de Nós. Meses passaram, e os Engenheiros do Hawaii gravam o seu primeiro álbum: Longe Demais das Capitais, em 1986. O norte musical do disco apontava para um som voltado à música pop, muito próximo ao ska de bandas como o The Police e o Paralamas do Sucesso. Destacam-se as canções "Toda Forma de Poder" e "Segurança", que foram temas de novela, além de "Sopa de Letrinhas" e "Longe Demais das Capitais". Antes de começarem as gravações do segundo disco, Marcelo Pitz deixa a banda por motivos pessoais. Com Gessinger assumindo o baixo, entra o guitarrista Augusto Licks, que havia trabalhado com Nei Lisboa, conhecido músico gaúcho. Os Engenheiros lançam o disco A Revolta dos Dândis, em 1987. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no rock progressivo, com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação. Os arranjos musicais são influenciados pelo rock dos anos 60, as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de filósofos, como Camus e Sartre. Destaque para os hits "Infinita Highway", "Terra de Gigantes", "Refrão de Bolero" e a faixa título, dividida em duas partes. Começam os shows para grandes platéias nos centros urbanos do país, como o festival Alternativa Nativa, realizado entre 14 e 17 de junho de 1987. A partir desta data, os Engenheiros encheriam ginásios e estádios pelo Brasil afora. Porém, houve polêmicas e a banda chegou mesmo a ser acusada de elitista e fascista pelo conteúdo de suas letras. As polêmicas se intensificaram quando membros da banda se apresentaram com camisetas estampadas com a Estrela de Davi e a cruz suástica nazista. O disco seguinte, Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém, de 1988, pode ser visto como uma continuidade do anterior, tanto pelo trabalho da capa do álbum como pelo tema e estilo de suas canções. Destaque para as músicas "Somos Quem Podemos Ser", "Cidade em Chamas", "Tribos & Tribunais", a faixa-título e "Variações Sobre o Mesmo Tema", esta última uma homenagem à banda Pink Floyd, com sua estética progressiva e dividida em três partes. O álbum também marca a saída dos Engenheiros da cidade de Porto Alegre, indo morar no Rio de Janeiro. Consolidada a nova formação, os Engenheiros lançam Alívio Imediato, de 1989, quarto disco da banda e o primeiro registro "ao vivo". Suas canções mostram uma retrospectiva de suas principais canções e as novas perspectivas a serem incorporadas, em especial o som mais eletrônico, presente na faixa título e na música "Nau à Deriva", ambas gravadas em estúdio e as demais gravadas ao vivo no Canecão, no Rio de Janeiro. O disco seguinte, O Papa é Pop, de 1990 consolida a mudança de sonoridade da banda. Puxados pelo sucesso "Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones", regravação de uma velha canção do grupo Os Incríveis, e a faixa-título, o quinto disco dos Engenheiros investe no som progressivo, calcado nos solos de guitarra de Licks e em uma base mais eletrônica de teclados e bateria. Gessinger passa a assumir também os teclados da banda e começam a surgir as baladas "piano e voz" da banda. São dele as canções "A Violência Travestida Faz Seu Trottoir", "O Exército de Um Homem Só" (dividida em duas partes), "Pra Ser Sincero" e "Perfeita Simetria". Em meio aos novos sucessos, uma antiga canção, "Refrão de Bolero", oriunda do segundo disco, "A Revolta dos Dândis", também era bastante executada pelas rádios. Aclamados pelo público e massacrados pela crítica, os Engenheiros do Hawaii consagram-se no Rock in Rio II, arrancando elogios do jornal americano New York Times, apesar de ignorados pela Folha de São Paulo. O ano de 1991 marca o lançamento do sexto disco, Várias Variáveis, que completa a trilogia iniciada no segundo e terceiro discos da banda. Há redução dos efeitos eletrônicos e a retomada de um som mais rock'n'roll, mas não repete o mesmo sucesso do anterior, mesmo tendo a canção "Herdeiro da Pampa Pobre", regravação de um antigo sucesso de Gaúcho da Fronteira, bastante executada nas rádios. Este é um dos discos que contém as melhores letras do grupo, porém, o som não é o forte do álbum, sendo o mesmo questionado hoje até pelo próprio Gessinger. Pode-se dizer que foi um disco seminal, pois canções como "Piano Bar", "Muros & Grades" e "Ando Só", em regravações em outros discos, estabeleceram-se como algumas das melhores da banda. No ano seguinte, 1992, é lançado o sétimo disco, Gessinger, Licks e Maltz, ou GLM, inspirado no famoso logotipo ELP de Emerson, Lake, And Palmer. O som continua mesclando elementos de MPB e rock progressivo, com destaque para as canções "Ninguém Ninguém", "A Conquista do Espaço", "Pose (Anos 90)" e "Parabólica", canção que Gessinger fez em homenagem a sua filha Clara, nascida em fevereiro do mesmo ano. O oitavo disco dos Engenheiros é o semi-acústico Filmes de Guerra, Canções de Amor, de 1993, gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. A banda considerava este disco como acústico, pois condicionava tal formato à ausência de bateria e às guitarras semi-acústicas. Na época não existia a febre de acústicos gravados pelos grandes nomes nacionais, o que denota o caráter visionário da banda. O disco foi gravado ao vivo por uma decisão da banda de gravar um álbum ao vivo a cada três álbuns, uma idéia da banda Rush, que faz o mesmo. Com guitarras acústicas, percussão, piano, acordeão e participação da Orquestra Sinfônica Brasileira em três faixas, regida por Wagner Tiso, as velhas canções – como "Muros & Grades", "O Exército de Um Homem Só" e "Crônica" – e novas composições – como "Mapas do Acaso" e "Quanto Vale a Vida?", ganharam arranjos que apontavam para o blues, a música folclórica gaúcha e a erudita, ressaltando a excelente qualidade das letras dos Engenheiros do Hawaii. A banda chegou a participar, ainda no mesmo ano, do festival Hollywood Rock Brasil, junto com os brasileiros do Biquini Cavadão, De Falla, Dr. Sin e Midnight Blues Band. Entretanto não foram bem recepcionados e receberam muitas vaias. Eles se apresentaram no mesmo dia de L7 e Nirvana O ano de 1993 marca também a primeira excursão dos Engenheiros pelo Japão e Estados Unidos da América. Porém, no final deste mesmo ano, discussões e rixas internas acabaram por resultar na saída do guitarrista Augusto Licks. Inicia-se uma longa disputa jurídica pela marca "Engenheiros do Hawaii", tendo Gessinger e Maltz finalmente ficado com o nome da banda. O passo seguinte foi remontar os Engenheiros, com a entrada do guitarrista Ricardo Horn. Como ao vivo a coisa não ficou a contento, posteriormente, também ingressam na banda: Paolo Casarin (acordeão e teclados) e o guitarrista Fernando Deluqui (ex-RPM). Após dois anos sem gravar, os Engenheiros lançam o álbum Simples de Coração, em fins de 1995. O som é mais pesado, com climas regionais gaúchos dados pelo acordeão de Casarin. Destaque para as canções "A Promessa", "A Perigo", "Lance de Dados", "Ilex Paraguariensis" e "Simples de Coração". Havia ainda a canção "O Castelo dos Destinos Cruzados", em que o baterista Maltz assume os vocais. O disco Simples de Coração também teve uma versão em inglês, que não chegou às vendas. Os fãs mais assíduos têm apenas as MP3s. Paralelamente às gravações do Simples de Coração, Gessinger monta o trio "33 de Espadas", para tocar música instrumental. Ao fim da turnê de Simples de Coração, a banda passou por uma grave crise, pois a formação "quinteto" era temporária. Longe do sucesso de outros tempos, os Engenheiros começam a pensar em seguir outros caminhos. O "33 de espadas" faz sua estréia já com a formação que viria se chamar "Gessinger Trio", tendo Luciano Granja na guitarra e Adal Fonseca na bateria. O grupo lançou o disco, também intitulado "Gessinger Trio" (HG3), em 1996. O clima enxuto do disco, basicamente com bateria, baixo e guitarra, lembra os primeiros trabalhos de Gessinger, como exemplificam as canções "Vida Real", "Freud Flintstone", "De Fé" e "O Preço". Paralelo à esse fato, Carlos Maltz envolve-se numa trilha mística e resolve abandonar os Engenheiros. A partir daí, o baterista monta o grupo "A Irmandade". Durante a turnê do Gessinger Trio, há uma constante troca de nome das bandas. Os shows que deveriam ser anunciados como HG3 ainda eram apresentados como Engenheiros do Hawaii. A verdade é que para um produtor anunciar um show dos Engenheiros do Hawaii, banda nacionalmente conhecida era muito mais fácil e rentável que apresentar como Gessinger Trio, nome absolutamente desconhecido. Reconhecendo que era inviável seguir com o nome da nova banda, Gessinger volta a admitir-se como engenheiro do Hawaii. Para que haja alguma diferença entre o Gessinger Trio e o "novo" engenheiros do Hawaii, ele convida Lúcio Dorfmann a assumir os teclados do grupo, configurando um novo som ao grupo, bem próximo ao pop que predominava no mercado musical da época. O disco Minuano, de 1997, marca a volta dos Engenheiros com este nome. O disco, que mescla influências regionalistas, tecnologia e que conta com arranjos de violino que lembram o folk, tornam este o disco mais leve e com a sonoridade mais vaga da banda. Emplaca o sucesso "A Montanha", além de outras belas canções como "Nuvem", "Faz Parte" e "Alucinação", uma cover para uma antiga canção de Belchior. O disco seguinte, Tchau Radar!, de 1999, exibe um Engenheiros mais maduro, onde as influências musicais da banda ficam mais evidentes (folk rock, rock'n roll dos anos 60, rock progressivo e MPB) com belas composições de Gessinger, como "Eu Que Não Amo Você'", "Seguir Viagem" e "3X4" além de duas covers: "Negro Amor" ("It's All Over Now Baby Blue", de Bob Dylan) e "Cruzada" (de Tavinho Moura e Marcio Borges), esta contando com arranjos de orquestra, como é comum em várias faixas do álbum. Da turnê de Tchau Radar!, surgiu o terceiro disco "ao vivo" da banda, e o décimo segundo de sua carreira: 10.000 Destinos. Novamente, Gessinger repassa o repertório consagrado da banda em novas versões divididas em um set acústico e um elétrico e conta com a participação de Paulo Ricardo, cantando "Radio pirata" do RPM, e do gaiteiro Renato Borghetti nas canções "Refrão de um Bolero" e "Toda Forma de Poder". Como faixas-bônus, gravadas em estúdio, acompanham as inéditas "Números" e "Novos horizontes", além do cover "Quando o Carnaval Chegar", de Chico Buarque. Este álbum também rendeu o primeiro DVD e terceiro VHS da banda, também intitulado 10.000 destinos. Alguns meses após a apresentação no Rock in Rio III, Lúcio, Adal e Luciano saem da banda e montam outro grupo, a Massa Crítica, mudando novamente a formação dos Engenheiros Lúcio, Adal e Luciano são substituídos por Paulinho Galvão (guitarra), Bernardo Fonseca (baixo) e Gláucio Ayala (bateria). Gessinger volta a tocar guitarra, após 14 anos responsável pelo contrabaixo dos Engenheiros. Com essa nova formação eles regravam algumas músicas da banda e lançam uma re-edição de seu último disco, agora intitulado 10.001 Destinos. Duplo, traz as mesmas faixas do disco precursor, e novas versões de estúdio das canções "Novos Horizontes", "Freud Flinstone", "Nunca Se Sabe", "Eu Que Não Amo Você", "A Perigo", "Concreto e Asfalto" e "Sem você (É Foda!)". Começava com esta formação, seguindo novamente o mercado musical (quando bandas mais pesadas começaram a ter mais espaço), de som mais limpo e pesado. Isso se confirma em 2002, com o lançamento do disco Surfando Karmas & DNA, disco que consolida a nova fase da banda, e que tem a participação especial do ex-Engenheiros Carlos Maltz na faixa "E-stória". São destaques do disco a faixa título e as canções "Terceira do Plural", "Esportes Radicais", "Ritos de Passagem" e "Nunca Mais". Há influência do punk rock e pop rock nas novas canções. O disco seguinte, Dançando no Campo Minado, de 2003, mantém a regra: sonoridade muito similar ao seu antecessor com músicas curtas, guitarras pesadas e poesia crítica de Gessinger denunciando os males da globalização, da desilusão política e ideológica e da guerra, nas canções "Fusão a Frio", "Dançando no Campo Minado", "Dom Quixote" e "Segunda Feira Blues" (partes I e II, esta última novamente com a participação de Carlos Maltz), porém, convivendo com um certo otimismo na parte mais emotiva da vida. Emplaca nas rádios a canção Até o Fim. Para comemorar os vinte anos de banda, completados em 2005, os Engenheiros do Hawaii lançaram o CD e DVD Acústico MTV. O acústico tem as participações especiais dos músicos Humberto Barros (órgão hammond) e Fernando Aranha (violões). Este último já havia feito uma participação especial, tocando uma música do CD dançando no campo minado. O acústico conta com a participação especial de Carlos Maltz, que divide a voz com Gessinger na canção "Depois de Nós", de sua própria autoria. O disco conta com a participação de Clara, filha do vocalista, na canção "Pose" (executada com grande parte da letra cortada, fato que se repete na história da banda). Também são gravadas canções do Gessinger Trio como "O Preço" e "Vida Real" (esta última música de trabalho). Por fim, acrescentam-se ainda as canções inéditas "Armas Químicas e Poemas" e "Outras Frequências". Fernando Aranha, assume o posto de guitarrista da banda. Humberto Barros, que não seguiu na turnê com os Engenheiros porque tinha compromisso com o Kid Abelha, foi substituído pelo jovem músico Pedro Augusto nos teclados. Este acaba sendo efetivado no disco seguinte. O novo disco foi gravado nos dias 30 e 31 de maio de 2007, em São Paulo, no Citibank Hall, e foi lançado em agosto de 2007 com nove faixas inéditas, além de nove regravações. O disco quebrou a seqüencia de a cada 3 discos em estúdio, ser gravado um "ao vivo". Também foi palco de novas experiências para Gessinger, como a viola caipira que usa em algumas músicas do álbum. Segundo ele, se tivesse que rever todas as obras dos Engenheiros do Hawaii, 'Novos Horizontes' é o que não mexeria em nada. Destaque maior para as faixas inéditas "Guantánamo", "Coração Blindado", "No Meio de Tudo, Você" e "Quebra Cabeça". No fim de 2007, o então baixista Bernardo Fonseca sai da banda e Humberto Gessinger assume o baixo. Desde então a banda voltou a utilizar guitarras em seus shows. No ano de 2008, após shows pelo Brasil inteiro, a banda termina a turnê acústica, começada em 23 de julho de 2004 com o lançamento do Acústico MTV. Junto com a turnê termina, pelo menos temporariamente, os Engenheiros do Hawaii. O vocalista e líder da banda, Humberto Gessinger deu uma declaração no www.engenheirosdohawaii.com.br, site oficial do grupo, que os planos de retorno da banda são somente no ano de 2010, quando serão comemorados os 25 anos dos Engenheiros. Neste intervalo Gessinger se dedicará ao Pouca Vogal, parceria com Duca Leindecker, vocalista do Cidadão Quem. Juntos eles cantam novas baladas e grandes sucessos de suas bandas.> Engenheiros Do Hawaii /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/erasmo-carlos titleInício da carreira Participou efetivamente junto com Roberto Carlos e com Wanderléa do programa Jovem Guarda onde tinha o apelido de Tremendão, imitando as roupas e o estilo de seu ídolo Elvis Presley. Seus maiores sucessos como cantor nessa fase foram "Gatinha Manhosa" e "Festa de Arromba". Com o término do movimento, entrou em crise, mas conseguiu se recuperar com a ajuda de seu parceiro Roberto Carlos e de sua esposa, Narinha. Nessa fase de transição fez sucesso cantando "Sentado à Beira do Caminho" e "Coqueiro Verde". O disco Erasmo Carlos e Os Tremendões já é um trabalho transitório na carreira do artista. O LP, de 1969, traz interpretações muito peculiares de canções de compositores da MPB, como "Saudosismo", de Caetano Veloso e "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso (lançada no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa em que Erasmo atua com Roberto e Wanderléa) e "Teletema" (canção originalmente interpretada por Regininha, sucesso por ter sido tema da novela Véu de Noiva, da Rede Globo), de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, além da primeira gravação de "Sentado à Beira do Caminho". Na década de 1970, Erasmo assina com a Polygram. A primeira metade da década mostra o Tremendão num estilo bem diferente da Jovem Guarda. Influenciado pela cultura hippie e pelo soul, lança Carlos, Erasmo em 1971. O disco, que abre com "De Noite na Cama", escrita por Caetano Veloso especialmente para ele, traz uma polêmica ode à maconha, em "Maria Joana". O existencialismo prossegue em seus outros LPs dos anos 70: 1941-1972 - Sonhos e Memórias, 1990 - Projeto Salvaterra e Banda dos Contentes. "Sou uma Criança, Não Entendo Nada", "Cachaça Mecânica" e "Filho Único" são algumas canções de destaque no período. Pelas Esquinas de Ipanema, seu LP de 1978, inclui uma impactante canção que denuncia o descaso do homem com a ecologia: "Panorama Ecológico". Em 1971, participa do filme Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora, de Roberto Farias. Erasmo Carlos começa os anos 80 com um projeto ambicioso. Erasmo Carlos Convida... é um pioneiro projeto no Brasil. Foram 12 canções interpretadas em dueto com artistas como Nara Leão, Maria Bethânia, Gal Costa, Wanderléa, A Cor do Som, As Frenéticas, Gilberto Gil, Rita Lee, Tim Maia, Jorge Ben e Caetano Veloso. A faixa de abertura do álbum foi a que teve maior destaque nas rádios: "Sentado à Beira do Caminho", com Roberto Carlos. No ano seguinte, o LP Mulher tem uma grande repercussão com as canções "Mulher (Sexo Frágil)" (escrita com sua mulher, Narinha), "Pega na Mentira" e "Feminino Coração de Deus" (de Sérgio Sampaio). O sucesso na mídia, que continuou com Amar Pra Viver ou Morrer de Amor (1982), trouxe uma cobrança para Erasmo: assim como o parceiro Roberto Carlos (no auge do sucesso), ele deveria lançar um trabalho inédito todos os anos. "Lentinha, para tocar no rádio", como disse o cantor ao relembrar seus discos na época. Embora seja a década com mais lançamentos de trabalhos novos, Erasmo tem algumas ressalvas sobre os seus discos a partir da segunda metade da década - Buraco Negro (1984), Erasmo Carlos (1985), Abra Seus Olhos (1986) e Apesar do Tempo Claro... (1988). O disco de 1988 seria seu último na Polygram. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que numa participação especial diminuta, no coro da versão brasileira de "We Are the World", o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África, ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca d´Água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi, no entanto, criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Em 1989, ele ainda faria o álbum ao vivo Sou uma Criança, com participações de Léo Jaime e dos grupos Kid Abelha e João Penca e Seus Miquinhos Amestrados e lançados pela pequena gravadora SBK. Nos anos 90, o trabalho de Erasmo apareceu de forma bissexta na canção. Além de sempre assinar com Roberto Carlos as canções feitas para seus discos anuais, ele lançou dois discos. Homem de Rua, lançado pela Sony Music em 1992, chegou a ter repercussão com a faixa-título, que fez parte da trilha da telenovela De Corpo e Alma, mas a canção era tema do personagem de Guilherme de Pádua, que, ao lado da esposa Paula Tomás, assassinou a atriz Daniela Perez, num crime que chocou o país. Outra gravação de destaque foi "A Carta", na qual Erasmo cantou com Renato Russo. Em 1995, ele voltou a ter destaque nas comemorações dos trinta anos da Jovem Guarda, que rendeu discos e shows. No ano seguinte, Erasmo gravou o álbum É Preciso Saber Viver, com regravações de canções de seu repertório. O destaque foi para "Do Fundo do Meu Coração", dueto com Adriana Calcanhotto. Somente em 2001 Erasmo voltaria a lançar um disco novo. Pra Falar de Amor traz interpretações dele para canções apenas suas, além de cançòes de Kiko Zambianchi e Marcelo Camelo. O destaque é "Mais um na Multidão", dueto com Marisa Monte e de autoria de Erasmo Carlos, Marisa Monte e Carlinhos Brown. No ano seguinte, ele lançou seu primeiro DVD ao vivo, além de um CD duplo. No início de 2004, ele lançou seu trabalho mais autoral: Santa Música, com doze canções de autoria apenas de Erasmo Carlos. Além da faixa-título, destaca-se a faixa "Tim", feita em homenagem a Tim Maia. Em 2007, Erasmo novamente lançou um disco no qual recebe convidados. Erasmo Carlos Convida, Volume II apresenta novos encontros musicais em que Erasmo interpreta parcerias dele com Roberto. Adriana Calcanhotto, Lulu Santos, Simone, Marisa Monte, Milton Nascimento e as bandas Skank e Los Hermanos estão entre os convidados. A faixa de maior destaque nas rádios é "Olha", cantada com Chico Buarque, e tema da novela das 21 horas, Paraíso Tropical, da Rede Globo. Também em 2007, Erasmo compôs a faixa de abertura de SóNós, o segundo disco-solo da vocalista do Kid Abelha, Paula Toller.> Erasmo Carlos /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/evaldo-braga titleO ídolo negro Evaldo Braga O cantor Evaldo Braga viveu apenas 25 anos, pois sua estada nesse planeta foi interrompida bruscamente num acidente na noite de 31 de janeiro de 1973. Não teve pais conhecidos, tendo sido criado num orfanato fluminense, juntamente com o ex-jogador de futebol Dadá Maravilha. Sua mãe, uma prostituta da cidade de Campos, o abandonou numa lata de lixo. Foi nela que se inspirou para compor seu maior sucesso, “Eu Não Sou Lixo”. Boêmio, alcoólico, morreu num acidente automobilístico na BR-03 (Rio-Bahia), após tentativa de ultrapassagem forçada segundo populares. Importante ressaltar que no momento do acidente Evaldo Braga não dirigia o carro, e sim seu motorista. Seu túmulo é um dos mais visitados pelos fãs no feriado de Finados no Cemitério do Caju, Rio de Janeiro. Trabalhou por muito tempo como engraxate, nas portas de rádios e gravadoras. Foi com o emprego que conheceu diversos artistas, tal como Nilton César, que ofereceu a primeira chance de emprego no meio artístico, como seu divulgador. Foi como divulgador que conheceu Edson Wander e apareceu pela primeira vez no ramo musical, compondo “Areia no meu Caminho” juntamente com Reginaldo José Ulisses.> Evaldo Braga /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/exalta-samba titleainda nao disponivel> Exalta Samba /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/fabio-jr titleFábio Correa Ayrosa Galvão, conhecido como Fábio Júnior ou Fábio Jr. (São Paulo, 21 de novembro de 1953) é um cantor de música popular romântica e um ator brasileiro. Teve vários papéis de protagonista na Rede Globo. Atualmente, esta sem fazer novelas desde de 1998, seu último trabalho foi na novela Corpo Dourado. Biografia Começou na música tocando com os irmãos em grupos como Os Colegiais, Os Namorados, Bossa 4 e Arco-Íris e, mais tarde (em 1971) se lançou em carreira solo gravando canções em inglês (com pseudônimos como Uncle Jack e Mark Davis, sendo que como o último teve um hit, "Don't Let Me Cry", de 1973). Adotou o pseudônimo de Fábio Júnior para não ser confundido com o ator Flávio Galvão e começou a apresentar, ao lado do cantor Sílvio Brito, o programa Hallelluyah!, na extinta TV Tupi. A televisão foi um meio fundamental para a carreira de Fábio. Gravou seu primeiro compacto como Fábio Júnior em 1975. No ano seguinte, participou de sua primeira telenovela, Despedida de Casado, que foi censurada. Sua estréia na tela se deu na novela Nina, mas uniu seus dois talentos em um Caso Especial chamado "Ciranda Cirandinha", na Rede Globo, que se tornou série. No episódio "Toma que o Filho é Teu" lançou a música "Pai", que inspirou a novela Pai Herói, em 1979. Até hoje, esta é sua canção mais emblemática. Em 1980 atuou pela única vez no cinema ,no filme Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues. Seu primeiro LP foi lançado em 1981, mas Fábio Júnior não abandonou a carreira de ator, trabalhando nas novelas Cabocla, em 1979, Água Viva, em 1980, O Amor é Nosso, em 1981 e Louco Amor, em 1983, todas na Rede Globo. Em 1983 gravou seu primeiro especial para a TV (Nunca Deixe de Sonhar) e passou a se dedicar somente à carreira de cantor, cuja tradição em baladas românticas já haviam lhe dado o epíteto de sucessor de Roberto Carlos. O casamento com a atriz Glória Pires (garantindo o papel de "casal perfeito", que os levou a representar Romeu e Julieta em um especial de televisão) também garantiu os holofotes necessários ao cantor. Em 1982 nasceu sua primeira filha, a também atriz Cléo Pires. Em 1985 voltou à TV com a novela Roque Santeiro e trocou a Som Livre pela CBS. Na nova gravadora, passou a dedicar-se à sua carreira em castelhano, que culminou em 1987, quando ganhara o prêmio "Antorcha de Plata" (Tocha de Prata) no festival chileno de Viña del Mar. Nesse mesmo ano gravou a canção "Sem limites pra sonhar" com a cantora britânica Bonnie Tyler (que cantava a parte da letra em inglês). Fábio Júnior é pai da também atriz Cleo Pires, fruto do casamento com Glória Pires. É também pai de Krizia, Tainá e Filipe Galvão, frutos do seu casamento com Cristina Karthalian. Teve um casamento relampago com a atriz Patrícia de Sabrit que só durou 3 meses. Casou-se pela sexta vez no dia 1 de setembro de 2007 com a modelo Mari Alexandre.> Fabio Jr /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/fagner titleCearense de Orós, aos 5 anos ganhou um concurso infantil na rádio local. Na adolescência formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria sua e de Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra. Mudou-se para Brasília em 1971, classificando-se em primeiro lugar no Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com "Mucuripe" (com Belchior). Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, que tinha, do outro lado, Caetano Veloso interpretando "Asa Branca". O primeiro LP, "Manera, Fru-fru, Manera", veio em 1973 pela Philips, incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles. Mais tarde fez a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto. De volta ao Brasil, lança outros LPs na segunda metade dos anos 70, combinando um repertório romântico a partir de "Raimundo Fagner", de 1976, com a linha nordestina de seu trabalho. Ao mesmo tempo grava músicas de sambistas, como "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola. Outros trabalhos, como "Orós", disco que teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal, demonstram uma atitude mais vanguardista e menos preocupada com o sucesso comercial. Nas décadas de 80 e 90 seus discos se dividem entre o romântico e o nordestino, incluindo canções em trilhas de novelas e tornando Fagner um cantor conhecido em todo o país, intérprete e compositor de enormes sucessos, como "Ave Noturna" (com Cacá Diegues), "Astro Vagabundo" (com Fausto Lindo), "Última Mentira" (com Capinam), "Asa Partida" (com Abel Silva), "Corda de Aço" (com Clodô), "Cavalo Ferro" (com Ricardo Bezerra), "Fracassos", "Revelação" (Clodô/ Clésio) "Pensamento", "Guerreiro Menino" (Gonzaguinha), "Deslizes" (Sullivan/ Massadas) e "Borbulhas de Amor".> Fagner /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/fernando-mendes titleCom a música “Cadeira de Rodas”, gravada em 1975, Fernando Mendes atingiu o ápice de sua carreira. A canção que fazia parte de seu terceiro LP vendeu mais de 250 mil cópias e lhe rendeu diversos prêmios, entre eles discos de ouro. Mineiro de Conselheiro Pena, Luiz Fernando Mendes Ferreira, seu nome de batismo, apresentou-se pela primeira vez na televisão no programa do Chacrinha, logo após gravar ‘A desconhecida’, música que estava presente num compacto simples, lançado em1972. A partir daí sua carreira deslanchou. O cantor e compositor passou a figurar nas paradas e fez sucesso em outros países. Em seu primeiro LP, gravou ‘Recordações’ e num compacto-duplo, ‘Caminho incerto’. Em 74, o artista repetia o êxito com ‘Ontem, hoje, amanhã’, e dois anos depois, com ‘A menina da calçada’ e ‘Sorte tem quem acredita nela’, tema da novela ‘Duas Vidas’. Fernando Mendes gravou também músicas de outros artistas consagrados como Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes e Ednardo. Em homenagem para o movimento da Jovem Guarda, regravou no final dos anos 70, ‘Festa de arromba’. No ano de 78, o sexto LP contou com a participação especial de Luiz Gonzaga em ‘Baiao collection’. Um ano mais tarde, recebeu os prêmios Villa Lobos e da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos) pela composição ‘Você não me ensinou a te esquecer’, que impulsionou as vendas d0 LP de mesmo nome, tornando-se o mais vendido naquele ano. O artista também foi alvo da censura, em 74, ao gravar ‘Meu pequeno amigo’, referência ao caso do sequestro do menino Carlinhos. Ao todo, Fernando Mendes lançou mais de 25 LPs, sendo seis coletâneas, cerca de 20 CDs e um DVD.> Fernando Mendes /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/gaby-amarantos titleNascida e criada na periferia de Belém, bairro do Jurunas, Gabriela Amaral dos Santos já nasceu na música. Suas origens são de uma família de sambistas, onde desde pequena já cantava e dançava nas rodas de samba da família. Gaby é uma pessoa alegre, para ela não existe dia ruim. Antes de cantora profissional, a Gabriela foi coreógrafa de quadrilha, fez cursos de teatro e chegou a fazer pequenas apresentações na comunidade. Canta desde os 15 anos – começou na Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, no bairro onde nasceu. Mas, apenas quando completou 18 anos, teve permissão para cantar nos bares da cidade, e assim começou a se apresentar cantando clássicos da MPB. A rainha do Tecnobrega foi influenciada por cantoras como Clara Nunes, Ella Fitzgerald e Billie Holiday e pelos bregas Francis Dalva e Reginaldo Rossi – mas deixa claro que a sua maior influência está no bairro em que nasceu, onde tudo toca ao mesmo tempo. O destaque de Gaby Amarantos começou quando ela resolveu formar a banda Tecno Show, no ano de 2002. À frente do grupo, ela sugeriu introduzir riffs acelerados de guitarra brega tradicional com a adição de batidas eletrônicas, na banda, como faziam, ao mesmo tempo, os cantores Tony Brasil e Jurandir. Assim surgia o Tecnobrega. Em 2003, o grupo lançou seu primeiro CD, com o grande sucesso “Gemendo” e “Não vou te Deixar”. Logo depois do lançamento, a banda se destacou nacionalmente, se apresentando pela primeira vez em um dos programas mais populares da TV brasileira, o Domingão do Faustão. No ano seguinte, o Tecno Show divulgou seu segundo álbum, o “Reacendendo a Chama”. A banda ia conquistando cada vez mais o seu público. O último trabalho gravado foi em 2005, um DVD ao vivo. O show ao vivo foi realizado em uma das casas de shows mais tradicionais da cidade, A Pororoca. A Tecnoshow chegou a vender mais de 100 mil cópias de discos. Em 2009, a Gaby resolveu sair da banda, no período em que engravidou do seu único filho, Davi. A maternidade fez com que a cantora refletisse mais sobre sua vida profissional e assim sentiu necessidade de montar a sua carreira solo. Carreira Solo Logo que a cantora se dedicou a carreira solo, no ano de 2010, foi convidada a participar do programa do Faustão pela segunda vez, lançando o sucesso “Hoje eu tô Solteira” – foi anunciada por Fausto Silva como a Beyoncé do Pará. Já no último ano, a rainha do Tecnobrega voltou sua atenção para a gravação do seu primeiro CD solo. Trabalhou no disco, fez vários shows pelo Brasil, fez parcerias, gravou um videoclipe e até um DVD ao vivo no bairro do Jurunas, que teve direção de Priscilla Brasil e Vincent Moon. A primeira música disponibilizada, “Xirley”, já conquistou todo o Brasil e ganhou até um videoclipe, dirigido por Priscilla Brasil. A música e o clipe foram alvos da mídia e do público geral por suas referências feitas ao mercado informal do Tecnobrega e a pirataria. Mercado que muitos não conheciam antes de Gaby. Durante algum tempo, o ritmo paraense ficou escondido no próprio estado e ficou marcado como o som da periferia de Belém, mas hoje Gaby está colhendo o sucesso que plantou. Recentemente, a cantora se destacou na mídia mundial como rainha do Tecnobrega, tem se apresentado em vários programas populares e é referência na música brasileira. Foi elogiada por Nelson Motta, Hermano Vianna, além de outros críticos musicais. Gabriela Amaral dos Santos, que antes fazia um som que se limitava na periferia Pará, hoje é tida como a esperança da música nacional. O Tecnobrega se popularizou, o gênero quebrou barreiras e conquistou o público. Prova disso são as notícias que de todos os lugares do mundo sobre a cantora. Nem os clubes da Europa resistiram ao som inovador. Gaby está entre as 100 pessoas mais influentes do ano de 2011, assim como tem Gaby entre os discos mais aguardadospra este ano. Ainda teve Gaby Amarantos, em rede nacional, iniciando 2012. A cantora foi a atração principal do programa do Faustão no primeiro dia do ano. A diva ganha cada vez mais os carinhos de todos e conquista fãs, essencial para o seu sucesso. Ela, que é católica, agradece diariamente a Deus por todo o incentivo e carinho recebido do seu público. O seu primeiro álbum solo “Treme”, aguardado por todos, está com o lançamento agendado para o primeiro semestre, logo após o Carnaval. O disco foi dirigido por Carlos Eduardo Miranda e produzido por Féliz Robatto. O “Treme” conta com composições da própria Gaby e dos músicos, Zé Cafofinho, Betinho Isabelense e Viviane Batidão, Ronaldo Silva, Felipe Cordeiro, Joe Benassi e Maderito.> Gaby Amarantos /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/gal-costa titleGal Costa, nome artístico de Maria da Graça Costa Penna Burgos, (Salvador, 26 de setembro de 1945) é uma cantora brasileira.Já vendeu cerca de 500 Milhões de discos ao longo de sua carreira. Gal Costa é filha de Mariah Costa Pena, falecida em 1993 que foi sua grande incentivadora, e Arnaldo Burgos. Sua mãe contava que durante a gravidez passava horas concentrada ouvindo música clássica, como num ritual, com a intenção de que esse procedimento influísse na gestação e fizesse que a criança que estava por nascer fosse, de alguma forma, uma pessoa musical. Gal jamais conheceu o seu pai, que faleceu quando ela tinha por volta de 15 anos. Por volta de 1955 se torna amiga das irmãs Sandra e Dedé (Andréia) Gadelha, futuras esposas dos compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente. Em 1959 ouve pela primeira vez o cantor João Gilberto cantando Chega de saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais) no rádio; João também exerceu uma influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos. Em 1963 é apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, inciciando-se a partir uma grande amizade e profunda admiração mútua que perdura até hoje. Carreira Gal estreou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo Nós, por exemplo (22 de agosto de 1964), que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador. Nesse mesmo ano participou de Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, no mesmo local e com os mesmos parceiros. Deixa Salvador para viver na casa da prima Nívea, no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Maria Bethânia, que havia estourado como cantora no espetáculo Opinião. A primeira gravação em disco se deu no disco de estréia de Maria Bethânia (1965): o duo Sol Negro (Caetano Veloso), seguido do primeiro compacto, com as canções Eu vim da Bahia, de Gil, e Sim, foi você, de Caetano - ambos lançados pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG) - gravadora à qual Gal retornaria em 1984, com o álbum Profana. No fim do ano conhece João Gilberto pessoalmente. Participou do I Festival Internacional da Canção, em 1966, interpretando a canção Minha senhora (Gilberto Gil e Torquato Neto), que não emplacou. O primeiro LP foi lançado em 1967, ao lado do também estreante Caetano Veloso, Domingo, pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), permanecendo neste selo até 1983. Desse disco fez grande sucesso a canção "Coração vagabundo", de Caetano Veloso. Participou também do III Festival de Música Popular Brasileira defendendo as canções Bom dia (Gilberto Gil/Nana Caymmi) e Dadá Maria (Renato Teixeira), esta última em dueto com o Sílvio César no Festival e com Renato Teixeira na gravação. Em 1968 participou do disco Tropicália ou Panis et Circencis (1968), com as canções Mamãe coragem (Caetano Veloso e Torquato Neto), Parque industrial (Tom Zé) e Enquanto seu lobo não vem (Caetano Veloso), além de Baby (Caetano Veloso), o primeiro grande sucesso solo, que se tornou um clássico. No mesmo ano participa do III Festival Internacional da Canção (TV Globo), defendendo a canção Gabriela Mais Bela, (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). Em novembro participa do IV Festival da Record defendendo a canção Divino maravilhoso (Caetano e Gil). Lançou o primeiro disco solo, Gal Costa (1969), que além de "Baby" e "Divino maravilhoso" traz "Que pena (Ele já não gosta mais de mim" (Jorge Benjor) e "Não identificado" (Caetano Veloso), todas grandes sucessos. No mesmo ano gravou o segundo disco solo, "Gal", que traz os hits "Meu nome é Gal" (Roberto e Erasmo Carlos) e "Cinema Olympia" (Caetano Veloso), desse disco gerou o espetáculo Gal!. Em 1970 viaja para Londres para visitar Caetano Veloso e Gilberto Gil, exilados pela ditadura militar, e dessa viagem traz algumas músicas incluídas em seu disco seguinte, "Legal". Do repertório desse trabalho fizeram grande sucesso as músicas "London London" (Caetano Veloso) e "Falsa baiana" (Geraldo Pereira). Em 1971 grava um compacto duplo importantíssimo em sua carreira, onde estão os grandes sucessos "Sua estupidez" (Roberto e Erasmo Carlos) e "Você não entende nada" (Caetano Veloso). Nesse mesmo ano realiza um dos shows mais importantes da música brasileira, "Fa-Tal", dirigido por Waly Salomão e que gravado ao vivo gerou o disco que até hoje é considerado por muuitos críticos como o mais importante de sua carreira, o "Fa-Tal / Gal a Todo Vapor", que traz grandes sucessos como "Vapor barato" (Jards Macalé - Waly Salomão), "Como 2 e 2" (Caetano Veloso) e "Pérola negra" (Luiz Melodia). Em 1973 grava o disco "Índia", que traz os sucessos "Índia" (J. A. Flores - M. O. Guerreiro - versão José Fortuna) e "Volta" (Lupicínio Rodrigues), e desse disco faz outro show muito bem sucedido, também dirigido por Waly Salomão, "Índia". Nesse nesmo ano participa do Festival Phono 73, que gerou três discos, onde Gal gravou com sucesso as músicas "Trem das onze" (Adoniran Barbosa) e "Oração de Mãe Menininha" (Dorival Caymmi), em dueto com Maria Bethânia. Em 1974 Gal grava o disco "Cantar", dirigido por Caetano Veloso, que traz os sucessos "Barato total" (Gilberto Gil), "Flor de maracujá" e "Até quem sabe" (ambas de João Donato e Lysia Enio) e "A rã" (João Donato e Caetano Veloso). Desse disco gerou o show "Cantar", que não foi bem recebido pelo público de Gal, por se tratar de um disco muito suave, contrastando com a imagem forte que a cantora criara a partir do movimento tropicalista. Em 1975 Gal faz imenso sucesso ao gravar para a abertura da telenovela da Rede Globo "Gabriela" a canção "Modinha para Gabriela" (Dorival Caymmi). Desse ano também é o sucesso "Teco teco" (Pereira da Costa - Mílton Vilela), lançada em compacto. O grande sucesso da canção de Caymmi motivou a gravação do disco "Gal Canta Caymmi", lançado em 1976, que traz os hits "Só louco", "Vatapá", "São Salvador" e "Dois de fevereiro", todas de Dorival Caymmi. Nesse mesmo ano, ao lado dos colegas Gilberto Gil, Caetano e Maria Bethânia, participa do show "Doces Bárbaros", nome do grupo batizado e idealizado por Bethânia, espetáculo que rodou o Brasil e gerou o disco Doces Bárbaros. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 70 e, ao longo dos anos, foi tema de filme, DVD, enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira em 1994 com o enredo Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, já comandaram trio elétrico no carnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana e uma apresentação para a Rainha da Inglaterra. Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry fields forever, São João Xangô Menino e O seu amor, todas gravações raras. Em 1977 Gal lança o disco "Caras & Bocas", que traz os sucessos "Tigresa" (Caetano Veloso) e "Negro amor (It's all over now, baby blue)". Desse disco gerou-se o show "Com a Boca no Mundo". Em 1978 Gal lança aquele que seria o primeiro disco de ouro de sua carreira, "Água Viva", que trouxe os sucessos "Folhetim" (Chico Buarque), "Olhos verdes" (Vicente Paiva) e "Paula e Bebeto" (Mílton Nascimento - Caetano Veloso). Desse disco surgiu o espetáculo "Gal Tropical", onde Gal Costa deu uma virada em sua carreira, mudando drásticamente de imagem, passando de musa hippie para uma cantora mais madura. O show "Gal Tropical" foi um imenso sucesso de público e crítica, e gerou o disco "Gal Tropical", em que Gal cantou alguns dos maiores sucessos de sua carreira, como "Balancê" (João de Barro - Alberto Ribeiro), "Força estranha" (Caetano Veloso), "Noites cariocas" (Jacob do Bandolim - Hermínio Bello de Carvalho), além das regravações dos grandes sucessos "Índia" e "Meu nome é Gal". Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos registravam índices recordes de audiência. Gal Costa participou do especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Gal Costa, Elis Regina, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone Bittencourt de Oliveira, Rita Lee, Joanna e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher. Em 1980 Gal gravou o disco "Aquarela do Brasil", focado na obra do compositor Ary Barroso, e que trouxe hits como "É luxo só" (Ary Barroso - Luiz Peixoto), "Aquarela do Brasil", "Na Baixa do Sapateiro", "Camisa amarela" e "No tabuleiro da baiana" (todas de Ary Barroso). Em 1981 Gal estreou o show "Fantasia", um grande fracasso de crítica, mas que gerou um dos mais bem sucedidos discos de sua carreira, tanto de público quanto de crítica, o premiado "Fantasia", que trouxe vários sucessos, como "Meu bem meu mal", "Massa real" (ambas de Caetano Veloso), "Açaí", "Faltando um pedaço" (ambas de Djavan), "O amor" (Caetano Veloso - Ney Costa Santos - Vladmir Maiakovski), "Canta Brasil" (David Nasser - Alcir Pires Vermelho) e "Festa do interior" (Moraes Moreira - Abel Silva). Com o grande sucesso do disco, Gal convidou Waly Salomão para dirigir o show "Festa do Interior" que a redimiu do grande fracasso do show "Fantasia". Em 1982 Gal gravou outro disco de sucesso, "Minha Voz", em que se destacaram as gravações de "Azul" (Djavan), "Dom de iludir", "Luz do sol" (ambas de Caetano Veloso), "Bloco do prazer" (Moraes Moreira - Fausto Nilo), "Verbos do amor" (João Donato e Abel Silva) e "Pegando fogo" (Francisco Mattoso - José Maria de Abreu). Em 1983 Gal grava outro disco bem sucedido comercialmente, "Baby Gal", que também se tornou um show, e que trouxe os sucessos "Mil perdões" (Chico Buarque), "Rumba louca" (Moacyr Albuquerque - Tavinho Paes), além da regravação de "Baby". Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Gal Costa integrou o grupo seleto de artistas da MPB que viajaram pelo país apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais, para uma platéia de mais de 200 mil pessoas, em quase 200 apresentações. Gal Costa interpretou a canção A História de Lili Braun, musicado pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século. Em 1984 Gal deixa a gravadora Philips e assina contrato com a RCA, onde grava o disco "Profana", que traz os hits "Chuva de prata" (Ed Wilson - Ronaldo Bastos), "Nada mais (Lately)" (Stevie Wonder - versão: Ronaldo Bastos) e "Vaca profana" (Caetano Veloso). Em 1985 grava o disco "Bem Bom", com os sucessos "Sorte" (Celso Fonseca - Ronaldo Bastos), cantada em dupla com Caetano Veloso, e "Um dia de domingo" (Michael Sullivan - Paulo Massadas), em dupla com Tim Maia. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes numa criação coletiva, surgiu o compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Em atitude que surpreendeu muitos dos fãs, em fevereiro deste mesmo ano, posou nua para a edição 127 da extinta revista Status, poucos meses antes de completar quarenta anos. Lançou em 1987 o disco e o espetáculo Lua de Mel Como o Diabo Gosta, um fracasso de crítica, mas que trouxe mais alguns sucessos à carreira da cantora: "Lua de mel" (Lulu Santos), "Me faz bem" (Mílton Nascimento - Fernando Brant) e "Viver e reviver (Here, there, and everywhere)" (Lennon - McCartney - versão: Fausto Nilo). Em 1988 Gal grava com grande sucesso a música "Brasil" (Cazuza - Nilo Romero - George Israel) para a abertura da novela da Rede Glovo "Vale tudo". Em 1990 gravou o disco "Plural", que traz os sucessos de "Alguém me disse" (Jair Amorim - Evaldo Gouveia), "Nua idéia" (João Donato - Caetano Veloso) e "Cabelo" (Jorge Benjor - Arnaldo antunes). Em 1992 lança o disco "Gal", com repertório em boa parte extraído do show "Plural", e do qual fez sucesso a música "Caminhos cruzados" (Tom Jobim - Newton Mendonça). Em 1994, reuniu-se com Gil, Caetano e Bethânia, na quadra da escola de samba Mangueira, para o show "Doces Bárbaros na Mangueira", que comemorou os 18 anos dos Doces Bárbaros. Em 1994 Gal lançou o premiado disco "O sorriso do gato de Alice", produzido por Arto Lindsay, com o sucesso "Nuvem negra" (Djavan). Desse disco gerou-se o show de mesmo nome, com direção de Gerald Thomas, que causou polêmica por Gal cantar a música "Brasil" com os seios nus. Em 1995, lançou "Mina d'água do meu canto", trazendo apenas composições de Chico Buarque e Caetano Veloso, e do qual fez sucesso a música "Futuros amantes" (Chico Buarque). Em 1997, gravou o CD "Acústico MTV", sucesso de vendas, no qual cantou vários sucessos de sua carreira e lançou com sucesso uma nova versão de "Lanterna dos Afogados", cantando ao lado do autor da canção, Herbert Vianna. Em 1998 gravou o CD "Aquele frevo axé", com o hit "Imunização racional (Que beleza)" (Tim Maia). Em 1999, lançou um disco duplo ao vivo "Gal Costa Canta Tom Jobim Ao Vivo", realizando o projeto do maestro, que era fazer um disco com a cantora, embora sozinha. Em 2001, gravou o CD "Gal de tantos amores", contendo a música "Caminhos do mar" (Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Dudu Falcão). Nesse mesmo ano, foi incluída no Hall of Fame do Carnegie Hall (única cantora brasileira a participar do Hall), após participar do show "40 anos de Bossa Nova", em homenagem a Tom Jobim, ao lado de César Camargo Mariano e outros artistas. Em 2002, lançou o CD "Bossa Tropical", no qual registrou a faixa "Socorro" (Alice Ruiz e Arnaldo Antunes), sucesso originalmente gravado pela cantora Cássia Eller. Em 2003 lançou o CD "Todas as coisas e eu", contendo clássicos da MPB, como "Nossos momentos" (Haroldo Barbosa - Luis Reis), que fez sucesso. Em 2005, lançou pela gravadora Trama o CD "Hoje", produzido por César Camargo Mariano, onde Gal reuniu várias canções novas de compositores pouco conhecidos do grande público, tendo se destacado "Mar e sol" (Carlos Rennó e Lokua Kanza). Em 2006 realiza temporada na casa de shows Blue Note, em Nova York, espetáculo que é gravado e lançado em setembro no CD "Gal Costa Live At The Blue Note", lançado originalmente nos Estados Unidos e Japão e somente em 2007 no Brasil. Ainda em 2006 lança pela gravadora Trama o CD e DVD "Gal Costa Ao Vivo", gravados durante a temporada do show "Hoje".> Gal Costa /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/gilberto-gil titleFormado em administração de empresas, seu primeiro emprego em São Paulo foi na Gessy Lever. Nos anos 1970, Gil acrescentou elementos novos da música africana, norte-americana e jamaicana (reggae), ao já vasto repertório, e continuou lançando álbuns como Realce e Refazenda. João Gilberto gravou a canção Eu Vim Da Bahia, de Gil, no clássico LP João Gilberto. Em fins de 1968, Gil e Caetano Veloso, cuja importância no Brasil era, e é, de certa forma comparável à de John Lennon e Paul McCartney no mundo anglófono, foram presos pelo regime militar brasileiro instaurado após 1964 devido a supostas atividades subversivas, de que foram taxados. Depois da anistia, ambos exilaram-se por ocasião do governo militar em vigência no Brasil a partir de 1969 em Londres. Nos anos 1970 iniciou uma turnê pelos Estados Unidos e gravou um álbum em inglês. De volta ao Brasil, em 1975 Gil grava Refazenda, um dos mais importantes trabalhos que, ao lado de Refavela, gravado após uma viagem ao continente africano, e Realce, formariam uma trilogia RE. Refavela traria a canção Sandra, onde, de forma metafórica, Gil falaria sobre a experiência de ter sido preso por porte de drogas durante um excursão ao sul do país e ter sido condenado à permanência em manicômio judiciário, ou conforme denominação eufemística, casa de custódia e tratamento, entretanto designada por Gil como hospício. Fechamento da trilogia, Realce causaria certa polêmica quando alguns considerariam a canção título como uma ode ao uso de cocaína, isto talvez explicitado pelos versos: realce, quanto mais purpurina melhor. Ao lado dos colegas Caetano Veloso e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado por Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros foi tema de filme, DVD e enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira em 1994, com o enredo Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, puxadores de trio elétrico no carnaval de Salvador, apresentaram-se na praia de Copacabana e para a Rainha da Inglaterra. O quarteto Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 1970. Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry fields forever, São João Xangô Menino e O seu amor, todas gravações raras. Gil em uma apresentaçãoTrabalhou com Jimmy Cliff com quem fez, em 1980, uma excursão, pouco depois de ter feito uma versão em português de No Woman, No Cry (em português, Não chores mais) sucesso de Bob Marley & The Wailers que foi um grande sucesso, trazendo a influência musical do reggae para o Brasil. Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Gil integrou o grupo seleto de intérpretes que viajou o país durante dois anos com o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma platéia de mais de duzentas mil pessoas. Gil interpretou a canção Sobre todas as coisas composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e da saga da grande família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca d´Água; é de Gil a autoria da composição de Chega de Mágoa. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Dentre as inúmeras composições consagradas pelo próprio Gil e na voz de outros intérpretes, estão: Procissão, Estrela, Vamos Fugir, Aquele Abraço, A Paz, Sítio do Pica-Pau Amarelo, Esperando na Janela, Domingo no Parque, Drão, No Woman no Cry, Só Chamei Porque te Amo, Não chores mais Woman no Cry, Andar com Fé, Se Eu Quiser Falar Com Deus, Divino maravilhoso, A linha e o linho, Com medo com Pedro, Objeto sim objeto não, Three Little Birds, Ela, Pela Internet, A Novidade, Morena, A Raça Humana, Palco, Realce, Divino maravilhoso, e outras. Compôs para dezenas de artistas, como Elis Regina, Simone, Maria Bethânia, Gal Costa, Zizi Possi, Daniela Mercury, Carla Visi e Ivete Sangalo. Em 1989, mesmo gravando, fazendo espetáculos e se envolvendo em causas sociais, elegeu-se vereador em Salvador, sua cidade natal, pelo Partido Verde (PV). Em janeiro de 2003, quando o presidente Luís Inácio Lula da Silva tomou posse, nomeou-o para o cargo de ministro da Cultura, nomeação que originou severas críticas de personalidades como Paulo Autran4 e Marco Nanini5 em entrevistas à Folha de São Paulo. Entretanto, permaneceu no cargo de ministro por cinco anos e meio. Deixou o ministério em 30 de julho de 2008 para voltar a dedicar-se com maior exclusividade à sua vida artística6. Em 28 de agosto participou da solenidade de posse oficial de seu sucessor no ministério, Juca Ferreira. De 1989 — 1992 foi vereador na Câmara Municipal de Salvador (teve exatos 11.111 votos) De 2 de janeiro de 2003 — 30 de julho de 2008 foi ministro da Cultura. A primeira apresentação de Gilberto Gil em São Paulo ocorreu em 1965 quando cantou a música Iemanjá, no V Festival da Balança, festival universitário de música promovido pelo Diretório Acadêmico João Mendes Jr. da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie. O Festival organizado pelo estudante de Direito Manoel Poladian, que mais tarde viria se tornar produtor musical, foi gravado pela gravadora RCA, e trata-se da primeira gravação em disco de Gilberto Gil e também de Maria Bethânia que participou do Festival com a música Carcará, o primeiro grande sucesso radiofônico, que a tornou nacionalmente conhecida. Quando se realizou o III Festival de Música Popular Brasileira, produzido pela Rede Record, apareceram várias composições que tiveram enorme êxito junto ao público brasileiro e entre elas estavam Domingo no Parque, de Gilberto Gil e Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, que seriam o carro-chefe do tropicalismo, surgido "mais de uma preocupação entusiasmada pela discussão do novo do que propriamente como movimento organizado". Segundo Celso F. Favaretto, em seu livro "Tropicália - Alegria, Alegria": o procedimento inicial do tropicalismo inseria-se na linha de modernidade: incorporava o caráter explosivo do momento às experiências culturais que vinham se processando; retrabalhava, além disso, as informações então vividas como necessidade, que passavam pelo filtro da importação. Este trabalho consistia em redescobrir e criticar a tradição, segundo a vivência do cosmopolitismo dos processos artísticos, e a sensibilidade pelas coisas do Brasil. O que chegava, seja por exigência de transformar as linguagens das diversas áreas artísticas, seja pela indústria cultural, foi acolhido e misturado à tradição musical brasileira. Assim, o tropicalismo definiu um projeto que elidia as dicotomias estéticas do momento, sem negar, no entanto, a posição privilegiada que a música popular ocupava na discussão das questões políticas e culturais. Com isto, o tropicalismo levou à área da música popular uma discussão que se colocava no mesmo nível da que já vinha ocorrendo em outras, principalmente o teatro, o cinema e a literatura. Entretanto, em função da mistura que realizou, com os elementos da indústria cultural e os materiais da tradição brasileira, deslocou tal discussão dos limites em que fora situada, nos termos da oposição entre arte participante e arte alienada. O tropicalismo elaborou uma nova linguagem da canção, exigindo que se reformulassem os critérios de sua apreciação, até então determinados pelo enfoque da crítica literária. Pode-se dizer que o tropicalismo realizou no Brasil a autonomia da canção, estabelecendo-a como um objeto enfim reconhecível como verdadeiramente artístico. Tropicália, canção de Caetano Veloso, é um autêntico exemplo da verdadeira revolução operada na estrutura letrista da canção popular e da necessidade de se reestudar então os critérios de avaliação e compreensão da nova linguagem utilizada. Em confronto com a Bossa Nova, o tropicalismo teve como preocupação principal os problemas sociais do país, aliada a uma ideologia libertadora, a um inconformismo diante da maneira de viver do povo brasileiro, o que gerou uma crescente onda de participação popular, em face dos agravantes problemas por que sofria a nação. Já a Bossa Nova quis mostrar uma nova concepção musical, calcada na versatilidade que a música brasileira oferece. Os responsáveis diretos pelo tropicalismo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Tom Zé, Rogério Duprat e outros, sem dúvida alguma, deram um salto a mais na modernização da música popular, buscando formas alternativas de composição e explorando uma concepção artística de mudança radical, dentro de um clima favorável. Foi impressionante sua importância nesse sentido, pois, sendo o último grande movimento realizado no país, deixou marcas que seriam cultivadas com o amadurecimento de seus próprios criadores e daqueles que seguiram sua linha de pensamento. Caetano Veloso e Gilberto Gil, líderes do tropicalismo, também estavam entre aqueles que tiveram cerceadas suas carreiras no Brasil, em seu período mais repressivo. Através de músicas de protesto e do próprio tropicalismo, lançaram a semente da conscientização e agitaram a opinião pública, sendo então enquadrados na lei de segurança nacional e expulsos do país. Seguiram para Londres, onde, segundo alguns fãs, viveram uma de suas melhores fases, no setor artístico. Compondo em inglês, conquistaram facilmente o público europeu; livres da influência da repressão, puderam deixar fluir em suas composições toda liberdade de expressão a que tinham direito. Somente retornariam ao solo pátrio, em 1972. Apresentando-se no programa Som Livre Exportação, declararam publicamente que continuariam trabalhando em prol da música popular brasileira.> Gilberto Gil /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/guilherme-arantes title"Nasci ao meio-dia e quinze do dia 28 de Julho de 1953, em São Paulo, na Pro Matre (bairro da Bela Vista). Leão, com ascendente em Escorpião e a Lua sozinha e carente em Peixes. Fui criado em Santo Amaro (que eu chamo de Santo Amaro da Poluição - antítese da Santo Amaro da Purificação de Caetano, Bethânia e sua talentosa família). Morava numa boa casa de arquitetura moderna pra época - mas nada de esnobe - meus pais sempre foram "low-profile", muito trabalhadores. Dr. Gelson, médico-cirurgião, e Dona Hebe, bibliotecária e tradutora foram pais rigorosos, em especial com o único filho homem. Tenho duas irmãs, a Ana Cristina, mais velha que eu um ano e dois meses, professora de Educação Física, e a Heloisa, mais nova que eu nove anos, médica. Estudei no primário no Alberto Conte, em Santo Amaro, e o ginásio no legendário Vocacional do Brooklyn. Com o AI-5 houve uma intervenção na escola, e minha mãe preferiu que eu fosse para o Roosevelt, na Liberdade, terminar o ginásio e fazer o Colegial. No segundo ano do colegial fui "convidado" pelo diretor a sair, pois estava muito delinqüente. Guerras de ovos, brigas, desordens aconteciam todos os dias... Realmente, exceto no primário, quando tirei notas altas (evidente, D. Hebe fazia as lições junto), nunca fui aluno brilhante porque era palhaço demais em todas as classes. Peitava professores, vivia dando gargalhadas altas e sendo expulso da sala, sempre muito palhaço, mas no final me dava bem estudando um ano em um mês. De piano, fui péssimo aluno, jamais passei das Invenções a duas vozes de Bach, que aliás adoro. Em Santo Amaro, tive como professora particular a Dona Joanita e depois, já morando no Jardim Paulista, tive outros dois professores, o Helio e o Gorga, todos esforçados, mas era inútil - eu era dispersivo e indisciplinado. Uma vez, tirei de ouvido uma peça difícil de Haendel, o "Harmonious Blacksmith", apenas escutando o vinil com o cravo da Wanda Landowska, e fui, cara-de-pau, fazer de conta que havia estudado pela partitura. D. Joanita percebeu que na mudança de página eu continuei a tocar, sem virar a folha. Pronto. Fui desmascarado no ato - me lembro disso com carinho. Eu passava as férias em Santos, Praia Grande, Campos do Jordão, mas principalmente em Araraquara, com minha querida avó Iracema e meu avô Luiz, advogado do IAPI. Foi uma infância feliz, com muito sorvete, cinema, soltando pipa e jogando bola (meio perna de pau) - era bom de carrinho de rolimã. Meu pai teve um papel determinante na minha formação musical, tocando seu violão brasileiro (tocava super bem, numa linguagem do "regional" tradicional, com sambas, sambas-canção, chorinhos). Também foi ele quem sempre levou discos pra casa, da bossa-nova aos Beatles, constantemente antenado nas novidades. Pois não fomos dos primeiros no bairro a ter um "Hi Fi" – uma vitrola estereofônica, a última palavra... Aos seis anos eu já tocava um cavaquinho, presente de um Natal, e mais tarde um bandolim. Depois fui encaminhado por meus pais a estudar piano, por volta dos seis anos, quando eles compraram um Kastner de armário, muito bom por sinal, fabricado pela Pianofatura Paulista, com máquina alemã, o que seria mais tarde chamado de Fritz Dobbert... A música sempre soou dentro de minha cabeça, como se houvesse um radinho ali sempre ligado. Talvez por isso em nunca consegui (e ainda não consigo) ficar ouvindo muitos discos. Menino, eu ficava ouvindo música e pensando como deveria ser bom ser aquela figura oculta, o COMPOSITOR, aquele que bola a música, que gera o sinal inicial, o fundamento... Claro que alguns discos foram exaustivamente ouvidos ao longo da minha vida, e eu enumeraria aqui: o vinil "Chega de Saudade", de João Gilberto, com "Bim Bom" do outro lado, é o campeão absoluto; Edu Lobo com o Samba Trio, Baden Powell e tantos outros da Gravadora Elenco de Aloysio de Oliveira; Elis e Tom (aliás o Tom é meu Rei absolutíssimo), muito Taiguara, muito Chico, Caetano, Gil, muito Milton, Lô Borges e o maravilhoso movimento de Minas. Dos internacionais, Glenn Miller, Ray Charles, Beatles, Stones, Santana, Steppenwolf, The Who, Yes, Genesis, Emerson, Lake & Palmer, Clapton, Faces com Rod Stewart, Gentle Giant, Hendrix, Vangelis solo e em seu Aphrodide´s Child e o grupo progressivo italiano Le Orme são os que mais me recordo. A década de 60 foi riquíssima, é impossível não estar aqui sendo injusto com alguma coisa... Estudando no Roosevelt, pra onde eu ia de bonde, pegava na Pamplona, ia pela Paulista, entre os casarões, atravessava o Paraiso dos árabes e das lojas de sapatos, e descia a Vergueiro até a Liberdade. Não existia nem a 23 de Maio, onde havia um vale com um riacho no meio - tinha a fábrica de chocolates da Söhnksen e a da Brahma, exalando seu cheiro de malte. Dos anos 60, lembro-me dos festivais e sua sensação maravilhosa do novo. Meu tio Cyro Lima Arantes trabalhava na TV Record, junto ao Marcos Lázaro, e sempre pintavam convites para os Finos da Bossa, Jovem Guarda, etc. Fui um rapaz de sorte, vi com meus próprios olhos o surgimento de toda uma geração de ouro da MPB, todos novinhos, universitários tímidos no palco, sem saber bem o que fazer com a fama - que lindo - quanta diferença se a gente comparar com os ídolos de hoje, empresários milionários com sua eficiência específica, previsível, e muitas vezes corruptora, com a ascensão do "jabá". Acho que ocorreu uma mudança na cultura de massa, em direção ao funcional, à esperteza marqueteira, onde tudo parece compartimentado e bem comportado. Enfim, cada tempo é de um jeito - e naquela época havia muita utopia no ar - as pessoas estavam juntas pensando diferente - hoje cada um está na sua, mas todo mundo pensa igual. Lembro-me bem do Day-After do festival onde cantaram Caetano ("Alegria Alegria", uma revelação total), Chico ("Roda Viva"), Vandré ("Disparada"), "O Cantador" com Elis, Sergio Ricardo e sua atitude maravilhosa de incorformismo, Gil e Os Mutantes com "Domingo no Parque", etc. Na escola, aliás, no Brasil inteiro, as discussões e as divergências de opinião colocavam a Música Popular como o grande espaço do debate existencial. Naqueles anos, turbulentamente belos, eu fiquei adolescente, e montei meu primeiro conjunto com o pessoal da escola. Assim, conheci o Chicão, o Pudim, o Michelin, o Kadú (Moliterno) e o Capê. O Polissonante na verdade não passou muito dos ensaios e de algumas apresentações no Tênis Clube e no Círculo Militar, onde era o máximo tocar. A gente vivia zoando no ônibus elétrico pela Aclimação, soltando sacos de bolinhas de gude no chão, e nos ensaios do conjunto eu brilhava porque tirava tudo de ouvido na hora, era o mais novinho da turma, as garotas curtiam com a minha cara de bebezão (cheia de espinhas, por uns 6 anos de inesquecível angústia). Na Aclimação, conheci o pessoal do Lee Jackson (antigo Amebha), que viria a ser um celeiro de executivos do mundo do disco - Marcos Maynard, Claudio Condé, Sergio Lopes, Maluly, Marco Bissi. A gente se cruzaria bem mais tarde na CBS, Polygram, etc. Nesse meio tempo, estreei como músico tocando com o Jorge Mautner, por ter amizade com os geniais Diogenes Burani, baterista, e Rodolfo Grani, baixista, que integravam a banda de Jorge, junto com Tico Terpins (do Joelho de Porco) e o maravilhoso Carneiro, Nelson Jacobina, de quem tenho carinhosa lembrança (e que tem algum parentesco com a inigualável Maysa, o que acho um privilégio que explica o seu fascínio). Fui apresentado a essa turma pelo Solano Ribeiro, meu primo, e com apoio do maestro-mago Rogério Duprat, que sempre foi meu incentivador. Tentei por um tempo fazer jingles de publicidade, na Pauta, na Sonotec (onde me lembro ter assistido pessoalmente ao horrível incêndio do Edifício Joelma) e mais tarde na Vice-Versa, dos amigos Luis Arruda Botelho, Sá e Guarabyra. Com o final do científico, eu exilado no Bandeirantes, prestei por prestar vestibular para Arquitetura - na verdade, por sugestão da minha mãe, afinal era um curso famoso mais por causa do Chico, do Maranhão, e do clima musical que o cercava. Claro que não passei, minha especialidade na época era o bilhar, praticado assiduamente na velha Praça João Mendes. Fiquei de segunda época no Bandeirantes precisando de 8,5 de Física, 7,5 de Química e 9,5 de Matemática, com o famigerado Cattony - minha média anual foi 0,5!!! Uma vergonha... Na classe, todos eram homens "maduros", e eu era um moleque tardio e perdido. Na segunda época, em prova oral, o Cattony olhou pra mim, terminada a prova e falou: "Eu não vou dar 10 porque eu só dou essa nota para Leibnitz". Deu 9,8 e eu me formei raspando, mas convencidíssimo de que tudo podia. Já no Cursinho, o Anglo, eu estava arrestado pelo "torvelinho moral" do Vestibular (por haver fracassado na primeira tentativa) e ralei brilhantemente naquela fábrica de salsicha - todos os "cursinhos" são uma espécie de igreja de lavagem cerebral. Acabei passando no Mackenzie e na tão sonhada FAU, da USP. Optei pela FAU, e gostei de cara da escola, fiz muitos amigos, e gostava muito das tertúlias musicais na casa do Bicalho, que morava perto da USP. Acho que o curso era bom demais pra mim ... Já no segundo ano eu estava de novo distante, com a cabeça em outro chamado, não passei do primeiro semestre em várias matérias básicas. Conheci o Claudio Lucci, brilhante violonista, e com ele fui procurar um velho amigo, o Diógenes, o melhor baterista que ví tocar em toda minha vida. A gente formou então o Moto Perpétuo, uma banda híbrida de progressivo (a moda na época) com a MPB, principalmente mineira, influência do Clube da Esquina. Essa identificação com os mineiros fez de mim quase que um filho bastardo desse movimento, tal a importância, principalmente do Lô Borges, e, claro, do Milton na minha maneira de compor. Procurei um empresário que estava fazendo sucesso na época, o Moracy do Val, que administrava os "Secos e Molhados", recém-estourados na mídia. Nessa época, fiz a amizade com o Juracy Almeida, que era secretário do Moracy e se tornou meu irmãozinho que me acompanha até hoje nas peripécias - acho até que ele seria mais apropriado do que eu pra contar essa história. O Moto logo gravou o primeiro disco, meio precário, com produção do Pena Smith, legendário talento, fazendo milagres no estúdio da Sonima (em São Paulo), de apenas oito canais. Na banda entraram o Gerson Tatini, baixo, o Egydio Conde, guitarrista, e a gente se enfurnou numa casa no Brás, para ensaiar. Os meus colegas, sempre brigando comigo por causa da minha "precipitação" de ter aceito fazer o precioso disco num estúdio de poucos canais e em condições bem diferentes daquelas que eles tinham ouvido falar sobre o Yes, etc. Um dia o Gerson falou pra mim: "Você não ouve disco, saca?" Ele era o mais radical nessa formatação para estar de acordo com uma época, e eu respondi, malcriado e injusto "Não ouço disco porque nasci pra fazer disco, saca?" Em Iacanga, festival de Águas Claras, fomos ser chacota da galera boçal que gritava: "Toca Rock!!". Ali se apresentaram "O Terço", "Som Nosso de Cada Dia", etc. Eu nunca gostei do lado escatológico do movimento Hippie - o fedor, a sujeira dos "banheiros", a comida comunitária, os bichos grilos em profusão, num movimento já esvaziado e nostálgico. Cedo percebi a estupidez das multidões, a falsidade do tributo que cada época nos obriga a pagar... Aquele grito "Toca Rock!!" ficou sendo emblemático para mim. Cada período cobraria seu tributo, seja nos cabelos e nas roupas, nas bandas pretensiosas, no discurso político, mais tarde o bate estaca da discoteca, do "desbunde" do pó, até o pragmatismo eficiente dos Axés, dos rodeios, do Dance Music com seus DJs, MCs e Promoters, tudo me soa como se o mundo houvesse "curralizado" a cultura de massa. Também, de que vale essa cultura? Tudo me causa repulsa, sou uma carta fora do baralho, desde Iacanga até hoje olho o mundo com estranheza e tenho muito orgulho disso. Logo vi que eu não servia pra me encaixar naquilo, mas enfim, tinha o fardo daquela banda e seus problemas pra carregar. Aquilo durou pouco tempo. No final de 75 resolvi seguir o meu destino de cantor popular e fui procurar a Som Livre, na Rua Augusta, em frente ao atual Columbia. Na época, as baladas pianísticas de Elton John estavam na moda, eu estava com sorte. O Otávio Augusto, o Guto Graça Mello e o João Araújo resolveram me lançar como tema da novela das 7 ("Anjo Mau"), e aí sim começaria de verdade a minha história. Devo tudo a essa oportunidade, que em seguida me abriu os caminhos para o primeiro LP, em meados de 1976. Não que "Meu mundo e Nada mais" tenha estourado de cara. Demorou pra tocar no rádio. Eu me lembro que no começo só tocava de madrugada, na antiga Radio Excelsior, mas era uma emoção me ouvir no mesmo velho radinho de pilha debaixo do travesseiro (onde tantos jogos do Santos de Pelé foram acompanhados na adolescência, com inesquecível narração de Fiori Gigliotti). "Meu mundo e Nada Mais", composta em 69, viria a tocar 530 vezes na novela, que eu contei, assistindo com a minha avó Iracema, que na época morava no Lar Santanna. Era um massacre, virei um sucesso instantâneo... Havia na época um outro compositor, gaúcho, muito bom por sinal, chamado Hermes Aquino, que cantava "Nuvem Passageira" - uma canção linda e original que também fazia um imenso sucesso -, e a gente ficou sendo muito confundido, as pessoas achando que eu era gaúcho, etc. Daí veio, também, a mania, principalmente entre os gaúchos, de me chamar de "Guilhermes" - acho que é uma mistura de Guilherme com Hermes... Era engraçado ser reconhecido na rua: "Olha aquele cara do "Anjo Mau"!!!" Eu não sabia o que era isso, vinha de um meio universitário diametralmente oposto ao popular. Uma vez, fui cantar no Show de Calouros do Silvio Santos, onde o Zé Fernandes me deu 4,5 (o máximo era 5), e o Brasil inteiro comentou aquilo... Ele deu 4,5 porque a letra dizia "só sobraram restos" e isso fazia cacófato com "soçobraram restos"... Grande descoberta!! Aí, eu perguntei se ele não conhecia esse recurso da poesia modernista... Silvio interrompeu dizendo: "Não, não, neste quadro o cantor não pode falar...". Eu disse que respeitava o Zé Fernandes por ser um pianista de tangos, que eu gostava... Ele ficou surpreso com o fato de eu o reconhecer artista... No final do programa, havia um batalhão de fãs querendo me agarrar, eu saí correndo pela Praça Marechal Deodoro, as fãs gritando atrás, foi a coisa mais ridícula da minha parte... Penso mesmo que eu só fui aceito tão rápido porque as baladas do Elton John eram a bola da vez na mídia. Há aqui uma curiosidade - Elton lançou naquele mesmo ano de 76 a canção "Candle in the wind", que voltaria mais tarde, por ocasião da morte de Diana, ao mesmo tempo em que "Meu mundo e nada mais" voltaria a ser gravada, para ser outra vez tema do "Anjo Mau". Coincidências... Porém, como influência Elton não foi tão importante quanto se pensa porque eu já estava formado de cabeça e compunha daquele jeito há muitos anos. "Meu mundo e nada mais" tinha sido composta em 1969, quando eu tinha 16 anos de idade... Diria que eu e ele fomos contemporâneos, com a pequena diferença de ele ter nascido numa certa ilha, e eu num certo país tropical... Claro que gostava e gosto do talento dele, e me vali das semelhanças óbvias. A primeira coisa que comprei com a minguada grana do sucesso foi um Fusca vermelho, e logo me casei com a Márcia, colega da FAU, e fomos morar na Vila Mariana. Tivemos uma filha, Marietta, nascida em 1980, que hoje e sempre é minha amiga e confidente. Já consolidado como cantor e compositor, passei a cruzar com várias pessoas do meio, sendo as mais lembradas o Okky de Souza, da revista Pop, que hoje trabalha na Veja, e é sempre um velho novo amigo, e o André Midani, da Warner, de quem aprendi a gostar, também, apesar de ser controvertido - muita gente tem várias opiniões sobre os "poderosos". O André foi muito importante para o Pop nacional, com seus questionamentos, e principalmente com seus investimentos na área "jovem". Na sua cartilha rezava que um grande artista tem de ter um grande drama... Fui achar um drama no meu relacionamento com meus pais... Quer algo mais prosaico - quem não tem problema com mãe? Acho isso uma bobagem, hoje, mas que tem a ver, tem... Se parar pra pensar o que é a mitificação senão algo mórbido? São os dramas que vendem... Muitas músicas nasceram desse conceito. Devidamente encantado com a proposta inovadora da Warner, deixei a Som Livre, para justíssimo desespero e raiva do João Araújo e daquele pessoal que me havia revelado ao público, com tanto empenho e esperanças... Na verdade, hoje posso avaliar o carinho que tinham por mim na Som Livre, penso que se eu soubesse negociar, fosse mais maduro, na época, poderia ter sido bem mais feliz em minhas escolhas... Mas acho que a televisão estava à procura de outro tipo de ídolo, que reunisse talentos que eu não tinha (como o de ator), e nisso o Fábio Jr foi uma grande revelação - nessa época da minha saída ele deslanchava para um grande sucesso, e eu mergulhei na minha primeira e profunda hibernação. Enfim, o Midani teve o mérito de investir em mim durante cinco anos, sem resultado algum - a chamada síndrome do segundo disco, no meu caso, foi do terceiro, do quarto e do quinto. Fui escalado para pertencer ao Cast do Liminha, que se esforçou mas não conseguiu tirar o caldo pop de mim. A única canção que realmente ficou desse período foi "Êxtase". A gravadora, voltada à proposta pop, tendo à frente as Frenéticas e A Cor do Som, não conseguia me fazer vender, havia algo de errado. No segundo semestre de 80, a Elis me ligou, pedindo música, e eu tremi na base... Propus fazer um Hit para ela, e duas semanas depois apareci com "Aprendendo a Jogar", que foi prontamente gravada e estourou... Eu estava salvo, num momento delicado em que a Warner estava me dispensando. Elis gravou também "Só Deus é quem Sabe", um bolero lindo, e tenho muita gratidão pelo César Camargo Mariano, que me deu a maior força com seu talento e sensibilidade. Elis foi muito atenciosa. Havia sempre um justificável séqüito de fascinados ao seu redor, mas aos poucos percebi que comigo a atenção era especial. Num jantar no Bar Lagoa, Rio, ela escreveu num guardanapo de papel que preferia estar "longe deste insensato mundo, com você", e me passou por baixo da mesa. Fiquei em pânico, não sabia o que fazer. Meu casamento com Márcia estava meio balançado, terminou de balançar... Lembro-me de, na época, ficar vagando pela Vila Mariana, sem rumo. Algo estava por acontecer, eu precisava me separar, mas tudo me assustava. Com Elis me lembro de uma viagem de Toyota Bandeirante pela Rio-Santos com uma parada em Ubatuba. Elis viajava com Marisa Fossa, sua vocalista e amiga-confidente naquele momento. De noite, na Praia das Toninhas, bati um papo com ela, e chorei pela emoção de conhecê-la, mesmo de longe, muito, muito bem. Ela era muito carente, eu também, e a gente logo travou uma carinhosa amizade. Pude acompanhar sua depressiva frustração quando Herbie Hancock não cumpriu sua proposta de produzí-la nos EUA... Acho que esse era seu grande desafio - ser uma estrela internacional (coisa mais do que merecida, mas nunca realmente realizada). Com o tempo acabei me afastando dela, só recebi um cartão no fim do ano de 1991, feito pelo Elifas Andreatto, pouco antes dela deixar este mundo "insensato". Sua partida foi muito dolorosa para quem a conheceu. Onde estaria Elis, hoje? O que ela estaria fazendo? Cantando melhor que qualquer um, decerto haveria de estar inovando, rompendo... Em 81, eu estava marcado para ser dispensado do cast da gravadora quando o Guti Carvalho me levou para o seu selo, na mesma WEA. Lançamos "Deixa Chover" em janeiro de 1981, era tema da Beth Faria em "Baila Comigo". Na mesma sessão de estúdio, com o meu amigo Fernando Adour na inspirada produção, gravamos "Planeta Água", música que entraria logo a seguir no festival MPB Shell 81, no segundo semestre. Nem preciso contar o que aconteceu, com o segundo lugar consagrador que me pôs muito mais em evidência do que se houvesse ganhado o óbvio primeiro lugar. Lembro-me da Luiza grávida do Gabriel, meu segundo filho, fazendo parte da Gang 90 e Absurdettes, no lançamento da música "Perdidos na Selva", também minha - em parceria com o genial Julio Barroso. Por que essa autoria nunca me foi creditada? Como não era permitido concorrer com duas no Festival (eu já tinha "Planeta Água"), falei para o Julio assinar sozinho o contrato da edição - a idéia era muito mais dele que minha, nem esquentei. O caso é que a música virou um clássico, e depois, com a morte de Julio e de sua irmã, a querida Denise, ficaria chato eu reclamar a autoria, mas fica aqui registrado... O convívio com Julio Barroso e sua turma me foi muito benéfico, com sua cultura pop, fiquei arejado e alegre nas canções. Meu disco a seguir, de 82, "Lance Legal", foi estouro instantâneo de rádio. Tinha "Lance Legal", "O melhor vai começar", "Prelúdio", "Todo mês de maio", "Luz verde", mas ainda não consegui dessa vez vender o que se esperava, fiquei a fim de sair da WEA e encontrei a compreensão do Heleno de Oliveira. Tínhamos apostado que, se não vendêssemos nem mesmo 30.000 cópias, eu deveria procurar outro caminho... Voltei para a Sigla, mais para corrigir minhas pendências com o João Araujo, de quem no fundo sempre gostei muito. Fiz ali um disco irregular, o "Ligação", contendo o hit "Pedacinhos", "Graffitti", "Grávida" e outras. Fui morar com Luiza no Alto da Lapa e ali fiz várias canções para especiais infantis, como o "Pirlimpimpim" ("Lindo Balão Azul"), "Plunct Plact Zum" ("Brincar de Viver" - inesquecível na voz de Maria Bethânia) e o "Pirlimpimpim 2", todo em parceria com o saudoso Paulo Leminski, talentosíssimo poeta curitibano. Eu estava inspirado para o mercado infantil, tendo já dois filhos nenês - Marietta e Gabriel, e já encomendando o terceiro, Pedro. Fiz por essa época músicas com o Nelsinho, para os filmes "Menino do Rio" e "Garota Dourada" - para este último, fiz a trilha sonora e participei, cantando, nas Noites Cariocas. Também aparecem no filme a Marina e o Ritchie. Com a morte misteriosa de Julio Barroso, em 84, eu e a Luiza ficamos muito abalados e resolvemos nos mudar para o Rio, em busca de um astral mais arejado, o que foi uma boa também pra minha música. Na seqüência, seria contratado pela CBS, atual Sony, e isso, seguramente, foi um divisor de águas... Até ali, havia brincado de vender disco. Na CBS, tive o acompanhamento do diretor artístico Marcos Maynard, que sempre foi meu fã (e vice-versa) e que me queria no cast. Eram anos de glória do Pop nacional, incluindo-se aqui os grupos RPM, Metrô, Radio Táxi, Baby, Pepeu, Ritchie, e até o clássico Djavan, e eu entrei como faca na manteiga do Pop nacional. "Olhos vermelhos" foi feita na New York pós Júlio Barroso. "Cheia de Charme" foi feita nas praias do Rio, olhando as cariocas, mesmo as mães, as casadas, as avós, todas sempre charmosas em seu desleixo boa-praça... Uma série de canções arejadas, plenas de mar e de sol, como "Gaivotas", "Oceano", foram saindo... No segundo trabalho para a CBS, "Calor", pude aprofundar a parceria com Nelsinho, agora meu vizinho no Posto 6. Numa noite de chuva torrencial, fiz uma melodia que eu acho especialíssima, e fui, de cueca samba-canção, descalço, correndo para o apartamento dele, pra que ele ouvisse. Poucos dias depois, estava feita "Coisas do Brasil". Esse trabalho seria produzido por um americano, o Ronnie Foster, que havia feito o legendário disco "Luz" do Djavan. Foi um sucesso enorme, era a bola da vez o new bossa inglês, com Matt Bianco, Everything But the Girl e Sade Adu nas paradas. Em 86, morando no Rio, e especialmente em Copacabana, pude viver uma fase fértil e de explosão de popularidade. A fertilidade se manifestou também com a vinda do quarto filho, Tiago, o único carioca, que nasceu em 86, tendo como padrinho de batismo o amigão Nelsinho Motta, sempre carinhoso comigo e com Luiza. Foram os anos de 85 e 87 muito bons para o pop rock nacional, era a nova era dos mega shows tipo Rock in Rio e Hollywood Rock. Anos da revelação de Cazuza e o Barão, Paralamas, Legião, Lulu, etc. Outsider assumido, eu sempre percebi que era frágil o sucesso, em especial o meu, não-alinhado com movimentos e patotas, não-carioca da Zona Sul, não guitarrista, não roqueiro, ou como diz Belchior, sem parentes importantes e vindo do "interior". O desdém da "crítica" advinha, também, muito em razão do meu desdém para com a mídia. Nunca fui bom diplomata, socialmente sou meio bicho-do-mato... Mas por essa época, começaram a não mais me ignorar, tiveram de dar o braço a torcer. Os espaços começaram a ficar generosos... Lembro muito emocionado que até o Tom Jobim, uma vez, me chamou num canto na casa do Chico Buarque (era uma reunião de Direito Autoral) pra dizer que gostava de "Coisas do Brasil", pra eu ir nessa onda da bossa, que era natural, e que ele abençoava... Quem esqueceria uma palavra do Tom? No ano seguinte, compus com o Nelsinho "Marina no Ar", uma singela homenagem à cantora. Fiz apenas a música, a idéia da letra foi coisa do meu parceiro delirante. Mas endossei de cara, a Marina sempre foi a coisa mais talentosa, bela e única. Gravei o álbum seguinte na Califórnia, com o Ronnie Foster de novo na produção, em agosto de 87. Outra música dessa safra foi "Um dia, um adeus", que foi parte da trilha de "Mandala", por obra do Max Pierre, talentoso A & R que despontava. Fez muito sucesso, apesar de ser só piano, cordas e voz, uma inovação no formato radiofônico. O CD seguinte foi o "Romances Modernos", sob produção excelente do Max Pierre, um disco muito bom, com faixas como "Muito Diferente", "Vôo" (S. Conrado), "Bom Humor" e "Raça de Heróis" (tema da novela "Que Rei Sou Eu?"). Eu já estava tocando bem em rádio havia uns 3 anos. E já batia a preocupação e a pergunta: "Até quando pode durar um ciclo desses?". Os ciclos de sucesso me pareciam claros, agora. Entrávamos nos anos 90, de Collor, sertanejos, axés, dance music, etc. Eu mergulhei num relativo anonimato, fazendo meus trabalhos como antes, mas sem o mesmo espaço na mídia. Lembro-me bem ter recebido Chitão e Xororó no camarim, em 87, no Ginásio do Guarani, em Campinas, eles pesquisando "como é que se faz o pop", em termos de som e luz, era toda uma técnica nova para eles... E como aprenderam... Agora, eu estava só, de novo. Mas quem se importava? Eles, sertanejos, axés, dances, todos estavam com a corda toda. Como reagir? Resolvi ter paciência para a longevidade, a conselho de um mestre, Jorge Ben Jor, que num vôo da ponte aérea me explicou como é que a MPB funciona - pouquíssimo antes do estouro de "W Brasil". Fiz um disco chamado "Pão", irregular, mas com algumas canções belas, como a faixa-título, reflexiva, sobre os filhos e meu novo momento como pai. Tinha também a faixa "Babel", uma incursão pelo Dance Music. Fui muito criticado na época, pelo excesso de teclados eletrônicos. Realmente eu estava numa fase de transição. Por essa época eu estava bem colocado no Show Business, lotando Palace, Canecão, Olympia, todas as temporadas. Fizemos um disco duplo ao vivo, "Meu mundo e Tudo mais", mas que não ficou sonoramente muito bem finalizado, embora o show fosse emocionante. O show em questão era dirigido pelo Jorge Fernando, acho que foi um dos melhores que fiz... Naquele ano, fui para a EMI Odeon, que tinha um Cast de respeito. Era um tempo de mudanças na mídia, o que tinha vigorado até então era passado, agora havia a realidade de uma mídia multifacetada, principalmente com a entrada da MTV, um canal de alcance menor, em termos de broadcast, mas de alcance profundo, em termos de formação de imagem. Os clipes viraram coisa séria... Na Odeon, eu mesmo produzi o disco "Crescente", um dos melhores na minha opinião, com a participação do Barão Vermelho e do Luis Sergio Carlini na faixa "Taça de Veneno", e de Sergio Dias em várias guitarras. O trabalho foi primorosamente gravado e mixado no estúdio Mosh, sob supervisão do amigo Oswaldo Mallagutti. Até o corte das matrizes foi feito em Nova York, no Masterdisk. Tinha também a música "Sob o Efeito de um Olhar", tema da novela "Vamp", uma bela canção que estourou. Outras faixas importantes foram "Sonho Latino" e "Ready for Love", outra parceria com Nelsinho Motta. Para o lançamento do CD, foi produzido um clip sob direção do Flavio Colker, que ficou muito bonito, até concorreu ao primeiro MTV Awards. Pelas mãos do Roberto Augusto, eu voltei para a Sony, em 1993, para gravar o CD "Castelos", que tinha as músicas "Lágrima de uma mulher", "O Lado prático do amor", "Um pouco mais", "O que há de Bom" , "Alguém" , e a versão da obra-prima "The Secret Life of Plants", de Stevie Wonder, que ficou "O Espírito Secreto de uma Vida", com a preciosa participação de Gilberto Gil. Agradou-me muito produzi-lo, porque tinha a minha cara em cada detalhe. Foi nessa época que me separei de Luiza e voltei a morar em São Paulo. Foi um recomeço difícil, com muitos desdobramentos sobre a minha música, que ficou bastante reflexiva e meio tristonha. São Paulo também não era mais aquela cidade que eu tinha vivido antes de me casar... Fui então convidado a assinar com a Polygram, onde estava o Marcos Maynard na presidência. O primeiro disco na Polygram foi um projeto que eu tinha latente há tempos, de versões de músicas fundamentais pra mim, todas do final dos anos 60 e início dos anos 70, como "Bridge over Troubled Water", "Killing me Softy", "The Poor side of Town", "It`s too late", "Traces", "You`re a Lady (I`m a Man)" e outras. Os arranjos seriam do maestro inglês Graham Preskett, que havia feito para a Polygram o CD de Maria Bethânia com canções de Roberto Carlos. Essa produção, a cargo do velho amigo Guto Graça Mello, foi realizada em Londres, com a participação da secção de cordas da Royal Phyllarmonic, e ficou primorosa, com mixagens em Los Angeles, por Moog Canazio. Foi um bom produto, que teve boa receptividade, embora fugisse da minha linha habitual de compositor. O trabalho seguinte foi "Outras Cores", uma retomada ao pop com canções como "Hora de partir o coração", "Marca de uma estrela", "Uma espécie de irmão" (que foi tema da novela "Salsa e Merengue"), "Sentimentos vão ficar", e uma parceria com Nando Reis - "Em suas mãos". Fui novamente produzido por Ronnie Foster, na Califórnia, tendo eu permanecido 75 dias em Woodland Hills. Esse trabalho também ficou marcado como a minha estréia como "videomaker" amador, quando rodei e co-dirigi junto com Rubens Velloso o clip de "Marca de uma estrela", para a MTV, com a participação da maravilhosa Beth Prado. Outro clip realizado por mim para esse CD foi "Meteoros", ambientado em Pernambuco e no Observatório de Capricórnio, em Campinas. Em 1997, fui convidado a fazer um disco acústico, para a Globo-Polydor, com uma revisão sonora e acústica de meus principais hits, incluindo duas inéditas, "Mágica em Mim" e "Quando o amor falou mais alto". Resultou num bom CD, sem teclados eletrônicos, só com piano, violão, baixo, bateria, percussão, alguns metais, cordas e vocais. Esse trabalho marcou também a estréia de meu novo estúdio, no Itaim-Bibi, em São Paulo, pela primeira vez um local preparado para gravações mais profissionais. Antes dele, todos os CDs foram apenas estruturados em casa, mas integralmente realizados em estúdios de aluguel, dependendo de alocação de verbas, do gosto dos produtores e sujeitos a horários pré- estabelecidos. A proposta agora era que nesse lugar eu pudesse desenvolver, não só meus CDs de carreira, mas também outros formatos de música, instrumental, trilhas para cinema e teatro (que adoraria fazer) e, esporadicamente, publicidade. Sei que um dia vou produzir outros artistas também. A existência de uma infra-estrutura pequena, mas adequada me permitiria gravar primorosamente não só com teclados, mas também com um Steinway de concerto com Midi Óptico, além de poder registrar quaisquer instrumentos acústicos. Em 1997 conheci a Claudia, exímia conhecedora do Tarot, mãe da Juliana, da Bruna, e posteriormente (em maio de 98), mãe da minha nova e deliciosa aquisição, a Paola. Foi um amor onírico, que virou nossas vidas de ponta- cabeça. Minhas letras de música incorporaram todos os elementos mágicos dessa nossa convivência, a partir de "Mágica em Mim", do CD "Maioridade", da Globo Polydor, e depois através do CD "lançado" em 99 pela Playarte. Mais uma vez pude constatar o ambiente anômalo da música popular dos 90, tomado de oportunistas "marqueteiros", com poucas chances para as canções melódicas, ainda mais sendo inéditas. Nesta fase, parece que a atitude estaria em primeiro plano, sendo o conteúdo completamente supérfluo. É a lei do Marketing: não importa o que esteja sendo vendido, importa como é vendido. Daí, explica-se a profusão de caricaturas, pois a caricatura vende. Claro que a criação harmônica/melódica continua a existir, mas sem a menor repercussão na grande mídia, a não ser que esteja embutida, por exemplo, num grande lançamento cinematográfico... O consumo popular voltado para a classe D que ascendeu à classe C deu a tônica ao mercado, seja de biscoito, de cigarro, de refrigerante, de carro, de restaurante, de música, de programação de rádio e TV, de tudo. Os produtos populares cresceram vertiginosamente quando uma massa de ex-excluídos se integrou na economia, e a velha classe média foi esmagada, imprensada entre as camadas superiores da elite "que não sai de cima" e as camadas inferiores de um povão poderosíssimo e recém-chegado, que impôs sua nova ordem e suas preferências. Tempo de delirante corrupção na mídia, de nichos protegidos na música popular, como pagodes, axés, "sertanejos", fervilhante nas periferias mobilizadas, no funk, no rap, no hip hop, no forró, e a classe média, agora sem identidade consciente e sem a velha motivação da resistência ideológica, não teve outro caminho senão aderir aos ditames do povão. Sem poder da classe A dominante e sem a representatividade e o poder do consumo de massa do povão, a classe média passou a "gostar" do que lhe era oferecido na mídia. Houve, concomitantemente, uma adesão generalizada (por parte da classe média que conseguiu resistir) aos produtos e serviços importados, a partir da abertura do mercado, nos 90. O chamado "produto similar nacional" foi abandonado e faliu, só o produto popular, sem concorrência globalizada, permaneceu. Não me cabe aqui julgar onde isso tudo é bom ou onde isso tudo é ruim - acho que a democracia brasileira pode ter começado, enfim, e atingiu as prateleiras do varejo. Há coisas novas, irreversíveis, e excelentes para o Brasil - a integração definitiva da população de raça negra no mercado de consumo, a consolidação do forró, do calypso paraense, o reggae maranhense, o pop maracatu da cena pernambucana, a cena pop de Belo Horizonte, etc... Na chamada MPB, e no pop, que nos 80 eram típicos de classe média, muitos estão regravando, fazendo releituras, versões, tentando sobreviver num meio hostil. O quadro é predominantemente medroso e conservador na grande cena musical, prefere-se o medíocre seguro em detrimento do ousado com riscos. Há quem ouse, mas não tem ilusões com a grande mídia, principalmente com a TV... Ainda bem que em outras épocas deu pra se fazer muita coisa bacana e criativa para o povão, mas eu acredito que isso possa voltar, pois tudo é cíclico, a moda precisa da novidade, e a novidade precisa da moda. Com a "evolução" das pesquisas de mercado e com a aferição constante da preferência da maioria, gera-se, claro, uma sociedade conservadora que não quer a mudança e descarta as "inquietações". Entre um filme de arte, como "O Piano", e uma sessão de pancadaria careta, com Jean Claude Van Damme, o povão sempre vai votar na segunda opção. E a indústria cultural torna-se escrava do seu braço científico de poder, a pesquisa de mercado. E não escreve mais história, dificilmente gera mais conteúdo transformador. Uma maravilha como "Alegria, Alegria", com Caetano mudando a história, e um sucesso como "Construção" - com Chico e sua criação genial em primeiro lugar em todas as rádios - só foram gerados porque houve gente corajosa infiltrada no poder da mídia, e patrocinadores que apostavam no novo, no destoante. E se aquela época foi assim, hoje ela é cultuada como importante, e seus ídolos permanecem como mitos inatingíveis e incomparáveis. Se hoje Caetano goza de um prestígio inquestionável, é porque um dia ele partiu para cima do óbvio, em seu discurso rasgado no festival no Tuca, com Gal cantando "Proibido Proibir" sob vaias, e teve espaço para seu discurso. Será que os anos 50, os 60, os 70 e os 80 foram o que foram porque o mundo era mais "amador", menos "profissional"? Por outro lado, a mídia pensante está migrando para um setor mais interativo, a Rede, onde todos esperamos (e já estamos vendo) uma maior transparência, absorvendo todos os melhores profissionais do bom jornalismo cultural com salários mais dignos e mais liberdade de expressão, e principalmente com mais troca de informação. O tempo não pára. Já, já, as melodias, harmonias e letras inquietas da nossa rica música popular estarão tocando nos CDs players desse mesmo povão, a partir do momento em que esse povão achar que sua discoteca está monótona, quando essas fórmulas obscenamente espertas cansarem... Será? Quando o povão se tocar (e para isso não demora) que muitos de seus ídolos apenas cultuavam o ego, o enriquecimento pessoal, a fama vulgar sem a menor preocupação com conteúdo, que investiram todos os seus lucros fabulosos em inúmeras e imensas fazendas de gado com as quais contribuíram diretamente para o desmatamento das florestas e dos cerrados do Brasil, investiram em mansões na Flórida, sem o menor compromisso com a sua comunidade ou com o meio ambiente, que construíram suas milionárias salas de musculação e tornaram-se monstros malhados e artificiais... Talvez tenham se tornado descartáveis e estejam sendo descartados... Por enquanto, para esse povão recém-chegado ao consumo, a moda ainda é ficar rico, famoso, ser "belo", "sensual", mas daqui a pouco, por uma simples questão de evolução natural, ou até simplesmente pela moda que muda, o povão também vai querer ser culto e articulado... Será? Deixe-me voltar para o meu microcosmo... Para não ficar pasmado e estupefato, e principalmente para não perder o prazer de fazer música, resolvi entrar com tudo no terreno dos temas instrumentais, resgatando velhos projetos engavetados desde o tempo da faculdade de Arquitetura e levando isso adiante em novas aventuras sonoras bem pessoais. Talvez libertando o meu som das letras, da barreira da língua, da minha voz, da imagem, eu consiga ampliar os horizontes para minha música mais profunda... O verdadeiro artista existe para desafiar, oferecendo para um mundo preguiçoso a incerteza do novo, mesmo que para poucos. Cada um faz suas opções. Lancei em julho de 2000 um CD de solos de piano, New Classical Piano Solos, com temas delicados e intensos. Esse CD foi inteiramente concebido e executado em meu "estudiozinho" em São Paulo, durante quase oito anos, e posteriormente lançado por meu selo Verde Vertente Audio, com distribuição da Sony Music. O fato da Sony se interessar pela distribuição desse trabalho foi um grande incentivo para mim, por ser um produto atípico, totalmente pessoal e ético, num mercado de uma "grande mídia" apodrecida, corrupta e entregue aos ratos e baratas que compactuam com um esquema fechado à novidade. Também o "endorsement" da Steinway & Sons foi um "must", porque me abriu novas possibilidades e me deu um reconhecimento importantíssimo. Um velho sonho meu se realizava, pois desde que conheci o pessoal da Steinway, em 88, quando comprei meu piano de cauda, eu acalentava a idéia de ter essa parceria. Sempre, em minhas idas a Nova York, eu ia visitar o Steinway Hall, uma maravilhosa sala em estilo clássico, em plena rua 57, no mesmo prédio do The Economist, um ponto chique para quem é aficionado pelos pianos e pela música de verdade. Numa dessas visitas, fui convidado para uma festa que marcava o centenário do nascimento de Wladimir Horowitz, uma das maiores lendas do piano de todos os tempos. O que vi e ouvi marcou muito para mim. Uma noite muito elegante, com neve, limusines, vestidos longos, smokings, queijos e vinhos e grandes pianistas reunidos, tocando peças impecáveis, falando sobre o mestre, e ouvindo os depoimentos de Horowitz, onde ele falava sobre suas preferências de compositores e intérpretes, citando - para minha especial emoção - a nossa Guiomar Novaes. Chorei muito naquela noite. Não que eu me julgasse um deles, mas ali eu me senti em casa, não sei por quê. Daí para frente, eu passei a sonhar em ter a minha noite de gala, um dia. Quando eu mandei meu CD instrumental para a apreciação do Conselho da Steinway, fui chamado para integrar o Roster of Steinway Artists, o que foi minha maior emoção em toda a carreira. Nessa ocasião eu também obtive acolhida para meu projeto de tocar no Steinway Hall, e saí de lá com as pernas bambas... Fiz um mini concerto, para seleta platéia, no dia 18 de Julho de 2000. Pude contar com músicos da Juilliard School - que tem um Office of Career Placement - uma espécie de escritório de agenciamento de músicos -, que me possibilitou escalar uma excelente formação de 2 violinos, 1 viola, 1 cello, 1 contrabaixo de orquestra, 1 flauta, 1 oboé e um clarinete. A experiência valeu demais, até pelo trabalhão que as partituras me deram... Mas ficou impecável e esse pequeno "ensemble" soou maravilhosamente bem. Fizemos um coquetel para poucos e bons convidados, e pronto, um sonho tinha se realizado. Esse sonho era parte integrante do projeto, como se fosse um dos temas... Concerto realizado, fui convidado pelo Nelson Motta e sua fiel escudeira Maria Duha a participar do Brazil Fest - um show no Damrosch Park, na concha acústica do Lincoln Center, no domingo, 27 de Agosto de 2000, 18 horas. Esse é um show que todo ano leva mais de 10.000 pessoas ao ar livre, na maioria americanos, e do qual muita gente boa sempre participou, encerrando o importantíssimo Lincoln Center Summer Festival. Nosso special guest foi o Emilio Santiago, um doce de pessoa, um grande profissional. Cantamos juntos "Coisas do Brasil" (que, aliás, era o título tema em inglês do espetáculo - "Things of Brazil"), e pude aprender duas obras primas que Nelsinho, o diretor artístico, havia colocado no roteiro - "Samba do Avião" e "Canta Brasil", que ficaram maravilhosas com a excelente banda de Steve Sandberg - baixo, bateria, guitarra, percussão e o Steve no teclado. Minha experiência anterior com o pessoal da Juilliard School também contou muito nessa hora, pois o Nelsinho queria fazer um show chique, de Brasil sofisticado e culto, o Brasil de Ary Barroso, de Tom, Vinicius, Bonfá, da Bossa Nova. Convidada a orquestra, o clima estava perfeito, e o show foi mesmo memorável. O ano de 2000, para mim, estava ganho. A mudança pra Bahia e os novos planos: Mas a grande novidade deste ano 2000 foi a minha migração total para um novo Brasil, o Nordeste, a Bahia. Em 99, acompanhando a instalação de uma montadora (a Ford) em pleno Nordeste secularmente discriminado pelos diabólicos lobbies de São Paulo e do Rio (que sempre tentaram boicotar o desenvolvimento de um novo modelo, especialmente no Nordeste), eu pirei literalmente. Ao longo de minha carreira, já venho defendendo há uns 20 anos que o Brasil teria uma nova perspectiva quando emancipasse o Nordeste e deixasse ele crescer. O Brasil precisa espalhar a prosperidade, precisa ser homogêneo. Um dia seria moda ser nordestino. Isso prometia jamais acontecer, no que dependesse do poderoso comando da FIESP, do empresariado vicioso de São Paulo e do corporativismo governamental dos velhíssimos feudos cariocas. A incipiente e hilária política nordestina sempre deu asas a uma ridicularização sulista, tirando qualquer chance dos estados do Nordeste de terem uma real representatividade na vida nacional. Só que isto mudou, ou veio mudando paulatinamente, pelo simples motivo que nada fica parado... Parei pra pensar bem, e vi que esse bloqueio não era dirigido só contra o Nordeste. São Paulo isola o Rio, o Rio isola São Paulo, ambos tentam isolar o Nordeste, Minas e Centro-Oeste, da mesma forma que a Bahia e Pernambuco não se bicam, idem o Pará e Amazonas, e que o Rio Grande é isolado por si só, por se achar um Uruguai perdido na Federação, de repente tudo me parecia uma enorme e gratuita bobagem... Porque eu era livre e descobria que tinha que encarar que eu era cidadão de um país, e não de uma província que eu pensava ser o meu país... Percebi nessa hora que eu vivia em São Paulo pela vontade de meus bisavós, em uma era remota, pois para eles São Paulo tinha um dia representado uma perspectiva de trabalho e progresso. Mas e agora? Por que eu tinha que seguir uma tradição familiar, apenas por provincianismo ou comodismo? Não tenho emprego fixo, não dependo de um emprego em nenhuma firma em São Paulo. Não tenho fazendas, gado, indústria ou comércio, não tenho nada. Só tenho sonhos, e encontrei terreno fértil. Amo São Paulo, demais, e vou ser sempre um bastião da paulistanidade encravado na Bahia, com minha maneira de ser paulista, produtivo e acelerado. Na Bahia, não só encontrei acolhida para mim, mas acolhida entre eles mesmos. Não é que o baiano é hospitaleiro com o turista e o imigrante. O baiano é acolhedor com seus próprios irmãos, eles são hospitaleiros entre eles, no dia a dia, parece que há um pacto social instintivo, e isso me encantou. No final do ano de 99 conheci a Rita Souzza, uma batalhadora na área de assessoramento empresarial e relações públicas, que rapidamente se interessou pelos meus projetos mais visionários, e fui apresentado a várias figuras importantes da Bahia, ambientalistas, da política, dos meios culturais, financeiros e comerciais. Conheci o prefeito de Camaçari, José Tude, um dos com maior aprovação do Brasil - agora reeleito no primeiro turno, uma pessoa doce e sábia, com sua encantadora e cultíssima Yara, um casal totalmente respeitável e do bem, e ele adorou a idéia de uma Pousada/Estúdio com linha ambientalista, para ser implantado na orla de Camaçari - litoral norte de Salvador. Passei então a elaborar esse projeto, junto com a Rita, e resultou na concessão de um terreno de 32.000 m2, à beira do Rio Jacuípe, inserido em uma APA importante, do Vale do Capivara, na foz dos dois Rios - Capivara e Jacuípe, entre Arembepe e a Praia do Forte. Nesse local, no km 30 da Estrada do Coco, uma área de restinga, mangue e floresta tropical, estou implantando uma pousada de 16 apartamentos, conjugada com dois estúdios de gravações musicais, um pub, uma horta gigante, um viveiro de aves e nossa maior ambição - uma escolinha de cultura ambiental, voltada para o estudo da horticultura e para a procriação de crustáceos, moluscos, plantas, peixes e aves do Manguezal. Minha idéia é instituir o escoteiro ecológico nessa região tão peculiar de recursos naturais e que agora vem com tudo para um maciço desenvolvimento industrial e turístico - e eu quero estar nesse lugar, nesse momento. Tudo o que eu mais gosto e sei fazer, num único sítio: cuidar de 150 crianças carentes de um lugarejo simples e adorável, parceria com a comunidade, cuidar de caranguejos, camarões, de hortaliças, de bromélias e orquídeas, gravar música, receber gente, criar os filhos - em especial minha filha , Paola, que vai crescer num outro sonho de vida... No Carnaval de 2000, com o andamento rápido do projeto, decidi me mudar para a Bahia, junto com todos os meus sonhos, e aluguei uma casa simples mas adorável em Vilas do Atlântico, município de Lauro de Freitas, a meio caminho do Projeto. Constituímos uma fundação, o Instituto Planeta Água de Pesquisas Educacionais e Ambientais, para gerenciar essa proposta social/ecológica, que não é brincadeira não. Vamos implantar um trabalho sério, onde o compromisso maior é com a enxada, com o homem simples e trabalhador, com as plantas e animais do Brasil, com a música e a poesia, com os valores de uma nova Era. Pretendo trazer para cá os maiores nomes do Pop brasileiro e mundial e todos os fãs serão especialmente bem-vindos na pousada. Nosso endereço na Internet vai ser www.turtlemusicresort.com No ano passado, eu dizia: "Para os fãs, tenho a dizer o seguinte: ano que vem, aguardem muitas outras novidades, pois não vou entregar os pontos tão cedo". Pois bem, aqui vai: agora, conforme prometido, retomo minhas atividades normais. Depois da excelente experiência com a Sony lançando meu instrumental, recebi um convite irrecusável, de fazer um CD/DVD de 25 anos de carreira, ao vivo, para ser lançado pela mesma Sony, que tantas vezes me prestigiou, independentemente do "sucesso", coisa meio rara hoje em dia... O convite partiu de Ronaldo Vianna, diretor artístico da Gravadora, o mesmo Ronaldo que participou da produção de meu único CD para a EMI, um "discaço", que agora coordena com o Bruno, e a nova aquisição do legendário Liminha, a ótima fase do Pop na Sony, com muita liberdade, competência e criação, como devia ser. A gente combinou uma produção a ser feita pelo Marcelo Sussekind, um grande músico a serviço das melhores produções, uma pessoa muito especial, e um grande profissional, com uma sonoridade conhecida pelos melhores ouvidos, hiper estrelado com discos de ouro e platina... Depois que o Mariozinho Rocha, com sua sensibilidade e oportunidade me deu a chance de voltar às novelas, com a inclusão da faixa "Prontos para Amar" na nova trilha da Novela das 8, "Porto dos Milagres", sendo tema da excelente Taís Araújo, uma atriz de mão cheia, super bonita e talentosa, tendo um papel especialíssimo na trama, eu fiquei bastante motivado a rever minha carreira, de tantos temas de novela relevantes, e partir para essa produção. Uma nova música foi incluída, "Vai ficar pra mim", uma canção que fala de um amor que se foi, sem mais nem menos, quando tudo estava tão mágico, resolveu me dispensar - uma jornalista que conheci em Fortaleza, que foi importante pra mim, e que de repente "pipocou" - coisa que eu não assimilei muito bem, pois havia amor ali - e vai ser uma daquelas músicas "cabeludas" que a gente faz uma vez em cada 10 anos. No mais, o disco era uma revisão mais "pop" de minha trajetória, com uma superbanda, composta pelos Radiotaxis Wander Taffo (guitar hero), Lee Marcucci (kicking bass) e Gel Fernandes (killer drums), mais as adições de Rubem di Souza ("mineiraço" talentosíssimo de andanças pop com Jota Quest, Skank, Sideral) nos teclados vintage, o legendário Rick Ferreira nos violões, guitarras e Steel Guitars, e mais o meu velho amigo Lino Simão nas flautas e saxes. Várias opções musicais foram adotadas pelo grupo, num legítimo trabalho de equipe, como por exemplo a inclusão de "Lágrima de uma mulher" em versão bem Police, uma revisão funkeada de "Cuide-se bem", e, para mim a melhor de todas, "Loucas Horas ", num arranjo moderno, com uma pegada matadora, mostrando ser uma faixa muito atual. Paralelamente ao CD que era gravado, foi filmado um material para um DVD, a cargo da TeleImage / Casablanca, com a direção magistral do amigo Magrão, um mestre que utilizou 9 câmeras dentro daquele mesmo Teatro Mars, onde o Capital Inicial e o Ira! haviam feito excelentes trabalhos. Fiquei muito feliz, especialmente com os 15 dias de ensaios exaustivos, com banda e equipe completos, para termos uma execução primorosa. No dia da gravação, fui dar um "tapa" no visual, passando uma maquininha de aparar cabelo, e errei na medida da máquina, mais uma vez (já havia cometido o mesmo erro no lançamento do disco "Clássicos", cortando então o pouco que me resta de "cobertura capilar" quase a zero). Desesperado, liguei para minha filha Marietta, que me aconselhou a ir à Galeria da 24 de Maio, e achar um gorro, ou boné, que desse uma visão palatável de como estou agora... Acabei achando esse "boné" cinza com que apareço na capa do disco, uma coisa meio Elton John, enfim, é o que pude improvisar... Penso que estou em boa companhia com a falta de cabelo. Como disse o Ronaldo Vianna no dia do Show, "aquela cabeleira que você tinha no passado é a única coisa com a qual você não pode mais contar, hoje". Acho que ele queria me dar uma força... Mas conseguiu, pois nunca me senti tão bem. Botei um tênis vermelho de skatista, combinando tão bem com uma roupa Versace, só coisa do acaso... O som de piano desse disco é um acinte, um disparate total, trouxemos o Steinway especialmente, lá da Bahia, e tiramos o melhor som de piano que eu já ouvi, incluindo dos mestres do Pop, acho que a banda sente o mesmo em relação às suas performances. O clima desse trabalho foi de uma união e competência que eu tiro o meu chapéu... O DVD ficou muito especial, também, com cenas gravadas nos locais que foram importantes para mim, em minha formação. Não percam esse registro. Uma pessoa muito especial na consecução desse trabalho foi meu empresário na época, o Junior Valadão, da Agencia Produtora, que fez todo o meio de campo para que eu tivesse esse DVD e esse CD pela Sony, com humildade mútua, e muita amizade, muita competência. Outros que serão sempre inesquecíveis são o Gama das programações, o Alexandre da Luz, o Delson do palco, o Malanga na retaguarda, pessoas e profissionais que eu choro só de pensar que existem... O Zé Carratu do cenário, um artista sensível. Na platéia, tantas pessoas queridas, do fã clube, o Edson, o Ricardo, minha filha Marietta e a mãe dela, a tão especial Márcia, o amigo Carlini apareceu, o velho Juraci e a Silvia, minha mãezinha Hebe batendo palmas, minhas irmãs Ana e Heloisa, a Paola dançando no palco no ensaio, tantos outros tão amigos e solidários que eu achei, na época, que até poderia morrer em paz. Mas como a vida segue inexorável, e a criação de novidades não pára, em 2003 achei que seria importantíssimo gerar um novo CD de inéditas, já que há alguns anos eu havia caído na armadilha de um mercado problemático, que fica repetindo os tais "grandes sucessos" eternamente, em fórmulas "ao vivo", em coletâneas, etc... O DVD com a Sony tinha sido muito justificado, pois era uma nova mídia, com imagens de um excelente show, uma banda excepcional... Mas eu estava precisando dar uma guinada e chegar com novas canções, letras, arranjos, que levassem adiante minha carreira de compositor, mesmo que correndo riscos de não tocar, não vender, esses papos de indústria. O fato é que muitos discos, ao longo dos quase 30 anos de trajetória, "floparam", ou sendo mais brasileiro, "encalharam" . Que eu lembre, "Moto Perpétuo", "Ronda Noturna", "A cara e a Coragem", "Coração Paulista", "Pão", "Castelos", "Outras Cores", "Guilherme Arantes" (da Playarte) compõe uma invejável galeria de "grandes fracassos". Porém, nem sempre um disco que não correspondeu nas vendas é necessariamente um fracasso, já que sempre tem uma música ali que fica ou que vem a ter uma misteriosa história de ascensão gradativa, cumulativa, e um dia se constata que aquilo com o tempo virou sucesso... Dentro desse universo desses discos, eu destacaria alguns exemplos: "Amanhã" , "Baile de máscaras" , "Êxtase" , "A noite" , "Lágrima de uma mulher" , "Hora de partir o coração". Hoje, todos sabem, é palavra corrente que a verba de promoção é o que determina se um disco vai "bombar" ou não . Um compositor faz músicas como a cigarra canta na árvore, como o castor faz seus diques, como o João de Barro faz sua casa, como as aves fazem seus ninhos, mesmo sem saber pra que é que aquilo vai servir. Às vezes, não serve para nada mesmo. O que não podemos é nos entregarmos ao pessimismo, e não gerar nada de novo só porque a realidade está cruel e não vai tocar no rádio. Que se dane esse esquema armado da covardia e da previsibilidade do sucesso... Aliás, o que faz mesmo sucesso é a violência, em todas as suas formas. A violência da previsibilidade e a previsibilidade da violência... Assim pensando, terminei o CD que estava em andamento, com as inéditas que eu vinha juntando nessa safra baiana, dei um acabamento com a banda – Flávio Anchieta no baixo, Duda Lazzarini na bateria, Alexandre Blanc nas guitarras, mais o Silvio De Pieri nos sax e flautas. As letras, amadurecidas nas caminhadas místicas de Villas, de Jacuipe, entre coqueirais e noites estreladas, refletem o momento dos 50 anos, nas visões do amor e do mundo. Odes à natureza, um olhar crítico sobre a violência e brutalização generalizadas, e principalmente o resgate da inocência que nunca se foi... Esse é o tema da música "Casulo", que acabou incluída na trilha de "Agora é que são elas", novela de agosto de 2003. Por força de uma paixão fulminante no carnaval de 2002 , resgatei uma música gravada por Tim Maia nos anos 70, "Nosso Adeus", de autoria de Paulinho Zdanowski e Beto Cajueiro, uma curtição extra. E tem também "Luar do amor misterioso", versão de "Aprés un Rève", de Gabriel Faurè, que é um de meus compositores prediletos, diretor de Conservatório de Paris no século 19, professor de Debussy e Ravel... Nessa nova fase, tive a valiosa parceria com a Teclado Promoções, do Márcio Gouveia e da Glória Cabral, novos empresários que deram um impulso ao lançamento, distribuído pela Som Livre. João Araújo foi muito receptivo, e o trabalho ficou muito bom. Fizemos novamente o Bem Brasil, o Domingão do Faustão, o Altas Horas do Serginho Groisman, Raul Gil e vários outros programas de TV. Os shows, motivados com uma nova equipe, uma nova banda, com Décio Crispim no baixo, Fausto Batista na bateria, Alexandre Blanc na guitarra, Silvio de Pieri no sax e flauta, Mila Schiavo na percussão, mais os vocais de Analu Guerra e Eduardo Costa, fizeram sucesso no Canecão, Via Funchal, Teatro Guararapes (Recife), Palácio das Artes (BH), na Concha Acústica do Castro Alves (Salvador), na Praia de Copacabana, entre outros locais do grande circuito. Na equipe técnica, a qualidade foi privilegiada, com as participações importantes de Duda Salino (iluminação), Élson (som) e a produção competente de Lia Cunha. Foi uma retomada importante, pois vários espaços nobres foram revisitados, com repertório atualizado . Já em 2004, com o novo estúdio em Jacuípe estando operacional, novas músicas, com a inspiração renovada pelo lugar mágico, com uma nova sonoridade, estão a caminho. A Pousada está sendo construída devagarinho, mas com segurança e sem sócios, com recursos próprios, não havendo riscos nem hipotecas draconianas. Como o financiamento da Desenbahia acabou não saindo, segui adiante com o empreendimento, afinal me consumiram 4 anos de planejamento, projetos, licenças. Talvez a licença mais importante foi um Termo de Compromisso com o CRA – Centro de Recursos Ambientais, órgão do Estado da Bahia que regula a implantação de empreendimentos em APAs (áreas de proteção ambiental). Com isso, iniciei uma série de replantios de espécimes da flora de mangue e de restinga, o que resultará na recuperação do terreno ribeirinho, onde fica a Escola do Instituto. Logo no primeiro mês da aprovação do PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas) fizemos uma ação de replantio de rizophoras oriundas de Maragogipe, fornecidas pela ONG Vovó do Mangue, e transportadas e replantadas por um destacamento da 2ª Região Militar (Exército). A Escola do Instituto está sendo palco de um projeto de alfabetização de adultos, parceria com a Associação do Vale Dourado, com a SEMARH , Conselho Gestor das APAs do Capivara e Guarajuba, com SENAI, SEBRAE, SESI, Prefeitura de Camaçari. Também há uma turma de Artesanato, com senhoras da região, durante as tardes. Aos poucos, as coisas vão tomando forma... O tempo é senhor da razão.> Guilherme Arantes /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/heitor-villa-lobos titleHeitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 — Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um compositor brasileiro, célebre por unir música com sons naturais. Aprendeu as primeiras lições de música com o pai, Raul Villa-Lobos, funcionário da Biblioteca Nacional, que morreu em 1899. Ele lhe ensinara a tocar violoncelo usando improvisadamente uma viola, devido ao tamanho de "Tuhu" (apelido de origem indígena que Villa-Lobos tinha na infância). Sozinho, aprendeu violão na adolescência, em meio às rodas de choro cariocas, às quais prestou tributo em sua série de obras mais importantes: os Choros, escritos na década de 1920. Casou-se em 1913 com a pianista Lucília Guimarães. Após viagens pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, no final da década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, no Rio de Janeiro (atualmente Escola de Música da UFRJ), mas não chegou a concluir o curso, devido à desadaptação - e descontentamento - com o ensino acadêmico. Suas primeiras peças tiveram alguma influência de Puccini e Wagner, mas a de Stravinsky foi mais decisiva, como se vê nos balés Amazonas e Uirapuru (ambos de 1917). Apesar de suas obras terem aspectos da escrita européia, Villa-Lobos sempre fundia suas obras com aspectos da música realizada no Brasil. Utilizava sons da mata, de eventos indígenas, africanos, cantigas, choros, sambas e outros gêneros muito utilizados no país. O meio acadêmico desprezava o que escrevia, até que uma turnê do pianista polonês Arthur Rubinstein pela América do Sul, em 1918, proporcionou uma amizade sólida, que abriria as portas para a mudança de Villa-Lobos para Paris, em 1923. Na Semana de Arte Moderna, em 1922, ficou famoso um episódio em que o compositor é chamado ao palco e entra com um dos pés calçado de sapato e o outro de sandália, com uma atadura chamativa no dedão. Interpretada como uma atitude de vanguardismo provocativo, Villa-Lobos é vaiado; depois viria a explicar que o ferimento era verdadeiro, demonstrando sua ingenuidade ante as reações ardorosas despertadas pelo evento. Passou duas longas temporadas na França, o maior reduto musical da época, através da ajuda financeira da família Guinle. Residiu em Paris entre 1923 e 1924, e de 1926 a 1930, quando voltou ao Brasil para participar de um programa de educação musical do governo de Getúlio Vargas. Nesse tempo, a influência de Stravinsky foi sobrepujada pela da música brasileira, seja a indígena, seja a dos chorões. Essas duas vertentes são bastante marcantes nos catorze Choros. Os temas nordestinos viriam a se fazer mais presentes na década de 1930, ao lado da inspiração reencontrada em Bach. O ano de 1930 deu novo rumo à vida do compositor, pois conseguiu concretizar seu projeto de introduzir a disciplina Canto Orfeônico (coral) nas escolas de ensino médio de todo o país, por intermédio da confiança depositada pelo interventor do Estado de São Paulo, João Alberto, aliado de Getúlio Vargas. Foi professor catedrádico de Canto Orfeônico do Colégio Pedro II,no Rio de Janeiro. Desse projeto, destacaram-se os concertos ao ar livre com a participação de milhares de alunos. Um desses concertos, no estádio São Januário, contou com quarenta mil vozes e a presença do presidente Getúlio Vargas. Em 1936, pediu separação de sua primeira esposa e se uniu com Arminda d'Almeida Neves, a "Mindinha", com quem viveu até a morte. Na década de 1940, Villa-Lobos conheceu os Estados Unidos. Teve ótima aceitação de suas obras e a definitiva aclamação. Diversas orquestras estado-unidenses lhe encomendaram novas composições, bem como de instrumentistas renomados que lá moravam ou se apresentavam. Se na metade de sua vida, seu eixo fora Rio-Paris, agora passava a ser Rio-Nova Iorque. Mesmo com o sucesso, nunca foi rico; também não teve filhos. Em 1947, em Nova Iorque, sofreu a primeira intervenção cirúrgica para tratar do problema que tiraria-lhe a vida doze anos mais tarde, pouco mencionado em suas biografias: o câncer de bexiga, possivelmente causado por seu vício em charutos. Recuperou-se e ganhou mais vigor para compor. Na sua última década de vida surgiram as cinco últimas sinfonias, os seis últimos quartetos de cordas, quase todos os concertos (exceto o primeiro para piano e o primeiro para violoncelo), sua ópera Yerma, a suíte A Floresta do Amazonas e diversas obras de câmara, como a Fantasia Concertante para Violoncelos (1958) e o Quinteto Instrumental, para flauta, violino, viola, violoncelo e harpa (1957). Em nova viagem a Paris, em 1955, gravou algumas de suas obras mais importantes, regendo a ORTF (Orquestra da Rádio-Teledifusão Francesa), mais de sete horas de música, remasterizadas na década de 1990, e atualmente disponíveis em CD. Em 1959, regeu sua última gravação, à frente da Symphony of the Air, justamente A Floresta do Amazonas, e voltou para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer poucos meses depois, em sua casa. Villa-Lobos se incomodava muito com o título de compositor brasileiro. Ele sempre fazia questão de dizer que era compositor do mundo, afinal ninguém fala de outros compositores como Mozart, Bach, etc., dizendo que são de determinados países. Entre os títulos mais importantes que recebeu, está o de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova Iorque; foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Música e regeu onze orquestras brasileiras e quase setenta na Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Inglaterra, Israel, Itália, México, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela. A música de Villa-Lobos é, sobretudo, sui generis: o compositor nunca chegou a possuir um estilo definido. Se tanto, é possível encontrar preferências por alguns recursos estilísticos: combinações inusitadas de instrumentos (que muitas vezes prejudicaram a expressividade da música), arcadas bem puxadas nas cordas, uso de percussão popular, imitação de cantos de pássaros (recurso no qual era mestre, só tendo um único concorrente: o francês Olivier Messiaen; ambos nunca se conheceram). Não defendeu nem se enquadrou em nenhum movimento, e continuou por muito tempo desconhecido do público no Brasil e atacado impiedosamente pelos críticos, dentre os quais Oscar Guanabarino, seu eterno opositor. Ainda assim, sempre foi fiel a seu próprio impulso interior para compor: "Minha música é natural, como uma cachoeira", disse certa vez. Essa obediência a seu instinto o tornou o mais prolífico compositor erudito do século XX; somente alguns barrocos, como Telemann, possuem mais obras do que Villa-Lobos. Esse instinto pela natureza mesma da palavra não era disciplinado, e essa indisciplina se manifestou muitas vezes numa harmonia (uso de acordes) excessivamente livre, quando fazia uma peça deliberadamente tonal, e numa orquestração inadequada - sua vida desprogramada, às vezes tendo de se render às necessidades do dia-a-dia, colaborou para que diversas obras ficassem sem um melhor acabamento. Villa-Lobos, porém, sempre se recusou a fazer revisões, aceitava seus "monstros", como ele chamava os rascunhos que rabiscava em guardanapos, e nunca usou a palavra "acabamento": não se concentrava numa obra só e logo passava às idéias novas que lhe surgiam, na sala de sua casa, num navio ou num trem. Por outro lado, é possível encontrar composições onde recorreu a melodias já usadas antes, tal qual em Magdalena. Esses problemas, todavia, não estão presentes em três de suas peças mais conhecidas. O Trenzinho do Caipira é uma magistral amostra de uso dos instrumentos de uma orquestra imitando o som de um trem. A Cantilena das Bachianas n° 5, originalíssima em sua instrumentação, possui um contraponto simples, mas muito correto. A Introdução das Bachianas n° 4 - matéria-prima do Samba em Prelúdio, de Baden Powell e Vinícius de Morais - apresenta progressões harmônicas bem trabalhadas e que casam perfeitamente com o clímax romântico do meio do movimento.> Heitor Villa Lobos /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/hermeto-paschoal titleainda nao disponivel> Hermeto Paschoal /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ivan-lins titleFilho do militar Geraldo Lins, foi muito influenciado por diversos gêneros musicais como jazz, bossa nova e soul e tem como principal instrumento o piano, que toca desde os dezoito anos. Formou-se em engenharia química no final dos anos 60, quando iniciou a carreira musical em festivais. A canção O Amor É O Meu País, erroneamente taxada de ufanista, foi classificada em segundo lugar consecutivo no V Festival Internacional da Canção. O primeiro sucesso como compositor foi com Madalena, gravada por Elis Regina. No entanto, Simone é, de forma unânime, considerada a maior intérprete. Contratado pela gravadora Forma/Philips (que posteriormente transformou-se em Polygram até chegar ao nome atual Universal Music) pelo então produtor, o compositor Maurício Tapajós, grava três discos pelo selo: Agora, Deixa o trem seguir e Quem sou eu?. Nesse período, compôs músicas com Ronaldo Monteiro de Souza, mas depois teve em Vítor Martins o mais freqüente parceiro. A primeira composição entre ambos se deu quando do lançamento do quarto LP, Modo livre, pela RCA (depois BMG e hoje Sony BMG), gravadora esta que lançaria também o álbum subseqüente, Chama acesa. Nessa mesma década lançou alguns discos que o projetaram nacionalmente. Teve inúmeros sucessos como cantor como Abre Alas, Somos todos iguais nesta noite e Começar de novo - todas em parceria com Vítor Martins. Começar de novo foi gravada por Simone no mesmo ano em que foi composta. Na voz de Simone, Começar de novo foi tocada como tema oficial de abertura do seriado Malu Mulher, tonando-se um grande sucesso da época e um marco na história da MPB. Lançou inúmeros discos, muitos deles de inúmero sucesso, tendo trocado de gravadoras por diversas vezes. No decorrer dos anos 70, a obra ganha grande temática política. A partir da segunda metade dos anos 80, começa a enfatizar a carreira internacional, principalmente nos EUA, onde foi regravado por inúmeros astros da música internacional, como Quincy Jones, George Benson, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Carmen MacRae e Barbra Streisand. Foi destacado compositor, tendo músicas gravadas por nomes consagrados como Elis Regina (Cartomante, Madalena, Aos Nossos Filhos), Simone (Começar de Novo), Quarteto Em Cy (Abre Alas), Gal Costa (Roda Baiana) e Emílio Santiago (Velas Içadas). Comandou um programa televisivo na Rede Globo ao lado de Gonzaguinha e Aldir Blanc, o Som Livre Exportação. Foi casado com a cantora e atriz Lucinha Lins, com quem teve um filho que também é ator. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes o enquadramento de cada uma delas no coro. Em 1991, com o amigo e parceiro Vítor Martins, fundou a gravadora Velas. Essa gravadora, totalmente nacional e independente, foi mais uma tentativa de que se desse espaço para cantores brasileiros já conhecidos esquecidos em gravadoras multinacionais e para o surgimento de novos valores no cancioneiro popular. Nomes como Chico César, Lenine, Guinga tiveram grande respaldo dessa gravadora para poderem iniciar as carreiras artísticas. Essa gravadora também lançou discos de nomes já consagrados na música, como Zizi Possi (o elogiadíssimo Valsa Brasileira), Fátima Guedes (Coração de Louca, um dos pioneiros do selo, além de Grande Tempo, Pra bom entendedor... e Muito intensa), trabalhos póstumos de Elis Regina (Elis Regina no Fino da Bossa, Elis Vive, Elis Regina ao vivo), e outros. Em 1995, grava a música Lembra de Mim, tema da novela História de Amor, de Manoel Carlos, que faz um enorme sucesso. Ivan Lins é autor da trilha sonora dos filmes Dois Córregos e Bens Confiscados de Carlos Reichenbach e ganhou Prêmio de Melhor Trilha Sonora no terceiro Festival Luso-Brasileiro Santa Maria da Feira. Ele também é um dos compositores brasileiros mais gravados no exterior e já foi indicado ao prêmio Grammy. Lançou também um tributo ao Poeta da Vila, Noel Rosa (Viva Noel, 1997), que contou com muitas participações especiais e também lançou Um novo tempo (1999), somente com canções natalinas. Cinco anos depois, veio o CD Cantando Histórias, que traz regravações dos antigos sucessos e contou com as participações especiais de Jorge Vercilo, Simone e Zizi Possi. Dois anos depois, veio Acariocando (2006), somente com canções inéditas. No fim no ano de 2007, Ivan Lins lançou o CD e DVD Saudades de Casa, com diversas colaborações, gravado em estúdio no Rio de Janeiro.> Ivan Lins /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ivete-sangalo titleNasceu na Bahia, em uma família de músicos. Começou a cantar ainda criança e, no colégio, aproveitava os intervalos para tocar violão. Nos saraus familiares, encarregava-se da percussão. Foi morar em Salvador aos dezessete anos, tendo trabalhado como modelo, mas não resistiu à paixão pela música que sempre foi seu sonho. Começou tocando em barzinhos no início da carreira. Em seguida, realizou alguns shows em cidades do interior da Bahia, chegando a apresentar-se em Pernambuco. Na cidade natal, Juazeiro, recebeu convite para abrir o show de Geraldo Azevedo no teatro do centro de cultura João Gilberto. De volta à capital baiana, foi convidada a participar de um evento na cidade de Morro do Chapéu. Lá conheceu o produtor Jonga Cunha, fundador do Bloco Eva. Estava iniciado o reinado de Ivete na Banda Eva, com a qual lançou seis álbuns, vendendo mais de cinco milhões de cópias. Em 1992, a artista ganhou o trófeu Dorival Caymmi de melhor intérprete. Aos poucos a Banda Eva foi emplacando alguns hits de sucesso, como Flores, Beleza Rara, Levada Louca, Arerê, Pegue Aí, entre outros. Em 1997 a banda entrou para história da música brasileira, lançando Banda Eva Ao Vivo, que vendeu mais de 2 milhões de cópias, transformando a banda maior sensação país, chegando fazer cerca de trinta shows no mês. Logo Brasil viu que a frente da banda não existia apenas uma cantora de carnaval, mais sim um grande talento. Com uma voz grave e um pouco rouca, Ivete mostrou que tinha talento de sobra, interpretando músicas do mais variados estilos, vindo a se tornar hoje a cantora de maior sucesso da atualidade. A carreira solo começou oficialmente ao final da quarta-feira de cinzas de 1999, último carnaval dela com a Banda Eva. Entre abril, maio e junho daquele ano, ela gravou as 14 faixas do CD solo de estréia, Ivete Sangalo. Com a carreira solo, Ivete Sangalo já ultrapassou a marca de 8.500.000 discos vendidos. Em seguida, lançou Beat Beleza, começando a turnê nacional por Salvador – ela sempre começa pela capital baiana como faz questão de frisar – no mesmo parque de exposições onde, no final de 2001, lançou o terceiro CD solo Festa. Em agosto de 2003 lançou o quarto CD solo, Clube Carnavalesco, Inocentes em Progresso. Em março de 2004, lançou o CD MTV Ao Vivo Ivete Sangalo (gravado no Estádio Fonte Nova, em 21 de Dezembro de 2003, para mais de 80 mil pessoas) e no final de 2005 lançou seu disco Super Novas, que logo emplacou o sucesso Abalou Em Portugal, Ivete Sangalo tornou-se conhecida durante o Rock in Rio 2004. A partir daí, a cantora começou a conquistar o país, fazendo digressões que passaram por Lisboa, Porto, Ilha da Madeira e outras cidades. Voltou no Rock in Rio 2006, no primeiro dia de evento (o mais concorrido), quando fez mais de cem mil pessoas pularem com sua música. No dia 5 de agosto de 2006 lançou a turnê As Super Novas, com um grande espetáculo em Salvador que reuniu mais de 50 mil pessoas. Ivete Sangalo ganhou em 2006 os prêmios de melhor cantora do ano e de melhor música com a grande balada Quando a chuva passar, sucesso no Brasil e em Portugal. Em 16 de dezembro de 2006, Ivete reuniu mais de 50 mil pessoas num show no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro. Em março de 2007, Ivete Sangalo lançou o resultado desse show nos CD e DVD Multishow ao vivo - Ivete Sangalo no Maracanã, que além de vender mais de 50 mil cópias na pré-venda na internet, entrou diretamente para o primeiro lugar do Top Brasil, no primeiro dia em que esteve nas lojas, com a fantástica marca de 250 mil discos vendidos em algumas horas. Em apenas quinze dias, o CD alcançou a disco de platina. O DVD de mesmo nome, lançado juntamente com o CD, obteve o disco de platina no mesmo dia de lançamento no Brasil e entrou diretamente para o segundo lugar do TOP português, evidenciando a fama da cantora brasileira por terras lusitanas.Foi nesse show que Ivete renovou seu estilo musical, fazendo um mix de Axé Music, Reggae e música rômantica. Sua performance rendeu elogios da critica especializada, não só do Brasil como também de outros paises americanos e até europeus. Com Multishow ao Vivo - Ivete no Maracanã, Ivete Sangalo venceu o Prêmio Multishow 2007 nas categorias Melhor CD e Melhor Show. Em 2008, Ivete Sangalo abriu o Rock in Rio Lisboa, conseguindo reunir 120 mil pessoas. Nesse mesmo ano lançou o CD infantil "Veveta e Saulinho", junto com o vocalista da banda Eva Saulo Fernandes. Estima-se que Ivete Sangalo possua um patrimônio de mais de 250 milhões de reais (100 milhões de euros), cobrando atualmente 500 mil reais por uma apresentação e mais de um milhão de reais por campanhas publicitárias na TV 1. Atualmente, a cantora é garota-propaganda das marcas Kopenhagen, Avon, Danone, Garnier, Chevrolet, Arisco, Grendha , Schincariol, Fórum e Philips. Em 2009, Ivete Sangalo vai gravar o seu 3º DVD, desta vez em New York. O acontecimento terá lugar no Madison Square Garden, em Novembro e já foi confirmado pela cantora. Lenny Kravitz, durante o Rock In Rio 2008, confirmou a presença no DVD. Também para 2009, Ivete prepara o lançamento do CD/DVD Pode Entrar, álbum que foi gravado num estúdio em sua casa com participações de cantores famosos. A primeira música de trabalho do álbum já está sendo executada nas rádios de todo Brasil. Cadê Dalila? promete ser a música do carnaval 2009.> Ivete Sangalo /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/jair-rodrigues titleJair Rodrigues de Oliveira nasceu em Igarapava, interior de São Paulo. Seu primeiro trabalho na carreira musical teve início ainda no final da década de 50, na cidade de São Carlos, onde trabalhou durante algum tempo como ‘crooner’. Na década de 60, o irmão mais velho do cantor, Jairo, o levou a São Paulo para tentar a carreira de músico. Ele começou a participar de programas de calouros na televisão e chamou a atenção ao ficar em primeiro lugar no “Programa de Cláudio de Luna”. Dois anos depois, já entrava em estúdio para gravar duas músicas: “Brasil Sensacional” e “Marechal da Vitória”, especialmente para a Copa do Mundo de Futebol. O primeiro álbum veio em 1963, “O Samba Como Ele É”, mas foi com o segundo trabalho que o sucesso de Jair Rodrigues começou. Ele lançou “Vou de Samba Com Você”, em 1964, que trazia a música “Deixa Isso pra Lá”, de Alberto Paz e Edson Meneses. O sucesso da música fez com que Jair passasse a ser convidado freqüentemente para programas de TV, entre eles, o “Almoço com as Estrelas”, da extinta TV Tupi, apresentado por Airton e Lolita Rodrigues. Em um desses programas, pediram para que Elis Regina e Jair Rodrigues cantassem juntos, sem ensaio ou acompanhamento. A parceria deu certo e em 1965 começaram a apresentar juntos “O Fino da Bossa”, programa da TV Record. No ano seguinte, Jair participou novamente do festival com a música “Disparada”, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, desta vez em conjunto com o Quarteto Novo. Conhecido por cantar sambas, Jair surpreendeu o público com uma interpretação emocionante da canção no festival. “Disparada” e “A Banda”, de Chico Buarque e interpretada por Nara Leão, eram as favoritas. O festival acabou empatado. A partir daquele momento a carreira de Jair decolou e seu talento assegurou décadas de sucesso ao cantor. Jair lançou um álbum por ano e interpretou sucessos como “O Menino da Porteira”, “Boi da Cara Preta” e “Majestade o Sabiá”. Suas interpretações ainda renderam uma carreira internacional, com turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo “Festa Para Um Rei Negro”, da Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro. Apesar de alguns anos trabalhando com menos intensidade, Jair Rodrigues continuou a lançar discos durante as décadas de 80 e 90. Já na segunda metade dos anos 90, ele se tornou um artista da gravadora Trama, de propriedade de João Marcello Bôscoli, filho de Elis Regina. Lançou dois volumes de canções ao vivo que pontuaram sua carreira. O disco que mais chamou atenção foi “Intérprete”, lançado em 2002, que tem produção musical de Jair de Oliveira, seu filho, que ainda assina a música “Mãe de Verdade”. “Intérprete” traz participações especiais de Lobão, Dominguinhos, Wilson Simoninha e Luciana Mello, também filha de Jair. Os clássicos da bossa nova foram registrados por Jair, no álbum “A Nova Bossa por Jair Rodrigues”. Em 2005, lançou, também pela Trama, “Alma Negra”, com interpretações emocionantes do melhor do samba.> Jair Rodrigues /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/jerry-adriani titleJair Alves de Sousa, nasceu em 29/11/1947 na cidade de São Paulo/SP. Cantor e compositor. Filho de operários, aos quatro anos de idade aprendeu algumas canções italianas com a avó materna e dos sete aos nove anos estudou acordeom. Em 1959 iniciou o aprendizado de canto, freqüentando durante quatro anos os conservatórios de Santo André/SP e São Caetano/SP. Nessa época participou do coral da Associação Cultural e Artística de São Caetano. Sua estréia no rádio, ainda como amador, foi no programa Galera do Nelson, da Rádio Nacional de São Paulo. Em seguida, usando o pseudônimo de Jerry, atuou no programa Ritmos para a Juventude, de Antônio Aguilar. De 1962 a 1964 foi crooner do conjunto Os Rebeldes, interpretando um repertório de baladas italianas, rocks e canções românticas. Como integrante desse conjunto, iniciou sua carreira na TV Tupi, de São Paulo, e, contratado pela CBS, em 1964 gravou seu primeiro LP, Italianíssimo. Nessa ocasião adotou o nome artístico de Jerry Adriani, estreando também como autor em 1965 com Só a saudade, que gravou em disco da CBS. A partir de 1964 passou a atuar em rádio e televisão, principalmente na TV Record. Atuou ainda como apresentador nos programas Excelsior a Go-Go (TV Excelsior), Bonzinhos até certo ponto (TV Tupi) e Globo de Ouro (TV Globo). Tem realizado shows em todo o país e já empreendeu viagens ao exterior, exibindo-se na televisão mexicana e em Caracas, Venezuela, em 1972. No ano seguinte, apresentou-se nos E.U.A e no Canadá, participando ainda do festival de Ancón, em Lima, Peru, em 1974. Estreou no cinema como ator em Essa gatinha é minha (produção de Herbert Richers e Jece Valadão, 1966), atuando como produtor associado e astro principal dos filmes Jerry, a grande parada e Em busca do tesouro, de 1967, ambos dirigidos por Carlos Alberto de Sousa Barros. De 1964 a 1974 gravou cerca de um LP por ano na CBS, totalizando quase 200 canções, entre as quais Querida (Don`t let them Move, de Garret e Howard, versão de Rossini Pinto) e Um Grande amor (I knew right aeay, de Cogan e Foster, versão de Romeu Nunes, de 1965; Ninguém poderá julgar-me (Nesuno mi puoi giudicare, de Panzeri, versão de Nazareno de Brito), do LP Devo tudo a você, de 1966; Quem não quer (Black is Black, de Hayes e Grainger, versão de Rossini Pinto), do LP Vivendo sem você, de 1967; Deve existir por aí (Getúlio Cortes), do LP Esperando você, de 1968; e Doce, doce amor (Raul Seixas e Mauro Mota), do LP Pensa em mim, de 1972.> Jerry Adriani /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/jesse titleO cantor e compositor Jessé Florentino Santos nasceu em Niterói e foi criado em Brasília. Mudou-se para São Paulo, e atuou como crooner em boates. Depois, integrou os grupos Corrente de Força e Placa Luminosa, animando bailes por todo o Brasil. Ainda nos anos 70, também chegou a gravar em inglês com o pseudônimo de Tony Stevens. Foi revelado ao grande público em 1980, no Festival MPB Shell da Rede Globo com a música "Porto Solidão" (Zeca Bahia/ Ginko), seu maior sucesso, ganhando prêmio de melhor intérprete. Em 83, ganhou o XII Festival da Canção Organização (ou Televisão Ibero-Americana) (OTI) realizado em Washington, com os prêmios de melhor intérprete, melhor canção e melhor arranjo para "Estrelas de Papel" (Jessé/ Elifas Andreato). De voz muito potente, no decorrer de sua carreira Jessé gravou 12 discos (como os álbuns duplos "O Sorriso ao Pé da Escada" e "Sobre Todas as Coisas") mas nunca conseguiu os louros da crítica especializada. Morreu aos 41 anos, em março de 1993 de traumatismo craniano sofrido num acidente de carro em Ourinhos (interior de SP), quando se dirigia para o Paraná para fazer um show.> Jesse /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/joao-gilberto titleJoão Gilberto do Prado Pereira de Oliveira (Juazeiro, 10 de junho de 1931), mais conhecido como João Gilberto é um músico brasileiro, considerado o criador do ritmo bossa nova. Tabela de conteúdo Biografia Nascido na Bahia, na cidade sertaneja de Juazeiro, João ganhou um violão aos 14 anos de idade, e, desde então, jamais o largou. Na década de 1940, adorava escutar de Duke Ellington e Tommy Dorsey até Dorival Caymmi e Dalva de Oliveira. Aos 18 anos decide se mudar para Salvador com intenção de ser cantor de rádio e crooner. Em seguida, foi para o Rio de Janeiro, em 1950, e teve algum sucesso cantando no grupo Garotos da Lua. Entretanto, foi posto para fora da banda por indisciplina, passando alguns anos numa existência marginal, ainda que obcecado com a idéia de criar uma nova forma de expressar-se com o violão. Seu esforço finalmente foi recompensado e, após conhecer Tom Jobim - pianista acostumado à música clássica e também compositor, influenciado pela música norte-americana da época (principalmente o jazz) - e um grupo de estudantes universitários de classe média, também músicos, lançaram o movimento que ficou conhecido por bossa nova. Bossa Nova O ritmo da bossa nova é uma mistura do ritmo sincopado da percussão do samba numa forma simplificada e a ao mesmo tempo sofisticada, que pode ser tocada num violão (sem acompanhamento adicional), cuja técnica foi inventada por João Gilberto. Quanto à técnica vocal (parte integral do conceito de bossa nova), é uma técnica de cantar em tom de voz uniforme, com voz emitida sem vibrato, e com um fraseado disposto de forma única e não-convencional (ora antecipando, ora depois da base rítmica), e de forma a eliminar quase todo o ruído da respiração e outras imperfeições. Apesar da fama com a então recém-criada bossa nova, sua primeira gravação lançada comercialmente foi uma participação como violonista no disco de Elizeth Cardoso de 1958 intitulado Canção do Amor Demais, composto por canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Pouco depois desta gravação, João Gilberto gravou seu primeiro LP, Chega de Saudade. A faixa-título, composta por Tom e que também aparecia no álbum de Elizeth Cardoso, foi sucesso no Brasil, lançando a carreira de João Gilberto e, por conseqüência, todo o movimento da bossa nova. Além de algumas composições de Tom Jobim, o álbum apresentava sambas mais antigos e músicas populares na década de 1930, porém todas tocadas em ritmo de bossa nova. Este álbum foi seguido de outros dois, em 1960 e 1961, nos quais ele apresentou músicas novas de uma nova geração de cantores e compositores, como Carlos Lyra e Roberto Menescal. Por volta de 1962, a bossa nova tinha sido adotada por músicos de jazz norte-americanos, tais como Herbie Mann, Charlie Byrd e Stan Getz. A convite de Stan Getz, João Gilberto e Tom Jobim colaboraram naquele que se tornou um dos melhores álbuns de jazz de todos os tempos, Getz/Gilberto. Com este álbum, Astrud Gilberto esposa de João Gilberto na época, se tornou uma estrela internacional, e a composição de Jobim Garota de Ipanema (em sua versão em inglês, The Girl from Ipanema) se tornou um sucesso mundial, e modelo pop para todas as idades. João Gilberto continuou a fazer espetáculos na década de 1960, porém não lançou outros trabalhos até 1968, quando gravou Ela é Carioca, durante o tempo em que residiu no México. O disco João Gilberto, algumas vezes chamado de "o álbum branco" da bossa nova (em alusão ao álbum branco dos Beatles) foi lançado em 1973, e apresenta uma sensibilidade musical quase mística, sua primeira mudança de estilo perceptível após uma década. O ano de 1976 viu o lançamento do disco The Best of Two Worlds, com a participação de Stan Getz e da cantora Miúcha, que se tornara a segunda esposa de João Gilberto em abril de 1965. Amoroso, de 1977, teve os arranjos de Claus Ogerman, que buscou uma sonoridade similar à de Tom Jobim. O repertório era composto de velhos sambas e alguns padrões musicais norte-americanos da década de 1940. Nos anos 80 no Brasil, João Gilberto colaborou com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia (criadores, em fins da década de 1960, do movimento conhecido como Tropicália). Em 1991 lançou o disco João, que não tinha nenhuma composição de Tom Jobim. Ao invés disso, teve trabalhos de Caetano, Cole Porter e de compositores de língua espanhola. João Voz E Violão, lançado em 2000, assinalou um retorno aos clássicos da bossa nova, como "Chega de Saudade" e "Desafinado". O CD, uma homenagem à música de sua juventude, foi produzido por Caetano Veloso. Intercaladas com estas gravações em estúdio, surgiram também gravações ao vivo, como Live in Montreux, Prado Pereira de Oliveira ou Live at Umbria Jazz. Atualmente Anunciada uma das raras turnês de João em 2008 pelo Brasil, disputados em filas homéricas os ingressos, para duas apresentações no Auditório Ibirapuera em São Paulo foram todos vendidos em aproximadamente uma hora, no Rio de Janeiro, para uma apresentação no Theatro Municipal, o mesmo aconteceu. Nos concertos de São Paulo as grandes surpresas foram a execução de canções não antes registradas por João, como 13 de Ouro, Dor de Cotovelo, Hino Ao Sol / O Mar, Chove Lá Fora, Dobrado de Amor a São Paulo, e uma música inédita de sua própria autoria, em homenagem ao Japão.> Joao Gilberto /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/jorge-ben-jor titleCarioca de Madureira, mas criado no Catumbi, Jorge Ben Jor queria ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo. Mas acabou seguindo o caminho da música, presente em sua vida desde criança. Ganhou seu primeiro pandeiro aos treze anos de idade e, dois anos depois, já cantava no coro de igreja. Também participava como tocador de pandeiro em blocos de carnaval. Aos dezoito, ganhou um violão de sua mãe e começou a se apresentar em festas e boates, tocando bossa nova e rock and roll. É conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self (apelido que Tim Maia tinha pelo mesmo motivo). Seu ritmo híbrido lhe trouxe alguns problemas no início, quando a música brasileira estava dividida entre a Jovem Guarda e o samba tradicional, de letras engajadas. Ao passar a ter interesse pela música, o artista vivenciou uma época na qual a bossa nova predominava no mundo. A exemplo da maioria dos músicos de então, ele foi inicialmente influenciado por João Gilberto, mas desde o início foi bastante inovador. No início da anos 60 apresentou-se no Beco das Garrafas, que se tornou um dos redutos da bossa nova. Em 1963, ele subiu no palco e cantou "Mas que Nada" para uma pequena platéia, que incluía um executivo da gravadora Philips. Dois meses depois, era lançado o primeiro compacto de Jorge Ben, que inclui ainda "Por Causa de Você, Menina". No mesmo ano lançou o primeiro LP, Samba Esquema Novo, acompanhado pelo conjunto de samba jazz Meireles e os Copa Cinco. "Mas que Nada" foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em língua portuguesa mais executadas nos Estados Unidos até hoje, na versão do pianista brasileiro Sérgio Mendes com o grupo de hip hop norte-americano Black Eyed Peas. E também foi uma das poucas a obterem êxito neste país (como "Garota de Ipanema"), tendo ainda sido regravada por artistas como Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Al Jarreau, Herb Alpert, José Feliciano e Trini Lopez. Outras composições como "Zazueira" e "Nena Naná" fizeram relativo sucesso no país. Em 1968, Jorge Ben quando foi convidado para o programa Divino, Maravilhoso que Caetano Veloso e Gilberto Gil faziam na Tupi. Ele também participou d"O Fino da Bossa" (comandado por Elis Regina) e da Jovem Guarda (de Roberto Carlos). Nesta época, Jorge Ben obteve enorme sucesso com "Cadê Tereza?", "País Tropical", "Que Pena" e "Que Maravilha", além de concorrer com "Charles, Anjo 45" no festival Internacional da Canção, da TV Globo, em 1969. Na década de 1970, venceria este festival com "Fio Maravilha", interpretado por Maria Alcina. "País Tropical" também teve êxito, na voz de Wilson Simonal. Ainda nos anos 70, Jorge Ben lançou álbuns mais esotéricos e experimentais, como A Tábua de Esmeralda (1974), Solta o Pavão (1975) e África Brasil (1976). Embora não obtivessem sucesso comercial, estes álbuns são considerados clássicos da música brasileira. Na década seguinte, Jorge Ben dedicou-se a divulgar suas músicas no exterior. Em 1989, ele mudou o nome artístico de "Jorge Ben" para "Jorge Benjor", logo depois alterado para "Jorge Ben Jor". Na época, foi dito que a mudança teria sido provocada pela numerologia, mas o mais plausível é que tenha ocorrido para evitar confusões com o músico americano George Benson, Jorge Ben estava começando a se tornar muito conhecido nos Estados Unidos na época. Nesta nova fase, sua música tornou-se mais pop, ainda que com estilo suingue. Sua música "W/Brasil (Chama o Síndico)", lançada em 1990, estourou nas pistas de dança em 1991 e 1992, tornando-se uma verdadeira febre na época. A canção é também uma homenagem ao cantor Tim Maia. Além disso, foi realizada devido a um pedido pessoal do Sr. Washington Olivetto, proprietário da W/Brasil, que o pediu para criar uma música sobre a agência. Em 2004, Jorge Ben Jor lançou Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum), primeiro álbum com canções inéditas desde 1995. Ainda na ativa, seus shows costumam durar cerca de três horas, para platéias formadas principalmente por jovens.> Jorge Ben Jor /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/jose-augusto titleFilho único de uma enfermeira e do melhor sapateiro do bairro, Guto cresceu brincando na ladeira “Frei Orlando”. Em meio às brincadeiras, já era possível notar a inclinação artística do garoto. Usando algumas latas como microfone ele passava o dia a imitar grandes cantores. Seu pai logo percebeu que havia algum talento na brincadeira, e lhe comprou um piano. Logo em seguida, Guto começou os estudos musicais. Aos onze anos de idade, Guto ganha um violão e aprende os primeiros acordes com a ajuda de um amigo. Com doze anos, começa a compor. As primeiras letras já demonstravam o estilo romântico que consagraria sua carreira. Batalhando por um espaço, José Augusto participou de festivais e realizou vários testes em busca de um contrato. Finalmente ele consegue gravar um “compacto-teste” e pouco tempo depois, assina com uma grande gravadora. O primeiro trabalho de José Augusto não vendeu muito bem. Para reverter este quadro, ele participa de alguns programas de televisão. Em seguida, grava um segundo compacto e acerta em cheio no gosto do público. A música “De que vale ter tudo na vida” foi sucesso absoluto e impulsionou a venda de mais de 130 mil cópias em apenas 3 meses. José Augusto se tornou o artista mais vendido no país. O sucesso repentino do segundo compacto não assustou o jovem cantor, que se preocupava em continuar uma pessoa simples e humilde. Em 1973 José Augusto lança o primeiro LP, dando seqüência ao sucesso do trabalho anterior. Com milhares de cópias vendidas, e aclamado pelo público, ele ganha o prêmio de cantor revelação. O segundo compacto de José Augusto também foi gravado em espanhol e lançado na Argentina. Em pouco tempo as canções românticas conquistaram as paradas de sucesso em diversos países da América Latina. Em 1974 José Augusto já era sucesso no Brasil e no exterior. No início deste ano, ele grava o primeiro álbum inteiramente em espanhol, com uma versão da música “Luzes da Ribalta”. A canção vira hit em diversos países, e consagra o cantor no mercado latino. As duzentas mil cópias vendidas somente na Espanha, lhe renderam o “Prêmio Olé de La Canción” naquele ano. O segundo álbum chamado “Palavras, Palavras” o levou em turnê pelo México, Venezuela e Paraguai. Pouco tempo depois, ele visitava os Estados Unidos para uma série de shows e apresentações em programas de rádio e televisão. Na década de 80, José Augusto era um cantor experiente e possuía uma sólida carreira no mercado internacional. Mas a consagração nas rádios brasileiras se deu em 1985 com o estouro da música “Fantasias”. As letras românticas fizeram sucesso também em trilhas de novelas. José Augusto chegou até a atuar em algumas delas. Durante a carreira, ele pôde dividir o palco com grandes nomes da música internacional, sem falar nos ícones da música brasileira. Compondo sozinho, ou ao lado de parceiros como Paulo Sérgio Valle, José Augusto emplacou sucessos nas vozes de outros artistas. Nomes como Chitãozinho e Xororó, Alcione, Luiz Ayrão e Fafá de Belém já gravaram hits do autor. José Augusto se consagrou falando de um tema que está presente na vida de todos. As letras românticas bem direcionadas, lhe renderam grandes números. Somente no mercado latino foram mais de 5 milhões de cópias vendidas. No Brasil a soma chega a quase 15 milhões. Nestes 35 anos de carreira, ele superou dificuldades e se tornou sucesso absoluto no Brasil e no exterior.> Jose Augusto /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/lenine titleOsvaldo Lenine Macedo Pimentel, conhecido apenas como Lenine, (Recife, 2 de fevereiro de 1959) é um cantor, compositor, arranjador e músico brasileiro. Lenine se muda de Recife para o Rio de Janeiro em 1981, morando com alguns amigos compositores, aonde sempre juntos, compondo, criando e tentando sobreviver com a mistura musical do Regional com o MPB, uma tarefa nada fácil, já que era o momento do "Rock". Em 1983, Lança em parceria com Lula Queiroga seu primeiro álbum “Baque Solto”.(Polygran) Em 1992 Lança em parceria com o percussionista Marcos Suzano, o álbum ”Olho de peixe”.(Independente) Em 1997 Lança seu primeiro álbum solo “O Dia em que Faremos Contato”, esse mesmo ganha dois prêmios Sharp, nas categorias “Revelação” e “Melhor Canção”, com “A Ponte” de Lenine e Lula Queiroga. Em 1999 Lança o álbum “Na Pressão” (BMG), também levando o Prêmio APCA de “Melhor Álbum de Música Popular”. Em 2000 Fica com a Direção Musical da mini série e do filme “Caramuru - A Invenção do Brasil”, com direção de Guel Arraes e Jorge Furtado Em 2001 Fica com a Direção musical de “Cambaio”, espetáculo musical com canções de Edu Lobo e Chico Buarque, com direção de João Falcão. Em 2002 Lança o álbum “Falange Canibal” (BMG), Ganhando o Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum Pop Contemporâneo”. Em 2004 Participa do evento “Carte Blanche”, em Paris. Lançamento de “Lenine InCité” - CD e DVD, gravado ao vivo em Paris, na Cité de La Musique. O álbum ganhou dois Grammys Latinos - como “Melhor CD de Música Contemporânea” e “Melhor Canção” com “Ninguém Faz Idéia”, de Lenine e Ivan Santos & 4 Prêmios TIM (Melhor CD, Melhor Música, Melhor Cantor e Melhor Cantor Voto Popular) Em 2005 faz a Produção de “Segundo”, de Maria Rita e a Produção de “De Uns Tempos Pra Cá”, de Chico César. Em 2006 Lança o álbum “Lenine Acústico MTV” (Sony BMG), aonde o álbum ganhou o prêmio Grammy Latino na categoria “Melhor CD Pop Contemporâneo”. Lançamento, nos Estados Unidos, da coletânea “Lenine” (Six Degrees Records) Em 2007 faz a Produção do CD “Lonji” do cantor cabo verdiano Tcheka e a Trilha Sonora do espetáculo “Breu”, do Grupo Corpo. Em 2008 faz a Produção do novo CD de Pedro Luiz e a Parede e lança o álbum Labiata (Universal).> Lenine /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/lindomar-castilho titlePor ter vários músicos em sua família, ainda quando estudante no Colégio Salesiano, começou a aprender vários instrumentos, entre eles piano e violão. Passou para a faculdade de Direito e começou a se apresentar cantando e tocando violão nas festas da faculdade e nas serestas. Em 1963, foi convidado por Palmeira (Diogo Mulero), então diretor do selo Continental, para gravar um disco. A troca de Cabral por Castilho foi sugerida por Palmeira, e no fim do mesmo ano lançaria o seu primeiro disco: "Canções que não se esquecem", no qual interpretava sucessos de Vicente Celestino. Foi nesse período que gravou também a sua primeira composição, "Aleluia ao amor". É ainda dessa fase um dos seus maiores sucessos como intérprete, "Ébrio de amor", de Palmeira e Ramoncito Gomes. Já pela RCA Victor e visando ao mercado latino-americano, gravou várias músicas em espanhol tais como "Alma, corazón y vida", "Mamaracho" e "Corazón vagabundo", além do LP "Eres loca de verdad", o que o levou a fazer uma série de shows pela América Latina, ganhando o epíteto El Nuevo Ídolo de las Américas. Pelo mesmo selo lançou também "O filho do povo" e "O incomparável Lindomar Castilho". Teve como seu maior parceiro Ronaldo Adriano. Com 27 LPs gravados, sendo grande vendedor de discos e considerado o Rei do Bolero, apresentava-se constantemente em rádios e na televisão até que em 30 de março de 1981, no Café Belle Époque, no bairro paulistano do Jardim América, assassinou a tiros sua ex-mulher, Eliane Grammont, e tentou matar seu próprio primo, Carlos Randal, então namorado dela. Preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão, em 1988 teve liberdade condicional decretada por bom comportamento. Após longo afastamento, retornou ao cenário musical em 2000, quando lançou pela Sony o CD "Lindomar Castilho ao vivo". De acordo com ele, só voltou a cantar devido aos pedidos da filha. Em 2009, teve a sua música "Camas separadas" (c/ Ronaldo Adriano) gravada pelo cantor Léo Magalhães, no CD/DVD "Léo magalhães - Ao vivo em Goiânia".> Lindomar Castilho /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/lo-borges titleSalomão Borges Filho - Lô Borges - 10/1/1952 Integrante da geração de compositores mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 70 e 80, estreou aos 19 anos participando do disco "Clube da Esquina" (1971), de Milton Nascimento como cantor ("Um Girassol da Cor do Seu Cabelo") e compositor ("O Trem Azul", "Tudo Que Você Podia Ser", "Nuvem Cigana") e "Clube da Esquina 2" (1978), com "Ruas da Cidade", "Pão e Água". Em 1973 veio seu primeiro álbum individual, "Lô Borges", com canções suas e em parceria com Ronaldo Bastos e Márcio Borges. O terceiro disco, "Via Láctea", de 1979, é considerado o mais importante de sua carreira. Gravou ainda outros discos, inclusive o recente "Meu Filme", de 1996. Suas músicas foram gravadas por diversos intérpretes e continua se apresentando no Brasil, com seus sucessos, como "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo", "Paisagem da Janela" e "A Via Láctea".> Lo Borges /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/luiz-ayrao titleLuiz Gonzaga Kedi Ayrão (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1942) é um cantor brasileiro que teve como sucessos, entre outros, as canções O Lencinho, Porta Aberta, Nossa Canção, Águia na cabeça e Os amantes, esta última gravada em 1979 e que vendeu aproximadamente dois milhões de cópias. Duas outras grandes paixões, além da música, são o futebol, Flamengo é seu time do coração, e a Escola de Samba Portela, onde é um de seus Diretores de Harmonia e integrante da Ala de Compositores. Cantor, compositor e escritor, nasceu no bairro do Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro. Filho do músico e compositor Darcy Ayrão (1915-1955), cresceu em ambiente musical. Na casa de um tio, Juca de Azevedo, saxofonista, costumavam freqüentar Pixinguinha e João da Baiana, que tocavam composições do maestro e professor Ayrão. Aos 20 anos, através de seu tio compositor, conheceu vários artistas de renome, entre eles, Ataulfo Alves, Humberto Teixeira, Osvaldo Santiago e Alcir Pires Vermelho. Posteriormente, formou-se em Direito e atuou durante alguns anos na profissão de Advogado e Procurador do BEG - Banco do Estado da Guanabara.> Luiz Ayrao /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/luiz-gonzaga titleLuiz Gonzaga do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o "rei do baião". Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira. Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. Dele, recebeu importantes lições musicais. Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira música que gravou em 78 rpm; disco de 78 rotações por minuto), um tema de sabor regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira. Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista. Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua". E com ela teve outro filho que Lua a Chamava de Rosinha. Gonzaga sofria de osteoporose. Morreu vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal. Sua música mais famosa é Asa Branca> Luiz Gonzaga /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/luiz-melodia titleLuiz Melodia, nome artístico de Luiz Carlos dos Santos nasceu no Rio de Janeiro em 7 de janeiro de 1951. Ele é um cantor e compositor brasileiro de MPB, rock, blues, soul e samba. Luiz Melodia foi muito influenciado pela Jovem Guarda, sobretudo Roberto Carlos. Começou sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos. Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho. Lança seu primeiro LP em 1973, Pérola Negra. No "Festival Abertura", competição musical da Rede Globo, consegue chegar à final com sua canção "Ébano". Nas décadas seguintes Melodia lança diversos álbuns e realiza shows, inclusive internacionais. Em 1987 apresenta-se em Chateauvallon, na França e em Berna, Suíça, além de participar em 1992 do "III Festival de Música de Folcalquier" na França. Discografia Pérola Negra 1973 Maravilhas Contemporâneas 1976 Mico de Circo 1978 Nós 1980 Felino 1983 Claro 1988 Pintando o Sete 1991 Relíquias 1995 14 Quilates 1997 Acústico ao Vivo 1999 Retrato do Artista Quando Coisa 2001 Luiz Melodia Convida 2003 Estação Melodia 2007 Especial MTV - Estação Melodia Ao Vivo 2008> Luiz Melodia /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/lulu-santos titleLuís Maurício Pragana dos Santos nasceu no Rio de Janeiro RJ em 04 de Maio de 1953. Formou seu primeiro conjunto aos 12 anos, com repertório dos Beatles. Iniciou carreira profissional aos 19 anos como membro do grupo Veludo Elétrico, entrando um ano depois no Vímana, que incluía Lobão na bateria, Fernando Gama no contrabaixo e Ritchie nos vocais e que gravou um compacto na Som Livre em 1977 (Zebra e Masquerade), alem de participar do LP Ave noturna, de Fagner. Iniciando carreira solo, compôs a trilha do filme Os sete gatinhos, de Neville d’Almeida e lançou um compacto pela Polygram, Gosto de batom (Bernardo Vilhena e Pedro Fortuna) com seu nome verdadeiro, Luís Maurício. Mais tarde, trabalhou como selecionador de repertório de trilhas de novelas da TV Globo e escreveu textos na revista Somtrês. Em 1981 assinou contrato com a WEA e gravou seu primeiro disco com o nome Lulu Santos, Tesouro da juventude (com Nelson Mota), que se tornou seu primeiro grande sucesso. O primeiro LP, Tempos modernos, de 1982, incluiu vários êxitos, como a faixa-título e De repente Califórnia, além de estabelecer um padrão para sua carreira. Seus sucessos incluem ainda Um certo alguém, Casa (1987), Toda forma de amor (1988) e A cura (1988). Em 1987 passou a trabalhar com a gravadora BMG, tendo feito nesse período apenas um disco na Polygram, Mondo cane, em 1992. Em 1985 participou com êxito do primeiro festival Rock In Rio. Premiado com um Disco de Platina por seu LP Lulu, de 1987, recusou o prêmio em plena cerimonia de entrega, no Maracanãzinho, por não ter atingido o limite mínimo de vendas de 250 mil cópias. Nos anos de 1990, gravou três discos de dance-music em parceria com o DJ Memê: Assim caminha a humanidade, Eu e Memê, Memê e eu e Anticiclone musical. Seu disco de 1997, Liga lá, com arrojadas fusões com o techno, tem participação do maestro e arranjador Rogério Duprat e de Ritchie. Produziu também discos de outros artistas, como Televisão, dos Titãs, e O melhor dosiguais, do Premeditando o Breque.> Lulu Santos /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/lupicinio-rodrigues titleLupicínio Rodrigues (Porto Alegre, 16 de setembro de 1914 — Porto Alegre, 27 de agosto de 1974) foi um compositor brasileiro. Lupe, como era chamado desde pequeno, compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, músicas que expressam muito sentimento, principalmente a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo dor-de-cotovelo, que se refere à prática, comum nos bares, do homem ou mulher que se senta no balcão, crava os cotovelos no mesmo, pede um uísque duplo, e chora o amor que perdeu. Constantemente abandonado pelas mulheres, Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam sempre juntos. De 1935 a 1947, trabalhou como bedel da Faculdade de Direito da UFRGS. Nunca saiu de Porto Alegre, a não ser por uns meses em 1939, para conhecer o ambiente musical carioca. Porto Alegre era seu berço querido e todo o seu universo. Boêmio, foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música, que seguidamente ia abrindo e fechando, tudo apenas para ter, antes do lucro, um local para encontro com os amigos. Torcedor do Grêmio, compôs o hino do tricolor, em 1953: Até a pé nós iremos / para que der e vier / Mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver. Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube. Deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas; outras centenas que compôs foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de quem as resgate.> Lupicinio Rodrigues /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/mano-brown titleOH, ainda não possuímos essa biografia!Que tal nos enviar essa biografia? Além de ficarmos muito felizes, não esqueceremos de por seu nome nas contribuições ;DEnviar biografia de Mano Brown> Mano Brown /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/marcio-greyck titleMárcio Greyck é dono de uma das carreiras de maior sucesso no cenário artístico brasileiro como cantor e compositor. Mineiro de Belo Horizonte, onde passou sua infância e adolescência apurando o seu romantismo através das serenatas que fazia embaixo das janelas de suas primeiras fãs. Foi na Polydor, em 1967, que Márcio Greyck gravou seu primeiro compacto simples com uma versão de Eleanor Rigby “Minha Menina” de Lennon e McCartney e também sua primeira composição “Venha Sorrindo” seguindo uma série de três Lp’s. Ao mesmo tempo assina contrato exclusivo com a TV Tupi, após ter se apresentado no famoso programa de Bibi Ferreira, dirigido por Péricles Leal e Roberto Jorge e passa a atuar em todos os programas musicais daquela emissora, inclusive apresentando o seu próprio programa (O mundo é dos jovens) ao lado de Sandra na extinta TV Tupi de São Paulo, cantando e gravando canções dos Beatles como: Sempre vou te amar (When I’m Sixty-Four) Ela me deixou chorando (Lucy in the Sky With Diamonds), Penny Lane, entre outras. O cinema também descobriu Márcio Greyck, que protagonizou juntamente com a cantora Adriana, o filme (Em ritmo jovem) com participações de Grande Otelo e Vanja Orico, e um outro, também longa metragem em cores logo depois, chamado (O amor em quatro tempos) onde ele interpreta um jovem sonhador da idade média. Em 1970, assina contrato com a então CBS, hoje Sony Music e grava o que seria o seu primeiro grande sucesso em vendas com a sua composição em parceria com seu irmão Cobel, chamada “Impossível acreditar que perdi você” alcançando então, uma vendagem de mais de 500 mil cópias, o que para a época em que o mercado de discos era ainda bem menor, foi considerado como um fenômeno de vendas, além de se manter em primeiríssimo lugar por mais de seis meses em todas as paradas pelo Brasil afora. Sucesso comprovado por inúmeros artistas de interpretações e estilos diversos que também a gravaram, tais como: Wilson Simonal, Rosana, Gilliard, Perla, Os Vips, João Mineiro e Marciano, Joelma, Agnaldo Rayol, Trio Esperança, Jerry Adriani, Fernando Mendes, Conjunto Lafaiete, Orquestra Caravelli da França, entre outros. No ano seguinte, uma nova super dose de sucesso com a canção, “O mais importante é o verdadeiro amor”, também primeiro lugar em todas as paradas, e o mesmo acontecendo em seguida com “O infinito” “Quando me lembram você” e “Não sei onde te encontrar” que são sucessos simultâneos desta época em que Márcio Greyck, é um dos artistas que mais atuam na TV, em programas como: Silvio Santos, Chacrinha, Flávio Cavalcante, Bolinha, Raul Gil, Haroldo de Andrade, José Messias, Hebe Camargo, Gugu Liberato, Geração 80, Globo de ouro, Fantástico, entre outros. Márcio Greyck tem duas de suas composições gravadas por Roberto Carlos “Tentativa” e “Vivendo por viver” que recentemente, foi também gravada por Zezé di Camargo e Luciano com grande sucesso e também pelo Trio Irakitan e Sérgio Reis, sendo ainda lançada na Itália, pela Universal Music como “Vivendo per vivere” em um CD gravado pelo cantor Ralf, com o titulo de “Musicas Brasilianas”. Erasmo Carlos gravou “Até quando?”. Agnaldo Timóteo e Verônica Sabino, também estão entre outros, que gravaram canções de sua autoria. Em 1981, o cantor Márcio Greyck volta aos estúdios e grava “Aparências” de (Cury e Fatha) que se torna um novo e grande sucesso em vendas no mundo do disco, lançado também em espanhol em quase todos os países do idioma e também em Portugal. O sucesso de “Aparências” atravessou as fronteiras do Brasil sendo lançada em vários países, e inclusive gravada também, pela orquestra de Ray Conniff que a gravou em uma seleção de canções latinas, com aquele seu inconfundível e famoso estilo. Márcio Greyck torna se então aí, um artista internacional que lidera novamente as paradas de sucesso em todo o Brasil e segue estourando canções como: “O travesseiro” “Honestamente” e “Reencontro”, essa que inclusive foi tema do par romântico da novela (Louco amor) da TV Globo. No ano de 1983, Márcio Greyck participa do 23º Festival Internacional de Vinã del Mar no Chile e ganha o troféu (Gaviota de Plata ) com a canção (Yo te agradezco) de Mauricio Dubocc e Carlos Colla e lança o seu primeiro Lp em espanhol para toda a América latina, por onde em seguida, viaja promovendo o disco e fazendo shows . Em 84... Greyck para com tudo!!! Totalmente desmotivado, se isola em seu sitio em Saquarema, e só recupera sua motivação em 1997, quando lança pelo selo Albatroz o CD (No tempo, no ar e no coração) que é também titulo de uma canção de sua autoria em parceria com Paulo Sérgio Valle, que resgata e atualiza seu repertório com a tecnologia e arranjos contemporâneos e volta aos programas de TV, rádio e etc. promovendo o lançamento e viajando por todo o país com sua nova Banda, após estréia no "Pálace" em São Paulo. Simultaneamente são lançados também no mercado, os CDs com as gravações originais remasterizados. Fábio Júnior, também gravou a canção “Impossível acreditar que perdi você” que foi tema da novela “A indomada” da TV Globo e que somada a recente regravação de Rita Ribeiro, produzida por Zeca Baleiro, como a nova revelação da nova MPB e também de Verônica Sabino, hoje passa de 50 as gravações desta mesma canção. Márcio Greyck foi então convidado pela TV Globo a gravar a trilha da “A indomada” em espanhol, para ser lançada em todos os países do idioma, em que for comercializada a novela. No primeiro semestre de 2001, Márcio Greyck, após apresentar seu show "No tempo, no ar e no coração" no teatro Don Silvério em Belo Horizonte, com sucesso absoluto, recebe das mãos do representante do ministro da cultura, o Troféu PRÓ-MÚSICA, como o compositor do ano 2000 em Minas Gerais, consagrando de vez a sua volta aos palcos da vida! Márcio Greyck também figura como compositor e produtor na trilha sonora da novela “Malhação" da TV Globo ano 2003, em parceria com o seu filho caçula "Bruno Miguel" que a interpreta, chamada "Faz assim" enquanto elabora um novo CD com canções inéditas, além de participar do CD “O pulo do gato” produzido por Gileno Azevedo cantando...“Uma palavra amiga” (sucesso de Roberto Carlos) em homenagem a um dos maiores compositores da jovem guarda, o Getúlio Cortes. Márcio Greyck recebeu recentemente das mãos de Silvio Santos a coroa de prata no programa “Rei Majestade” do SBT. Atualmente, resgata a sua cidadania vivendo em Belo Horizonte, de onde sai eventualmente para atender aos inúmeros convites para se apresentar com sua banda, levando o seu show...“No tempo, no ar e no coração” por todo o Brasil, cantando e revivendo os seus grandes sucessos.> Marcio Greyck /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/maria-alcina titleMaria Alcina (Cataguases, 22 de abril de 1949) é uma cantora brasileira. Entre seus maiores sucessos estão Fio Maravilha (Jorge Ben Jor) — vencedora da fase nacional do Festival Internacional da Canção de 1972 — e Kid Cavaquinho (João Bosco e Aldir Blanc). Com Fio Maravilha, fez o Maracanãzinho vibrar e conquistou o estrelato. Dona de uma voz grave e de uma presença de palco contagiante, ganhou o Troféu Imprensa, participou de programas de televisão como a Discoteca do Chacrinha, o Qual é a Música? e todos os outros da época. Percorreu o Brasil com seus shows e ficou conhecida internacionalmente. Sua maneira exótica de se vestir se compara muito a Carmem Miranda. No início de sua carreira, trabalhou durante seis anos em um circo.> Maria Alcina /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/maria-bethania title18 de junho 1946, nasceu Maria Bethânia Viana Teles Veloso Ela se chama Maria Bethânia porque seu irmão, Caetano Veloso, gostava muito de uma canção do mesmo nome, interpretada por Nelson Gonçalves: “...tu és para mim a senhora do engenho e em sonhos te vejo, Maria Bethânia és tudo o que tenho...”. Quando criança, queria ser atriz. Mas, porque Nara Leão ficou gripada, ela teve seu primeiro sucesso, como cantora, nos palcos do antológico show “Opinião”, substituindo Nara, em 13 de fevereiro de 1965. De lá para cá, foi apenas sucesso. É a cantora da música brasileira com mais discos vendidos: 26 milhões. Maria Bethânia Viana Teles Veloso nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no dia 18 de junho de 1946. É a sexta filha do funcionário público dos Correios, José Teles Veloso e de Claudionor Viana, a dona Canô. No começo da carreira participou de shows amadores com Tom Ze, Gal Costa, Caetano e Gil, que estavam todos tentando se profissionalizar. Em 1963, cantou na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Mas a data oficial de sua estréia é mesmo no Opinião, substituindo Nara, em fevereiro de 1965. Neste mesmo ano gravou seu primeiro disco e estourou com a música Cárcara. Vieram inúmeros discos e sucessos e Bethânia inovou nos palcos, fazendo shows entremeados com poemas e trechos de textos da literatura, uma fórmula que agradou muito ao público e, quase sempre, se transformou em discos gravados ao vivo. Foi ela quem inventou o grupo Doces Bárbaros, em 1976, do qual fazia parte ao lado de Gil, Caetano e Gal. O disco do grupo acabou virando tema de filme, DVD, enredo da Mangueira em 1994 e até uma apresentação especial para a rainha da Inglaterra. Em 1978 foi a primeira cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias de um único disco: Álibi. Repetiu a façanha em 1993, com o disco As Canções que Você Fez pra Mim, onde canta composições da dupla Roberto e Erasmo Carlos. Alguns de seus shows estão entre os mais importantes da história da nossa música, como Rosa dos Ventos, de 1971. Chico Buarque, Caetano, Gil, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Noel Rosa, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Jorge Portugal, Roberto Mendes e Roberto e Erasmo Carlos são os compositores que ela mais gravou. Roberto Carlos a chama de “minha rainha”. Em 2001, quando já vendera quase 20 milhões de discos, Bethânia deixou as grandes gravadoras, onde sempre atuara, para ir para a independente Biscoito Fino, de Olivia Hime. Em 2003, monta sua própria gravadora – Quitanda – para poder gravar, sem se preocupar com os aspectos comerciais, o que realmente deseja cantar e, ainda, lançar novos artistas. Bethânia é também diretora, já tendo dirigido espetáculos com Caetano e com Alcione. Em 2005, foi tema de filme documentário: Música É Perfume. Em 2006, ganhou, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio Tim de música, com três prêmios: Melhor cantora, melhor DVD (Tempo Tempo Tempo Tempo) e melhor disco (Que Falta Você me Faz, uma homenagem a Vincius). Seus dois últimos discos foram lançados simultaneamente: Pirata, onde canta os rios do interior e Mar de Sophia, onde canta o mar em versos da poeta portuguesa Shopia Breyner. O espetáculo de lançamento tem o título Dentro do Mar Tem Rio, com direção de Bia Lessa e roteiro de Fauzi Arap, que acompanha a cantora desde o show Rosa dos Ventos, de 1971. Discos de Bethânia (40 discos lançados, excluindo os compactos: 27 de estúdio e 13 ao vivo) • 1965 - Maria Bethânia • 1966 - Maria Bethânia canta Noel Rosa • 1967 - Edu e Bethânia - com Edu Lobo • 1968 - Recital na Boite Barroco - ao vivo • 1969 - Maria Bethânia • 1970 - Maria Bethânia Ao Vivo • 1971 - Vinícius + Bethânia + Toquinho - En La Fusa (Mar del Plata) - ao vivo • 1971 - A Tua Presença • 1971 - Rosa dos Ventos - ao vivo • 1972 - Quando o Carnaval Chegar (trilha sonora do filme, com Chico Buarque e Nara Leão) • 1972 - Drama • 1973 - Drama 3º ato - ao vivo • 1974 - A cena muda - ao vivo • 1975 - Chico Buarque e Maria Bethânia - ao vivo • 1976 - Pássaro Proibido • 1976 - Doces Bárbaros - com Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil - ao vivo • 1977 - Pássaro da Manhã • 1978 - Maria Bethânia e Caetano Veloso Ao Vivo • 1978 - Álibi • 1979 - Mel • 1980 - Talismã • 1981 - Alteza • 1982 - Nossos Momentos - ao vivo • 1983 - Ciclo • 1984 - A Beira e o mar • 1986 - Dezembros • 1988 - Maria • 1989 - Memória da Pele • 1990 - Maria Bethânia - 25 anos • 1992 - Olho d'Água • 1993 - As canções que você fez pra mim • 1994 - Las canciones que hiciste para mi - espanhol • 1995 - Maria Bethânia Ao Vivo • 1996 - Âmbar • 1997 - Imitação da vida - ao vivo • 1998 - A Força que nunca seca • 1999 - Diamante Verdadeiro - ao vivo • 2000 - Cânticos, Preces e Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu (tiragem limitada de dois mil cópias) • 2001 - Maricotinha • 2002 - Maricotinha Ao Vivo • 2003 - Cânticos, Preces e Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu - edição comercial • 2003 - Brasileirinho • 2005 - Que falta você me faz (músicas de Vinícius de Moraes) • 2006 - Mar de Sophia • 2006 - Pirata Participações em 43 albúns de vários artistas e coletâneas Livros> Maria Bethania /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/maria-gadu titleMaria Gadú sempre foi precoce. Paulistana da Vila Mariana criada por uma mãe atenta e dedicada ao talento da filha, preferia a companhia dos adultos da casa – e da música, que lá se ouvia, fique bem claro - a das outras crianças. Se esse traço da personalidade chegava a ser uma preocupação para a sua mãe, D Neusa, à futura cantora Maria Gadú fez bem. Ao fazer de tudo para aproximar os pequenos amigos da filha, enchendo a casa de atrações em tinta, discos e brinquedos, D.Neusa propiciou o ambiente onde Gadú, sem saber, iniciaria a sua formação artística em laboratório aconchegante e particular. Na companhia da mãe e da avó, Maria conhecia o repertório de cantores e cantoras que a influenciariam: Carmem Miranda, Dolores Duran, Adoniran Barbosa, Maria Bethânia, Caetano, Chico Buarque, Gal Costa. D Neusa, ainda grávida, já “namorava” uma escola de música para a filha estudar quando crescesse.... A Escola Municipal de Educação Artística da prefeitura de São Paulo ajudou mesmo a Gadú, ainda na infância, a dar os primeiros passos. Mais tarde, Gadú não conseguiria de adequar a nenhum método formal de música. Contraditoriamente, Gadú estudaria sua própria voz e criaria suas próprias técnicas, através de livros de métodos vocais de jazz e soul, sozinha, em frente ao espelho. Autodidata também para instrumentos, aprendeu a tocar piano e violão. Aos 4 anos ela não titubeou quando viu um músico, em um shopping, largar o piano e descansar para o intervalo. Sentou-se no banquinho como se tivesse chegado sua vez e tocou um trecho de Chopin. Estupefata, a platéia da praça de alimentação perguntou a ela o que era aquilo. Maria respondeu: “a música do gás”. Já aos 8, tocava piano e violão e chamava a prima para a fazer a segunda voz nas canções que queria gravar. A outra criança não entendia o que fazer e seguia a voz de Maria, que chorava de raiva, dizendo: “Não me imite, canta diferente.!”. Com 12 anos, na paradisíaca Ilha Grande compôs “Shimbalaiê”, MPB de levada afro, uma das músicas mais populares de seus shows, que carrega o verso: “quando mentir, for preciso, poder falar a verdade” . Após a adolescência e a longa passagem pela formação da escola que é tocar em barzinhos, resolveu ir para a Europa com um amigo percussionista para se apresentar em festivais de música independente. Após passagem, de agosto a outubro, pela Itália e Irlanda tocando em festivais, casas e shows e até na rua, Maria Gadú retornou ao Brasil para festas de fim de ano, com o objetivo de rever a família e rapidamente se organizar para voltar a Europa. Resolveu passar a virada do ano no Rio, para rever alguns amigos, e daqui não saiu mais, fazendo shows e desenvolvendo a carreira na cidade.> Maria Gadu /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/maria-rita titleMaria Rita Costa Camargo Mariano (São Paulo, 9 de setembro de 1977) é uma cantora brasileira, filha da falecida cantora Elis Regina e do compositor César Camargo Mariano. Maria Rita iniciou sua carreira com cerca de 24 anos, apesar de querer cantar desde os quartorze. O peso da carreira da mãe, bastante famosa no Brasil, influenciou o adiamento de sua obra. Segundo a própria: sempre tive a consciência de ser a única filha mulher de uma grande cantora. Antes de se tornar cantora profissional, ela fez um estágio em uma revista para adolescentes, tendo estudado marketing e estudos latino-americanos na Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Apesar do sucesso recente, consagrou-se como novo ícone da MPB. Diante de seu sucesso e projeção Internacional, tem sido acusada por críticos musicais de imitar o estilo de sua mãe. Ganhadora do Grammy latino em três categorias: revelação do ano, melhor disco de MPB e melhor canção brasileira. Maria Rita começou a cantar profissionalmente aos 24 anos. Agora, com 31, não acha que foi tarde. "Você se achar no mundo é uma tarefa muito difícil", diz a jovem que se formou em comunicação social e estudos latino-americanos nos EUA. Filha de Elis Regina e Cesar Camargo Mariano, de tanto dizerem que ela precisava cantar, Maria Rita resistiu durante algum tempo. "Encaro a vida como um grande processo feito de vários pequenos processos no caminho. Sempre quis cantar. Mas a questão não era querer. Era por quê. Não gosto de fazer nada sem ter um porquê. Fica mais fácil quando você tem um objetivo, uma meta. O motivo passou a existir quando percebi que ficaria louca se não cantasse", afirma. Após escolher a hora certa, ela não pode queixar-se dos resultados que alcançou. Aliás, ninguém pode reclamar dos resultados alcançados por Maria Rita. Antes mesmo de lançar um CD foi a vencedora do Prêmio APCA de 2002 como Revelação do ano. Seu primeiro disco, "Maria Rita", lançado em setembro de 2003, vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo. O primeiro DVD, que traz o mesmo título e foi para as lojas na primeira semana de novembro daquele ano, chegou à marca de 180 mil cópias. Ambos foram lançados em mais de 30 países, incluindo Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Equador, Finlândia, França, Inglaterra, Itália, Japão, Coréia, República Tcheca, México, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Taiwan e Venezuela. Os números referentes à jovem cantora são sempre impressionantes. Maria Rita alcançou, no Brasil (um mercado tido como em crise, ameaçado pela pirataria), Disco de Platina Triplo e DVD de Diamante; em Portugal, CD de Platina. Também, pudera... Foram 160 shows completamente lotados ao longo de 18 meses. O reconhecimento foi de público e de crítica. Maria Rita venceu prêmios importantíssimos em 2004: Grammy Latino nas categorias Revelação do Ano, Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção em Português ("A festa"); Prêmio Faz a Diferença (oferecido pelo jornal "O Globo"); o troféu da categoria Melhor Cantora do Premio Multishow e os do Prêmio Tim nas categorias Revelação e Escolha do Público. Do primerio CD dela, foram trabalhadas as músicas "A festa", "Cara valente", "Encontros e despedidas" (que foi tema na novela "Senhora do Destino") e "Menininha do portão". O aprendizado para Maria Rita se deu todo de maneira instintiva e informal. Uma conversa com o pai, quando era mais jovem, ilustra bem isso. Maria Rita pediu que Camargo Mariano a ensinasse a tocar piano. Diante de uma negativa, encolheu-se: "Ok, você não tem tempo, não é?" O pai, que com certeza é uma das grandes referências musicais dela, discordou; disse que tempo, se fosse o caso, ele arrumaria. O problema é que ele aprendera sozinho... "O que ele toca ele não aprendeu com ninguém, então ele não tem o que me passar", entende agora Maria Rita, que seguiu trilha parecida. Soltava a voz e pronto. Passou a fazer aulas de canto, mais tarde, para "saber usar o instrumento". Ela até gostaria de ter uma bagagem mais formal, mas por outro lado mostra-se satisfeita com os caminhos que escolheu guiada pelo instinto e pelo coração. Em setembro de 2005, chegou às lojas o novo trabalho de Maria Rita, "Segundo". O primeiro single foi "Caminho das águas". Juntamente com a pré-venda do CD em lojas online, foi feita a "venda digital" do single "Caminho das águas". Neste último caso, uma novidade no mercado brasileiro de discos, foram tantos downloads que houve congestionamento já na data de lançamento. Todo mundo queria ter Maria Rita gravada no computador. E não é para menos. O novo CD rendeu à cantora uma extensa turnê no Brasil, participações especiais em diversos CDs nacionais ("Forró pras crianças" e "100 anos de frevo"), shows nacionais (Arlindo Cruz, O Rappa, Os Paralamas do Sucesso, Gilberto Gil e Mart'nália) e internacionais (Jamie Cullum, Mercedes Sosa e Jorge Drexler). O sucesso mundial de "Segundo" lhe rendeu, em 2006, mais dois Grammys Latinos -- Melhor Álbum de MPB e Melhor Canção Brasileira com "Caminho das Águas" de Rodrigo Maranhão -- e mais de 50 apresentações no exterior com sucesso absoluto de público e crítica no Montreux Jazz Festival, North Sea Jazz Festival, Irving Plaza (NY), San Francisco Jazz Festival, dentre outros. No dia 14 de setembro de 2007, Maria Rita lançou o seu terceiro CD "Samba Meu", produzido por Leandro Sapucahy e co-produzido pela própria cantora. O CD teve lançamento simultâneo nos Estados Unidos, América Latina, México, Portugal, Israel e Reino Unido. Em abril de 2008, a ABPD concedeu o Disco de Platina a "Samba Meu" pelas mais de 125 mil cópias vendidas do CD. O álbum, que foi o décimo CD mais vendido em 2007, também ganhou o prêmio de "melhor CD" no 15º Prêmio Multishow de Música Brasileira.> Maria Rita /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/marisa-monte titleMarisa de Azevedo Monte (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1967) é uma consagrada cantora, compositora e produtora musical brasileira Biografia Estudou canto, piano e bateria na infância. Na adolescência participou do musical Rock Horror Show, dirigido por Miguel Falabella, com alunos do Colégio Andrews, mas nunca abandonou o estudo de canto lírico, iniciado aos catorze anos. Aos dezenove, mudou-se para a Itália, mais especificamente para Roma, onde durante dez meses estudou belcanto, do qual desistiu em seguida, passando a fazer apresentações em bares e casas noturnas cantando música brasileira acompanhada de amigos. Um desses espetáculos foi assistido pelo produtor musical Nelson Motta, que se tornou diretor do primeiro show no Rio de Janeiro, em 1987. O show Veludo Azul teve temporadas no Rio e em São Paulo e despertou o interesse das gravadoras. Marisa Monte já fazia muito sucesso de público e crítica antes de ter o primeiro disco gravado, o que só veio a acontecer com Marisa Monte ao Vivo (1988). A este disco com repertório eclético, pertence o primeiro grande sucesso, Bem que Se Quis (versão de Nelson Motta para a E Po' Che Fa do compositor italiano Pino Daniele), que foi executado exaustivamente nas emissoras radiofônicas brasileiras e fez parte da trilha sonora da novela da Rede Globo O Salvador da Pátria, de Lauro César Muniz (1989). O disco seguinte, Mais (1991), introduziu-a no mercado internacional e a apresentou como compositora; a partir daí, prosseguiu com dois discos: o elogiado Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-rosa e Carvão (1994), considerado por muitos o melhor álbum da carreira, e o duplo Barulhinho Bom (1996), que trazia regravações dos antigos sucessos entre outras canções inéditas e consagradas, resultado do show originado do álbum de estúdio anterior. Barulhinho Bom também provocou grande polêmica pela capa, um desenho do artista pornô-naif Carlos Zéfiro, censurada nos EUA. Este CD marcou uma aproximação maior com o mundo do samba carioca, com as diversas escolas e gerações. Adotando uma postura cool, Marisa Monte procura evitar a superexposição na mídia, e mantém-se afastada dos meios de comunicação quando não está em turnê de lançamento de um disco novo. Lançou o próprio selo, a Phonomotor, e apresenta-se também ao lado da Velha Guarda da Portela, tendo produzido e participado do CD Tudo Azul (2000) e o documentário selecionado para mostra no Festival de Cannes, O Mistério do Samba (2008). Como produtora, atuou também em Omelete Man (1998), disco de Carlinhos Brown. No fim de 2002, Marisa lança o CD e DVD Tribalistas, projeto idealizado por ela e os parceiros Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, que ultrapassou a marca de mais de um milhão de cópias vendidas no Brasil. Em 2000 Marisa lança o CD Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, centrado no tema do amor e muito aclamado pela crítica. A turnê do álbum durou aproximadamente um ano e gerou o DVD homônimo com os melhores momentos do show. Após quase cinco anos sem aparições relevantes Marisa voltou no primeiro semestre de 2006, quando lançou simultaneamente dois discos Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor, dedicados a canções inéditas do samba e da MPB no que resulta na criação da turnê Universo Particular. Entre as gravações mais representativas da carreira de Marisa Monte, e para toda a MPB, estão, entre outras: Segue o seco, Pétalas esquecidas, Give me love, Bem que se quis, Infinito Particular, De mais ninguém, Vai saber?, De noite na cama, Maria de verdade, Rosa, Speak low, A lenda da sereias, Dança da solidão, Pelo tempo que durar, Vilarejo, Preciso me encontrar, Balança Pema, Para ver as meninas, Volte para o seu lar, A primeira pedra, Negro gato, Lágrimas e tormentos, Aconteceu, Panis et circensis, Não é proibido (atualmente esta na 3 semana em 1 lugara na Hot100 Brasil) e Cinco minutos.carece de fontes? Em dezenove anos de carreira, Marisa vendeu mais de nove milhões de discos no Brasil e no exterior. Sua nova música Não é Proibido alcançou o topo das paradas do Hot 100 Brasil e ficou lá por 3 semanas, fazendo dela uma cantora muito popular entre a massa> Marisa Monte /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/martinho-da-vila titleMartinho José Ferreira nasceu em Duas Barras, Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. Filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, veio para o Rio de Janeiro com apenas 4 anos. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje é o lugar que chama de “meu off-Rio”. Cidadão carioca criado na Serra dos Pretos Forros, sua primeira profissão foi como Auxiliar de Químico Industrial, função aprendida no curso intensivo do SENAI. Um pouco mais tarde, enquanto servia o exército como Sargento Burocrata, cursou a Escola de Instrução Especializada, tornando-se escrevente e contador, profissões que abandonou em 1970, quando deu baixa para se tornar cantor profissional. Pai de oito filhos e avô de sete netos, Martinho conservou o estado civil de solteiro até conhecer Cléo, no início da década de noventa. Para compensar , em maio de 1993, casou-se duas vezes com Clediomar Corrêa Liscano Ferreira. No civil no dia 13 e no religioso no dia 31. E foi o próprio Martinho quem manuscreveu o convite aos amigos. Sua carreira artística surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com a música “Menina Moça”. O sucesso veio no ano seguinte , na quarta edição do mesmo festival, lançando a canção “Casa de Bamba”, um dos “clássicos” de Martinho . Seu primeiro álbum , lançado em 1969, intitulado Martinho da Vila, já demonstrava a extensão de seu talento como compositor e músico, incluindo , além de “Casa de Bamba”, obras-primas como “O Pequeno Burguês”, “Quem é Do Mar Não Enjoa” e “Prá Que Dinheiro” entre outras menos populares como “Brasil Mulato”, Amor Pra que Nasceu” e “Tom Maior”. Logo tornou-se um dos mais respeitados artistas brasileiros além de um dos maiores vendedores de disco no Brasil, sendo o primeiro sambista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD “Tá delícia, Tá gostoso” lançado em 1995. Hoje, é impossível saber de cor todos os prêmios que ganhou. Toda essa história está no rico acervo em sua cidade natal, Duas Barras. Entre os títulos guardados com carinho estão os de Cidadão Carioca, Cidadão benemérito do estado do Rio de Janeiro , Comendador da República em grau de oficial e a Ordem do Mérito Cultural, por sua contribuição à cultura brasileira. Na coleção de medalhas, guarda a Tiradentes, além da famosa Pedro Ernesto, e na carreira musical ganhou em 1991 o Prêmio Shell de Música Popular Brasileira. Sua dedicação à escola de samba do coração, Unidos de Vila Isabel, iniciou em 1965. Antes, participava da extinta Aprendizes da Boca do Mato. A história da Unidos de Vila Isabel se confunde com a de Martinho. Desde essa época, assina vários sambas-enredo da escola. Também envolvido nos enredos da escola, criou o “Kizomba A Festa da Raça” que está entre os mais memoráveis da história dos desfiles, e garantiu para a Vila, em 1988, seu consagrado título de campeã no grupo especial. Embora internacionalmente conhecido como sambista, com várias composições gravadas no exterior, Martinho da Vila é um legítimo representante da MPB e compositor eclético, tendo trabalhado com o folclore e criado músicas dos mais variados ritmos brasileiros, tais como ciranda, frevo, côco, samba de roda, capoeira, bossa nova, calango, samba-enredo, toada e sembas africanos. Seu espírito de pesquisador incansável, viaja desde o disco “O canto das lavadeiras”, baseado no folclore brasileiro, lançado em 1989, até o mais recente trabalho “Lusofonia” , lançado no início de 2000, reunindo músicas de todos os países de língua portuguesa. Em setembro de 2000 concretizou, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, um de seus projetos mais cultuados: a apresentação do “Concerto Negro” . Idealizado por Martinho e pelo maestro Leonardo Bruno, o espetáculo enfoca a participação da cultura negra na música erudita. Para cuidar de suas diversas atividades, criou o Grupo Empresarial ZFM abrindo as portas para sambistas com um selo musical e inaugurando sua própria editora, com seu primeiro romance “Joana e Joanes”> Martinho Da Vila /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/milton-nascimento titleMilton Nascimento (Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1942) é um cantor e compositor brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da MPB. Conhecido também pelo apelido de Bituca. Nascido no Rio de Janeiro, filho de Maria do Carmo Nascimento, uma empregada doméstica, foi adotado por um casal cuja esposa (Lília Silva Campos) era professora de música. O pai adotivo, Josino Campos, era dono de uma estação de rádio. Mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais, antes dos dois anos e aos treze anos já cantava em festas e bailes da cidade. Sobre a família, disse: Sou fascinado pela minha família, acho que eu não poderia ter tido mais amor, educação e liberdade em nenhuma outra família no mundo. Eles moldaram a minha vida. Meu primeiro instrumento foi uma harmônica dada pela minha avó. Ela me deu um acordeão, e foi aí que minha vida musical começou Gravou a primeira canção, Barulho de trem, em 1962. Em Três Pontas, integrava, ao lado de Wagner Tiso, o grupo W's Boys, que tocava em bailes. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar Economia, onde, tocando em bares e clubes noturnos, começou a compor com mais frequência; datam dessa época as composições Novena e Gira Girou (1964), ambas com Márcio Borges. Na pensão aonde foi morar na capital, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos Borges, Marilton, Lô e Márcio. Dos encontros na esquina das Ruas Divinópolis com Paraisópolis surgiram os acordes e letras de canções como Cravo e Canela, Alunar, Para Lennon e McCartney, Trem azul, Nada será como antes, Estrelas, São Vicente e Cais. Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flávio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Vermelho, Toninho Horta. Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da esquina, que era duplo e apresentava um grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a miscelânea de sons e riqueza poética. O Clube da esquina escreveu um dos mais importantes capítulos da história da MPB. Chamou a atenção dos músicos brasileiros e estrangeiros, dada a sua ousadia artística e criatividade inovadora. Quando do lançamento, a crítica especializada não teve a capacidade de entender o que estava acontecendo e fez comentários severos a respeito da obra. Pouco tempo depois o disco teve reconhecimento internacional e ganhou o prestígio merecido aqui no Brasil também. O álbum virou disco de cabeceira de músicos no mundo inteiro, tornando-se referência estilística e estética da música contemporânea, e levou Milton Nascimento a ser convidado por Wayne Shorter a gravar um disco com ele, em 1975. O disco chamava-se Native Dancer e serviu para projetar Milton de uma vez por todas no mercado norte-americano. Milton transcendeu o anonimato como cantor gravando um LP no Rio de Janeiro em 1666. EM 1967, segundo o trecho da contracapa do disco Milton e Tamba Trio: Milton Nascimento entrou no estúdio acompanhado pelo 'Tamba Trio', no Rio de Janeiro, em 1967, para gravar seu primeiro disco. O encontro de 'Milton & Tamba' com os arranjos de Luizinho Eça fazem de 'Travessia' um álbum definitivo e eternamente moderno. No mesmo ano, a composição Canção do Sal foi gravada por uma cantora até então desconhecida, Elis Regina. A convite do músico Eumir Deodato, gravou um LP nos Estados Unidos (Courage), onde se destacam Catavento e uma versão de Travessia chamada Bridges. Em 1970 realiza temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo com o conjunto Som Imaginário, destacando-se desse período Para Lennon e McCartney (1970, com Fernando Brant, Márcio Borges e Lo Borges) e Clube da Esquina. No disco Sentinela (1980), foi um grande sucesso a composição Canção da América. No ano seguinte, estourou a canção Caçador de Mim (uma composição de Luiz Carlos Sá e Sergio Magrão). Também participou e compôs a trilha sonora de filmes como Os Deuses e Os Mortos (1969, direção de Ruy Guerra), e Fitzcarraldo (1981, direção de Werner Herzog). Entre outros sucessos, destacam-se Maria, Maria (1978, com Fernando Brant), e a interpretação de Coração de Estudante (Wagner Tiso), que se tornou o hino das Diretas Já (movimento sócio-político de reivindicação por eleições diretas, 1984) e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a Canção da América, que versa sobre a Amizade, foi o tema de fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994). Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Milton Nascimento integrou o grupo seleto de intérpretes da MPB que viajaram o país durante dois anos apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma platéia de mais de 200 mil pessoas. Milton interpretou a canção Beatriz, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d'água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi, no entanto, criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. O estilo musical de Milton pode ser classificado como Música Popular Brasileira, surgido de um desdobramento do movimento da bossa nova, com fortes influências desta, do jazz, do jazz-rock e de grandes expoentes do rock, como os Beatles, Bob Dylan e com pitadas tanto da música hispano-americana de Mercedes Sosa, Violeta Parra e Victor Jara, quanto dos sons caribenhos de Pablo Milanes e Silvio Rodrigues. Ao mesmo tempo, o estilo de Milton nascimento não deixa de beber nas fontes regionais brasileiras, nos cantos folclóricos de Minas Gerais e de outros estados. O estilo foi praticamente inaugurado com a interpretação da canção Arrastão (Edu Lobo / Vinícius de Moraes), pela novata Elis Regina, na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira. Até 2004, Milton Nascimento já havia gravado mais de trinta álbuns. Cantou com dúzias de outros artistas, incluindo Angra, Maria Bethânia, Elis Regina, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Simone, Chico Buarque, Clementina de Jesus, Gilberto Gil, Sandy & Junior, Paul Simon, Peter Gabriel (com quem co-escreveu a música Breath after Breath do Duran Duran), Herbie Hancock, Quincy Jones e Jon Anderson. Elegeu Elis Regina como a grande musa inspiradora para quem compôs inúmeras canções. A filha de Elis, Maria Rita, teve sua carreira catapultada pela participação no álbum Pietá, cantando as faixas Voa Bicho, Vozes do Vento e Tristesse. Em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Foi nomeado novamente para o Grammy em 1991 e 1995. Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África. O carisma pessoal e o gênio musical fazem-no ter o talento apreciado por muitos no mundo inteiro. A voz é considerada uma das maiores de todos os tempos na Música Popular. A capacidade de alcançar agudos muito altos, graças a seu privilegiado registro vocal, lhe garantiu a participação em vários trabalhos, seus e de outros artistas, aos quais adicionou vocalizes extremamente delicadas em arranjos primorosos.> Milton Nascimento /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/moraes-moreira titleMoraes Moreira, nome artístico de Antônio Carlos Moreira Pires, (Ituaçu, 8 de julho de 1947) é um cantor, compositor e músico brasileiro, integrante do movimento dos Novos Baianos. Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos de Ituaçu, o "Portal da Chapada Diamantina". Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, Bahia. Mudou-se para Salvador e lá conheceu Tom Zé, e também entrou em contato com o rock n' roll. Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, formou o conjunto Novos Baianos, onde ficou de 1969 até 1975. Juntamente com Luiz Galvão, foi compositor de quase todas as canções do Grupo1. Um dos melhores álbums da história do Brasil2 Acabou Chorare, de 1972, foi lançado pelos Novos Baianos. Saiu em carreira solo no ano de 1975, e desde então já lançou mais de 20 discos. Compôs "O Brasil Tem Concerto", influenciado pela música erudita. Em 2003 completou sua trilogia que tinha como tema o Brasil, e incluía os três álbuns Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira (1979) e O Brasil Tem Concerto (1994) e Meu Nome é Brasil.> Moraes Moreira /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/nando-reis titleEx-baixista do grupo Titãs, Nando, mesmo como integrante da banda paulista, já mantinha uma carreira solo onde expunha seu lado de compositor e intérprete. Nos Titãs, integrou o grupo desde o surgimento, em 1982, até 2003. Apesar da saída de Nando, grande parte de sua obra musical está na discografia e na história da banda. No início dos Titãs, Nando era apenas backing vocal e, a partir dos ensaios da banda, começou a tocar baixo. Desde pequeno, adorava tocar violão e compor músicas. Gravou pela primeira vez, como cantor, duas músicas: “Marvin” (R.Dunbar - G.N.Johnson, versão Nando Reis e Sérgio Britto) e “Querem Meu Sangue” (versão de “The harder they come” de Jimmy Cliff). Nos Titãs, foi autor de muitas músicas de sucesso como: “Os Cegos do Castelo”, “Pra Dizer Adeus” (com Tony Belloto), “Bichos Escrotos” (com Arnaldo Antunes e Sérgio Britto) e outros. Fora dos Titãs, teve músicas gravadas por Marisa Monte (“Diariamente”), Cássia Eller (“E.C.T.”), Cidade Negra (“Onde Você Mora”). Ainda durante o trabalho com os Titãs, grava três discos paralelamente; o primeiro em 1995 (“12 de Janeiro”), o segundo em 2000 (“Para Quando o Arco-íris Encontrar o Pote de Ouro”) e o último, antes de seguir a carreira solo, “Infernal… but there’s still a full moon shining over Jalalabad”.> Nando Reis /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/nara-leao titleFilha do advogado Jairo Leão e da dona de casa Altina Leão, Nara Lofego Leão foi um dos ícones do movimento musical da década de 60 que ficou conhecido como bossa-nova. Nascida em Vitória (ES), Nara veio ainda criança para o Rio de Janeiro com a sua família, onde foi morar na zona sul, junto com a sua irmã, Danuza Leão, que mais tarde também se destacaria como modelo e jornalista. Extremamente tímida em sua infância, Nara desistiu de aprender o acordeom, instrumento da moda na época, para se dedicar ao violão, que acabou se tornando o companheiro de toda a sua vida. Um de seus primeiros namorados foi Roberto Menescal, ao qual apresentou o ritmo que estava encantando os Estados Unidos, o jazz. Entediados com as músicas que estavam sendo feitas no país, Nara e seus amigos começaram a se reunir em sua casa para buscar ritmos diferentes e fazer uma nova música. Estava então definido o ponto de encontro de artistas como Ronaldo Bôscoli e João Gilberto, que, juntamente com outros grandes nomes da música brasileira, criou a bossa-nova. Nara Leão tornou-se a musa daqueles rapazes que queriam fazer músicas com poesias. Com o aumento do interesse pelo novo ritmo, as apresentações nos apartamentos ficaram pequenas para o crescente público e, assim, começaram as apresentações em universidades e boates. Em sua estréia em um desses grandes shows, Nara ficou tão nervosa que se apresentou de costas para o público. Noiva do cantor e compositor Ronaldo Bôscoli, Nara rompeu com o músico após saber que o mesmo tivera um caso durante uma viagem pela América do Sul com a cantora Maysa. A sua estréia profissional aconteceu com o musical de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, 'Pobre Menina Rica'. Apesar da superprodução, o espetáculo não fez o sucesso esperado. O sucesso da garota da zona sul chegou com o lançamento do seu primeiro disco, em 1964, onde a cantora surpreendeu com o resgate de músicas de sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho, e de músicas engajadas, fugindo da temática da bossa-nova, que só tratava de temas como o sorriso, o amor e o mar. A cantora foi a estrela do show Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Kéti, um dos mais aclamados da MPB. Só teve que sair por problemas de saúde, escolhendo a cantora Maria Bethânia para ficar em seu lugar. Logo depois, estreou o espetáculo 'Liberdade, Liberdade', que foi censurado após pouco tempo em cartaz. A menina tímida, que tinha medo do palco, tornou-se uma mulher com opiniões firmes e contestadoras, chegando a fazer ofensas aos militares em pleno regime militar. "Os militares podem entender de canhão ou de metralhadora, mas não 'pescam' nada de política", disse a cantora em uma entrevista em 1966. Apesar de o então presidente, Arthur da Costa e Silva, querer enquadrá-la na Lei de Segurança Nacional, uma legião de intelectuais saiu em sua defesa, entre eles o poeta Carlos Drummond de Andrade. Nara Leão foi uma das primeiras cantoras consagradas a apoiar a Tropicália, outro movimento musical que revelou grandes nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Foi também ao cantar 'A Banda', de Chico Buarque, que Nara ganhou o 2° Festival de Música Popular Brasileira. Cantora com visão de produtora, Nara lançou vários compositores e inúmeras músicas ganharam fama em sua voz como "Pedro Pedreiro", "Olê Olá" (ambas de Chico Buarque), "Maria Moita" (Carlos Lyra / Vinicius), "Corisco" (Sergio Ricardo/ Glauber Rocha), "Esse Mundo É Meu" (Sergio Ricardo), "Maria Joana", "Pede Passagem" (Sidney Miller), "Recado" (Casquinha/ Paulinho da Viola), "Coisas do Mundo, Minha Nega" (Paulinho da Viola), "João e Maria" (Sivuca / Chico Buarque), "Com Açúcar, com Afeto" (Chico Buarque), "Apanhei-te Cavaquinho" (Ernesto Nazareth / Nara Leão), além de praticamente todos os clássicos da bossa nova. Após um tempo no exílio na Itália e na França, onde permaneceu casada com o cineasta Cacá Diegues e teve sua primeira filha, Isabel, Nara retornou ao Brasil, onde teve o seu segundo filho, Francisco. Nesta fase, dedicou-se quase que exclusivamente à maternidade e foi estudar psicologia. Nara Leão retomou aos poucos a sua carreira cantando com amigos e fazendo shows por todo mundo, principalmente no Japão, onde tinha um público cativo. Aos 47 anos, na manhã de 7 de junho de 1989, Nara morreu devido a um tumor inoperável no cérebro.> Nara Leão /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ney-matogrosso titleNey de Sousa Pereira (Bela Vista, 1º de agosto de 1941), mais conhecido como Ney Matogrosso, é um cantor brasileiro, ex-integrante do Secos & Molhados. Hoje considerado um dos maiores intérpretes do Brasil, o nome artístico Ney Matogrosso foi adotado somente em 1971, ao ir para São Paulo1. Desde cedo demonstrou vocação artística: cantava, pintava, interpretava. Teve a infância e a adolescência marcadas pela solidão, até completar dezessete anos, quando deixou a casa da família para entrar na Aeronáutica, Ney ainda não fazia idéia do que faria na vida. Gostava de teatro e cantava esporadicamente, mas acabou indo trabalhar no laboratório de anatomia patológica do Hospital de Base de Brasília, a convite do primo. Tempos depois foi convidado para participar de um festival universitário e chegou a formar um quarteto vocal, sob protestos da professora de canto e apesar do regente do coral do qual fazia parte elogiar sua voz especial, depois do festival, fez de tudo um pouco, até atuou em um programa de televisão. Também concentrou suas atenções no teatro, decidido a ser ator. Atrás deste sonho, ele desembarcou no Rio de Janeiro em 1966, onde passou a viver da confecção e venda de peças de artesanato em couro. Ney adotou completamente a filosofia de vida hippie. Neste período, viveu entre o Rio, São Paulo e Brasília, até conhecer João Ricardo; João procurava um cantor de voz aguda para um conjunto musical e convidou Ney para ser o cantor do grupo Secos & Molhados. Saiu dos Secos & Molhados no ano seguinte e, em 1975, lançou seu primeiro disco solo, chamado Água do Céu - Pássaro, que vinha numa capa de papelão cru, com Ney Matogrosso pintado, vestido com pêlos de macaco, chifres, pulseiras de dentes de boi. Foi considerado extravagante demais e passou despercebido pelo público. Sobre o já citado 'BAndido': em 1976 veio o reconhecimento com o disco. A canção "Bandido Corazón", composta por Rita Lee, tornou-se um grande sucesso na voz de Ney. Nessa época, Ney escandalizava o Brasil. 'Bandido' é considerado o show mais ousado da carreira do cantor e perfomático Matogrosso. Ney terminou a década de 70 e começou a de 80 totalmente transgressor, sendo ameaçado várias vezes pelo regime militar. Nesse período, Ney lançou alguns de seus maiores sucessos: "Homem com H", "Vida, Vida", "Pro dia nascer Feliz", "Vereda Tropical", "Amor Objeto", "Seu tipo", "Por debaixo dos panos", "Promessas demais", entre outros. É considerado um dos principais percussores da androginia enquanto estética de arte, desenvolvida inicialmente com a Tropicália. Apresentando coreografias erotizantes e expondo sua masculinidade como um contraponto à ousadia nos tempos de chumbo, Ney acaba por influenciar toda uma geração de artistas. Também é coreógrafo, iluminador e dançarino, atuando como diretor geral de seus espetáculos musicais; o espetáculo Sou eu, dirigindo Simone, foi considerado o melhor do ano (1992). É em 1987 que Ney Matogrosso entra em uma nova fase: com o LP "Pescador de Pérolas", ele mostra uma faceta mais segura. Abandona as maquiagens, veste um terno e atrai um novo público. Durante a década de 90 tocou com Raphael Rabello, e gravou um CD com canções de Ângela Maria, outro só com canções de Chico Buarque (o elogiadíssimo CD "Um Brasileiro), gravou Cartola, e o elogiado "Batuque", apenas com canções anteriores a revolucionária década de 60. Em 2004 voltou aos meios de comunicação com o projeto "Vagabundo", em que canta com o grupo carioca Pedro Luís e a Parede. Sucesso de público e crítica. Ney mantém no estado do Rio de Janeiro uma área de preservação ambiental para micos-leões-dourados, espécie ameaçada de extinção. Estreou no segundo semestre de 2007 um dos seus espetáculos mais comentados em 35 anos de carreira: O show "Inclassificavéis" - que correrá até 2009 por todo o Brasil, com visual impactante e andrógeno, e sonoridade comportando apenas guitarra, violão, percussões, programações e baixo. Em junho do ano 2008 mais um ponto importante para carreira de Ney: os 17 primeiros discos de Ney Matogrosso em CD. Alguns deles inéditos nesta versão, como os cultuados trabalhos "Água do céu Pássaro", "Bandido", "Pecado" e "Mato Grosso". Protagonizou o especial da Rede Globo exibido em 28 de junho de 2008, cantando músicas de Cazuza. Regravou em 2008, a música Lig Lig Lig Lé para ser a abertura da novela das seis Negócio da China e fez uma participação como um dançarino em Macau nesta novela, logo no primeiro capítulo.> Ney Matogrosso /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/noel-rosa titleNoel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira. Noel nasceu de um parto difícil em que o uso do fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula que o marcou por toda a vida. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento de 1923 a 1928. Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música - e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito. Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Toada do Céu", ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de "Com que roupa?", um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma seqüência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em "Positivismo", o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz". Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida. Noel teve ao mesmo tempo algumas namoradas. Casou-se em 1934 com Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci, a dama do cabaré. Passou os anos seguintes travando um batalha contra a tuberculose. A boemia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, a bebida e o cigarro. Mudou-se para Belo Horizonte,nota 1 trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado. Faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em conseqüência da doença que o perseguia desde sempre.> Noel Rosa /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/odair-jose titleNascido no interior de Goiás, desde cedo se interessou por música e na adolescência formou uma dupla caipira com um amigo. Mudou-se para o Rio de Janeiro com 18 anos, onde trabalhou como cantor de boates suburbanas e circos, guitarrista de inferninhos na Lapa. No início da década de 70 começou a compor músicas baseadas no que observava na realidade dos inferninhos, bordéis e boates. Seu primeiro compacto, "Eu Vou Tirar Você Deste Lugar", falava de um homem apaixonado por uma prostituta, e tornou-se um de seus grandes sucessos. Ele chegou a cantar a música em duo com Caetano Veloso no espetáculo Phono 73, organizado com o contratados da então gravadora Phonogram (hoje Universal). Logo, Odair José se transformou no maior ídolo da música brega, vendendo milhões de discos e emplacando hits como "Pare de Tomar a Pílula", proibida pela censura. Em 1977 surpreendeu ao criar uma "Ópera-Rock", "O Filho de José e Maria", mas logo em seguida voltou ao estilo antigo.> Odair Jose /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/os-incriveis titleOs Incríveis foi uma banda brasileira de rock e pop dos anos 1960 e 70, formada em São Paulo por Domingos Orlando, ou "Mingo" (voz e guitarra), Waldemar Mozema, "Risonho" (guitarra), Antônio Rosas Seixas, "Manito" (teclados, vocal e sax), Luiz Franco Thomaz, "Netinho" (bateria), Demerval Teixeira Rodrigues, "Neno" (baixo), substituído em 1965 por Lívio Benvenuti Júnior, "Nenê". Inicialmente, a banda chamava-se The Clevers e, em seus shows, tocava pricipalmente twist, estilo em moda no início da década de 1960. O sucesso veio durante o período da Jovem Guarda, com a mudança de nome e canções populares como "Era um Garoto Que, Como Eu, Amava os The Beatles e os The Rolling Stones, "O Milionário" e "Eu Te Amo, Meu Brasil". Ao longo dos anos 1970, ex-integrantes dos Incríveis formariam outras importantes bandas do rock brasileiro, como Casa das Máquinas e O Som Nosso de Cada Dia.> Os Incriveis /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/oswaldo-montenegro titleNascido no bairro do Grajaú, Oswaldo é um caso excepcional de precocidade musical. Sem nunca ter estudado música regularmente, começou desde a tenra infância a ser influenciado por ela. Primeiro, na casa de seus pais no Rio de Janeiro: sua mãe e os pais dela tocavam piano, seu pai tocava violão e cantava. A segunda influência foi mais forte. Aos oito anos, mudou-se, com os pais, para São João del-Rei, cidade mineira poética e boêmia, onde as serestas aconteciam todas as noites e as pessoas juntavam os amigos em casa para passar as noites tocando e cantando. Ao mesmo tempo, Oswaldo foi atraído para a música barroca das igrejas. Nesta época, teve aulas de violão com um dos seresteiros da cidade e compôs sua primeira canção, Lenheiro, nome do rio que banha São João del-Rei. Venceu um festival de música com apenas 13 anos, no Rio de Janeiro, onde voltou a morar. A decisão de se tornar um músico profissional veio com a mudança para Brasília, em 1971. Na capital federal, começou a ter contato com festivais e grupos de teatro e de dança estudantis. Fez seus primeiros shows e aos 17 anos a decisão de viver da música se tornou definitiva. Mudou-se novamente para o Rio, mas já havia adotado Brasília como a terra de seu coração e tema constante de sua obra. Também seus parceiros preferidos foram amigos que fez ali, como José Alexandre, Mongol e Madalena Salles, entre outros. Foi ainda em Brasília que tomou contato com a música erudita nos concertos do Teatro Nacional. Não só assiste aos concertos com seus amigos músicos, entre eles o maestro Otávio Maul e a família Prista Tavares, mas entra pelas madrugadas conversando sobre técnica e teoria musicais. Autodidata, devora livros sobre história da música. A partir daí, morando no Rio mas com os olhos e o coração postos em Brasília, sua carreira deslancha. Tem música classificada no último Festival da Canção da Rede Globo, o primeiro de repercussão nacional de que participa (1972), escreve e encena seu primeiro musical (1974-1975), lança três discos no espaço de três anos (1975-1978) e vence festival na TV Tupi com seu primeiro megasucesso, Bandolins (1979). Em 1980 participa e vence o Festival MPB Shell da Rede Globo de Televisão com a canção Agonia, do amigo de infância Mongol. Mesmo com tanto sucesso, decide retornar a Brasília para montar em 1982, outro espetáculo musical, Veja Você, Brasília, com artistas locais. Deste espetáculo participam as ainda desconhecidas Cássia Eller e Zélia Duncan. Depois desta, viriam outras peças de teatro musical, uma particularidade bem marcante na trajetória de um músico brasileiro e que resgata uma maneira de divulgar música abandonada na primeira metade do século 20. São mais de 14 peças musicais, todas recorde de público e algumas, como Noturno", "A Dança dos Signos" e "Aldeia dos Ventos, estão em cartaz há mais de 15 anos e com montagens por todo o país. Em 1985, participa de outro Festival da TV Globo, com a música O Condor, com acompanhamento de um coro de 25 cantores negros. Não para de gravar discos. Até 2006, são 34. Composições suas são interpretadas por Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Paulinho Moska, Zé Ramalho, Alceu Valença, Zizi Possi, Zélia Duncan, Jorge Vercilo, Altemar Dutra, Gonzaguinha, Sivuca, Tânia Maya, entre outros. Até a atriz Glória Pires cantou em participação especial de um disco seu (1985). Em 1994, Oswaldo lança seu primeiro livro - O Vale Encantado - um livro infantil, no mesmo ano indicado pelo MEC, através da Universidade de Brasília, para ser adotado nas escolas de 1º grau. Em 1997, adapta o livro para vídeo. Em 1995 lança o cd "Aos Filhos do Hippies" com participação de Carlos Vereza e Geraldo Azevedo. Em 1997, Oswaldo reencontra Roberto Menescal. Durante a conversa, surge o tema "letras de músicas da MPB que são verdadeiros poemas". Daí vem à idéia do CD "Letras Brasileiras". Menescal produz o CD, que é lançado no mesmo ano, e participa da tournée do show. Ainda em 97 grava e lança o vídeo "O Vale Encantado", que conta no elenco com a participação de Zico, Roberto Menescal, Fafy Siqueira, Luísa Parente, Tânia Maya e Madalena Salles. É lançado, também, o CD do mesmo nome. Lança, também, nesse mesmo ano, o CD do espetáculo "Noturno", pela Tai Consultoria em Talentos Humanos e Qualidade. Em 1998 recebe o título de cidadão honorário de Brasília, concedido pela Câmara Legislativa do DF. Nesse mesmo ano, Oswaldo volta às montagens teatrais. Monta novamente "Léo e Bia", numa versão mais madura e coerente com a postura que ele tem, atualmente, daquela história. Grava o CD homônimo, também com Menescal. Monta, ainda, com elenco de Brasília, a 2ª versão de "A Aldeia dos Ventos". Em 1999, apresenta três espetáculos, no Teatro de Arena, no Rio de Janeiro: "Léo e Bia", "A Dança dos Signos" e o inédito "A Lista" com a participação da atriz Bárbara Borges e do cantor Rafael Greyck, lançando, nessa temporada, os CDs dos 2 últimos. Em 2000, comemora os 20 anos de carreira com o show "Vinte Anos de Histórias" e com os CDs "Letras Brasileiras ao Vivo" e "Escondido no Tempo". Dedica-se, também, à série "Só Pra Colecionadores", de CDs independentes, de tiragem limitadíssima, vendidos apenas via internet. Neste ano seus fãs criam seu primeiro fã-clube virtual, o OMOL (Oswaldo Montenegro online), onde admiradores de seu trabalho, através de um site na internet e posteriormente no ORKUT, se reúnem para conversar e interagir sobre sua obra e sobre a obra de artistas que com ele trabalharam. Em 2001 monta em SP a peça “A Lista” com a participação de Bruna di Tullio e Mayara Magri no elenco. Em 2002 lança o CD “Estrada Nova”, cuja turnê bate recorde de público. Neste cd são gravadas novas músicas em parceria com Mongol. Em 2003 regrava a uma nova trilha de “A Aldeia dos Ventos”. Em 2004 lança o CD “Letras Brasileiras 2”, em parceria com Roberto Menescal, além do programa “Tipos”, no Canal Brasil, no qual retrata com músicas, textos e desenho animado, tipos humanos como a bailarina gorda, o chato, etc... Em 2005 lança CD e DVD “Oswaldo Montenegro - 25 Anos de História”, que alcançam, ambos, a marca das 100 mil cópias. Em 2006 lança, no Canal Brasil, em parceira com Roberto Menescal, o programa "Letras Brasileiras", apresentado por ambos. O programa foi inspirado no CD e no show que Oswaldo e Menescal apresentaram em 1997 por todo o país. Monta no Rio de Janeiro a peça "Tipos" e remonta Aldeia dos Ventos, com participação da atriz Camila Rodrigues, com a "Cia Aqui entre nós". Em 2007, lança o cd e DVD "A Partir de Agora", gravando músicas inéditas com convidados como Alceu Valença, Zé Ramalho, Eduardo Costa, Diogo Guanabara e Mariana Rios. Na TV, inicia a segunda temporada do programa "Letras Brasileiras" ao lado de Roberto Menescal no Canal Brasil. No teatro, em parceria com o irmão Deto Montenegro, monta o espetáculo "Tipos" junto com a Oficina dos Menestréis de São Paulo. Em 2008 lança, pela gravadora Som Livre, um novo DVD e CD chamado "Intimidade". Estes trazem 16 canções bastantes conhecidas com um novo arranjo elaborado pelo próprio Montenegro, por Sérgio Chiavazzoli e por Alexandre Meu Rei. Destaque para "Lume de Estrelas" que foi apenas gravada no disco "Asa de Luz" em 1981. Na TV, inicia a terceira temporada do programa "Letras Brasileiras", que apresenta com Roberto Menescal no Canal Brasil. No teatro, monta no Rio de Janeiro o espetáculo "Eu não moro, comemoro", com participação de Caio Ruas Miranda e Emílio Dantas e o "Projeto Canjas", onde abre espaço para jovens talentos se apresentarem ao lado de artistas consagrados. No fim do ano, tem alguns de seus maiores sucessos lançados em uma coletãnea de 3 cds (3 BOX) pela Warner Music. Em 2009 se dedica a formação de um grupo para montagens de musicais reunindo cantores, músicos, atores e atrizes como Verônica Bonfim, Léo Pinheiro, Rodrigo Sestrem, Emílio Dantas, Júlia Vargas e outros.> Oswaldo Montenegro /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/paralamas-do-sucesso titleOH, ainda não possuímos essa biografia!Que tal nos enviar essa biografia? Além de ficarmos muito felizes, não esqueceremos de por seu nome nas contribuições ;DEnviar biografia de Paralamas do Sucesso> Paralamas Do Sucesso /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/pato-fu titleO Pato Fu teve início em 1992, quando Fernanda Takai, até então vocalista da banda Fernanda & 3 Do Povo decidiu formar uma banda com dois amigos de uma loja de guitarras onde ela costumava comprar encordoamentos. Os amigos eram John Ulhoa e Ricardo Koctus, da banda Sustados por 1 Gesto e Sexo Explícito. Decidiram se chamar Pato Fu em alusão a uma tira em que o gato Garfield lutava gato-fu. Para não lembrar tanto a história original, trocaram a primeira letra, e ficaram com um nome tão estranho quanto o som que fariam mais tarde. Em outubro de 1992, gravaram sua primeira fita demo, e, no final do ano, começaram a se apresentar em Belo Horizonte. Já no começo de 1993, participaram do show "Rock Brasil", ao lado de bandas como Skank, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Titãs. Em maio de 1993, o Pato Fu terminou de gravar o seu primeiro álbum — Rotomusic de Liquidificapum — no estúdio Ferreti, localizado em Belo Horizonte, atual estúdio Máquina do Haroldo Ferreti (baterista do Skank). Embora o disco não tenha obtido o sucesso esperado, acabou atraindo a BMG, em 1994, durante uma apresentação no Rio de Janeiro. Em meio a outras bandas sem sucesso, o Pato Fu foi escolhido por Maurício Valadares (coordenador do selo Plug da BMG) para assinar um contrato com a gravadora. Algum tempo depois, em 1995, gravaram o segundo CD — Gol de Quem? — em um mês, no estúdio Cia. de Técnicos, também no Rio. Músicas como "Sobre o Tempo" e "Qualquer Bobagem" garantiram o prêmio de revelação no 1º Video Music Awards da MTV Brasil. Pela primeira vez, o Pato Fu tocou nos Estados Unidos e aproveitou para trocar a sua bateria eletrônica por um músico de verdade: Xande Tamietti. Em 2001, a banda se apresentou para cerca de 250 mil pessoas, abrindo o show de Oasis, Ira!, Ultraje e Guns N' Roses no Rock in Rio III. No ano seguinte, a banda lança o CD e DVD MTV ao Vivo Pato Fu: no Museu de Arte da Pampulha, show ao vivo realizado no museu de arte da Pampulha em comemoração aos dez anos da banda2. Neste show a banda já conta com o tecladista e pianista Lulu Camargo como músico convidado. O ex-integrante da Karnak logo viria a se tornar o mais novo Pato Fu. Durante os três anos que se seguiram, os agora cinco integrantes dedicam-se a tarefas pessoais: Fernanda e John tornam-se pais e este ainda trabalha na produção do primeiro álbum da Wonkavision; Tamietti aprofunda-se na black music; Koctus dedica-se à fotografia e à Let's Presley e; Lulu Camargo inicia seu projeto na nova banda. 2005 é o ano de lançamento de Toda Cura Para Todo Mal, que inaugura o selo independente da banda: o Rotomusic3. No ano de 2007, lançaram o álbum Daqui pro Futuro que, antes mesmo de ser lançado nas lojas, já era vendido via internet4. O álbum rendeu a banda o título de "Melhor de 2007" pela revista Quem4. Em Junho de 2008, o Pato Fu anunciou a saída do tecladista Lulu Camargo. Cerca de oito anos depois de seu ingresso na banda, Lulu resolveu se dedicar a desenvolver projetos pessoais. Em seu lugar entrou Dudu Tsuda, que também se apresenta com a vocalista Fernanda Takai em seus shows solo da tournê Onde Brilhem os Olhos Seus. Álbuns Rotomusic de Liquidificapum (1993) Gol de Quem? (1994) Tem Mas Acabou (1996) Televisão de Cachorro (1998) Isopor (1999) Ruído Rosa (2001) Toda Cura Para Todo Mal (2005) Daqui Pro Futuro (> Pato Fu /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/paula-fernandes titleCantora e compositora, Paula Fernandes, 25 anos, nasceu em Sete Lagoas, em Minas Gerais. Começou a cantar ainda criança, aos oito anos e, aos 10, lançou o primeiro disco independente, “Paula Fernandes”. Nesta época, se apresentou em festas e casas de espetáculos de sua cidade e arredores e participou de programas de televisão e rádio para divulgar o trabalho. Em Sete Lagoas, Paula apresentou o programa de rádio “Criança Esperança” na companhia dos amigos Brandão e Sidney a boa atuação a levou a participar de vários números autorais no programa “Paradão Sertanejo”, da TV Band Minas. Aos 12 anos, Paula Fernandes se mudou com a família para São Paulo e foi contratada por uma companhia de rodeios, com a qual trabalhou durante cinco anos, viajando por todo o Brasil como cantora da trupe, o que lhe rendeu bastante experiência de palco, repertório e vida artística. Neste mesmo ano, inspirada no sucesso da novela “Ana Raio e Zé Trovão”, Paula lança seu segundo CD, “Ana Rayo”, com repertório pop/sertanejo. Paula então foi apresentada ao diretor Jayme Monjardim pelo produtor musical Marcus Viana, conhecido por criar trilhas sonoras de produções como as novelas “Pantanal”, “O Clone e “A Casa das Sete Mulheres”. O contato resultou na gravação da música “Ave Maria Natureza”, uma versão da “Ave Maria” de Schubert, bastante executada na trilha da novela “América”. Neste mesmo ano, Paula Fernandes lança seu terceiro CD, “Canções do Vento Sul”, pelo selo Sonhos e Sons, com participação do grupo Sagrado Coração da Terra e do cantor Sérgio Reis, este na música “Sem Você”. “É a mais bela voz que ouvi nos últimos dez anos”, afirmou Reis na época. No álbum, Paula já mostrava sua diversidade artística, com temas que passavam pela MPB, música pop, country, sertanejo de raiz e pitadas de world music. O disco rendeu a Paula uma importante indicação ao Prêmio Tim de Música Brasileira de 2006, na categoria de Melhor Cantora Popular (júris popular e oficial). Em dezembro de 2006, Paula Fernandes lança o álbum “Dust in the Wind”, também pelo selo Sonhos e Sons, com músicas de seu repertório internacional, como “Angel”, de Sarah MacLachlan, “The Boxer”, de Paul Simon, além de uma bela versão para a música “Dust in the Wind”, do Kansas, incluída na trilha sonora da novela “Páginas da Vida”. Em 2008, Paula Fernandes é contratada pela Universal Music, que aposta no talento da cantora mineira no CD “Pássaro de Fogo”,com destaque para as músicas “Meu eu em você” e “Pássaro de Fogo”. Ainda antes do lançamento do disco, a gravadora opta pela Internet como porta de entrada de divulgação do novo trabalho. A iniciativa agregou novos fãs e sedimentou antigos admiradores da cantora. ***> Paula Fernandes /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/paulinho-da-viola titlePaulo César Batista de Faria ou Paulinho da Viola (12 de Novembro de 1942, Rio de Janeiro) é violonista e compositor brasileiro, filho do violonista César Faria do conjunto de choro Época de Ouro. Tem destaque como músico de samba, mas também compõe choros e é tido como representante da chamada Música Popular Brasileira. Paulinho da Viola cresceu num ambiente naturalmente musical. Na sua infância em Botafogo, bairro tradicional da zona sul do Rio de Janeiro onde nasceu em 12 de novembro de 1942, teve contado constante com a música através do pai, violonista integrante do conjunto Época de Ouro. Nos ensaios familiares do conjunto, Paulinho conheceu Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre muitos outros músicos que se reuniam para fazer choro e eventualmente cantar valsas e sambas de diferentes épocas. Ao longo dos anos 70, Paulinho gravou em média um disco por ano, ganhou diversos prêmios e se apresentou por diversas cidades no Brasil e no mundo. Já nos anos 80, gravou mais quatros discos e manteve-se como um dos principais nomes do samba no país. Nos anos 90, entrou numa nova fase, onde a imprensa e os críticos passaram a vê-lo como um músico mais sofisticado e maduro. Mesmo sem perder seu apelo popular, Paulinho gravou um de seus mais importantes trabalhos, Bebadosamba e montou o espetáculo homônimo. O trabalho de Paulinho hoje é visto como um elo entre diversas tradições populares como o samba, o carnaval e o choro, além de suas incursões em composições para violão e peças de vanguarda. Um dos maiores representantes do samba e herdeiro do legado de músicos como Cartola, Candeia e Nelson Cavaquinho mostra que está sempre se renovando e produzindo sem abandonar seus princípios e valores estéticos.> Paulinho Da Viola /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/paulo-sergio titleEm 1967, a grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani. Paulo, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, que infelizmente não teve sorte. Porém, durante o teste, descobriram que Paulo Sérgio também cantava, e já que estava ali manifestaram interesse em ouvir algumas de suas composições. A Caravelle havia descoberto sua mina de ouro. O timbre de voz era exatamente o que os donos da gravadora estavam procurando e o contrato de imediato foi assinado. Logo lançaram seu primeiro disco, um compacto simples, que continha as músicas “Benzinho” e “Lagartinha”. O sucesso veio em todo o Brasil, quando as “maldades” surgiram, dizendo que Paulo Sérgio imitava Roberto Carlos. O “Rei”, inclusive, lançaria em seguida um álbum denominado “O Inimitável”. Segundo depoimentos de pessoas próximas de Paulo, ele era um pouco triste. Talvez pelo fato de alguns críticos não o terem reconhecido como um cantor bastante pessoal, sem intenção de querer imitar qualquer outro cantor. Logo, em 1968, veio o segundo compacto e afirmação definitiva, através da melodia “Última Canção”, que vendeu mais de 300.000 cópias. Em seguida, era lançado o seu primeiro álbum, onde quase todas as faixas foram sucessos em todo o Brasil. Posteriormente, Paulo Sérgio ingressaria na gravadora Beverly/Copacabana, por meio de um contrato que, segundo o então diretor da companhia, Rosivaldo Cruz, foi um dos maiores já assinados dentre todos os artistas que passaram por aquela gravadora, sendo considerado o maior acontecimento artístico do ano de 1972. No dia 4 de março de 1972, Paulo Sérgio contraiu matrimônio com Raquel Teles Eugênio de Macedo, a qual conhecera casual e sugestivamente num pequeno acidente de trânsito. O casamento aconteceu secretamente, numa cerimônia simples, em Castilho, pequena cidade do interior de São Paulo. No ano de 1974, nascia Rodrigo, que mais tarde usaria artisticamente o cognome de Paulo Sérgio Jr. Além de Rodrigo, Paulo Sérgio tivera ainda duas filhas, Paula Mara e Jaqueline Lira, fruto de relacionamentos anteriores. ÚLTIMA APRESENTAÇÃO - No dia 27 de julho de 1980, um domingo, Paulo Sérgio fez sua última apresentação na TV. Esta ocorreu no programa do saudoso apresentador Edson Cury (“Bolinha”), da Rede Bandeirantes de Televisão, onde cantou duas músicas do seu último trabalho fonográfico: “O Que Mais Você Quer de Mim” e “Coroação”. ÚLTIMOS MOMENTOS - Logo após apresentar-se no “Programa do Bolinha”, nos arredores do teatro onde aquele programa era veiculado, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio (São Paulo-SP), Paulo Sérgio envolveu-se num incidente que talvez tenha provocado sua morte. Quando se preparava para ir embora, foi insultado por uma ex-fã, que fez comentários desairosos a respeito de sua condução como artista e ser humano. Paulo, então, reagiu agressivamente quando esta atirou uma pedra em sua direção, atingindo e quebrando o pára-brisa do seu carro. Paulo Sérgio ainda realizaria uma rápida apresentação num circo instalado no bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, deslocando-se em seguida para um outro circo, situado em Itapecerica da Serra-SP, onde faria sua última apresentação. Ao iniciar o show, Paulo Sérgio já não estava se sentindo bem, queixando-se de fortes dores de cabeça. Num dado momento, comunicou o fato à platéia, desculpou-se e seguiu para o camarim. De lá, foi conduzido, já inconsciente, para o Hospital Piratininga e, diante da gravidade do caso, transportado para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Paulo. Durante quase 48 horas Paulo Sérgio permaneceu em coma. Na terça-feira, 29 de julho de 1980, não resistiu. Às 21 horas, os médicos constataram sua morte. Durante a madrugada e a manhã seguinte o corpo do cantor ficou exposto para visitação no velório do Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo. Atendendo ao pedido dos pais de Paulo Sérgio, o seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro. Na capital carioca, o velório ocorreu no Cemitério do Caju. Entre os cantores que prestaram suas últimas homenagens, podemos citar Antônio Marcos, Jerry Adriani, Agnaldo Timotéo e Zé Rodrix. Às 16 horas do dia 30 de julho (quarta-feira), o seu corpo baixava à sepultura ao som de seu maior sucesso, “Última Canção”. PAULO SÉRGIO IMORTALIZADO - Por indicação do então vereador Almir Guimarães, da Câmara Municipal de São Paulo, uma rua do bairro do Butantã chama-se Paulo Sérgio de Macedo. Em sua indicação, que ocorreu no dia 13 de agosto de 1980, o vereador justificou a homenagem ao grande cantor. Já no dia 15 de outubro, no Diário Ofical do Município”, era designada a rua que leva o nome de Paulo Sérgio, decreto assinado no dia anterior pelo então prefeito Reynaldo de Barros. Foram poucos os cantores brasileiros que em 13 anos de carreira conseguiram formar uma discografia tão variada e tão cheia de sucessos. Os discos de Paulo Sérgio, originalmente lançados sob o formato “long play”, já foram quase todos remasterizados e distribuídos sob o formato “compact disc”.> Paulo Sergio /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/peninha titlePeninha 17/2/1953 Biografia Gravou o primeiro compacto em 1972, e a esse seguiram-se outros, sem fazer muito sucesso. Até que em 1977 "Sonhos" se tornou um hit esmagador, incluído na trilha da novela "Sem Lenço, Sem Documento" e com milhares de cópias vendidas em pouco tempo (400 mil). A canção foi regravada por diversos intérpretes, inclusive Caetano Veloso, em 1982. A mesma dupla conseguiu outro sucesso ainda maior com "Sozinho", tema da novela "Suave Veneno", da TV Globo, que Caetano gravou no disco "Prenda Minha", que vendeu um milhão de cópias, em 1999. Em 2001, Peninha lança “Coladinhos”. Produzido por Manoel Nenzinho Pinto, o novo trabalho traz 14 faixas fantásticas entre grandes sucessos e inéditas, incluindo "Um Milhão de Fantasias", "O Ritmo da Chuva" e "Quando Eu Amo é Assim". Na opinião do cantor, é o melhor disco de sua carreira.> Peninha /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/pepeu-gomes titleNa adolescência aprendeu violão, guitarra e bandolim. Foi guitarrista do grupo Novos Baianos na década de 70 e partiu para a carreira individual com o final do grupo, por volta de 1978. É desse ano o primeiro LP solo, "Geração de Som", totalmente instrumental. Na companhia da mulher, a cantora Baby Consuelo (depois Baby do Brasil), virou um ícone de roqueiro nos anos 80, época em que passou a cantar também. Nessa fase, o maior sucesso foi "Masculino e Feminino", disco gravado nos Estados Unidos cuja faixa-título foi muito executada pelas rádios. No final da década de 80 voltou-se para a música instrumental, participando de festivais de jazz e lançando, em 1989, "Instrumental On The Road". Nos anos 90 dedicou-se mais a seu trabalho como guitarrista, relendo velhos sucessos como os chorinhos "Brasileirinho" (Waldir Azevedo) e "Noites Cariocas" (Jacob do Bandolim), presentes no início de sua carreira e que fizeram sua fama de virtuose. Também enveredou por um estilo mais pop, com o lançamento de "Meu Coração" em 1999.> Pepeu Gomes /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/pitty titlePitty, nome artístico de Priscilla Novais Leone, (Salvador, 7 de Outubro de 1977) é uma cantora de rock brasileira. Priscilla já passou por duas bandas, Inkoma e Shes. Atualmente ela está em carreira solo, desde 2003, ao lado de Martin Mendonça (guitarra), Duda (bateria) e Joe (baixo). Eles já foram integrantes da banda baiana Cascadura. Também já fizeram parte da banda Pitty: Luciano Granja (guitarra) e Peu (guitarra). Desde então a banda vem se tornando uma das príncipais do país. Nascida na capital baiana, Pitty passou a infância em Porto Seguro, no mesmo estado. Seu pai, músico e dono de bar, tocava bastante as canções do conterrâneo Raul Seixas, e ainda de outros tantos rockeiros dos anos 1960 e 1970, como Beatles e Elvis Presley. Posteriormente, bandas como Faith No More, Metallica, Muse, Nirvana, Lou Reed e Queens of the Stone Age, fizeram parte de suas influências. Cresceu em meio ao cenário de bandas baianas independentes, com as quais participou de rodas de show’s em um bar de Salvador. Um dia, entrou na roda cantando Smells Like Teen Spirit da banda Nirvana e desde então decidiu investir na área musical, com o apoio do grande nome do cenário underground Rogério Big Brother (dono do selo bigbross records). Também participou da banda Shes (1997-1999) como baterista. A banda era formada também por Carol Ribeiro (guitarra), Liz Bee (guitarra e vocal) e Lulu (baixo). Pitty participou também da banda Inkoma (1995-2001), iniciando sua carreira como vocalista. Aluna da Faculdade de Música da Universidade Federal da Bahia, Pitty foi procurada pelo produtor musical Rafael Ramos (o mesmo de bandas do mainstream adolescente brasileiro e do cenário independente, como Raimundos e Matanza). Devido ao voto popular, Pitty levou vários prêmios no Video Music Brasil, da MTV Brasil, em três vezes seguidas como vocalista da banda dos sonhos, algo muito importante para sua carreira. Pitty está grávida de seu primeiro filho, fruto de seu relacionamento com o baterista do NX Zero Daniel Weksler. No dia 6 de julho de 2007, Pitty gravou o seu primeiro trabalho ao vivo. Gravado no CitiBank Hall, em São Paulo, o seu novo CD/DVD entitulado {Des}Concerto Ao Vivo contém 15 sucessos da banda mais 2 músicas inéditas. E Em 2008 chegou a ser indicada à um Grammy latino de melhor album de Rock comtamporâneo, mais não conseguiu obter a vitória. E é atualmente uma das figuras mais importantes do rock brasileiro, com dizeres de ‘A Rainha do Rock’, sendo a substituta de Rita Lee.> Pitty /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/pixinguinha titleAlfredo da Rocha Vianna Filho, o nosso Pixinguinha, foi antes de tudo um pesquisador, pois sempre inovou e inseriu novos elementos na Música Brasileira. Como compositor instrumentista e, principalmente, arranjador, atuou de forma decisiva nos rumos de nossa música. Por volta do ano de 1915, Pixinguinha formou seu próprio conjunto, que foi denominado Grupo do Pixinguinha e que mais tarde se tornaria o prestigiado Conjunto Os Oito Batutas. Organizou e conduziu várias importantes orquestras, como a Victor Brasileira, a Típica Victor, Os Diabos do Céu, a Típica Pixinguinha-Donga, Pixinguinha e Sua Orquestra Columbia, Trio Pixinguinha-Nelson-Tute, Grupo da Velha Guarda, Conjunto Regional Pixinguinha-Luperce Miranda, Grupo Os Cinco Companheiros e Pixinguinha e Sua Orquestra.> Pixinguinha /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/raul-seixas titleRaul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 — São Paulo, 21 de agosto de 1989), conhecido por "Maluco Beleza", foi um cantor e compositor brasileiro, pioneiro do Rock no país. Biografia Filho do casal Raul Varella Seixas e Maria Eugênia Seixas, Raul cresceu na cidade de Salvador um tanto estagnada, alheia aos progressos de uma modernidade que passava ao largo da capital baiana. Tinha um irmão, quatro anos mais novo, Plínio Seixas. Em casa obtém uma cultura que o faz adiantar-se àquilo que era ensinado nas escolas, mergulhando nos livros que tinha à disposição, na biblioteca do pai. Até o final de sua vida, sempre foi avançado para sua época, o que é comprovado pelas músicas por ele compostas e que até hoje são executadas. Como seu parceiro musical Paulo Coelho já disse: "Raul Seixas não é passado, é presente! Futuro!".> Raul Seixas /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/raca-negra titleO Raça Negra foi um dos grupos pioneiros do desenvolvimento do pagode romântico, com um estilo de samba carregado de romantismo. Liderado pelo vocalista Luiz Carlos, seu início se deu na periferia da Zona Leste de São Paulo em 1983, com um trio. A banda gravou seu primeiro disco (já com sete integrantes) em 1991, oito anos depois de ser criada. Lançando um disco a cada ano, emplacaram inúmeros sucessos como “Cigana”, “Doce Paixão” e “Cheia de Manias” e deu início à era do pagode, o samba paulista, que tomaria de assalto as rádios populares no início dos anos 90. Lançou mais de dezoito discos. O sucesso se manteve por boa parte da década. O Raça Negra é um dos maiores fenômenos de vendagem da história da música brasileira, já tendo atingido a marca de mais de 33 milhões de cópias vendidas. A música "É tarde demais" está no GUINNESS (livro dos recordes) como a música mais tocada em 1 único dia no mundo. Reuniu 1 milhão e 500 mil pessoas em um unico show para o dia dos trabalhadores em São Paulo (recorde de público no Brasil). Nos Estados Unidos, reuniu 700 mil pessoas em uma praça publica (recorde de público internacional). Em Angola, na cidade de Cidadela (destruida pela guerra civil), reuniu mais de 80 mil pessoas, em um show que durou mais de 4 horas!> Raça Negra /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/reginaldo-rossi titleNascido em Recife, foi professor de matemática e estudou engenharia antes de iniciar sua carreira em 1964 como integrante da Jovem Guarda, no grupo The Silver Jets. Sua primeira gravação foi "O Pão", nome do seu primeiro disco, lançado em 1965 pela Chantecler. O sucesso veio mesmo com "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", regravada dezenas de vezes por vários artistas. Nos anos 70 saiu da cena roqueira jovem e dedicou-se ao repertório popular e reconhecidamente brega, fazendo imenso sucesso no Nordeste e permanecendo praticamente esquecido no eixo Rio-São Paulo. Em fins da década de 90 houve um ressurgimento de Reginaldo Rossi no sul do país, provocando relançamento de seus discos em CD. O cantor e compositor passou a ser visto como "cult" e assinou contrato com a gravadora Sony. Com cerca de 50 discos lançados, entre inéditos e coletâneas, lançou mais dois em 1999, "King" e "Brilhante". Seus grandes sucessos são "Tô Doidão", "Gênio Cabeludo", "Garçon", "Por que Você Já Não Me Mata de uma Vez", "Não Quero Mais Saber de Ti", "Hei de Esquecer", "Aonde Você For Eu Vou Também".> Reginaldo Rossi /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/renato-e-seus-blue-caps titleGrupo formado no início dos anos 60 pelos irmãos Renato, Edson e Paulo Cesar, jovens moradores do bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, com o nome Bacaninhas do Rock da Piedade. O primeiro nome foi censurado e o radialista Jair de Taumaturgo sugeriu o nome definitivo, inspirado no conjunto norte-americano Gene Vincent And His Blue Caps. Tocaram no rádio e em programas de televisão, como Os Brotos Comandam, da TV Rio, apresentado por Carlos Imperial. Gravaram o primeiro compacto em 1962 e se notabilizaram principalmente pelas versões que faziam de músicas americanas, como "Menina Linda", versão de "I Should Have Known Better", "Até o Fim", versão de You Won't See Me" (ambas de Lennon/ McCartney) e "Escândalo", versão de "Shame And Scandal In The Family" (Donaldson/ Brown). Já em 1963 Edson saiu do grupo e iniciou carreira solo com o nome Ed Wilson. Foi substituído por Erasmo Carlos, que teve uma participação breve no grupo. Tornaram-se um sucesso se apresentando no programa Jovem Guarda, em shows, festas e bailes. Renato teve composições gravadas por outros artistas, como Roberto Carlos e Leno e Lilian. O grupo era formado por Renato Barros, voz; Erasmo Carlos, substituto de Edson Barros, voz; Carlinhos, guitarra; Tony e mais tarde Gelson, bateria; Paulo César Barros, baixo; e Cid, saxofone> Renato E Seus Blue Caps /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/renato-russo titleRenato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 27 de março de 1960, mais conhecido como Renato Russo, foi um cantor, compositor e músico brasileiro, membro da banda Legião Urbana e do Aborto Eletrico. É considerado um dos grandes compositores do rock brasileiro. Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico (1978), a qual perdurou durante quatro anos, e terminou devido às constantes brigas que haviam entre ele e o baterista Fê Lemos. Renato herdou desta banda uma forte influência punk que influenciou toda a sua carreira. Nessa mesma época, aos 18 anos assumiu para a sua mãe que era bissexual; em 1988 assumiu publicamente. Alguns anos mais tarde, em 1982, integrou a banda Legião Urbana. Nesta nova banda desenvolveu um estilo mais próximo ao pop e ao rock do que ao punk. Russo permaneceu na Legião Urbana até sua morte, em 11 de outubro de 1996. Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Herbert Vianna, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro e 14 Bis.> Renato Russo /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/renato-teixeira titleConfesso que não é nada fácil ter que contar minha história. Viver é uma coisa tão normal, que não vejo diferença nenhuma entre a vida de um artista e de qualquer pessoa. Entretanto, num determinado momento de nossa carreira, o trabalho que realizamos começa a ganhar notoriedade e a curiosidade aumenta, então a gente conta alguma coisa... Muitos estranham o fato da minha música ter origens caipiras e eu ser caiçara, nascido em Santos. Vejo isso como uma questão puramente familiar; são fatos circunstanciais, apenas. Passei a infância em Ubatuba e a adolescência no interior do Estado. Meu pai melhorou de emprego com essa mudança; eu e meu irmão já estávamos em idade escolar; Taubaté, naquele momento, era mais conveniente. Mudamos para lá. E foi muito bom! A música, em Ubatuba, já fazia parte do meu dia-a-dia. Das atividades familiares a que mais me interessava era a música; todos tocavam e alguns eram, verdadeiramente, músicos. Eu poderia ter sido fogueteiro como meu avô Jango Teixeira, que tocava bombardine na banda. Poderia ter sido professor como meu avô paterno, Theodorico de Oliveira, que tem uma linda história intelectual com a poesia e a literatura. Mas a música não me deixou espaços. Quis ser arquiteto por influência de um verso de Manuel Bandeira pregado na parede do atelier do Romeu Simi,; " Passou a arquitetura, ficou o verso." Vim para São Paulo no final dos anos sessenta, por indicação de Luiz Consorte que colocou uma fita com minhas músicas nas mãos de seu tio, Renato Consorte, que a enviou para os ouvidos do Walter Silva. Dei sorte! O Walter era um grande promotor de novos artistas e um homem muito conhecido nos meios de comunicação. As portas se abriram e, logo eu estava no Festival da Record de 67. Minha música era Dadá Maria e foi defendida pela Gal Costa (também em começo de carreira) e pelo Silvio César. Mas, no disco do festival, quem canta com Gal sou eu. Foi minha primeira gravação. Participei daquela fatia da história da MPB como um espectador privilegiado. Sempre procurei conhecer a nossa história musical, ouvir todas as canções e todos os gêneros. Do samba à música caipira. Em tudo que ouvi sempre deparei com o talento e a vocação dos compositores brasileiros. A geração musical que frutificou da Bossa Nova, nos anos sessenta era chocante. Uma linda síntese de tudo que aconteceu de essencial na música brasileira até então. Foi uma festa. Ouvi a Banda do Chico em São José dos Campos, antes do festival e foi um impacto inesquecível. Ainda morava em Taubaté. Ouvi Milton Nascimento antes do sucesso, e era deslumbrante. Todos que o conheceram nessa época, já tinham por ele uma admiração que só os grandes mitos podem desfrutar. Vimos e ouvimos Elis, todos os dias. Assisti bem de perto o surgimento do Tropicalismo. Na virada dos anos sessenta para os setenta a música silenciou. Fui fazer jingles publicitários para sobreviver. Acontece que gostei muito do assunto. Enquanto atuei nessa área consegui realizar um bom trabalho, pois criei jingles que fizeram muito sucesso como aqueles do Ortopé, do Rodabaleiro e do Drops Kids Hortelã, que muita gente lembra até hoje. Nesse tempo já havia me identificado totalmente com a música caipira. Participei efetivamente da Coleção Música Popular Centro Oeste/Sudeste do Marcos Pereira onde gravei algumas canções; entre elas: "Moreninha Se Eu Te Pedisse ". Com meus lucros publicitários e em parceria com Sérgio Mineiro, criei o Grupo Água, que nós dois bancávamos. Tocávamos sem visar lucros. Foi com esse grupo que consegui assimilar o espírito da cultura caipira e projetá-la de uma forma contemporânea para todo o Brasil. Tocamos muitos anos juntos até que, um dia, a Elis gravou Romaria e convidou o grupo para acompanhá-la na gravação. Foi um grande sucesso que mudou minha carreira e criou um grande espaço para que a música do interior paulista invadisse o mercado. Hoje vivemos um processo seletivo e a tendência é que, cada vez mais, as pessoas entendam o que Elis quis dizer, quando gravou Romaria. A parceria com Almir Sater é um grande momento na minha história. Juntos compomos alguns sucessos que são fundamentais para a sustentação das nossas carreiras. As mais conhecidas são Um Violeiro Toca e Tocando Em Frente. Outra parceria importante foi com a dupla Pena Branca e Xavantinho. Nosso encontro foi em Aparecida do Norte no início dos anos oitenta e, juntos gravamos o disco "Ao Vivo em Tatuí", que se transformou num marco no gênero. Aprendi muito com esses dois companheiros, verdadeiros representantes da cultura caipira. A morte de Xavantinho foi prematura, sua partida impediu que pudéssemos usufruir mais da voz deste que, na minha opinião, foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos. Meu projeto de vida é dar continuidade ao meu sonho de divulgar e difundir cada vez mais o espírito do caipirismo valeparaíbano; não pela repetição das velhas formas e sim pelo potencial que esse Universo cultural oferece para que, como sempre, a música brasileira avance em direção ao futuro, coerente com a evolução, naturalmente moderna.> Renato Teixeira /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ricardo-teixeira titleOH, ainda não possuímos essa biografia!Que tal nos enviar essa biografia? Além de ficarmos muito felizes, não esqueceremos de por seu nome nas contribuições ;DEnviar biografia de Ricardo Teixeira> Ricardo Teixeira /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/rita-lee titleRITA LEERita Lee ocupa um espaço único dentro do universo da música popular brasileira. De seu repertório faz parte, além do enorme talento, uma grande dose de ecletismo pois, como filha legítima do Tropicalismo, Rita desfila sem pudores pelas mais diversas avenidas musicais, desde rock pauleira até bossas, baladas românticas e latinidades. Além dos inúmeros sucessos que compôs para ela mesma, teve também suas músicas gravadas por artistas do calibre de João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Simone, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Marisa Monte, Marina Lima, Zélia Duncan, Cássia Eller, Paula Toller, Henri Salvador, Frank Pourcel, Paul Mauriat, Gloria Estefan, Yael Levy, entre muitos outros. Em 39 anos de carreira, Rita realizou uma multitude de apresentações pelo planeta. Rita Lee nasceu em São Paulo (capital) no dia 31 de Dezembro de 1947, sob o signo de Capricórnio, ascendente em Aquário e lua em Virgem. Filha caçula de Charles Fenley Jones e Romilda Padula Jones teve duas irmãs: Mary Lee e Virginia Lee. É casada com o músico e compositor Roberto de Carvalho desde 1976 e tiveram três filhos: Beto (27), João (25) e Antônio (23). Apesar de sonhar em ser médica veterinária ou atriz de cinema, Rita desde pequena tinha paixão pela música e chegou a ter aulas de piano com a famosa concertista Madalena Tagliaferro. Mais tarde, já na escola, formou um grupo só de garotas chamado Teenage Singers (1963). Em 1964 participou do Tulio Trio, depois do grupo Six Sided Rockers, que no ano seguinte mudou o nome para O'Seis e lançou um compacto com as músicas "Suicida" e "Apocalipse". No final de 1965, com a saída de alguns integrantes e entrada de outros, o grupo mudou o nome para O Konjunto. Quando a formação da banda se reduziu a apenas um trio surgiram Os Bruxos que logo a seguir foram rebatizados de Os Mutantes, grupo do qual Rita fez parte de 1966 a 1972. Os Mutantes fizeram sua primeira apresentação no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, em 1967, acompanhando Gilberto Gil na música "Domingo no Parque". Fizeram parte do núcleo de fundadores do Tropicalismo, juntamente com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat e outros artistas de peso. Junto com os Mutantes, Rita marcou presença e imagem fortíssimas nos famosos festivais de música da época, onde seu talento, sua beleza e carisma sempre foram centro das atenções. Gravaram juntos 6 discos, entre eles o recém-lançado "Technicolor". A última apresentação de Rita com Os Mutantes aconteceu no VII FIC, em 1972 no Rio de Janeiro. Paralelamente aos Mutantes, Rita lançou em 1970 e 1972, dois álbuns solos: "Build Up" que traz o seu primeiro grande sucesso "José", além de "Sucesso Aqui Vou Eu" ( uma psicografia dos tempos que ainda estavam por vir?) e "Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida". Em 1973, Rita e a cantora Lúcia Turnbull formam a dupla acústica "Cilibrinas do Éden" e participam da Phono 73 em São Paulo. As Cilibrinas não seguem adiante, pois os ventos das mudanças ainda não haviam parado de soprar. Ainda em 1973, Rita monta a banda "Tutti Frutti" e inicia um trabalho de fortíssima identidade pessoal, gravando discos como "Fruto Proibido", considerado por muitos como o melhor disco de rock nacional de todos os tempos. Realiza também as primeiras turnês para grandes públicos, percorrendo todo o Brasil com enorme aparato de produção, som, luz e cenografia. Nasce então a "Rita Superstar", a maior estrela do rock nacional e única a atingir tal magnitude. Performer inigualável e compositora de gênio, Rita lapida um verdadeiro maná de preciosidades, entre eles o sempre atual hino dos adolescentes "Ovelha Negra". Fazem parte desta fase canções como "Mamãe Natureza", "Menino Bonito", "Esse Tal de Roquenrou", "Coisas da Vida", "Jardins da Babilônia", "Miss Brasil 2000", "Agora Só Falta Você", "Eu e Meu Gato", "Dançar Para Não Dançar" e "Com a Boca no Mundo" . Junto com o Tutti Frutti Rita gravou 4 discos, o último deles "Babilônia", em 1978. Antes disso porém, eis que em outubro e novembro de 1977, Rita cai na estrada com o show "Refestança" (mais tarde transformado em disco ao vivo), em que divide as honras da festa com seu amigo, mestre e compadre Gilberto Gil. Em 1976, Rita conhece e se apaixona pela pessoa e pela música de Roberto de Carvalho, guitarrista/pianista carioca que na época atuava na banda de Ney Matogrosso. Inicia-se neste momento um romance que iria se transformar num verdadeiro manancial de criatividade, uma parceria que renderia algumas das obras mais importantes da música brasileira. Em agosto de 1976, aos 3 meses de gravidez, Rita é presa em sua própria casa, sob acusação de porte de drogas, num dos fatos de truculência explícita mais revoltantes da ditadura que vinha dominando o Brasil desde 1964. Passou um mês entre o DEIC e o Presídio do Hipódromo e depois foi condenada a regime de prisão domiciliar por um ano. O fato se transforma em escândalo nacional. Mas, se a intenção era forjar uma imagem negativa de Rita, o tiro saiu pela culatra. Nessa época ela lança em compacto o mega hit "Arrombou a Festa", em parceria com Paulo Coelho. Uma sátira bem-humorada e contundente do panorama da Música Popular Brasileira de então, que se transforma em estrondoso e polêmico sucesso. A gravidez e os tempos difíceis servem também para consolidar a relação do casal Rita e Roberto. Cabe também a Roberto estruturar o caos administrativo em que se transformou a carreira de Rita após a prisão. Nessa época entre outras pérolas, os Lee/Carvalho compõem em parceria com Nelson Motta o super hit "Perigosa", gravada pelas Frenéticas. Em 1977 Roberto passa a fazer parte do "Tutti Frutti" e neste mesmo ano, no mês de março, nasce o primeiro filho do casal, Beto Lee (guitarrista talentoso, que vem atuando junto aos pais nos palcos desde o show "Santa Rita de Sampa"). A partir de 1979, Rita e Roberto começam a fazer discos e shows juntos - no formato "dupla dinâmica" - e inauguram uma fase superpop, de enorme empatia popular. Desenvolvem um estilo único, que se manifesta num total de quinze álbuns e extrapola as fronteiras de nosso país. Rolam mega espetáculos, diversos especiais para a TV Globo num sucesso maciço de vendas e execução em rádio. O primeiro trabalho em disco da dupla Lee/Carvalho foi o álbum "Mania Você" e o sucesso chegou para ficar em canções (além desse mega hit que deu nome ao disco) como "Doce Vampiro", "Chega Mais", "Papai Me Empresta o Carro" e "Corre-Corre" entre outras tantas. O disco seguinte, "Lança Perfume", de 1980, é histórico. Do repertório fazem parte canções como (além da própria "Lança Perfume"), "Baila Comigo", "Nem Luxo Nem Lixo", "Orra Meu", "Shangrilá" e "Bem-me-quer". Lança Perfume estaciona por 2 meses nas paradas de sucesso da França, chega em sétimo lugar da parada da Billboard e é lançado com grande êxito em vários países da Europa e América Latina. No Brasil, Rita se transforma em "mania nacional". Em 1981 gravam o álbum "Saúde", e o sucesso continua em músicas como a titular "Saúde", "Atlântida", "Banho de Espuma", e "Mutante". Seguem-se através dos anos hits como "Flagra", "Cor de Rosa Choque" ,"Só de Você", "On the Rocks", "Desculpe o Auê", "Vírus do Amor", "Bwana", "Pega Rapaz", "Perto do Fogo" "Livre Outra Vez", "Caso Sério", "Barata Tonta", etc...etc...etc... Em 91, Rita e Roberto decidem interromper a parceria musical por um tempo. Rita inventa o formato precursor do hoje tão badalado "Acústico" com o show "Bossa'n'roll", de forma ousada e despojada, sucesso em todo o Brasil e depois transformado em disco de enorme sucesso. Nele Rita fazia uma releitura de vários sucessos de sua carreira em formato banquinho e violão, junto com canções inusitadas do repertório de outros artistas. Show de empatia, show de bola. Em 93, Rita lança o CD "Rita Lee" dando uma guinada em direção a um roquenrou mais purista, onde pontificava a genial "Todas as Mulheres do Mundo". No início de 95 Rita é convidada para fazer o show de abertura da turnê brasileira dos Rolling Stones. Convoca Roberto de Carvalho para reger a banda e realizam mega espetáculos nos estádios do Pacaembu em São Paulo e no Maracanã no Rio, ocasião em que germina o que viria ser o show "A Marca da Zorra". Realizam turnês pelo Brasil e o show vira um CD ao vivo, ganhando vários prêmios da crítica e êxito total de público. Roquenrou purista e em altíssima decanagem. No final de 1996, Rita e Roberto se casam oficialmente depois de 20 anos de vida em comum. Também neste ano Rita se torna a primeira mulher a receber o Prêmio Shell pelo conjunto de obra, e no ano seguinte é a artista homenageada do Prêmio Sharp junto com a diva do teatro Fernanda Montenegro. Em 1997 Rita assina contrato com a gravadora Polygram, atual Universal, e lança o CD "Santa Rita de Sampa", a parceria musical com Roberto plenamente retomada. Em 1998 gravam o platinado "Acústico MTV", onde além de nova releitura de seus maiores sucessos, conta também com convidados estreladíssimos como Milton Nascimento, Titãs, Paula Toller e Cássia Eller. Faz uma grande turnê por todo o Brasil e alguns países da Europa. A turnê do "Acústico" se estende até o fim de 1999. Sucesso total!!! Em 2000, de volta ao bom e velho rock'and'roll, Rita lança "3001", uma "máquina do tempo musical" produzido por Roberto de Carvalho, que em novembro de 2001 é contemplado com o Grammy Latino na categoria "melhor disco de rock". Em 2001, Rita assina contrato com a gravadora Abril Music e, por sugestão de Marcos Maynard (presidente da Abril) grava um álbum com releituras de clássicos dos Beatles. O repertório, escolhido a dedo em meio a tantos sucessos dos 4 Fabs, é composto por 14 músicas, entre elas três versões em português. A levada predominante é a bossa-nova, mas o pop, o samba-rock, o baião e o bom humor estão presentes nas versões feitas por Rita, que deixa clara sua intenção de abrasileirar as canções dos rapazes de Liverpool. "A Hard Day's Night", "With a Little Help From My Friends", "Pra Você Eu Digo Sim" (If I fell), "All My Loving", "Minha Vida" (In My Life), "She Loves You", "Michelle", "Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar", "I Wanna Hold Your Hand", "Tudo Por Amor" (Can't Buy Me Love), "Lucy In The Sky With Diamonds", "Here, There and Everywhere", "In My Life", "If I Fell" compõem este álbum que prima pela simplicidade, bom gosto e qualidade. Com produção e arranjos de Roberto de Carvalho, e participações especiais de João Donato e João Barone (Paralamas do Sucesso), o platinado "Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar", também lançado na América Latina, rebatizado como "Bossa'n'Beatles" é igualmente sucesso no exterior. Em outubro de 2003, Rita Lee lança 'Balacobaco'. O disco, produzido por Roberto de Carvalho, é composto por 11 faixas inéditas : "Amor e Sexo" (parceria de Rita Lee, Roberto de Carvalho, e do jornalista e cineasta Arnaldo Jabor), "A Fulana", "As Mina de Sampa", "Copacabana Boy", "Balacobaco", "Já Te Falei" (canção dos Tribalistas feita especialmente pra Rita), "Nave Terra", "A Gripe do Amor" (produzida por Roberto de Carvalho e pelo DJ Memê), "Tudo Vira Bosta" (Moacyr Franco), "Eu e Mim", "Over The Rainbow" e "Hino dos Malucos", (Rita Lee/Roberto de Carvalho/Fernanda Young/Alexandre Machado), que compõe a trilha do filme "Os Normais". Balacobaco é descrito pela crítica como "o melhor disco de Rita Lee nos últimos 10 anos" e transforma-se imediatamente em mais um sucesso na carreira da cantora. Em pouco mais de um mês de lançamento Balacobaco é disco de Ouro. A turnê do disco 'Balacobaco' estréia em janeiro de 2004 com grande sucesso de público e crítica, lotando o Canecão (RJ) por várias noites, seguindo depois para várias cidades brasileiras, além de cidades como Lima (Peru), Assunción (Paraguai), Cidade do Porto e Lisboa (Portugal), Nova Iorque e Boston. Depois do belo, independente e bem sucedido 'Balacobaco', Rita vem de novo nos propor a festa. Em agosto de 2004 acontece em São Paulo a gravação do 'MTV AO VIVO RITA LEE', seu 32o disco. Lançado em CD e DVD pela EMI Music entre o final de novembro e o início de dezembro, em menos de um mês, Rita Lee recebe Disco de Ouro por esse novo trabalho. Partindo das mais de 400 músicas compostas ao longo de quase 40 anos, a idéia inicial seria colocar músicas "lado B", mas para agradar muçulmanos e cristãos Rita e Roberto acharam "do bem" incluir alguns clássicos e duas inéditas: 'Meio Fio', parceria entre Roberto de Carvalho e Arnaldo Antunes, e 'Coração Babão', do casal Lee/Carvalho. Zélia Duncan e Pitty são as convidadas especialíssimas de Rita em 'Pagu' e 'Esse Tal de Roque Enrow' respectivamente). Entre os extras do DVD, um presente especial pra matar a saudade: um clipe com momentos divertidíssimos do TVLEEZÃO, programa que Rita estreou na MTV no início da década de 90. Como diz Zélia Duncan no release do disco: "Bom de tocar, delicioso de ouvir, som bem tirado dos monitores, arranjos cheios de riquezas, mais uma proeza de Roberto de Carvalho, que assina produção e arranjos, além de guitarra e vocal." OUTRAS ATIVIDADES Em 1986, Rita estréia seu programa radiofônico "Radioamador" pela Radio 89 FM de São Paulo e Rádio Cidade do Rio. Ficou no ar por nove meses e foi o pioneiro do humor moderno que hoje existe em grande escala por todas as rádios do Brasil. Ainda em 1986, Rita estréia como escritora de literatura infantil na Bienal Internacional do Livro, lançando o livro "Dr. Alex". Lançou mais três livros com o mesmo ratinho Alex como personagem principal de aventuras sempre voltadas às crianças e com temática ecológica. Foram eles: "Dr. Alex e os Reis de Angra", "Dr. Alex na Amazônia" e "Dr. Alex e o Oráculo de Quartz". No cinema, Rita e Roberto fazem uma participação no premiado filme cult "Fogo e Paixão", com direção de Isay Weinfeld e Márcio Kogan, em 1988. Em 1989, Rita participa do filme "Dias Melhores Virão", dirigido por Cacá Diegues, e junto com Roberto compõe a trilha musical e participa do Festival de Cinema de Berlim. Também em 1989 Rita grava como narradora e grande orquestra o famoso conto infantil "Pedro e o Lobo", de Prokofiev. Em 1992, Rita faz o papel de Raul Seixas no curta-metragem "Tanta Estrela Por Aí", com direção de Tadeu Knudsen, numa performance surpreendente tendo recebido por ela o prêmio de melhor "ator" no Festival de Cinema em Gramado. Também fez participações nas telenovelas "Top Model" (1990) e "Vamp" (1991) da TV Globo. Ainda em 1991 Rita estréia na TV seu programa "TVLeezão", na recém inaugurada MTV, num total de 15 capítulos. Um dos programas mais criativos de todos os tempos na televisão brasileira, o TVLeezão era uma verdadeira salada mágica, misturando textos (de autoria de Antonio Bivar que já havia dividido com ela o Radioamador), entrevistas, e Rita exibindo uma performance de histrionismo a todo vapor, compondo diversos personagens e dando um show de desempenho. É inumerável a quantidade de programas de televisão que utilizaram e ainda utilizam até hoje "TVLeezão" como "fonte de inspiração não creditada", digamos assim. Em 2001 Rita volta a fazer uma das coisas que mais gosta: "pontas" no cinema. A convite da diretora Ana Muylaert, Rita grava uma personagem estranha no premiado filme "Durval Discos". Como jornalista Rita escreveu entre 99 e 2002 uma coluna na revista Leros, publicada mensalmente na Inglaterra. Entre 2001 e 2003 foi colunista da Revista da MTV. Em janeiro de 2002, estreou a turnê do show "Yê Yê Yê de Bamba", baseada no disco "Aqui, Ali, em Qualquer Lugar". A turnê percorreu todo o Brasil e alguns países da América Latina com grande sucesso. Entre 2002 e 2004, Rita apresentou o programa "Saia Justa" (GNT) - líder de audiência do canal - ao lado de Fernanda Young, Marisa Orth e Mônica Waldvoguel. Em 2003 Rita Lee lançou Balacobaco, que emplacou nas rádios a música Amor e sexo, um dos maiores sucessos do ano. A turnê de lançamento do show estreou no Rio (com direito a lotações esgotadas e diversas apresentações extra) e correu todo o país. O show foi registrado em DVD e CD lançados no ano seguinte dentro da série MTV ao vivo. O show, gravado em São Paulo, teve participações de Pitty e Zélia Duncan. O programa Madame Lee marcou a volta de Rita a TV em 2005. Misturando bate papo descontraído com humor e música, o programa foi exibido pelo canal GNT. O formato fugia dos talk-shows convencionais, com Rita e Roberto recebendo os convidados em um consultório. Rita voltou para a estrada em 2006. Entre maio e janeiro de 2007 gravou três shows que, junto a diversas entrevistas, foram lançados no box Biograffiti. Dirigidos por Roberto de Oliveira, os três DVDs fazem um perfil e contam a vida de Rita. Em maio Rita Lee recebeu o título de Cidadã Carioca em uma cerimônia na Câmara Municipal de Vereadores. No início de 2008 Rita Lee estreou sua nova turnê, Pic-Nic. O show faz um apanhado dos 40 anos de carreira e celebra os 60 anos de Rita.> Rita Lee /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ritchie titleRichard David Court, ou Ritchie (nascido em 6 de março de 1952), é um cantor e compositor inglês radicado no Brasil, autor de diversos sucessos como Menina Veneno , A Vida Tem Dessas Coisas, Pelo Interfone e Vôo de Coração. Nascido no Beckenham, no condado de Kent, no Sul da Inglaterra morou em diversos países como Quênia, Dinamarca, Itália, Alemanha e Escócia, além de várias localidades da Inglaterra por ser filho de militar. Em 1972 conhece em Londres um grupo de brasileiros, inclusive alguns integrantes dos Mutantes, que o convencem a vir para o Brasil. No Brasil fixa-se a princípio em São Paulo onde monta a banda Scaladácida com Fabio Gasparini (guitarras), Sérgio Kaffa (baixo), e Azael Rodrigues (bateria).Com a dissolução da banda no final de 1973, muda para o Rio de Janeiro com a mulher , a arquiteta e estilista carioca Leda Zuccarelli. No Rio de Janeiro , passa a dar aulas de inglês para artistas como Paulo Moura , Egberto Gismonti e Gal Costa. Participa de várias bandas como flautista, exemplo da A Barca do Sol e vocalista durante dois anos até começar a atuar como cantor no grupo Vímana, ao lado de Lobão, Lulu Santos, Luiz Simas e Fernando Gama, e gravam o compacto Zebra pelo selo Som Livre , que é arquivado pela gravadora que alega não haver público para rock no Brasil. Em seguida a banda é desfeita ,e praticamente todos os seus integrantes iniciam carreira-solo.Em 1983 Ritchie lança o LP Vôo de Coração , que vende mais de um milhão de cópias, capitaneado pelo imenso sucesso de seu hit Menina Veneno. No entanto , nos discos seguintes não conseguiu manter o mesmo sucesso. Depois de anos trabalhando com sonorização para sites e mídia digital, retornou com um disco de composições inéditas em 2002 intitulado Auto Fidelidade. Em 2005, juntou-se a diversos astros de sua geração e gravou o CD e DVD ao vivo Anos 80, produzido pelo canal pago Multishow> Ritchie /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/roberto-carlos titleRoberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941) é um cantor e compositor brasileiro. É o artista latino-americano que teve mais discos vendidos e o cantor brasileiro que mais vendeu discos no mundo. Em 45 anos de carreira, completados em 2008, vendeu cerca de duzentos milhões de álbuns. Os temas que mais aparecem em suas composições (em parceria com Erasmo Carlos) são o amor e a fé. Biografia Infância Nascido no interior do Espírito Santo, é o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga e da costureira Laura Moreira. A família morava no bairro do Recanto, numa casa modesta, no alto de uma ladeira. Os demais membros da família eram: Lauro Roberto Braga, Carlos Alberto Braga e Norma Moreira Braga, a qual Roberto Carlos carinhosamente chamava Norminha. Apelidado na infância como "Zunga", ainda criança aprendeu a tocar violão e piano - a princípio com sua mãe e, posteriormente, no Conservatório Musical de Cachoeiro de Itapemirim. O ídolo na época era Bob Nelson, um artista brasileiro que se vestia de cowboy e cantava música "country" em português. Incentivado pela mãe, cantou pela primeira vez em um programa infantil na Rádio Cachoeiro de Itapemirim, aos nove anos. Apresentou-se cantando o bolero "Amor y más amor". Como prêmio pelo primeiro lugar, recebeu balas. O cantor recordaria anos depois o momento, relatado na obra "Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo: "Eu estava muito nervoso, mas muito contente de cantar no rádio. Ganhei um punhado de balas, que era como o programa premiava as crianças que lá se apresentavam. Foi um dia lindo."1 Tornou-se então presença assídua do programa, todos os domingos. Durante a infância sofreu um acidente ferroviário, que feriu gravemente sua perna, que teve de ser amputada, substituida por uma prótese. Início: mudança para o Rio de Janeiro Na segunda metade dos anos cinqüenta, mudou-se para Niterói. Seguindo a tendência juvenil da época, entrou em contato com um novo ritmo musical, o Rock, passando a ouvir Elvis Presley, Little Richard, Gene Vincent e Chuck Berry. Em 1957, Arlênio Lívio, um colega de escola, levou Roberto Carlos para conhecer um grupo de amigos que se reunia na Rua do Matoso, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá conheceu Sebastião (Tim) Maia, Edson Trindade, José Roberto "China" e Wellington. Formou com Arlênio, Trindade e Wellington o primeiro conjunto musical, os "Sputniks". Certa vez, ele precisava da letra de "Hound Dog" - e o grande fã de Elvis Presley daquela turma de amigos era Erasmo (Carlos) Esteves. Desta forma, Roberto Carlos conheceu aquele que se tornaria o maior parceiro musical. Tim Maia saiu dos Sputiniks e o grupo foi desfeito. Edson Trindade, Arlênio e China formaram o grupo The Snakes, chamando Erasmo para ser crooner. The Snakes acompanhavam tanto Roberto Carlos quando Tim Maia, contudo ambos nunca fizeram parte do grupo, Roberto Carlos passou a se apresentar com freqüência em clubes e festas. Roberto foi convidado por Carlos Imperial a se apresentar no programa musical "Clube do Rock", da TV Tupi. Carlos Imperial costumava apresentar Roberto Carlos como o "Elvis brasileiro" e Tim Maia como o "Little Richard brasileiro". No final daquela década, Roberto gravou alguns compactos e iniciava sua carreira oficialmente. Em 1959, Roberto Carlos lançou "João e Maria/Fora do Tom", um compacto simples. Dois anos depois, ele lançava o primeiro álbum, "Louco Por Você". Imperial compôs boa parte das canções deste disco. O LP não teve sucesso, e hoje Roberto Carlos renega este LP. Anos 1960: a Jovem Guarda Roberto Carlos insistiu em investir na música jovem da época, o rock, e em 1962 lançou "Splish Splash". Com o amigo Erasmo, Roberto compunha versões de hits do álbum e canções próprias como "Splish Splash" e "Parei na Contramão", que se tornaram grandes sucessos. No ano seguinte, o cantor novamente esteve nas paradas de sucesso com o LP É Proibido Fumar, em que, além da faixa-título, destacou-se a canção "O Calhambeque". Assim nascia a Jovem Guarda. Conhecido nacionalmente, Roberto Carlos começou a apresentar o programa Jovem Guarda em 1965, da TV Record, ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa. O programa popularizou ainda mais o movimento e consagrou o cantor, que se tornou um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira. Ainda em 1965, foram lançados os álbuns "Roberto Carlos Canta Para A Juventude" - com sucessos "História de Um Homem Mau", "Os Sete Cabeludos", "Eu Sou Fã do Monoquini" e "Não Quero Ver Você Triste", parcerias com Erasmo Carlos - e "Jovem Guarda", com os sucessos "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", "Lobo Mau", "O Feio" (de Getúlio Côrtes) e "Não é Papo Pra Mim". Em 1966, Roberto Carlos apresentou os programas "Roberto Carlos à Noite", "Opus 7", "Jovem Guarda em Alta Tensão" e "Todos os Jovens do Mundo", todos de vida efêmera e da TV Record. Mas o que mais marcaria aquele ano seria uma briga por motivos profissionais, que quase colocou fim à parceria entre Roberto e Erasmo Carlos. A razão da separação foi uma falha da produção do programa "Show em Si... Monal", da TV Record, que homenageava Erasmo. A produção do programa havia preparado um pot-pourri com as composições mais famosas de Erasmo, entre as quais "Parei na Contramão" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". O problema criado foi que estas canções foram compostas em parceria com Roberto Carlos, mas se deu créditos unicamente a Erasmo. Os dois se desentenderam, e a parceria ficou suspensa por mais de um ano. Neste período, Roberto compôs "Querem Acabar Comigo" e "Namoradinha de um Amigo Meu", que foram lançadas no LP "Roberto Carlos" daquele ano (o disco ainda tinha os sucessos "Eu Te Darei o Céu", "Esqueça" (versão de Roberto Corte Real), "Negro Gato" (de Getúlio Côrtes) e "Nossa Canção" (de Luiz Airão).2 Em 1967, a amizade Erasmo-Roberto seguia estremecida, embora os dois apresentassem - junto com Wanderléa - o programa "Jovem Guarda", na TV Record. Roberto Carlos compôs sozinho sucessos como "Como É Grande O Meu Amor Por Você", "Por Isso Corro Demais", "Quando" e "de Que Vale Tudo Isso", que seriam lançados no LP "Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura", trilha sonora do filme homônimo, lançado no ano seguinte, e que teve produção e direção de Roberto Farias e elenco com José Lewgoy e Reginaldo Farias. O filme tornou-se um grande sucesso de bilheteria do cinema nacional. A relação entre Erasmo e Roberto Carlos voltaria ao normal por causa de "Em Ritmo de Aventura". Envolvido com diversos compromissos profissionais, Roberto não conseguia finalizar a letra da canção de "Eu Sou Terrível", que seria a faixa inicial da trilha sonora do longa-metragem. Então, ele pediu auxílo ao velho parceiro Erasmo Carlos, que o ajudou a finalizar a letra. Assim, a amizade e a parceria dos dois foram retomadas. 3Ainda naquele ano, Roberto Carlos fez em Cannes (França) os primeiros espetáculos no exterior e participou de alguns festivais de Música Popular Brasileira. Com "Maria, Carnaval e Cinzas" (de Luís Carlos Paraná), o cantor ficou em quinto lugar. Algumas pessoas hostilizaram a presença de um ícone da Jovem Guarda - tido como "alienado" sob a óptica da época. Em 1968 foi lançado o LP "O Inimitável". Disco de transição na carreira do cantor, o álbum teve influências na black music estadunidense e emplacou vários sucessos, como "Se Você Pensa", "Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo", "É Meu, É Meu, É Meu", "As Canções que Você Fez Pra Mim" (todas parcerias com Erasmo Carlos), "Ciúme de Você" (de Luiz Ayrão) e "E Não Vou Deixar Você Tão Só" (de Antônio Marcos). Ainda naquele ano, Roberto Carlos se tornaria o primeiro e único brasileiro a vencer o Festival de San Remo (da Itália), com a canção "Canzone Per Te", de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti, e se casaria, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), com Cleonice Rossi, mãe dos filhos Roberto Carlos Segundo (o Segundinho, mais conhecido como Dudu Braga, nascido em 1969), e Luciana (nascida em 1971). A mudança de estilo do cantor viria definitivamente em 1969. O álbum "Roberto Carlos" foi marcado por um maior romantismo em lugar dos tradicionais temas juvenis típicos da Jovem Guarda. Entre os sucessos deste LP estão "As Curvas da Estrada de Santos", "Sua Estupidez" e "As Flores do Jardim da Nossa Casa", todas parcerias com Erasmo Carlos. Ainda naquele ano, foi lançado o "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", segundo filme dirigido por Roberto Farias e novo êxito de bilheteria. Anos 1970: fase romântica A partir da década de 1970, marcaria o fim da Jovem Guarda e consolidaria o prestígio de Roberto Carlos como intérprete romântico no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Europa e América Latina). O cantor seria o artista brasileiro que mais venderia discos no país. Várias das suas canções foram gravadas por artistas como Julio Iglesias, Caravelli e Ray Conniff. Em 1970, o cantor fez uma bem-sucedida temporada de shows no Canecão. No final daquele ano, foi lançado o álbum anual, que trouxe sucessos como "Ana", "Vista a Roupa Meu Bem" e "Jesus Cristo" , canção que também marcava sua aproximação com a religião. No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos a 300 km por Hora", o último filme e também um grande sucesso nacional. Ainda em 1971, foi lançado "Roberto Carlos", disco contou com os sucessos "Detalhes", "Amada Amante","Todos Estão Surdos", "Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos" (homenagem a Caetano Veloso) e "Como Dois e Dois" (de Caetano). O álbum "Roberto Carlos", de 1972, repercutiu com "A Montanha" e "Quando as Crianças Saírem de Férias",além de ter sido o primeiro LP a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas; e "Roberto Carlos", de 1973, com "Rotina" e "Proposta". Em 24 de dezembro de 1974, a Rede Globo exibiu um especial do cantor, que obteve um enorme índice de audiência. A partir daquele ano, o programa seria veiculado anualmente, sempre no final do ano. Em 1975, o grande sucesso seria "Além do Horizonte". No ano seguinte, o cantor gravaria o novo LP nos estúdios da CBS em Nova Iorque. O álbum lançou as canções "Ilegal, Imoral ou Engorda" e "Os Seus Botões". Em 1977, Roberto Carlos gravou "Muito Romântico" (de Caetano Veloso) e "Cavalgada", lançadas no disco natalino e que alcançaram os primeiros lugares nas paradas musicais. No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos", de 1978, de onde se destacaram as famosas "Café da Manhã", "Força Estranha" (de Caetano Veloso) e "Lady Laura"- esta última dedicada a sua mãe. O disco vendeu um milhão e quinhentas mil cópias. Além de álbuns que vendiam mais de 1 milhão de cópias por ano, os shows de Roberto Carlos eram também disputados: em 1978, o cantor percorreu o país por seis meses, sempre com casas lotadas. Quando visitou o México em 1979, o papa João Paulo II foi saudado com a canção "Amigo", cantada por um coro de crianças. O evento foi transmitido ao vivo para centenas de milhões de pessoas no mundo. Também naquele ano, o casamento com Cleonice se desfez, iniciando um romance com a atriz Mirian Rios, e se engajou da ONU em prol do Ano Internacional da Criança. Anos 1980: reconhecimento internacional No início da década de 1980, participou de outra campanha, dessa vez para o Ano Internacional da Pessoa Deficiente. Em 1981, o cantor fez excursões internacionais e gravou o primeiro disco em inglês - outros seriam lançados em espanhol, italiano e francês. Também gravou o disco anual, que contou com sucessos como "Emoções", "Cama e Mesa" e "As Baleias". Em 1982, recebeu da gravadora CBS o Prêmio Globo de Cristal, oferecido aos artistas que ultrapassam a marca dos cinco milhões de discos vendidos fora do país de origem. Ainda naquele ano, Maria Bethânia participou do álbum anual, no dueto "Amiga". Era a primeira vez que o cantor convidava um outro artista para participar das gravações do disco. Roberto Carlos (1982) ainda teve o sucesso "Fera Ferida", outra parceria com Erasmo. Em 1984, sua canção "Caminhoneiro" foi executada mais de três mil vezes nas rádios do país em um único dia e, no ano seguinte, "Verde e Amarelo" bateria esta marca ao ser tocada três mil e quinhentas vezes.45. Ganhou em 1988 o Grammy de Melhor Cantor Latino-americano e, no ano seguinte, atingiu o topo da parada latina da Billboard. Ainda em 1989, teve grande repercussão com "Amazônia". No tradicional especial de fim de ano da Rede Globo cantou sucessos como Outra vez ao lado de Simone. Anos 1990: campeão de vendas e morte de Maria Rita Durante a década de 1990, o sucesso de Roberto Carlos prosseguiu tanto em nível nacional quanto internacional. Em 1994,Roberto Carlos conseguiu bater os Beatles em vendagens na América Latina, vendendo mais de 70 milhões de discos.6 O cantor Roberto Carlos cumprimenta o Papa João Paulo II durante a sua visita ao Brasil, em 1997.Em 1995, liderados por Roberto Frejat, grandes nomes do pop-rock brasileiro como Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Barão Vermelho e Skank homenagearam Roberto Carlos com a gravação de canções da época da Jovem Guarda. Ainda naquele ano, o cantor casou-se com a pedagoga Maria Rita Simões Braga. No ano seguinte, Roberto Carlos emplacou mais um sucesso em parceria com Erasmo Carlos: "Mulher de 40". Já em 1997, foi lançado o álbum em língua espanhola "Canciones que amo". Em 1998, foi diagnosticado câncer em Maria Rita. Roberto Carlos teve de conciliar a gravação do disco anual e o apoio à esposa internada em São Paulo. "Seu disco anual", que quase não foi lançado, tinha apenas quatro canções inéditas, entre elas "O Baile da Fazenda", uma parceria com Erasmo Carlos e que contou com a participação especial de Dominguinhos. Em 1999, o agravamento do estado de saúde de Maria Rita, seguido de sua morte em dezembro daquele ano, fez com que o cantor deixasse de apresentar o tradicional especial de final de ano na Rede Globo e não gravasse o disco anual.78 A gravadora Sony acabou lançando "Os 30 Grandes Sucessos (Vol. 1 e 2)", uma coletânea dupla com os maiores sucessos da carreira de Roberto e uma faixa-inédita, a religiosa "Todas as Nossas Senhoras", escrita com Erasmo. Anos 2000-presente Depois de um período de reclusão, Roberto Carlos retomou sua carreira com a turnê "Amor Sem Limite", inaugurada em Recife, em novembro de 2000910, título da canção - feita em homenagem a Maria Rita - de maior destaque no álbum lançado em dezembro daquele mesmo ano.1112 Ainda naquele ano, o cantor rompeu o contrato com a gravadora Sony (ex-CBS) 1314, após 39 anos de parceria.15 Em 2001, Roberto recebeu inúmeras homenagens pelo 60º aniversário e gravou o álbum "Acústico MTV"16, depois de meses de negociações entre a Rede Globo e a MTV Brasil1718. O álbum trouxe14 releituras em versão acústica para antigos sucessos, alguns cantados com a participação de artistas como Samuel Rosa, do Skank (em "É Proibido Fumar"), Tony Bellotto, dos Titãs (em "É Preciso Saber Viver"), entre outros. No ano seguinte, Roberto Carlos foi acusado pelo maestro Sebastião Braga de plagiar a melodia da sua composição "Loucuras de Amor" em "O Careta", de 1987.19 Também foi lançado o DVD "Acústico MTV" 20, que logo seria retirado de circulação devido a problemas contratuais. Em comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar, o cantor fez uma apresentação para 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.21 No final de 2003, ele fez uma apresentação no Ginásio do Maracanãzinho, de onde foram gravadas imagens para o tradicional especial natalino na Rede Globo e também divulgado "Pra sempre", álbum todo dedicado a Maria Rita. Com nove canções inéditas, o disco contou com "O Cadillac" (única escrita com Erasmo), "Acróstico" (cujas primeiras letras dos versos formam a frase "Maria Rita meu amor") e faixa-título "Pra Sempre". Em janeiro de 2004, Roberto fez um show no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Em outubro do mesmo ano, o cantor lotaria o Estádio do Pacaembu, também na capital paulista, na apresentação do show "Pra Sempre" e que seria lançado em DVD. Após iniciar tratamento terapêutico, ele também reconheceu publicamente sofrer de transtorno obsessivo-compulsivo22, síndrome que o levou a um comportamento excessivamente supersticioso e o fez abandonar do repertório dos espetáculos canções famosas "Café da Manhã", "Outra Vez" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". Em entrevista coletiva, admitiu que poderia voltar a cantá-las, demonstrando os resultados do tratamento.23. No final desse ano, comemorou o 30º aniversário do primeiro especial para a Rede Globo e foi lançado o primeiro volume de sua discografia, em uma caixa por década, que reúne seus discos em formato mini-LP e sonoridade remasterizada. Em 2005, o Jornal do Brasil organizou uma votação sobre discos que emplacaram diversos sucessos ao mesmo tempo na música brasileira. Os primeiro e o segundo lugares ficaram com Roberto Carlos, com "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", de 1967 (com sucessos como "Eu Sou Terrível", "Quando" e "Como É Grande O Meu Amor Por Você") e "Roberto Carlos", de 1977 (com sucessos como "Amigo", "Outra Vez", "Cavalgada", "Falando Sério" e "Jovens Tardes de Domingo"). Ainda nesse ano, chegou a um acordo com o maestro Sebastião Braga, que o acusava de plagiar uma canção sua.24. Apesar do sucesso de vendas, os trabalhos recentes de Roberto Carlos continuam a desagradar à crítica, que o considera repetitivo. Ainda naquele ano, recebeu uma indicação e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, pelo álbum "Pra Sempre Ao Vivo no Pacaembu".25 A polêmica biografia de RC, à venda mesmo depois da apreensão judicial (foto de André Oliveira/flickr)Em dezembro de 2006, foi lançado "Duetos", CD com 14 faixas e DVD com 16 números, que apresentava momentos tirados dos especiais gravados para a Rede Globo desde a década de 1970. No mesmo período, a Editora Planeta lançou o livro "Roberto Carlos Em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo26, uma biografia não-autorizada sobre o cantor, resultado de uma pesquisa ao longo de 16 anos e reuniu depoimentos de cerca de 200 pessoas que participaram da trajetória de Roberto.27 Roberto Carlos repudiou a publicação, alegando haver nela inverdades, e anunciou sua intenção de retirar de circulação a obra. Ainda neste ano Roberto Carlos ganha o Grammy Latino pelo melhor álbum de música romântica (Álbum “Roberto Carlos”, 2005) Em janeiro de 2007, o cantor fez uma viagem à Espanha, onde gravou o primeiro álbum em espanhol em uma década. A Justiça deu ganho de causa a Roberto Carlos e o livro "Roberto Carlos em Detalhes" foi retirado das lojas ao final de fevereiro de 2007.28 Em 27 de abril de 2007, após longa audiência no Forum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, foi determinado o recolhimento de todos os exemplares do livro.29 Em junho, fez apresentações no Canecão. Além de participações especiais dos cantores Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, dos jornalistas Nelson Motta e Leda Nagle e atores e atrizes consagrados, o repertório do show contou com a íntegra de "É Preciso Saber Viver", canção cujo verso "se o bem e o mal existem" o cantor se recusava a cantar fazia muito tempo, em função do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), de que falou descontraído e apontando melhoras. No final de julho, Roberto Carlos submeteu-se a uma cirurgia plástica para corrigir uma cicatriz do lado direito do pescoço, resultado de um acidente de carro que o cantor sofreu em julho de 1964, em Três Rios (Rio de Janeiro) - quando o automóvel que dirigia capotou e Roberto levou 16 pontos30.> Roberto Carlos /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/rogerio-duprat titleNascido no Rio de Janeiro, Rogério Duprat começou a estudar violoncelo no começo da década de 1950, período que integrou a Orquestra Sinfônica Estadual. Mas seus primeiros passos na música se deram ainda bem jovem, quando tocava "de ouvido" cavaco, violão e gaita de boca. Rogério Duprat (Rio de Janeiro, 7 de fevereiro de 1932 — São Paulo, 26 de outubro de 2006) foi um compositor e maestro brasileiro. Duprat se iniciou na música por acaso. Seus primeiros instrumentos foram o violão, o cavaquinho e a gaita de boca que tocava "de ouvido". Posteriormente teve formação erudita, participando de orquestras como a Orquestra de Câmara de São Paulo, da qual foi membro fundador em 1956. Duprat foi aluno de Karlheinz Stockhausen na Alemanha junto do músico norte-americano Frank Zappa. Em 1963, ao lado do também maestro Damiano Cozzella, Duprat usou um computador IBM 1620 da Escola Politécnica da USP para compor uma peça intitulada Klavibm II. A experiência era inédita no Brasil e pode ser encarada como precursora da chamada música eletrônica. Duprat ainda foi professor da Universidade de Brasília, da qual saiu junto com vários colegas devido à intervenção do governo militar na Universidade. Mudou-se para São Paulo em 1934 e nos últimos anos viveu em um sítio em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Rogério Duprat é mais conhecido pelo seu envolvimento com o movimento tropicalista no final da década de 60. A intenção do maestro era romper com as barreiras entre a música erudita e a música popular. Duprat arranjou canções de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Os Mutantes, Gal Costa, Nara Leão, entre outros. O maestro ficou conhecido como o "George Martin" da Tropicália. Nos anos 70, Duprat trabalhou com Walter Franco e o grupo O Terço, além de produzir jingles publicitários. Com a progressiva perda da audição, o maestro foi se afastando do meio musical e se manteve recluso em seu sítio em Itapecerica. Sofrendo de mal de Alzheimer e câncer de bexiga, Duprat foi internado no dia 10 de outubro. O quadro evoluiu para insuficiência renal, levando-o a falecer. Seu velório ocorreu no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, e o corpo foi cremado no dia 27 no crematório da Vila Alpina. Uma curiosidade: Apesar do jeito pacato e do ar de senhor respeitável, o maestro não tinha limites para suas invenções. Quando o AI-5 baixou sobre a classe artística nacional, ele produziu o famoso disco branco de Caetano Veloso (1969), e como não dava para ser dito muita coisa, ele expeliu seus sentimentos de forma nada convencional: é só ouvir a faixa "Acrílico", e esperar chegar ao tempo de 1.39s, em meio a um caos sonoro ouve-se um pum, feito pelo próprio maestro.> Rogerio Duprat /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/rolando-boldrin titleRolando Boldrin nasceu em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo. Família grande, eram 12 irmãos, sendo Rolando o 7º. Ele nasceu em 1936. Começou a cantar, ao lado do irmão, na cidade de Guaira. Com 16 anos veio sozinho para a capital paulista. Fez de tudo um pouco, foi sapateiro, garçon, frentista de posto de gasolina. Aos 18 anos serviu o Exército em Quitaúna. Mas seu desejo era cantar, tocar violão e “deitar prosa”. Em 1958 apareceu nas Emissoras Associadas, depois de ter tentado as Rádios São Paulo e Record. Assinou o primeiro contrato como radiator. Fez radionovelas, mas era bonitão, ou bonitinho, pois era magrinho e então foi para a televisão. Fez: “Direito de Nascer”; “Alma Cigana”; “O Bem Amado” – primeira versão televisiva, sob a autoria de Dias Gomes e direção de Benjamim Catan. Fez “TVs de Vanguarda” e “Grandes Teatros TUPI”. Fez: “A Sereia “; “Quem Casa com Maria”; “O Direito dos Filhos”; “A Viagem”; “O Profeta “; “Roda de Fogo”; “Se o Mar Contasse”; “Ovelha Negra”. Mostrou-se um bom ator, tanto que foi chamado pela TV Record, onde apareceu em “Algemas de Ouro” ; “As Pupilas do Senhor Reitor; “Os Deuses Estão Mortos”. Quando a TV TUPI foi fechada, Rolandro Boldrin foi para a TV Bandeirantes, no ano de 1979. Ali fez: “Cara a Cara”; “Pé de Vento”, “Cavalo Amarelo”; “Os Imigrantes”. Mas foi por essa época que Boldrin ganhou nome nacional. Ele foi contratado pela Rede Globo de Televisão, onde lançou um programa em que fazia o que mais ama e sabe: tocar violão, cantar e “contar causos”. O nome do programa: “Som Brasil” – Inesquecível programa, que foi a abertura para outros programas similares. Boldrin depois lançou na Rede Bandeirantes: o “Empório Brasileiro” e no SBT, mais tarde, o “Empório Brasil”. Dono de uma musicalidade ímpar e uma enorme simpatia, Rolando Boldrin é casado com também cantora Lourdinha Pereira. Com ela e com outros parceiros já lançou na praça inúmeros discos. E ele é, de fato, o maior “contador” do Brasil. Por isso mesmo, viaja constantemente com seus shows, pois ele quer ir onde o povo está. Além disso, com seu grande coração, mantém uma atividade de benemerência uma entidade, para onde dá tudo de si, ajudando crianças necessitadas. Atualmente (2007) apresenta o programa "Sr. Brasil", na TV Cultura.> Rolando Boldrin /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ronnie-von titleComeçou sua carreira na época da Jovem Guarda, obtendo grande sucesso com as canções A praça (de autoria de Carlos Imperial) e Meu bem (uma versão em português do próprio Ronnie para a música Girl dos Beatles). Em 1966, apresentou na TV Record o programa "O pequeno mundo de Ronnie Von", no qual interpretava um personagem baseado no livro O pequeno príncipe, herói da literatura infantil. Ficou conhecido por esse apelido durante alguns anos. No final da década de 60, Ronnie gravou três discos que são verdadeiras relíquias na história da música brasileira. Abusando da psicodelia, muito influenciado por Beatles e antenado com o rock feito na época, Ronnie Von grava um disco homônimo, o A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre contra o império de Nuncamais e A Máquina Voadora. Por contar com o desapontamento da gravadora, que na época acreditou que os discos não eram comerciais, fizeram pouco sucesso à época. Hoje, são comprados por pequenas fortunas por colecionadores. Nos anos 70 voltaria a fazer sucesso na televisão. Além de apresentar um programa de auditório na TV Tupi, fez a novela Cinderela 77. Em 1984 casou-se com a atriz Bia Seidl, de quem logo se separaria.2 Escreveu o livro Mãe de gravata, em que conta sua experiência de ficar com a guarda dos filhos após a separação. Definindo-se como um metrossexual, nos últimos anos começou a apresentar programas dirigidos ao público feminino, contando com a participação da sua atual esposa Cristina, que o conhecia desde a infância. Na CNT, comandou o Mãe de Gravata. Atualmente, Ronnie Von apresenta o programa Todo Seu, exibido diariamente nas noites da TV Gazeta, a partir das 22h.2 Em março de 2007 foi lançado na internet um tributo independente dedicado à fase psicodélica da obra do cantor, Tudo de Novo - Tributo a Ronnie Von. A homenagem virtual contou com 30 bandas de todo o Brasil.> Ronnie Von /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/roupa-nova titleRoupa Nova é uma banda brasileira formada na década de 1980 no estado brasileiro do Rio de Janeiro. Ainda hoje encontra-se em plena atividade. História A banda surgiu em 1980, formada por Paulinho (percussão e vocal), Serginho (bateria, voz e vocal), Nando (baixo, voz e vocal), Kiko (guitarra, violões e vocal), Cleberson Horsth (teclados e vocal) e Ricardo Feghali. Surgiu devido mudanças ocorridas após 1978 no grupo chamado Os Famks, e desde aí mantém até hoje a formação. São os atuais recordistas em trilhas sonoras de novelas (32 temas no total), sendo "Videogame" a trilha sonora do extinto Jornal da Manchete. Estrearam seu selo próprio em 2004, o "Roupa Nova Music".> Roupa Nova /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/sandy-junior titleainda nao disponivel> Sandy Junior /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/secos-e-molhados titleSecos & Molhados foi uma banda brasileira, criada pelo compositor João Ricardo em 1971. Canções do folclore português, como "O Vira", misturadas com a poesia de Cassiano Ricardo, João Apolinário, Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa, entre outros, fizeram do grupo um dos maiores fenômenos musicais do Brasil. Índice A formação inicial do grupo era composta por: João Ricardo (violão de doze cordas e gaita), Fred (bongô) e Antônio Carlos, ou Pitoco, como é mais conhecido. O som completamente diferente à época, fez com que o Kurtisso Negro de propriedade de Peter Thomas, Oswaldo Spiritus e Luiz Antonio Machado no bairro do Bixiga, em São Paulo, local onde o grupo se apresentava, fosse visitado por muitas pessoas, interessadas em conhecer o grupo. Entre os “curiosos” estava a cantora e compositora Luli, com quem João Ricardo fez alguns dos maiores sucessos já gravados no Brasil ("O Vira" e "Fala"). Fred e Pitoco, em julho de 1971, resolvem seguir carreira solo e João Ricardo sai à procura de um vocalista. Por indicação de Luli, conhece Ney Matogrosso, que muda-se do Rio de Janeiro para São Paulo. Depois de alguns meses, Gerson Conrad, vizinho de João Ricardo, é incorporado ao grupo. O Secos & Molhados começa a ensaiar e depois de um ano se apresenta no teatro do Meio, do Ruth Escobar, que virou um misto de bar-restaurante chamado "Casa de Badalação e Tédio". No dia 23 de maio de 1973, o grupo entra no estúdio "Prova" para gravar – em sessões de seis horas ao dia, por quinze dias, em quatro canais – seu primeiro disco, que vendeu mais de 300 mil cópias em apenas dois meses, atingindo um milhão de cópias em pouco tempo. Os Secos & Molhados se tornaram um dos maiores fenômenos da música popular brasileira, batendo todos os recordes de vendagens de discos e público. O disco era formado por treze canções que ao ver da crítica, parecem atuais até os dias de hoje. As canções mais executadas foram "Sangue Latino", "O Vira", e "Rosa de Hiroshima". O disco também destaca inúmeras críticas a ditadura militar que estava implantada no Brasil, em canções como o blues alternativo "Primavera nos Dentes" e o rock progressivo "Assim Assado" – esta de forma mais explícita em versos que personificam uma disputa entre socialismo e capitalismo. Até mesmo a capa do disco foi eleita pela Folha de São Paulo como a melhor de todos os tempos de discos brasileiros. O sucesso do grupo atraiu a atenção da mídia, que convidou-os para várias participações na televisão. As mais relevantes foram os especiais do programa Fantástico, da Rede Globo. Sempre apareciam com maquiagens inusitadas, roupas diferentes sendo uma das primeiras e poucas bandas brasileiras a aderirem o glam rock. Em fevereiro de 1974, fizeram um concerto no Maracanãzinho que bateu todos os índices de público jamais visto no Brasil - enquanto o estádio comportava 30 mil pessoas, outras 90 mil ficaram do lado de fora. Também em 1974 o grupo sai em turnê internacional, que segundo Ney Matogrosso, gerou oportunidades de criar uma carreira internacional sólida. Em agosto do mesmo ano, é lançado o segundo disco de estúdio da banda, que tinha em destaque "Flores Astrais", único hit do disco. O lançamento do disco foi pouco antes do fim da formação clássica da banda, que ocorreu por brigas internas entre os membros. Talvez por este motivo o segundo álbum – que veio sem título, e com uma capa preta – não tenha feito tanto sucesso comercial como o primeiro. Após o fim do grupo Secos e Molhados, os três membros seguiram em carreira solo. Ney Matogrosso lançou no ano seguinte, em 1975, seu primeiro disco com o nome de "Água do Céu-Pássaro" (recheado de experimentalismos musicais) e com o sucesso "América do Sul". João Ricardo lançou também em 1975 seu disco homônimo, mais conhecido por Pink Record. Gerson Conrad juntou-se a Zezé Motta e lançou um disco também em 1975. João Ricardo adquiriu os direitos autorais sob o nome Secos e Molhados, após algumas brigas na justiça, e saiu a procura de novos músicos para que a banda tivesse novas formações. A primeira formação após o fim do grupo em 1974 surgiu em maio de 1978, João Ricardo lança o terceiro disco dos Secos e Molhados com Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão. O terceiro disco foi lançado, e mais um sucesso do grupo – o que seria o último de reconhecimento nacional, e único fora da formação original – "Que Fim Levaram Todas as Flores?", uma das canções mais executada no Brasil naquele ano, o que trouxe o novo grupo de João Ricardo às apresentações televisivas. No mês de Agosto de 1980, junto com os irmãos Lempé – César e Roberto – o Secos & Molhados lança o quinto disco, que não teve sucesso comercial. A quinta formação do grupo nasce no dia 30 de junho de 1987, com o enigmático Totô Braxil, em um concerto no Palace, em São Paulo. Em maio de 1988 sai o álbum "A Volta do Gato Preto", que foi o último da década. Simplesmente sozinho, em 1999, João Ricardo lança "Teatro?" mostrando definitivamente a marca do criador dos Secos e Molhados.> Secos E Molhados /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/sergio-reis titleComeçou cantando rock com o nome de Johnny Johnson. Em seguida juntou-se aos integrantes da Jovem Guarda, e obteve bastante sucesso com a balada rock "Coração de Papel" em 1967, que deu nome ao seu primeiro LP. Na década de 70 mudou radicalmente o direcionamento da sua carreira, tornando-se um dos maiores nomes da música sertaneja. Nesse segmento, já vendeu milhões de discos e faz centenas de show por ano. Gravou em 1973 o disco "Sérgio Reis", com os sucessos "Menino da Porteira" e "Eu Sei que Vai Chegar a Hora". Abriu espaço para a música sertaneja nas rádios FMs com composições como "Pinga Ni Mim", "Panela Velha", "Peão de Boiadeiro" etc. Atuou em produções cinematográficas e em novelas de temática rural, como "Paraíso", "Rei do Gado" (TV Globo) e "Pantanal" (TV Manchete). Em 2000 lança uma caixa de cinco CDs em que recapitula sua carreira.> Sergio Reis /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/sidney-magal titleNascido em uma família de artistas, Sidney Magal começou sua carreira nos anos 70, cantando em programas de televisão, boates e casas noturnas. Nessa época, ele já dividia o palco com nomes como Emílio Santiago e Alcione. Foi na Europa que Magal se tornou o artista que o Brasil todo viria a conhecer. Em 1971, o cantor viajou para o velho continente e acompanhou um grupo folclórico brasileiro, que executava canções de vários estilos da música nacional. Nessa mesma temporada na Europa, Magal veio a se juntar a um grupo italiano, que contava com um repertório variadíssimo. Durante os dois anos que passou cantando em países como a Áustria, Itália, Alemanha e Suíça, Magal foi criando seu estilo performático e compondo seu guarda-roupa característico. Com a bagagem musical enriquecida, o cantor voltou ao Brasil e, em 1975, retomou as apresentações na noite, participando inclusive de um dos grandes espetáculos da época: "O Rio Amanheceu Cantando", uma homenagem à vida e obra de João de Barro (Braguinha), ao lado de artistas do quilate de Elizabeth Cardoso, MPB4 e Quarteto em Cy. Em 1976, toda sua dedicação e amor ao trabalho lhe valeu um contrato com a Polygram, pela qual gravou seu primeiro disco. Magal permaneceu no cast da gravadora por dez anos, mantendo-se sempre em evidência com seus hits. Nasceu daí a parceria de sucesso com o empresário Robert Livi, Foi também com Livi que Magal começou a mostrar sua versatilidade artística, em 1979, quando atuou no longa-metragem "Amante Latino". O filme era uma produção de Livi e Livio Bruni, com direção de Pedro Rovai e roteiro de Paulo Coelho. Ao longo dessa fase inicial, Magal se consagrou com sucessos como "Se te Agarro Com Outro te Mato”, “Sandra Rosa Madalena”, “Amante Latino”, “Meu Sangue Ferve Por Você”, “Tenho”, “A Moça” e muitos outros... Em 1980, Sidney Magal gravou seu primeiro disco em espanhol, com produção de Robert Livi. O álbum foi distribuído para países de toda a América Latina. No ano seguinte, o compacto "Quero te Fazer Feliz" foi responsável por mais um disco de ouro em sua carreira. Em 1984, o cantor deu uma virada em sua trajetória com o lançamento do disco "Vibrações", com arranjos do consagrado Lincoln Olivetti, conhecido pelos trabalhos que fez com grandes estrelas da MPB. Em 1989, Magal lançou um disco pela Som Livre, firmando grande amizade com Heleno de Oliveira e Max Pierre, que na ocasião era diretor artístico da gravadora. Nos anos de 1990 e 1991, o cantor foi contratado pela Sony Music e deu uma nova guinada, gravando, entre outros sucessos produzidos por Max Pierre, a música "Me Chama que Eu Vou", tema de abertura da novela das oito da Rede Globo, "Rainha da Sucata". Era a época da lambada, que ganhou o mundo e encontrou em Magal um de seus ícones, devido à vivência que o artista já tinha com ritmos latinos. Nesse período, Magal gravou seu segundo álbum em espanhol, também lançado em toda a América Latina, com resposta positiva. Sua faceta de ator começou a se tornar mais conhecida do público quando Magal participou da novela "Ana Raio e Zé Trovão", em 1991, na Rede Manchete, a convite do diretor da produção, Jayme Monjardim. Seu talento foi confirmado em 1993, quando estreou, no Teatro Ginástico, no Rio de Janeiro, o musical "Charity Meu Amor", com direção de Marília Pêra. A performance de Magal como ator e cantor no espetáculo arrebatou elogios, conquistando a crítica musical e teatral. Após o musical, Magal se recolheu para pensar nos rumos que daria à sua carreira. O leque de opções cada vez mais se abria. Então, em 1995, em dezembro, o cantor presenteou o público com o lançamento de seu 15º disco. Foi mais uma surpresa para o mercado, que recebeu com encantamento o álbum "Sidney Magal & Big Band", no qual o artista reviveu grandes canções das décadas de 1930 a 1960, gravadas na cidade americana de Los Angeles, acompanhado, como bem indica o título do disco, de uma autêntica big band. Em 1996, Magal voltou a atuar em uma novela. Desta vez, na Bandeirantes, com "O Campeão", compondo um elenco que contava com grandes nomes, como Marília Pêra, Paulo Goulart, Sergio Mamberti e Nathalia Timberg. Ainda naquele ano, o cantor novamente brindou a todos com uma atuação de gala no teatro. Ele foi chamado para protagonizar o musical "Roque Santeiro", vivendo o papel-título da obra de Dias Gomes, que já havia sido consagrada em sua versão para a televisão. Nos palcos, o Roque Santeiro de Magal dividiu a cena com a Viúva Porcina de Nicete Bruno, ao lado de um grande elenco dirigido por Bibi Ferreira. Nos anos seguintes, Magal participou de projetos como “Tributo a Dalva de Oliveira” (1997), “Casa do Forró” (1998) e “Discoteca do Chacrinha” (1999), sendo que, neste último, o cantor teve incluídas três músicas de seu repertório. Nesse período, Magal investiu em uma linha mais dançante da música latina, lançando um disco pela gravadora Paradox (“Aventureiro”) e, posteriormente, em 2000, sendo contratado pela Universal Music, que lançou o álbum “Baila Magal ", reunindo clássicos latinos e musicas inéditas, com arranjos de Lincoln Olivetti, do Roupa Nova e do DJ Memê, que injetou pitadas dance music no trabalho. Em 2002, foi a vez de reativar a carreira como ator. Magal participou do filme "Caminho das Nuvens", contracenando com Claudia Abreu e Wagner Moura no longa de estréia de Vicente Amorim, produzido pela LC Barreto e Globo Filmes. No ano seguinte, Magal substitui Wolf Maia no elenco do musical "Eu te Amo, Você É Perfeita, Agora Muda!", dirigida pelo próprio Wolf. Em cena, atuou ao lado de Silvia Massari, Rita Guedes e Aloisio Abreu. Entre 2003 e 2004, Magal foi destaque em mais duas novelas da Rede Globo. Em “Kubanacan”, ele compareceu com uma música na trilha sonora da produção. Em “Da Cor do Pecado”, voltou a trabalhar como ator, não só conquistando novos elogios da crítica como também consolidando sua imagem junto ao público infantil. O redescobrimento da música de Magal, principalmente pelas novas gerações, ganhou força em janeiro de 2005, quando o programa “Fantástico”, da Rede Globo, lançou um clipe da música "Tenho" em uma versão totalmente repaginada, com direção de Pedro Becker e participação da atriz Debora Falabella e do jornalista e escritor Xico Sá. Em 2005, Magal fez uma participação especial no filme "Amazônia Misteriosa”, de Ivan Cardoso, contracenando com Daniele Winits. No mesmo ano, depois de estrelar um comercial de automóvel da Fiat, voltou a atacar nas novelas da Globo. Em “Bang-bang”, Magal viveu o insólito Zorroh, uma versão afetada do tradicional herói mascarado Zorro, que na trama ganhava a vida como cabeleireiro. Em abril de 2006, o cantor lança o DVD e CD ao vivo com os grandes sucessos de sua careira e interpretações pessoais de canções consagradas internacionalmente, com participações de nomes como Cláudio Zoli e As Frenéticas. Em setembro daquele ano, o talento de Magal como ator foi testado e aprovado em um trabalho como dublador, quando fez a voz do pingüim Amoroso no longa de animação “Happy Feet” (vencedor do Oscar na categoria), que na versão original foi dublado pelo famoso comediante Robin Williams. Em 2007, Magal mais uma vez abrilhantou a abertura de uma novela da Globo com uma de suas interpretações, com a música “Nada Além” como tema da produção “Eterna Magia”. Também na teledramaturgia da Rede Record o cantor marcou presença, cantando “Spot Light” para a trilha sonora da novela “Luz do Sol”. De novo na Globo, teve uma canção na trilha da novela “Desejo Proibido”: “Céu Cor de Rosa”. Como se não fosse o bastante, Magal também contou com uma música na trilha do filme "O Homem que Desafiou o Diabo", de Moacyr Góes, cantando “Vem me Seduzir”. Em 2008, Magal foi convidado para a capa da irreverente revista “M...”, para a qual deu uma extensa entrevista sobre sua carreira e sua visão de mundo, além de participar de um ensaio fotográfico da publicação. No mesmo ano, foi escalado estrelar o programa humorístico diário “Uma Escolhinha Muito Louca”, na Band, no qual faz o papel de professor de alunos interpretados por comediantes e atores conhecidos ou da nova geração. Na vida pessoal, Sidney Magal é o que se pode chamar de um homem realizado. Casado há 27 anos com Magali West, tem três filhos: Rodrigo, Gabriella e Nathalia. Como bom geminiano, é uma pessoa tranqüila. Prefere a vida diurna e gosta de coisas simples, como reunir os amigos para um churrasco, ir à praia ou simplesmente ir ao supermercado para fazer compras. Mora na Bahia e adora ficar em casa com a família, onde sempre promove sessões de cinema com direito a pipoca e guaraná. Como hobby, joga vôlei na praia e boliche.> Sidney Magal /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/simone titleSimone Bittencourt de Oliveira, conhecida apenas como Simone, (Salvador, 25 de dezembro de 1949) é uma cantora brasileira. Simone Nome completo Simone Bittencourt de Oliveira Apelido Cigarra Data de nascimento 25 de Dezembro de 1949 (59 anos) Origem Salvador, Bahia País Brasil Gêneros Romântico, MPB, Samba, Religioso Instrumentos voz, percussão, violão Período em atividade 1973 - Gravadoras Odeon, Emi, Sony, Universal, Biscoito Fino Sítio oficial www.Simone.art.br Biografia Prematura de oito meses e sétima filha de uma família de nove irmãos, o pai, Otto, queria que o nome fosse Natalina, mas a mãe, Letícia, prestes a batizar a filha, mudou o nome para Simone. Até a adolescência Simone foi jogadora profissional de basquete e por isso mudou-se para São Paulo aos dezessete anos, para integrar o time da Seleção Brasileira de basquete feminino. Estudou na Fefis, em Santos, onde se formou em Educação Física; foi colega, durante o curso, do futebolista Pelé 1. Trajetória artística Convidada pela amiga e professora de violão, Elodir Barontini, Simone participou de um jantar na casa do então gerente de marketing da gravadora Odeon, Moacir Machado, o Môa 2. Neste encontro, especialmente marcado para que ela mostrasse a voz, ao final veio o convite para assinar um contrato não para um mas para quatro LPs pela gravadora 3. O primeiro, Simone, gravado em outubro de 1972, teve uma produção de baixo custo e poucos músicos, regidos pelo maestro José Briamonte. A primeira tiragem foi distribuída apenas para amigos, parentes e para o meio artístico; dez anos depois seria relançado com uma capa diferente. O lançamento ocorreu em 20 de março de 1973 (considerada a data oficial do início da carreira) em São Paulo e Simone estreou no mesmo dia num programa da TV Bandeirantes. A participação no programa Mixturação, (direção/produção de Walter Silva, TV Record, abril, 1973), também foi aguardada com expectativa e Simone apontada como um dos nomes mais promissores. Simone participou de uma turnê internacional organizada por Hermínio Bello de Carvalho. A excursão internacional incluía no roteiro o Olympia em Paris, e o Madison Square Garden, em Nova Iorque, além de Bélgica e Canadá. A turnê originou os discos Brasil Export 73 e Festa Brasil -- ambos produzidos por Hermínio Bello de Carvalho, que ainda produziria os dois álbuns subseqüentes: Quatro paredes e Gotas d´água. Neste último a produção foi realizada em parceria com Milton Nascimento 4. Quatro anos mais tarde (1977) teve o primeiro grande momento de sucesso com as canções Começar de novo, Face a face, Jura Secreta e O que será. Esta última foi gravada pela primeira vez em 1976 e integrou a trilha sonora do longa-metragem Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto. Em agosto do mesmo ano, ao lado de Belchior, foi aclamada pela críticacarece de fontes? e esgotou os ingressos no espetáculocarece de fontes? Seis e meia, no Teatro Teatro João Caetano. De 16 de junho a 15 de setembro de 1978, o nome estava entre os dos artistas do Projeto Pixinguinha 5, e, ao lado de Sueli Costa, apresentou-se no Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Maceió, Recife e Brasília. Em 30 de dezembro de 1979, apresentou o espetáculo Pedaços (Canecão), dirigido por Flávio Rangel, que incluiu a canção Pra não dizer que não falei das flores. Gravado ao vivo e lançado em disco em 1980, sob o título Simone ao vivo (primeiro disco gravado ao vivo); Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei das flores após a liberação pela censura 6. Ao final do espetáculo Delírios e Delícias clamou pelas Diretas Já; em 1989, ao lado de Marília Pêra e Cláudia Raia, declarou e apoiou o então candidato Fernando Collor de Mello. A partir da segunda metade da década de 60(1965), em plena efervescência da contracultura e no rescaldo do pós-bossa-nova, surgiram na televisão brasileira os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record). Contemporâneos da Jovem Guarda e do Tropicalismo, os Festivais açambarcavam todos esses estilos, a bossa nova, o rock vanguardista da Jovem Guarda e o ecletismo do Tropicalistas, e ainda seria o palco de estréia de um novo e definitivo estilo, a MPB, inaugurado com a interpretação de Elis Regina, cantando Arrastão. Simone marcaria presença, em 1979, no Festival interpretando Para Lennon & McCartney (de Márcio e Lô Borges e Fernando Brant). O especial Mulher 80, da Rede Globo, exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da ampla preponderância das vozes femininas 7, com Elis Regina, Maria Bethânia, Fafá de Belém, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna, Zezé Motta, Gal Costa e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher. Em entrevista ao jornal O Pasquim 8, Elis Regina fala de Simone: (...). Elis, dessa safra toda, tem alguma que você destaque? Elis - Gosto muito da Simone. Potencialmente, vê-se nela a possibilidade de um desabrochar grande. É uma mulher bonita, seu repertório é muito bom e está muito bem assessorada pelo Flávio Rangel e pelo Nélson Ayres. Aos trinta e dois anos tornou-se a primeira cantora a lotar sozinha um estádio 9, o Maracanãzinho, em 1981; superlotou também o Mineirinho e o ginásio da Pampulhacarece de fontes?. No mesmo ano lançou Encontros e Despedidas. Em fevereiro de 1982 o espetáculo Canta Brasil levou ao estádio do Morumbi quinze a vinte mil pessoas por dia )carece de fontes? para assisti-la interpretando Milton Nascimento, Ary Barroso, Chico Buarque, Tom Jobim, Fernando Brant, Vítor Martins, Paulo César Pinheiro, Hermínio Bello de Carvalho, Isolda, Sueli Costa e Abel Silva. Em dezembro de 1983 parou a Quinta da Boa Vista onde uma multidão de mais de 150 mil pessoascarece de fontes? foram assisti-la na primeira transmissão ao vivo da história da Rede Globo para um espetáculo de final de ano. Também em 1983 dedicou o disco Delírios e Delícias a Fernanda Montenegro. A atriz retribuiu a homenagem com uma dedicatória manuscrita 10 no release do disco Desejos (1984). De cantora elitista, passaria, a partir de meados da década de 80, com a seleção de um repertório excessivamente popular, pela fase mais obscura da carreira, enfrentando o estigma da crítica especializada que desmerecia a interpretação, arranjos e compositores escolhidos -- foi a chamada fase brega 11, que de uma maneira geral marcou os anos 80 pela exacerbação aos apelos do romantismo. A despeito disso, manteve-se como grande vendedora de discos e alcançou enorme popularidade: fosse de quem fosse a composição o toque de Midas selava um sucesso atrás do outro 12. Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Simone integrou o grupo de intérpretes que viajou o país durante dois anos com o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados 13, para uma platéia de mais de 200 mil pessoas. Simone interpretou a canção Meu Namorado, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história do grande amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca D´Água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro 14. Em 1989, dez anos depois de conquistar o primeiro disco de ouro, a artista figurava entre os poucos a ainda protagonizar especiais televisivos: Simone - Especial (Rede Globo) apresentou trechos do espetáculo Sedução, em cartaz no Palace (São Paulo). Dividiu o palco na apresentação de final de ano cantando ao lado de Roberto Carlos. Participou também do especial da Rede Globo, Cazuza – Uma prova de amor, interpretando ao lado de Cazuza a canção Codinome Beija-flor. Em 1991 gravou um clipe para o programa Fantástico, idealizado pelo sociólogo Betinho, intitulado Luz do Mundo, para arrecadar fundos para a reabilitação de menores. Flávio Rangel, Jorge Fernando, José Possi Neto, Nelson Motta, Ney Matogrosso e Sandra Pêra são alguns dos nomes que assinam a direção dos espetáculos. O show Sou Eu ganhou o prêmio de melhor do ano em 1992 e originou o álbum homônimo — comemorativo dos vinte anos de carreira, que trazia regravações dos antigos sucessos entre outras canções. Em 1997 apresentou-se na casa de espetáculos carioca Metropolitan, com Brasil, O Show, dirigido por José Possi Neto, interpretando clássicos do samba (Paulinho da Viola, Adoniran Barbosa, Dorival Caymmi, Nelson Rufino, Carlinhos Santana, Elton Medeiros, Hermínio Bello de Carvalho, Toninho Geraes, David Nasser, Alcyr Pires Vermelho, George Israel, Nilo Romero, Alocin, Ary Barroso, Gonzaguinha, Mário Lago, Ataulfo Alves, Cazuza, e outros) entre outras gravações do álbum de estúdio do ano anterior, Café com leite. Em maio de 2006, num pocket show, no cenário intimista da casa Bourbon Street, Simone e a banda levaram um repertório romântico ao público que se encantou com arranjos originais, em tom jazzístico, apresentado na capital paulista, no contexto do Projeto Credicard Vozes. Outras recentes apresentações, no Peru, foi aplaudida de pé por mais de cinco minutoscarece de fontes?; em Miami, ao lado do parceiro Ivan Lins, obteve reconhecimento da crítica que considerou a apresentação uma das melhores dos últimos anos na Flóridacarece de fontes?. Repertório Na história da MPB a tradição romântica foi intensificada nos anos 80carece de fontes? e os temas de amor romântico e paixão, foram amplamente explorados por diversos cantores e compositores. Simone, que desde o início da carreira interpretou predominantemente canções românticas, figura dentre elas e é por isso elencada na categoria de cantora romântica 15. O repertório abrange mais de 350 interpretações 16, um dos mais vastos e diversificados dentre as vozes femininas 17, compondo um verdadeiro mosaico de estilos. O amor romântico ou idealizado, a paixão, (Começar de Novo, Jura Secreta, Corpo, Medo de Amar nº2, Raios de luz, Lenha), o samba (O Amanhã, Disputa de Poder, Ex-amor) e a religiosidade (Cantos de Maculelê, Reis e rainhas do Maracatu, Então é Natal, Ave Maria, Jesus Cristo) são os mais recorrentes na obra. Ao longo da infância e juventude as principais referências deste repertório romântico foram Roberto Carlos, Milton Nascimento e Maysa Matarazzo, de quem é grande fã e que grande influência exerceu na carreira, Dolores Duran, Ângela Maria e Nora Ney -- as maiores expoentes do gênero samba-canção ou fossa. O gênero, comparado ao bolero, pela exploração e exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo. O samba canção (surgido na década de 30) antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 50, em 1957), com o qual Maysa já foi identificada. Mas este último, herdeiro do jazz norte-americano, representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia. O legado de Maysa, ainda que aponte para dívidas com a bossa, é o de uma cantora mais dramática e a voz é mais arrastada do que as intérpretes da bossa e por isso aproxima-se antes do samba-canção e do bolero. O declarado gosto pessoal de Simone por boleros advém desta herança musical 18. Ao lançar o Cd Fica comigo esta noite, comentou: Bolero é bolero. Quando você tem um cara como o Luiz Conte que tem uma pegada de bolero especial, fica mais fácil. É o métier dele. Por exemplo, no show, o (Fernando) Caneca tocava guitarra, violão, viola, tudo junto. No disco, a gente tem mais tempo e pode variar mais de músicos e testar o que for melhor. No mais, eu sou a rainha do bolero. Adoro! 19. Dos álbuns gravados depois da década de 80, uma época considerada de apelo mais popularesco, destacam-se Simone Bittencourt de Oliveira (1995), que trouxe baladas entre outros clássicos e sambas de compositores consagrados; Café com leite (1996, um tributo a Martinho da Vila); Seda pura, uma incursão ao pop (2001) e Baiana da Gema, um tributo a Ivan Lins (2004) -- trabalhos referidos como um reencontro com um repertório mais seletivo e arranjos mais apurados. Dentre estes destaca-se ainda o reputado Café com Leite, no qual interpreta Martinho da Vila com maestria, calando em alto estilo a crítica especializada, que vez por outra lhe faz reservas. Reconhecido momento de excelência, vendeu mais de 600 mil cópias, classificando-se como uma de suas maiores vendagens. O cantor e compositor Caetano Veloso figura entre os admiradores públicos deste álbum: O disco da Simone com músicas do Martinho da Vila eu acho divino, divino e ninguém disse nada... Ficou, finge que não é nada. Aquilo é divino. O repertório dele fez bem a ela -- aquele disco é de eu botar em casa, sozinho de tanto que eu gostei. Ela deu clareza àquelas composições, é lindo. E foi um projeto pensado pela gravadora de uma cantora que cantaria um autor, combinado, não sei como foi, mas é lindo, é maravilhoso o resultado. E ela é uma grande cantora, muito boa, eu adoro. Uma voz muito bonita e que faz muito bem 20. Já como intérprete, Ivan Lins, Vitor Martins, Milton Nascimento, Fernando Brant, Paulo César Pinheiro, Gonzaguinha, Chico Buarque, Martinho da Vila, Fátima Guedes, João Bosco, Aldir Blanc, Isolda, Roberto Carlos, Hermínio Bello de Carvalho, Paulinho da Viola, Sueli Costa e Abel Silva são os compositores com maior número de interpretações na vozcarece de fontes?. O repertório atual inclui ainda Zélia Duncan, Cássia Eller, Adriana Calcanhotto, Aldir Blanc, Joyce, Martinho da Vila, Ivan Lins, Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. A voz Desde o primeiro LP gravado até os dias atuais o talento então descoberto é expressado pela espontaneidade, o dom natural, sem qualquer registro de passagem por escolas de música ou aulas de canto 21, tampouco utiliza a leitura de cifras como recurso de intelecção aos acordes. Marcada por um acentuado sotaque baiano, que o tempo nunca apagou, e um exclusivíssimo timbre 22 23 24 metálico de mezzo-soprano, a voz revela-se também por uma leve rouquidão com viés romântico, entrementes exaltada por um travo de emoção contida, como nos dramas românticos de Começar de novo, Jura secreta e Gota d´água. Na nomenclatura do canto o registro vocálico é de tessitura vertical mediana, contrabalançado por uma ampla horizontalidade ou versatilidade; atualmente, na maturidade, pode ser definido com o de um contralto, mais grave, que o do tenor e o do mezzo-soprano; observa-se na obra o uso do recurso do falsete, como em alguns versos do refrão de Jesus Cristo, no qual o timbre alcança um agudo para além do registro convencional. Trajetória profissional que se consolidou com um repertório eclético 25 ensejado por um alto grau de versatilidade vocal, abrangendo interpretações solo em castelhano e ao lado de nomes como Pablo Milanés, Plácido Domingo, José Carreras e Julio Iglesias. Foi por três vezes nomeada para concorrer ao Grammy Latino (em 2006, na categoria Melhor álbum de música brasileira com o Cd Baiana da Gema26). Os sucessos A presença no palco é caracterizada entre outras pelo traje branco, altura incomum e porte atlético e o gesto de abrir os braços, contemplando gestualmente algumas canções. É característica também a maneira como Simone encerra os espetáculos, distribuindo rosas brancas, para o público: As rosas são uma forma de agradecimento, é uma lembrança minha ao público. E a roupa branca já vem de muito tempo. O branco é a unificação de todas as cores e simboliza o meu mestre espiritual, que me acompanha sempre 27. A pedido, ganhou em 1978, do amigo Bituca, Milton Nascimento, a composição que se tornou então o apelido, Cigarra, do disco homônimo lançado no mesmo ano 28. O pedido por uma canção com o tema de cigarra partiu da própria cantora por ocasião de um evento ocorrido em Salvador, quando Simone afirma ter sido surpreendida por uma voz que repetiu três vezes a palavra cigarra direcionando-se a ela e de maneira inusitada. A letra faz alusão à famosa fábula de Esopo, A Cigarra e a Formiga: porque você pediu uma canção para cantar, como a cigarra arrebenta de tanta luz e enche de som o ar... porque a formiga é a melhor amiga da cigarra, raízes da mesma fábula que ela arranha, tece e espalha no ar...porque ainda é inverno em nosso coração, essa canção é para cantar como a cigarra acende o verão e ilumina o ar.. Além de Cigarra, foram consagradas na voz inúmeras canções, dentre as quais: Começar de Novo, Jura Secreta, Medo de amar no. 2, O ronco da cuíca, Face a face, Cordilheiras, Bodas de Prata, Quem é você, De frente pro crime, Fantasia, Quatro paredes, Desgosto, Mar e lua, Novo tempo, Música música, Condenados, Encontros e Despedidas, A distância, Outra vez, Danadinho danado, Canta canta minha gente, Disritmia, Sangrando, Cantos do maculelê, Louvor a Chico Mendes, Será, Sou eu, Você é real, Voltei pro morro, Samba de Orly, Reis e rainhas do maracatu, Caçador de Mim, Sob medida, Maria Maria, Iolanda, Quem te viu quem te vê, Tô que tô, Tô Voltando, Gota d'água, Me deixas louca, Vida, Pão e Poesia, O Amanhã, Pra não dizer que não falei das flores, Disputa de Poder, Uma nova mulher, O que será, Loca, Procuro Olvidarte, Raios de Luz, Tudo por amor, Tudo bem, Alma, Corpo, Amor no coração, Codinome beija-flor, Ex-amor, Um Desejo só não Basta, Amor explícito, Então é Natal, Jesus Cristo, Lenha, Separação, Pedaço de mim, Desesperar jamais, Saindo de mim, Começaria tudo outra vez, Veneziana, Idade do céu, Matriz ou filial, Cofre de seda, Muito estranho, Então me diz, É Festa, Existe um céu, e outras. Começar de Novo, do disco Pedaços (1979) 29 , foi a canção-tema do seriado Malu Mulher (Rede Globo, 1979), que abordava assuntos polêmicos na época como a emancipação feminina, divórcio, aborto e violência doméstica. A personagem Malu (Regina Duarte) foi a primeira a tomar pílula contraceptiva na TV 30. Simone foi escolhida para interpretá-la em detrimento de Maria Bethânia, cogitada também para a interpretação, mas que recusou. Na voz, a composição, que foi escrita especialmente para o seriado, por Ivan Lins e Vítor Martins, tornou-se um grande sucesso da época e um marco na história da MPB 31. Começar de Novo foi gravada também por Barbara Streisand e Sarah Vaughan 32. O produtor musical norte-americano Quincy Jones figura entre os admiradores desta interpretação da cantora. Admiração que estende ao talento, mencionando-a como "uma da maiores cantoras do mundo" 33. Parcerias Dentre as parcerias estão nomes como Milton Nascimento, Chico Buarque, Isolda, Roberto Carlos, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, João Bosco, Ivan Lins, Gal Costa, Toquinho, Cazuza, Erasmo Carlos, Gonzaguinha, Ney Matogrosso, José Luis Rodrigues, José Carreras, Plácido Domingo, Pablo Milanes, Julio Iglesias, Luís Represas, Fátima Guedes, Grupo Olodum da Bahia, Meninas Cantoras de Petrópolis, Daniela Romo, Eugênia Melo e Castro, Dulce Pontes, Hebe Camargo, Marília Gabriela, Ângela Maria, Zélia Duncan e outros. Oficialmente, a vendagem mínima dos álbuns é de 7,2 milhões de cópias; o número semi-oficial é de 15 milhões 34: vinte discos de ouro, dezesseis de platina e um de diamante. Apenas com o CD 25 de dezembro, somente com canções natalinas, ultrapassou 1,2 milhão. A reedição deste CD contou com a participação especial das Meninas Cantoras de Petrópolis, na canção Ave Maria, não constante da versão original. A versão em espanhol vendeu dois milhões de cópias. Canções que marcaram época, temas de filmes de longa-metragem, de telenovelas e seriados, além de garantir à cantora uma posição confortável nos hits de paradas das rádios, durante mais de três décadas de sucesso.> Simone /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/tim-maia titleNascido no Bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Pena 24, começou a compor melodias ainda criança e já surpreendia a numerosa família, era o penúltimo de 19 irmãos. Destacou-se pelo pioneirismo em trazer para a MPB o estilo soul de cantar. Com a voz grave e carregada, tornou-se um dos grandes nomes da música brasileira, conquistando grande vendagem e consagrando sucessos, lembrados até hoje, e que influenciaram o sobrinho, o cantor Ed Motta. Pai da soul music brasileira, Tim Maia começou na música tocando bateria num grupo Tijucanos do Ritmo, formado na Igreja dos Capuchinhos próxima a sua casa, passando logo para o violão. Em 1957, fundou o Grupo vocal Os Sputniks, do qual participaram Roberto Carlos, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington, ao contrário do que muitos pensam Erasmo Carlos nunca fez parte do grupo; Erasmo fez parte do The Snakes, grupo que acompanhava tanto Roberto quanto Tim após o fim do The Sputniks. Em 1959, foi para os Estados Unidos, onde estudou inglês e entrou em contato com a soul music, chegando a participar de um Grupo vocal, o The Ideals. No entanto 4 anos mais tarde viria a ser deportado de volta para o Brasil. Em 1969, foi chamado para gravar em dueto com Elis Regina a sua composição "These Are The Songs" no disco da cantora. Seu primeiro trabalho solo foi um compacto pela CBS em 1968, que trazia as músicas "Meu país" e "Sentimento" (ambas de sua autoria, como todas as músicas sem indicação de autor). Sua carreira no Brasil fortaleceu-se a partir de 1969, quando gravou um compacto simples pela Fermata com "These are the Songs" (regravada no ano seguinte por Elis Regina em duo com ele, e incluída no LP Em pleno verão, de Elis) e "What Do You Want to Bet". editar Anos 70 Em 1970 gravou seu primeiro LP, "Tim Maia", na Polygram, por indicação da banda "Os Mutantes", que permaneceu em primeiro lugar no Rio de Janeiro por 24 semanas. Neste disco, obteve sucesso com as faixas "Azul da cor do mar", "Coronel Antônio Bento" (Luís Wanderley e João do Vale), "Primavera" (Cassiano) e "Eu Amo Você". Até Elis Regina, reconhecendo o talento de Tim, gravou uma de suas composições em inglês, "These are the songs", no disco "Em pleno verão", de 1970. Nos três anos seguintes, pela mesma gravadora, lançou os discos Tim Maia volume II, tornando-se cada vez mais famoso com canções como a dançante "Não Quero Dinheiro (Só quero amar)", na era Disco; Tim Maia volume III e Tim Maia volume IV, no qual se destacaram "Gostava tanto de você" (Edson Trindade) e "Réu confesso". Em 1975 gravou os LPs Tim Maia racional vol. 1 e vol. 2. Em 1978 gravou para a Warner Tim Maia Disco Club, com um de seus maiores sucessos, "Sossego". Foi regravado por vários artistas, como Kid Abelha, Viper, Lulu Santos e Paralamas do Sucesso e recebeu até homenagens por parte de artistas do porte de Caetano Veloso e Jorge Ben Jor (W/Brasil). editar Fase racional (1975-1976) Na década de 70 entrou em contato com a ideologia Cultura Racional, liderada por Manuel Jacinto Coelho, um "guru" da ufologia, quando lançou, (1975), os álbuns Tim Maia Racional, volumes 1 e 2 pelo selo Seroma (palavra "amores" ao contrário e abreviação do próprio nome "Sebastião Rodrigues Maia"). São considerados por muitos os melhores de Tim Maia, com grandes influências de funk e soul e pelo fato de que nesta época Tim Maia manteve-se afastado dos vícios, o que refletiu na qualidade de sua voz. Desiludido com a ideologia, percebeu que o “mestre espiritual” Manuel não correspondeu ao ideal de um mestre. O cantor, revoltado, tirou de circulação os álbuns, tendo virado item de colecionadores, devido à raridade. Deste disco existem várias pérolas, uma das quais é Imunização Racional. Já nos anos 2000 foram descobertas novas músicas pertencentes à "fase racional", no que foi intitulado de verdadeiro "racional 3", podendo-se mencionar as faixas: "You Gotta Be Rational", "Escrituração Racional", "Brasil Racional", "Universo em Desencanto Disco", "O Grão Mestre Varonil", "Do Nada ao Tudo" e "Minha Felicidade Racional", disponibilizadas apenas na Internet. Após o término de sua fase racional, Tim voltou a seu antigo estilo de música e vida e mais sucessos se seguiram: "Sossego" (do LP "Tim Maia Disco Club", de 1978), "Descobridor dos Sete Mares" (faixa-título do LP de 1983, que também trouxe "Me Dê Motivo") e "Do Leme ao Pontal" (de "Tim Maia", 1986). editar Anos 80 Lançou em 1983 o LP "O Descobridor dos Sete Mares", com destaque para a canção-título "O Descobridor dos Sete Mares" (Michel e Gilson Mendonça) e para Música "Me dê Motivo" (Michael Sullivan/Paulo Massadas) um dos seus maiores sucessos. Em 1985, gravou Um Dia de Domingo, também de Sullivan e Massadas, num dueto com Gal Costa, obtendo grande sucesso. Outro disco importante da década de 1980 foi "Tim Maia" (1986), que trazia o hit "Do Leme ao Pontal". Artista com histórico de problemas com as gravadoras, na década de 1970 fundou seu próprio selo, primeiramente "Seroma" e depois "Vitória Regia". Por ele, lançou em 1990 "Tim Maia interpreta clássicos da bossa nova", e mais tarde "Voltou a clarear" e "Nova era glacial". Em 1988, venceu o Prêmio Sharp de música na categoria "Melhor Cantor". editar Anos 90 Descontente com as gravadoras, Tim Maia retomou a idéia da editora Seroma e da gravadora Vitória Régia Discos, pela qual passou a fazer seus lançamentos. Regravado por artistas do pop (Paralamas do Sucesso, Marisa Monte), Tim retribuiu a homenagem gravando "Como Uma Onda", de Lulu Santos e Nelson Motta, que foi grande sucesso nos anos 90, juntamente com seu álbum ao vivo, de 1992. De Jorge Ben Jor, ganharia o apelido de "o síndico do Brasil", na música "W/Brasil". Ao longo da década, Tim gravaria discos de bossa nova (um deles com Os Cariocas) e de versões clássicos do pop e do soul ("What a Wonderful World"). Em 1993, dois acontecimentos reimpulsionaram a carreira: a citação feita por Jorge Ben Jor na canção "W/Brasil" e uma regravação que fez de "Como uma onda" (Lulu Santos e Nelson Motta) para um comercial de televisão, de grande sucesso e incluída no CD "Tim Maia", do mesmo ano. Assim, aumentou muito a produtividade nesta década, gravando mais de um disco por ano com grande versatilidade: o repertório passou a abranger bossa nova, canções românticas,funks e souls. Também teve muitas composições regravadas por artistas da nova geração, como Paralamas do Sucesso, Marisa Monte e Skank. Em 1996 lançou dois CDs ao mesmo tempo: "Amigo do rei", juntamente com Os Cariocas, e "What a Wonderful World", com recriações de standards do Soul e do Pop norte-americanos dos anos de 1950 a 1970. Em 1997 lançou mais três CDs, perfazendo 32 discos em 28 anos de carreira. Nesse mesmo ano fez uma nova viagem aos Estados Unidos. editar Vida pessoal Teve graves problemas com vícios. Chegava a beber três garrafas de uísque por dia, além do uso de maconha e cocaína. Colecionou desafetos e processos trabalhistas -- de músicos contra ele e dele contra gravadoras --, além de renegar publicamente antigas amizades, ameaçar críticos e faltar a espetáculos. Exemplo disso foi o atraso de três horas para um show no clube Noites Cariocas; isto porque Tim desejou receber o cachê em espécie para cantar, e, mesmo após ter seu desejo atendido, recusou-se a pegar o bondinho por medo de altura. Passou anos sem se apresentar na Rede Globo e acusava o executivo da emissora, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, de ser o culpado pelo boicote. Outro conhecido inimigo ele denominava ETA, "Exploradores do Talento Alheio", formado por empresários e donos de casas de espetáculos. Viveu nos Estados Unidos entre 1959 e 1963, até ser preso por posse de drogas, sendo em seguida deportado. No final de sua vida sofreu com problemas relacionados a obesidade, diabetes e problemas respiratórios. Durante a gravação de um espetáculo para a TV no Teatro Municipal na cidade de Niterói, no dia 3 de março de 1998, Tim tentou cantar, mesmo sabendo de sua má condição de saúde. Não conseguiu e retirou-se sem dar explicações; terminou sendo levado para o hospital numa ambulância, vindo a falecer em 15 de Março em Niterói, após internação hospitalar devido a uma infecção generalizada. No ano seguinte, seria homenageado por vários artistas da MPB num show tributo, que se transformou em disco, especial de TV e vídeo. Em janeiro de 2001, em uma homenagem inusitada, o guitarrista Robin Finck do Guns N' Roses tocou uma versão rocker de seu sucesso Sossego, durante a apresentação da banda no Rock In Rio III. Entre tantas homenagens de qualidade já feitas a ele a mais recente foi no dia 14 de dezembro de 2007, a Rede Globo homenageou Tim no especial Por Toda a Minha Vida.> Tim Maia /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/titas titleTitãs é uma banda pop rock brasileira formada em São Paulo na década de 1980, uma das mais bem-sucedidas comercialmente e influentes no Brasil dos últimos 30 anos, ao lado de Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. Entre suas músicas mais famosas estão Sonífera Ilha, Flores, Polícia, Comida, Marvin e Epitáfio. No fim dos anos 70, em plena ditadura militar, um colégio em São Paulo se tornou um dos poucos pontos de resistência cultural. No palco do Equipe se apresentavam artistas de peso da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Clementina de Jesus e Cartola. Com essa efervescência, foi natural que os jovens com interesses artísticos acabassem se aproximando e criando espaços próprios. O evento “A Idade da Pedra Jovem”, promovido por essa turma em 1981, marcou a estréia de Sérgio Britto, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Marcelo Fromer, Nando Reis, Ciro Pessoa e Tony Bellotto num mesmo palco. Juntos, eles formavam o grupo Titãs do Iê-Iê, uma brincadeira para descontrair uma programação apresentada por gente com mais experiência do que aqueles meninos. O que era para ser apenas diversão começou a ser encarado mais seriamente no ano seguinte. A estréia oficial dos Titãs do Iê-Iê, devidamente ensaiados e com repertório próprio, aconteceria no dia 15 de outubro de 1982, no Sesc Pompéia. A essa altura, Branco Mello já havia se integrado ao grupo e André Jung, assumido a bateria, instrumento que Nando Reis tocara na “Idade da Pedra Jovem” por pura falta de opção. Com nove músicos no palco, entre eles seis vocalistas, a banda chamava a atenção.> Titas /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/tom-jobim titleAntônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. É considerado um dos maiores expoentes da música brasileira e um dos criadores do movimento da bossa nova. É praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical. Nasceu no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro e um ano depois a família mudou-se para Ipanema, onde foi criado. A ausência do pai durante a infância e adolescência lhe impôs um contido ressentimento, desenvolvendo no maestro, uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmônicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano em aulas, entre outros, com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil. Pensou em trabalhar como arquiteto e chegou a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e resolveu ser pianista. Tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco das Garrafas no início dos anos 50, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Datam dessa época as primeiras composições. A primeira canção gravada foi "Incerteza" (com Newton Mendonça), na voz de Mauricy Moura. "Tereza da Praia", parceria com Billy Blanco, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), foi o primeiro sucesso. Depois disso participou de gravações e compôs com Billy Blanco a Sinfonia do Rio de Janeiro, além de outras parcerias com a cantora e compositora Dolores Duran (Se é por Falta de Adeus, Por Causa de Você). Em 1956 musicou a peça Orfeu da Conceição com Vinícius de Moraes, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça fez bastante sucesso a canção antológica Se Todos Fossem Iguais a Você, gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. O LP Canção do Amor Demais (1958), em parceria com Vinícius, e interpretaçãoes de Elizeth Cardoso, foi acompanhado pelo violão de um baiano até então desconhecido, João Gilberto. A orquestração é considerada um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das melodias e harmonias. Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais, Chega de Saudade e Eu Não Existo sem Você. A consolidação da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações Chega de Saudade, interpretado por João Gilberto, lançado em 1959, com arranjos e direção musical de Tom, selou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali para frente. No mesmo ano foi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de Gente Moça, um disco com 12 canções de Tom, entre elas "Só em Teus Braços", "Dindi" (com Aloysio de Oliveira) e "A Felicidade" (com Vinícius). Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: "Garota de Ipanema". Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante: "Samba do Avião", "Só Danço Samba" (com Vinícius), "Ela é Carioca" (com Vinícius), "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem" (com Aloysio), "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi The Composer of 'Desafinado' Plays, de 1965), participou de espetáculos e fundou sua própria editora, a Corcovado Music. O sucesso fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês das canções de Tom ("The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars") e composições americanas, como "I Concentrate On You", de Cole Porter. No fim dos anos 60, depois de lançar o disco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento entre outras instrumentais), participou de festivais no Brasil, conquistando o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção (Rede Globo), com Sabiá, parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. Sabiá conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a interpretação diante dos constrangidos compositores. Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 70, que marcam a aliança entre sua sofisticação harmônica e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, como Elis e Tom, com Elis Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom, com Edu Lobo. Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Em 1987, lançou Passarim, obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Banda Nova. Além da faixa-título, Gabriela, Luiza, Chansong, Borzeguim e Anos Dourados (com Chico Buarque) são os destaques. Seu último álbum, Antônio Brasileiro, foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte de parada cardíaca quando estava se recuperando de um câncer de bexiga, em dezembro, nos EUA. Algumas biografias foram publicadas, entre elas Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado, de sua irmã Helena Jobim, Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia, de Sérgio Cabral, e Tons sobre Tom, de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado. O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim ', só por pressão junto ao Congresso Nacional de uma comissão de notáveis, formada por Chico Buarque, Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antônio Cândido, Antônio Houaiss e Edu Lobo, criada e pessoalmente coordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin. Composições consagradas "Chega de Saudade" (1957), o marco inicial da bossa nova "Água de Beber" "Desafinado" (1959), vencedora de três prêmios Grammy "Samba de Uma Nota Só" (1959) "A Felicidade" e "O Nosso Amor", do filme Orfeu Negro (1959) "Insensatez" (com Vinícius de Moraes) (1960) "Garota de Ipanema" (com Vinícius de Moraes) (1963) "Fotografia" (1965) "Triste" (1967) "Wave" (1967) "Águas de Março" (1970) "Luiza" "Corcovado" "Dindi" "Retrato em Branco e Preto" (com Chico Buarque) "Samba do Avião" "Anos Dourados" "Meditação" "Só Tinha de Ser com Você" (1974) "Sabiá" "Eu sei que vou te amar" "Falando de amor" "Ela é carioca" "Bebel"> Tom Jobim /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/tom-ze titleTom Zé, nome artístico de Antônio José Santana Martins (Irará, 11 de outubro de 1936) é um compositor, cantor e arranjador brasileiro. É considerado uma das figuras mais originais da música popular brasileira, tendo participado ativamente do movimento musical conhecido como Tropicália nos anos 1960 e se tornado uma voz alternativa influente no cenário musical do Brasil. A partir da década de 1990 também passou a gozar de notoriedade internacional, especialmente devido à intervenção do músico britânico David Byrne. Nascido em uma família abastada por conta de um bilhete premiado de loteria, Tom Zé passa a primeira infância no sertão baiano, depois se muda para Salvador para seguir estudos ginasiais. Mais tarde, ele afirmou que sua cidade natal era "pré-Gutenberguiana", pois sua música era transmitida por comunicação oral. Adolescente, passa a se interessar por música e estuda violão. Tem alguma experiência tocando em programas de calouros de televisão nos anos 1960, e acaba entrando para a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, que tem entre seus professores na época Ernst Widmer, Walter Smetak e o dodecafonista Hans Joachim Koellreutter. Na mesma época, se alia a Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia no espetáculo Nós, Por Exemplo nº 2, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Com o mesmo grupo, vai a São Paulo encenar Arena Canta Bahia, sob a direção de Augusto Boal, e grava o álbum definidor do movimento Tropicalista, Tropicália ou Panis et Circensis, em 1968. Em 1968, leva o primeiro lugar no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, com a canção "São, São Paulo, Meu Amor". Passou a década de 1970 e 1980 avançando ainda mais seu pop experimental em álbuns relativamente herméticos, sem atrair a atenção do grande público. No final dos anos 1980, é "descoberto" pelo músico David Byrne (ex-Talking Heads), em uma visita ao Rio de Janeiro, que lança sua obra nos Estados Unidos, para grande sucesso de crítica. Lentamente sua carreira vai se recuperando e Tom Zé passa a atrair platéias da Europa, Estados Unidos e Brasil, especialmente após o lançamento do álbum Com Defeito de Fabricação, em 1998 (eleito um dos dez melhores álbuns do ano pelo The New York Times). Tom Zé compôs, na década de 1990, música para balés do Grupo Corpo. Em 2006 foi lançado o filme Fabricando Tom Zé, um documentário de Decio Matos Jr, sobre a vida e obra do músico.> Tom Ze /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/toquinho titleToquinho nasceu em São Paulo (Brasil), no dia 6 de julho de 1946 com o nome de Antonio Pecci Filho. Quando ainda era pequeno sua mãe o chamava de "meu toquinho de gente". E o apelido Toquinho permaneceu, identificando-o depois como um dos mais expressivos artistas da música popular brasileira. Desde cedo demonstrava interesse pelo violão. Aos 14 anos já tinha aulas com seu principal mestre, Paulinho Nogueira, que o introduziu no caminho do violão que compreende a descoberta da passagem do acompanhamento para o solo. Com Edgard Gianullo, enriqueceu conhecimentos harmônicos, e aprimorou esses conhecimentos em função da amizade com Oscar Castro Neves. O estilo de Baden Powell tornou-se irresistível ao então iniciante Toquinho, que, a fim de burilar a própria personalidade como violonista, buscou em Isaias Sávio a intimidade necessária com o violão clássico. Já compositor, fez um curso de orquestração com Léo Peracchi. Das apresentações amadoras em clubes, colégios e faculdades, ainda na adolescência, chegou ao profissionalismo fazendo parte do grupo aflorado nos inigualáveis anos 60: Elis Regina, Zimbo Trio, Marcos Valle, Bossa Jazz Trio, Taiguara, Ivete, Tuca, Geraldo Cunha, Chico Buarque, entre outros. O radialista Walter Silva soube como reunir essa turma, aproveitar e expandir seus talentos em marcantes shows no palco do Teatro Paramount. Nesse palco, apenas como instrumentista e acompanhante, confirmou-se a carreira profissional de Toquinho, lastreada rapidamente por outros palcos em montagens musicais, tais como: "Na Onda do Balanço" (Teatro Maria Della Costa, 1964), ao lado de Taiguara, do flautista Thommas Lee e do Manfred Fest Trio; "Liberdade, Liberdade" (Teatro Maria Della Costa, 1965), com Paulo Autran, Theresa Raquel, Oduvaldo Viana Filho e Cláudia, sob a direção musical de Toquinho; e "Esse Mundo é Meu" (1965), que incluia Sérgio Ricardo, Toquinho e Manini, microrevista musical estreada na boate Ela, Cravo e Canela, transferida depois para o Teatro de Arena. Toquinho cultiva até hoje com Chico Buarque uma forte amizade iniciada aos 17 anos, época em que compuseram juntos a canção "Lua cheia", a primeira melodia de Toquinho a receber uma letra, e que se constituiria, em 1967, na sua primeira canção gravada em disco, no LP da RGE, Chico Buarque de Holanda – Volume 2. No ano de 1966 experimentaria a emoção de ter seu primeiro LP gravado pela Fermata, um LP instrumental: O Violão do Toquinho. Assina contrato com a Excelsior para o programa "Ensaio Geral", comandado por Gilberto Gil, e depois participa dos grandes musicais da TV Record e de seus importantes Festivais da Canção Popular. Em 1968, compôs com Paulo Vanzolini a canção "Na boca da noite", que, interpretada por Ivete e o conjunto vocal Canto 4, ficou em 8º lugar na fase nacional do 3º Festival Internacional da Canção Popular. Em maio de 1969 Toquinho viaja para a Itália e acaba permanecendo por mais de 6 meses ao lado do amigo Chico Buarque. Ao longo desse período, entre tantas apresentações nos mais inusitados locais da península, desde castelos medievais até cantinas suburbanas, conseguem realizar uma temporada de 45 shows por toda a Itália. Faziam a 2ª parte de um espetáculo que tinha como estrela principal a famosa Josephine Baker. Regressando ao Brasil, gravou, no início de 1970, seu 2º LP pela RGE, no qual consta seu primeiro grande sucesso, de parceria com Jorge BenJor: "Que maravilha". Durante sua permanência na Itália, em 1969, Toquinho deixara a qualidade de seu violão registrada no LP La Vita, Amico, É LArte DellIncontro, com a participação do poeta italiano Giuseppe Ungaretti dizendo poesias e de Sergio Endrigo cantando músicas de Vinícius de Moraes, tudo em italiano, numa homenagem ao grande poeta brasileiro. Nesse disco, o violão de Toquinho faz um alinhavo musical entre as poesias e as músicas. Pois foi baseado nesse trabalho do violonista que Vinícius de Moraes lhe convidou, em junho de 1970, para acompanhá-lo, ao lado de Maria Creuza, numa série de shows na boate La Fusa, em Buenos Aires. Esse encontro profissional entre Vinícius de Moraes e Toquinho se alastraria por 11 anos de uma parceria que encantou o Brasil e o mundo com uma constante produtividade nos mais variados sentidos da música: criaram cerca de 120 canções, gravaram em torno de 25 LPs no Brasil e no exterior, atuaram em mais de 1.000 shows por palcos brasileiros, europeus e latino-americanos. Inauguraram, a partir de 1971, os Circuitos Universitários, apresentando-se em Universidades do norte ao sul do país, e foram os primeiros a produzir trilhas sonoras para novelas de TV. Momentos dignificantes dessa parceria Toquinho/Vinícius: o LP RGE La Voglia, La Pazzia, LIncoscenza, LAllegria, de 1976, gravado na Itália com a participação de Ornella Vanoni; o show do Canecão, no Rio de Janeiro, em 1977, com Tom Jobim, Vinicius, Toquinho e Miúcha, espetáculo que mantém, até hoje, os recordes de público e de duração (7 meses) naquela casa; e o show "Dez Anos de Toquinho e Vinicius", em 1979. À margem de sua parceria com Vinicius de Moraes, cultivou Toquinho outros parceiros musicais. Musicou com Gianfrancesco Guarnieri "Castro Alves Pede Passagem", em 1971 e "Um Grito Parado No Ar" e "Botequim", em 1973. As músicas dessas três peças foram condensadas no LP RGE, Botequim, lançado em 1973. Em 1974, lança no Brasil o disco RGE Toquinho na boca da noite, e, em 1976, grava na Itália, pela Cetra, um disco de solos de violão: Toquinho - Il Brasile nella chitarra. Os anos de 1977 e 1978 foram marcados por dois LPs da Philips: Toquinho Tocando, instrumental, e Toquinho Cantando, tendo como parceiros, neste último, Carlinhos Vergueiro e Belchior. Em 1979, para comemorar os dez anos de parceria com Vinícius, em função do show que faziam, foi lançado o disco Philips Dez Anos de Toquinho e Vinícius. Em 1980, Toquinho, Francis Hime e Maria Creuza excursionaram pelo Brasil, em mais de 90 apresentações. No final desse mesmo ano, Toquinho apresentou-se em Buenos Aires e em várias cidades da Argentina, além de lançar aquele que viria a ser seu último disco com Vinicius: Um Pouco de Ilusão, pela Ariola. Em 1981, junto com a cantora Jane Duboc, participou da temporada de inverno da Itália, em Roma, Milão, Firenze e Turim. No mesmo ano, participou do Festival de Montreux, seguindo dali para a temporada de verão na França, onde se apresentou no Olimpia. Ainda em 1981, rodou pelo Brasil ao lado de Jane Duboc com o show Doce Vida, e lançou o disco com o mesmo nome, pela Ariola. No começo de 1982, Toquinho cumpriu várias apresentações em Bogotá e Cali, na Colômbia, e, no segundo semestre, foi para a Itália para uma série de shows. No mesmo ano, Maurizio Fabrizio, compositor italiano, veio para o Brasil e ficou duas semanas compondo com Toquinho algumas das músicas do LP Acquarello, da etiqueta Maracanã, lançado em San Remo, e que deu a Toquinho um Disco de Ouro, tornando-o o único artista brasileiro a conseguir tal feito no exterior. Ainda em 1982 voltou a se apresentar no Festival de Montreux ao lado de outros artistas brasileiros. Em 1983, gravou no Brasil o LP Aquarela, pela Ariola, o 35º disco de sua carreira, e que mostra seu relacionamento descontraído com a música e a fonte de sua arte: o violão. Ainda nesse mesmo ano, conduz o espetáculo "Canta Brasil" no Teatro Sistina, de Roma, mostrando, numa síntese, a história da música popular brasileira, contando com a participação de músicos de primeira grandeza, como Branca de Neve, Papete, o velho Marçal da Portela, Mutinho, Luizão, Rafael Rabello, Luciana Rabello, Dominguinhos e um coro formado pelas vozes de Guadalupe, Silvia Maria, Bel e Eliana Estevão. Ainda em 1983, conclui com o baterista Mutinho um novo trabalho dedicado às crianças: o LP Philips Casa de Brinquedos. 1984 é o ano de Sonho Dourado, disco produzido pela Barclay e show do mesmo nome, em que Toquinho aparece solidificando ainda mais sua carreira solo. Em 1985, Toquinho cria o LP A Luz do Solo, da gravadora Barclay, um trabalho essencialmente instrumental, e se apresenta sozinho, ele e violão, tocando, inclusive, músicas dos The Beatles. Em 1986, lança o LP Coisas do Coração, também pela Barclay, e atua na Itália, Colômbia, Córsega e Japão, onde faz várias apresentações ao lado do saxofonista japonês Sadao Watanabe. Nesse mesmo ano produz em parceria com Elifas Andreato 10 músicas retratando a Declaração Universal dos Direitos da Criança, lançadas no LP Philips Canção de Todas as Crianças. Em 1987 retorna ao Japão para uma série de shows em Osaka, Kobe, Kyoto e Tóquio. Apresenta-se no "Bravas Club Festival", promovido por Watanabe, ao lado de nomes como Vicktor Lazio, The Andy Narell Group, Bill Brufford Quartet, Working Week, Pierre Borrough, Karizana, Jeff Lorber Group, Nick Plyntas, Yellowjackets. Lança o LP Vamos Juntos, gravado durante os shows no Bravas Club, com participação de Sadao Watanabe. Excursiona 20 dias pela Espanha tocando em Madrid, Barcelona, Aviles, Saragoza, Pamplona e outras cidades. Grava uma versão de "Aquarela" para o espanhol em dueto com a grande cantora mexicana Guadalupe. Ainda em 1987, vai três vezes para o Chile, apresentando-se em Santiago e Viña de Mar. Um dos shows é transmitido pela Rede Nacional de TV do Chile para toda a América Latina durante o concurso de Miss Chile. Em 1988 excursiona por todo o Brasil e faz uma temporada no 150 Night Club do Maksoud Plaza com o show "In Concert". Faz shows em Quito, Santiago e Caracas. Com o show "Made in Coração" apresenta-se em circuito nacional, com destaque para uma temporada de duas semanas no Palace, em São Paulo. Inicia o ano de 1989 com uma apresentação solo a bordo do navio Eugênio C. Em seguida se apresenta em diversas capitais do Brasil e em Porto Rico, no Caribe. Em julho viaja para o Japão, atuando em Kyoto, Tóquio e grava um especial para a TV japonesa Fuji. Ainda no final de julho embarca para a Europa, realizando shows em Barcelona, Sevilla e Córdoba, na Espanha. Em Paris, apresenta-se na comemoração do bicentenário da Revolução Francesa. Agosto de 1990 é o mês do lançamento do 42º LP de sua carreira: ÀSombra de um Jatobá, da BMG-Ariola. Nesse disco Toquinho mescla vários estilos musicais, de baladas à Steve Wonder até o samba rasgado à Clara Nunes. Conta com participações especiais de Fagner e Eliana Estevão. Ainda em 1990 excursiona por todo o Brasil e retorna à Itália para mais uma temporada de sucesso. Inicia 1991 com um novo giro pela Itália. No Brasil, realiza uma temporada de 5 semanas no Palladium/SP, além de diversas apresentações pelo país. No final deste mesmo ano, lança na Itália o LP O Viajante do Sonho, pela BMG-Ariola. Em 1992 lança o LP O Viajante do Sonho na Espanha, em toda a América Latina e no Brasil. Realiza ainda vários shows pelo Brasil, em especial uma turnê por ocasião do lançamento da Fórmula Shell. Viaja também para o Chile, onde retoma um trabalho iniciado naquele país há 8 anos. Em 1993, a BMG-Ariola produziu para o mercado italiano uma coletânea organizada pelo próprio Toquinho e o diretor da Editora RCA, Angelo Franchi, em CD e dois cassetes, incluindo 20 gravações representativas da carreira de Toquinho. Nesse mesmo ano, excursiona pela Itália, Espanha e principais capitais do Brasil com o espetáculo "Toquinho, Voz e Violão". Em 1994, com esse mesmo espetáculo, retoma o contato com vários países da América Latina. Promove o show de lançamento do novo automóvel Gol, em Munique, Alemanha, junto com Ornella Vanoni. Também apresenta-se no Colony Theater, em Miami, com o show "O Viajante do Sonho". Lança o CD Toquinho - 30 Anos de Música, pela BMG-Ariola. Em 1995, grava fita de vídeo para o mercado japonês com músicas de bossa-nova, com a participação de Tom Jobim, João Gilberto, Gal Costa, Carlos Lyra, entre outros. Apresenta-se ao lado de Sadao Watanabe no show "100 Anos de Amizade Brasil-Japão", no Palace e no Metropolitan. Participa do "Umbria Jazz-Festival", em Milão, Itália, junto com Gilberto Gil. Lança no Tom Brasil, em São Paulo, o show "Toquinho - 30 Anos de Música", com direção de Fernando Faro. Em fins de 1995, apresenta o especial com o mesmo nome na TV Manchete, com participação de Chico Buarque, Gilberto Gil, Jorge BenJor, Lucio Dalla e Quarteto em Cy. Em 1996 faz uma temporada com grande sucesso do show "Toquinho - 30 Anos de Música", no Palladium. Ganha dois prêmios Apetesp de Teatro nas categorias de melhor música composta e melhor trilha sonora para teatro infantil pela peça "Casa de Brinquedos". Em junho desse mesmo ano sente a emoção de folhear toda essa carreira no livro "Toquinho - 30 Anos de Música", escrito por seu irmão, João Carlos Pecci, e editado pela editora Maltese. Enquanto isso, desenvolve seu livro de canções interativo em CD-Rom e prepara-se para nova excursão pela Europa. Trabalha também no relançamento em CD do disco Canção de Todas as Crianças, agora com a participação de vários convidados, entre os quais, Elba Ramalho, MPB-4, Belchior e Chitãozinho & Chororó, pela gravadora Movieplay. Segue em negociação o novo CD com arranjos de Bacalov. No decorrer dos anos de 1998 e 1999, Toquinho apresentou-se na Espanha e em Portugal, tendo participado também do primeiro Festival Latino Americano, na Itália, com shows em Milão, Verona e outras cidades italianas, de norte a sul, cantando e tocando para mais de cinqüenta mil pessoas. Em fevereiro de 1999, foi convidado pela RAI UNO (TV italiana) para fazer parte do júri do Festival de San Remo ao lado do tenor José Carreras, do maestro Ennio Morricone e do famoso ator cômico Carlos Verdone. Em agosto, depois de muitos anos, Toquinho sentiu a emoção de tocar e cantar outra vez com Ornella Vanoni na maravilhosa “cornice” de Positano, perto de Napoli, na Costa Amalfitana. Numa noite memorável, com o palco armado praticamente sobre o mar, acompanhados apenas pelo violão, Toquinho e Ornella transformaram sua apresentação numa obra única, sendo aplaudidos por mais de dez minutos seguidos. Fechando esse ciclo de atividades por cidades italianas no ano de 1999, Toquinho foi um dos protagonistas do espetáculo realizado em Bari, sul da Itália, na noite de 31 de dezembro, réveillon marcado por um fato fora do comum: a neve caía sobre a região após cinqüenta anos de ausência, em meio a um frio de congelar o sangue. Mesmo assim, as pessoas dançavam cantando músicas brasileiras sob o comando de Toquinho. No Brasil, os anos finais do século passado destinaram a Toquinho realizações artísticas que sintetizaram homenagens, recordações, reencontros e novas parcerias. Vinícius de Moraes parecia estar vivo no palco do Metropolitan, no Rio de Janeiro, ao lado de Miúcha, Baden Powell, Carlos Lyra e Toquinho durante o espetáculo Vivendo Vinicius. Sob a direção de Miéle, o roteiro do show pontificava a forte sensação da presença do Poeta alinhavando momentos inesquecíveis com seus principais parceiros, três dos quais estavam lá, e Miúcha, uma espécie de porta-voz de Tom Jobim. O espetáculo ficou registrado ao vivo em dois CDs produzidos pela BMG, imortalizando interpretações individuais e em duo, como Toquinho e Lyra, Toquinho e Miúcha, Lyra e Miúcha, Baden e Miúcha, e Toquinho e Baden no solo primoroso de “Tua imagem”, de Canhoto da Paraíba, que os dois executaram juntos. Em 2001, a Kau Laser/Biscoito Fino produziu e a Sony distribuiu o DVD da “biografia musical” de Toquinho, intitulado simplesmente Toquinho, contendo músicas e depoimentos, com participações especiais de Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Chico Buarque, Quarteto em Cy e Paulinho Nogueira, que teve mais de vinte e cinco mil cópias vendidas, resultando daí o DVD de Ouro. Ainda em 2001, houve o lançamento feito pela Tom Brasil de três volumes da coleção Toquinho e Orquestra. Cada volume compreende um CD com músicas pinçadas do repertório de Toquinho abrangendo um tema diferente. Volume I, Mulher, Amor e Romantismo – 12 faixas; Volume II, Homenagens – 11 faixas; Volume III, Filosofia de Vida – 11 faixas. O lançamento de coletâneas se sucedem no transcorrer da carreira de Toquinho. Em 2002 a Seleções Reader’s Digest lançou a coleção Toquinho, Amigos e Canções, compreendendo cinco CDs que registram setenta músicas das mais representativas da trajetória musical do artista. Dando uma trégua às coletâneas, o ano de 2003 assinala o surgimento, após oito anos, de um novo CD de carreira de Toquinho, com músicas inéditas. Destacam-se desse trabalho, lançamento da Movieplay, a canção que dá título ao CD, “Só tenho tempo pra ser feliz”, e os sambas “Caso encerrado”, parceria com Paulinho da Viola, e “Esquece”, só de Toquinho. Porém, a verdadeira obra-prima do disco conta com a colaboração de Mutinho, o parceiro dos temas familiares, e traduz momentos de profundo carinho, amor e dedicação vividos por Toquinho, que representam todo fascínio que só uma filha é capaz de exercer sobre um pai: “Canção pra Jade”. Entendendo a arte como essência da vida, de padrinho musical Toquinho transformou-se em parceiro do Projeto Guri, tendo gravado em 2002 o CD Herdeiros do futuro com treze canções de seu repertório que revelam o mistério, a fantasia e as descobertas do universo infantil, contando, em cada faixa do disco, com a participação de jovens integrantes das orquestras formadas nas unidades de Indaiatuba e Mazzaropi e mais vinte componentes do Coral de Osasco. Esse CD foi lançado em dezembro de 2002, num emocionante espetáculo realizado na Sala São Paulo. Sem dúvida, uma homenagem aos que acreditam na transformação pela arte e sonham com um mundo melhor. Em novembro de 2003, o clipe animado “Aquarela” conquistou o “Liv Ullmann Peace Prize”, prêmio concedido pelo juri do Chicago International Children’s Film Festival, o maior e mais antigo festival de filmes infantis do mundo, cujo critério é conceder o primeiro lugar ao filme que traduz de forma mais sensível o desejo de paz e harmonia entre as crianças. Além desse prêmio, o clipe “Aquarela” alcançou o segundo lugar na categoria animação infantil do Anima Mundi 2003. Por sua vez “A Casa” foi escolhida a melhor trilha sonora do Anima Mundi 2004, e “O Pato” obteve o segundo lugar na categoria animação brasileira no mesmo festival. Aqueles que acompanham Toquinho nessa sua viagem musical ao mundo infantil, puderam, a partir do ano de 2005, expandir essa deliciosa sensação com o Box Toquinho no Mundo da Criança, lançamento de Circuito Musical e Mundo da Criança, distribuído pela Universal Music. Trata-se de uma composição 3 em 1, até agora inédita no mercado nacional, reunindo um DVD, um CD de áudio e uma faixa interativa com horas de conteúdo para crianças. Em 2004, Toquinho voltou ao Canecão com o show “Só tenho tempo para ser feliz”, contando com uma convidada especial; Badi Assad. Desse espetáculo originou-se o DVD “Só tenho tempo para ser feliz”, lançado pela Biscoito Fino, que contou com as participações especiais de Yamandu, Leo Gandelman, Carlos Lyra e Carlinhos Vergueiro, além da própria Badi. Em julho de 2004 participou do espetáculo realizado na Piazza di Siena, em Roma, com direção de Sergio Bardotti. O título do show: “Siamo tutti brasiliani” (Somos todos brasileiros”), promovendo o encontro inédito de grandes artistas brasileiros: Gilberto Gil, Toquinho, Jorge BenJor, Gal Costa, a italiana Fiorella Mannoia e a bateria da escola de samba Mangueira. Em agosto de 2004, Toquinho iniciava a comemoração de seus 40 anos de carreira com um espetáculo ao mesmo tempo grandioso e intimista, apoiado por 17 músicos excepcionais. O ano de 2004 assinala também na carreira de Toquinho a consecução de um projeto grandioso intitulado “A Bossa Nova não tem tempo nem idade”, idéia do produtor italiano Raimondo Moretti, incluindo três modalidades de trabalho: um CD duplo contendo 30 das mais representativas canções que caracterizam a Bossa Nova; um DVD com músicas e depoimentos de artistas que participaram do movimento; e um livro, escrito por João Carlos Pecci, narrando as fases mais importantes da Bossa Nova. Todo esse pacote musical começou a ser apresentado na Itália, com o CD, distribuído ela Universal Itália, e o DVD, pela Hobby & Work, no final de 2004. Por conta desse lançamento, Toquinho realizou dez shows por várias cidades italianas. No ano de 2005, o Projeto Bossa Nova foi lançado no Brasil, no Japão, na França e em Miami, através da distribuição da Emi Music Brasil. Um outro projeto musical foi concluído por Toquinho no primeiro semestre de 2005, intitulado “Passatempo”, produzido pela empresária Lilia Cabral. Apaixonada por música, entre outros projetos culturais que apoiou, Lilia abraçou com entusiasmo a proposta da Circuito Musical de registrar em CD as primeiras referências e emoções musicais que Toquinho ouvia em sua infância e que até hoje cantarola e toca entre amigos. Esse CD, veiculado antes em circuito restrito, foi lançado no ano de 2006 juntamente com um DVD: uma visita aos velhos tempos, com imagens da infância do artista, trechos de gravações antigas interligando-se com fonogramas atuais. Uma das atividades mais prazerosas de Toquinho é aquela praticada nos palcos, quando se apresenta só com seu violão ou acompanhado de sua banda. Dentre os muitos shows realizados no Brasil, em 2006, destacam-se alguns: o que reuniu Arthur Moreira Lima e Miúcha, em Vitória, no Espírito Santo; aquele apresentado para as crianças da Fundação Bradesco; e os que marcaram duas reinaugurações de teatros: do Teatro Paiol, em Curitiba – famoso pelos seus shows com Vinicius e Marília Medalha, em 1971; e do Teatro Coliseu, de Santos. Por outro lado, já se tornaram rotineiras as apresentações anuais de Toquinho pela América do Sul e pela Europa. No Chile, em janeiro de 2006, realizou concertos acompanhado de sua banda em Viña del Mar, Pucón, Puerto Varas e La Serena. E, em novembro, esteve com o Zimbo Trio no Teatro Nacional de Santiago, com grande sucesso. Nesse mesmo ano, nos meses de junho e julho, acompanhado de Silvia Goes (piano), Ivâni Sabino (baixo), Pepa D’Elia (bateria) e Vanda Breder (vocal), Toquinho iniciou suas apresentações nas Ilhas Canárias, passando por Las Palmas e Tenerife, partindo depois para a Espanha, apresentando-se em Palma de Mallorca, San Javier, Madri, Málaga, Valência, Córdoba, Barcelona e Vigo. Na seqüência, viajou para a Itália, apresentando-se em Chieti , Ferrara, Limena, Mascalucia, Milazzo, Bisceglie e Lamezia. “Toquinho encara a música, a profissão, as relações, os conflitos, a vida enfim, com uma disposição jovial e um frescor que talvez só os poetas consigam ter. Ele mantém viva e ativa a capacidade de encantar-se”. Esse é um trecho do texto de apresentação do CD instrumental A vida tem sempre razão – Tributo a Toquinho, lançado pela Circuito Musical em 2006. Uma autêntica homenagem por parte de seus músicos mais freqüentes - Silvia Góes, (piano), Ivani (baixo) e Pepa (bateria) - resultado da amizade entre eles e Toquinho, retratando em 12 faixas um apanhado dos grandes sucessos do violonista em arranjos geniais e resultados harmônicos especiais. Há, também, uma música de Silvia Goes composta especialmente para este CD (“Seu Antonio”). Esse CD vai muito além do merecido tributo a Toquinho. Pelas músicas contidas nele, consagrados sucessos de várias fases do artista, e pela forma de sua execução, ele é uma linda homenagem à delicadeza, evidenciada pela simplicidade extraída das teclas, das cordas e das baquetas, a harmonizar acordes suaves que contagiam e emocionam, tanto mais se se dispuser de um silêncio oportuno ao ouvi-los, expressão rítmica da intensa amizade que liga os três músicos ao grande compositor. A intenção desse CD é lançar uma nova luz sobre a obra de Toquinho. Há músicas conhecidíssimas, outras que podem estar em algum lugar na memória do ouvinte e outras ainda de que só o fã mais dedicado se lembra. Há também uma inédita, dedicada a ele, que pode vir a ganhar uma letra sua... Eis a relação das músicas: “A bênção, Bahia” (Toquinho/Vinicius de Moraes); “Aquarela” (Toquinho/Maurizio Fabrizio/Guido Morra/Vinicius de Moraes); “Menininha” (Toquinho/Vinicius de Moraes); “Seu Antonio” (Silvia Goes); “Tarde em Itapuã” (Toquinho/Vinicius de Moraes); “Sei lá”(Toquinho/Vinicius de Moraes); “Morena flor”/ “Tatamirô”/ “Canto de Oxum”/ “Meu Pai Oxalá” (Toquinho/Vinicius de Moraes); “O filho que eu quero ter” (Toquinho/Vinicius de Moraes); “Caso encerrado” (Toquinho/Paulinho da Viola); “Mais um adeus” (Toquinho/Vinicius de Moraes); “Pindorama Brasil” (Toquinho/Paulo César Pinheiro); “Como dizia o poeta”(Toquinho/Vinicius de Moraes/Albinoni)/ “Meu pranto rolou” (Raul Sampaio/Benil Santos/Ivo Santos)/ “Para viver um grande amor”/ “Regra três” (Toquinho/Vinicius de Moraes); e “Samba de Orly” (Toquinho/Chico Buarque/Vinicius de Moraes). Em 2007, foram cerca de 120 shows pelo Brasil, além de Bogotá, Buenos Aires e Montevidéu, e das tradicionais excursões pela Espanha e Itália. Muitos shows com orquestras (Arte Viva, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, Orquestra Sinfônica Heliópolis, Orquestra Sinfônica de Mogi Mirim), novos formatos de show – com Zimbo Trio, com Leila Pinheiro, com Trovadores Urbanos – e reencontros artísticos – com Jane Duboc, com Maria Creuza – marcaram este período. O ano de 2007 marcou também pelas novas parcerias de Toquinho com o escritor chileno Antonio Skármeta, grande escritor e poeta chilenoautor do livro “El cartero de Neruda”, que inspirou o roteiro do filme “O carteiro e o poeta”. Estas parcerias, fruto de vários encontros do violonista com o escritor ao longo de dois anos, irão se transformar em CD, cujos arranjos serão entregues ao competente maestro Gilson Peranzzetta. Outra nova parceria de Toquinho foi a música “Cosmonauta musical”, feita com o baixista, compositor e intérprete Kabelo, que trabalhou como roadie em sua banda por mais de 10 anos. Nesta música, ambos se homenageiam em versos, resultando uma canção bem-humorada e com muito balanço, gravada pelos dois no CD de Kabelo, Linguicity, lançado em abril de 2009. A afinidade entre eles resultou em dois shows marcantes: um no SESC Santana, dia 19 de setembro de 2007, dia em que tocaram pela primeira vez a parceria, e outro no SESC Pompéia, dias 14 e 15 de fevereiro de 2009, com a presença sempre brilhante da violonista e cantora Badi Assad. A excursão de Toquinho pela Espanha em 2007 foi, novamente, coroada de êxito. Com sua banda (Silvia Goes, piano; Ivâni Sabino, baixo; Eduardo Ribeiro, bateria, e Vanda Breder, vocal), além da participação da bailarina Adriana Telg, Toquinho percorreu praticamente todo o território espanhol, com shows em Valladolid , Barcelona, Girona, Aldaia, Castellón, La Coruña, Ourense e Jerez de la Frontera. A turnê italiana de 2007 não poderia faltar. Com o apoio vocal de Naíma (cantora que já havia participado com Toquinho de uma faixa do CD Passatempo, de 2005) e instrumental de Silvia Goes (teclado), Ivâni Sabino (baixo) e Eduardo Ribeiro (bateria), Toquinho fez nove shows no país que o acolhe a cada ano com muito entusiasmo, apresentando-se em Catania, Ragusa, Palermo, Roma, Milano, Paestum, Brindisi, Napoli e Benevento. Em 2007, Toquinho e MPB-4 começaram “por acaso” uma parceria de shows muito bem sucedida, iniciando com um espetáculo de três dias no Canecão, em 6, 7 e 8 de julho. a associação entre o violonista e o grupo vocal virou uma fórmula de sucesso que empolgava pela simplicidade do formato – eram apenas os cinco no palco – e pela qualidade do repertório. Depois do Rio, foram shows em São Paulo e por várias cidades de outros estados. Toquinho e MPB-4 surgiram no cenário musical por ocasião dos memoráveis festivais da década de 1960 e consolidaram suas carreiras ao longo de mais de 40 anos. Toquinho, multiplicando sucessos criados em parceria sempre com talentosos e renomados letristas e esbanjando virtuosismo na execução de seu violão. E o MPB4, composto por Magro, Aquiles, Miltinho e Dalmo, revelando-se cada vez mais um conjunto vocal preciso, correto, absolutamente atrelado ao cancioneiro nacional, intercalando grandes clássicos numa das mais expressivas discografias da MPB em termos de melodia, harmonia, arranjos vocais e letras. O espetáculo é uma síntese da trajetória desses artistas, interpretando canções que o público aprendeu a gostar e a cantar junto. Ressaltando homenagens a Vinícius de Moraes, principal parceiro de Toquinho durante 10 anos; e a Chico Buarque, que já chegou a considerar-se o “MPB-5”, pois o grupo foi seu acompanhante oficial durante uma década, gravando mais de 30 canções suas em todos esses anos. Em 2008, a parceria prosseguiu, com shows por todo o Brasil, agradando cada vez mais ao público, com enorme sucesso. A fórmula estava emplacando e a chance de gravarem um trabalho juntos virou realidade. Com o interesse da gravadora Biscoito Fino, e a produção executiva da Circuito Musical, foram realizados no Teatro FECAP, em São Paulo, os shows que geraram a gravação do CD e do DVD ao vivo Toquinho e MPB-4 – 40 Anos de Música. O CD, lançado em dezembro de 2008, tem uma característica interessante: mostra o show do ponto de vista musical, não-linear, com cortes transversais no repertório, privilegiando a diversificação do material sonoro.> Toquinho /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/tunai titleCantor. Compositor. Neto de árabes. Filho de Daniel Mucci e Maria Auxiliadora de Freitas Mucci. Com a mãe (Dona Lilá) - criadora e participante de um grupo de seresta, onde toca violino e mantém um coral de 40 vozes, juntamente com a filha (Auxiliadora) -, aprendeu as primeiras noções de música. A irmã foi crooner no clube de Ponte Nova. Irmão do também cantor e compositor João Bosco. Aos 11 anos, chamou atenção em um festival da Escola Nossa Senhora das Dores, cantando bossa nova. Antes de ir para Ouro Preto-MG (1968) estudar no Escola Técnica Federal (Metalurgia) e depois na Escola de Minas (Engenharia) Tunai participou de mais dois festivais, um em Ouro Preto e outro em Ponte Nova, ganhando o 1º lugar com uma toada em parceria com Tim, seu conterrâneo poeta e as participações de Margareth, sua irmã caçula cantando, de João Bosco e seu quarteto de Ouro Preto (Paulinho, Zé Andrade e Nilberto, assim como o João, todos estudantes de Engenharia) e Tunai no baixo, instrumento que adotou quando tocava no "Mafra Filho e seu Conjunto" que animava as domingueiras dançantes no Pontenovense Futebol Clube, substituíndo o então baixista titular, Jair, que trabalhava no Banco do Brasil e fora transferido da cidade. "Nunca mais me esqueci do case preto com forração na cor azul cintilante de um veludo macio e cheiroso, guardando o Giannini vermelho e branco (as cores do clube) um lindo baixo elétrico que o PFC comprou, exigência minha, pois não conseguia nem segurar direito o baixo acústico do Jair (muito maior do que eu), ainda mais tocar..." Do Mafra Filho cujo repertório era Bossa Nova, Jazz, Foxtrote, Bolero, Samba etc, naquela formação clássica com Zeli Mafra no Sax e Flauta, Baixo, Bateria (Edinho, que mais tarde viria substituir Lalinho-maravilhoso guitarrista e seu irmão Toninho Vermelhão assumindo a bateria), trumpete (Afrânio), percussão e um crooner negro, elegantíssimo no seu smoking bicolor, gumex no cabelo, cantando muito e ainda por cima chegava no clube numa Harley Davidson, nasceu o JBS (Jovem Brasa), com muito Beatles, Rolling Stones, sucessos da Jovem Guarda, muito Rock e Blues (The Animals) onde a banda se apresentava nos clubes da cidade e boa parte da Zona da Mata, onde normalmente as viagens eram de Trem. Tunai no baixo, Edinho na guitarra, Toninho Vermelhão na bateria (ótimo goleiro também), Tché Tché na percussão e Afrânio Pé Duro na segunda guitarra, era assim. Em 1977, João Bosco o apresentou ao letrista Sergio Natureza, com quem viria mais tarde a produzir boa parte de sua obra e seus maiores sucessos. Estreou em 1978, quando Fafá de Belém interpretou "Se eu disser", composição sua com Sergio Natureza. No ano seguinte, Elis Regina registrou, de sua autoria, "As aparências enganam", parceria com Sergio Natureza, no elepê Elis - essa mulher. Tunai gravaria ainda em 1980, pela PolyGram, um compacto simples, produzido por Octávio Burnier, com as músicas "As aparências enganam" e "Trovoada", ambas em parceria com Sergio Natureza. Ainda em 1980 Elis Regina incluiria no disco Saudades do Brasil outra música sua: "Agora tá" (c/ Sergio Natureza). Em 1981, Tunai lançou em compacto simples a música "Adeus à dor", em parceria com Sergio Natureza e gravou seu primeiro elepê, Todos os tons, pela PolyGram. Neste mesmo ano, César Carmago Mariano ganhou o prêmio de melhor arranjo no Festival da Rede Globo, com a música "Adeus à dor" (Tunai e Sergio Natureza). Em1982, Jane Duboc obteve o 3° lugar no Festival MPB Shell da Rede Globo com a música "Doce mistério", outra parceria com Sergio Natureza. No ano seguinte, Tunai gravou o disco Olhos do coração, pela PolyGram. Em 1984, a música "Depois das dez" (c/ Sergio Natureza) foi incluída no disco Delírios e delícias, da cantora Simone. Nesse mesmo ano, Gal Costa gravou duas composições de sua autoria: "Olhos do coração" (c/ Sergio Natureza) e "Eternamente" (c/ Liliane e Sergio Natureza), esta última incluída como tema de novela da Rede Globo, tema de caso especial e ainda na peça "De braços abertos", estrelada por Irene Ravache e Juca de Oliveira. Ainda nesse ano, lançou pela gravadora Barclay-Ariola o disco Em cartaz, com destaque para a música "Frisson" (c/ Sergio Natureza), que ficou conhecida como "A melô do anjo que caiu do céu", incluída como tema da novela "Suave veneno", da Rede Globo. Entre 1985 e 1994, fez vários shows em teatros de todo o Brasil e lançou diversos discos: Sintonia (PolyGram - 1985), Sobrou pra mim (Eldorado - 1988) e Dom (Caju Music - 1994). Todos com sucessos amplamente divulgados em várias emissoras de rádio e incluídos em trilhas de novelas e casos especiais, como "Sintonia" (novela "Tititi" da Rede Globo), "Sobrou pra mim" (trilha da novela "Fera radical", também da Rede Globo), e "Meu amor" (versão para "My love", de Paul MacCartney, incluída em "Despedida de solteiro", da Rede Globo). Entre seus muitos parceiros está Milton Nascimento, que obteve sucesso com a gravação das músicas "Rádio experiência" e "Certas canções". Dos intérpretes de suas composições, constam grandes nomes da MPB, como Gal Costa ("Eternamente" e "Olhos do coração"), Elba Ramalho ("Frisson"), Fagner ("Azul da cor de um blues"), Jane Duboc ("Doce mistério" e "À cores"), Emílio Santiago ("Perdão"), Elis Regina ("As aparências enganam", "Agora tá" e "Lembre-se"), Fafá de Belém ("Na hora exata", "Eternamente" e "Se eu disser"), Zizi Possi ("Numas"), Beto Guedes, Joanna, Sandra de Sá, Sérgio Mendes ("Olhos do coração") e Belchior. Na década de 1990, Ney Matogrosso gravou "As aparências enganam", montando um show homônimo que percorreu com sucesso todo o país. A canção voltou a ser gravada por Beth Calligaris no CD Estrada, lançado pelo selo Geléia Geral. Em 1999, Ivete Sangalo lançou um disco onde interpretou "Frisson". No ano 2000, em comemoração aos seus 20 anos de carreira fonográfica, lançou pela gravadora Jam Music o CD Certas canções-acústico. Nesse disco, gravado ao vivo no Teatro Municipal de Ouro Preto (MG), incluiu sucessos de sua carreira e composições suas que foram sucessos nas vozes de outros cantores, como "As aparências enganam", "Olhos do coração", "Eternamente", "Certas canções", "Rádio experiência", "Sintonia", "Sobrou pra mim", "Meu amor" e "Frisson". O disco contou com as participações especiais de Milton Nascimento, na faixa "As sem razões do amor" (música sobre o poema de Carlos Drummond de Andrade) e de João Bosco, na música "Lobos do mar", em parceria com Márcio Borges. Durante o ano 2000, apresentou-se em vários teatros do país com o show "Certas canções - acústico". Nesse espetáculo, além do repertório do disco homônimo, incluiu também canções inéditas, como "Um dia de verão" (c/ Cláudio Rabelo), "Falando em ti - meu Rio" (c/ Sergio Natureza) e uma homenagem à bossa nova, interpretando "Wave" (Tom Jobim), "Desafinado" (Tom Jobim e Newton Mendonça), "Retrato em branco e preto" (Tom Jobim e Chico Buarque), "Eu sei que vou te amar" e "Chega de saudade", ambas em parceria com Vinícius de Moraes.> Tunai /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/vanusa titleVanusa (Vanusa Santos Flores), 22/9/1947 Cruzeiro, SP. Biografia: Cantora. Compositora. Apesar de nascida no Estado de São Paulo, foi criada nas cidades mineiras de Uberaba e Frutal. Aprendeu violão muito jovem e com 16 anos passou a atuar como cantora do conjunto de rock-baile Golden Lions. Numa de suas apresentações foi ouvida por Sidney Carvalho, então na agência de propaganda Prosperi, Magaldi & Maia, que a convidou para ir a São Paulo. Foi casada com o cantor Antônio Marcos, com o qual teve uma filha. E também com o ator e diretor de tevê Augusto César Vanuci, com quem teve outro filho. Dados Artísticos: Iniciou a carreira em 1966, nos últimos tempos da Jovem Guarda, apresentando-se na TV Excelsior, concorrente da TV Record, que apresentava o programa Jovem Guarda, chegando a participar do famoso programa vesperal, apenas em suas duas últimas edições. Em 1966, estreou na televisão apresentando-se no programa de Eduardo Araújo, o Bom, na extinta TV Excelsior de São Paulo. Ainda no mesmo ano, foi contratada pela RCA Victor e fez sucesso com a canção “Pra nunca mais chorar”, de Eduardo Araújo e Carlos Imperial. Foi justamente esse suceso que a introduziu no ambiente do programa da Record. Logo depois, passou a atuar com Renato Aragão e Wanderley Cardoso no programa Adoráveis Trapalhões, da TV Record de São Paulo. Em 1968, gravou seu primeiro LP, na RCA Victor, no qual estreou também como compositora, com as músicas “Mundo colorido” e “Perdoa”, além de “Eu não quis magoar você”, esta em parceria com David Miranda. Nos anos seguintes, atuou em diversos festivais no Brasil e no exterior. Em 1971, participou do VI FIC, da Rede Globo, com “Namorada”, que fez grande sucesso em parceria com o seu então marido Antônio Marcos. Em 1973, lançou LP pela Continental, trazendo seu maior sucesso, a música “Manhãs de setembro”, parceria com Mário Campanha. Em 1974, ganhou o prêmio de revelação feminina no Festival de Piriapolis, realizado no Uruguai. No ano seguinte lançou o LP “Amigos novos e antigos”, no qual gravou três composições de sua autoria, “Rotina”, com Mário Campanha, “Espelho”, com Sérgio Sá e “Vinho rosé da rainha sem rei”, com Gabino Correia. Esse disco estourou com a faixa “Paralelas”, composição de Belchior, uma das canções que marcaram a carreira da cantora. Em 1977, lançou pela gravadora Copacabana, com o cantor Ronnie Von, o LP “Cinderela 77”, trilha sonora de novela de televisão com o mesmo nome. No mesmo ano, gravou o LP “Vanusa 30 anos”, no qual interpretou “Lá no pé da serra”, de Elpídeo dos Santos e “Problemas”, de Mauro Motta e Raul Seixas. Ao longo dos anos 1980, prosseguiu com sua carreira gravando vários discos e participando de festivais. Ficou em terceiro lugar no Festival de Seul, realizado na Coréia do Sul, com “Mágica loucura”, em parceria com Augusto César Vannucci. Em 1982, gravou “Basta um dia”, de Chico Buarque. Em 1985, gravou “Nossa canção”, de Pisca e Ronaldo Bastos e “Canção dos amantes”, de Renato Teixeira. Em 1991, participou do famoso Festival de Viña del Mar, no Chile, quando obteve o quinto lugar com “Quando o amor termina”, em parceria com Sérgio Augusto. Em 1991, lançou o LP “Viva paixão”, no qual interpretou “Paralelas”, de Belchior. Em 1994 lançou “Hino ao amor”, pela Leblon Discos, no qual interpretou a música título, de Edith Piaf e M. Monet, além de “Traição” e e”Arco-íris”, de sua autoria, entre outras. Em meados da década de 1990, começou a escrever a sua autobiografia intitulada “Vanusa - a vida não pode ser só isso!”, publicada em 1997, pela editora paulistana Saraiva. Ainda em 1997, teve seu show “A arte do espetáculo” gravado e lançado em CD pela RGE. Nos primeiros anos 2000, continuou em atividade, apresentando-se em programas televisivos e shows pelo Brasil. Em 2001, a BMG lançou dois CDs com a regravação de quatro de seus LPs. Em 2005, participou de diversos eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda, o projeto “Festa de arromba- 40 anos da Jovem Guarda”, apresentado durante todo o mês de agosto, noTeatro II do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), no Rio de Janeiro, passando também por Brasília e São Paulo, no qual fez dupla com os Golden Boys, em temporada de 3 dias, alternada com outros expoentes da Jovem Guarda, que também se apresentaram em duplas, como Erasmo Carlos e Wanderléa, Jerry Adriani e Waldirene, Wanderley Cardoso e Martinha. Com agenda lotada, a cantora participou de gravações, shows e programas comemorativos por todo o Brasil. Obra: A escolha é sua (c/ Vannucci e Daltony Nóbrega) • Arco-íris • Castigo (c/ Daltony) • Descoberta (c/ Sérgio Augusto) • Droga maldita (c/ Marcio Antonucci) • Espelho (c/ Sérgio Sá) • Estradas e bandeiras (c/ Daltony Nóbrega) • Eu não quis magoar você (c/ David Miranda) • Eu sei viver sozinha (c/ Juca) • Mágica loucura (c/ Augusto César Vannucci) • Manhãs de setembro (c/ Mário Campanha) • Mudanças (c/ Sérgio Sá) • Mundo colorido • Namorada (c/ Antônio Marcos) • Natureza (c/ Adriano) • Nino Rafael (c/ Sérgio Sá) • Quando o amor termina (c/ Sergio Augusto) • Quero você (c/ Mário Campanha) • Perdoa • Pode ir embora • Poeta • Polivalente (c/ Vannucci) • Prece de caritas • Rotina (c/ Mário Campanha) • Sem maquiagem • Ser artista (c/ Sérgio Sá) • Ser mulher (c/ Vannucci e Anamaria) • Sol lua (c/ Sérgio Sá) • S O S mulher • Traição • Vai • Vinho rosé da rainha sem rei (c/ Gabino Correia) • Você depende (c/ Mário Campanha)> Vanusa /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/vinicius-de-moraes titleVinícius de Moraes (Rio de Janeiro RJ, 1913 – 1980) formou-se em Direito, no Rio de Janeiro, em 1933. No mesmo ano publicou O Caminho para a Distância, seu primeiro livro de poesia. Ainda na década de 1930, são lançados Forma e Exegese (1935), Ariana, a Mulher (1936) e Novos Poemas (1938). Em 1938 viajou para a Inglaterra, para estudar Língua e Literatura Inglesa. De volta ao Brasil, ingressou na carreira diplomática; serviu nos Estados Unidos, na França e no Uruguai. Em 1956 iniciou parceria com Tom Jobim, que fez as músicas para sua peça Orfeu da Conceição. Publicou, em 1957, o Livro de Sonetos. Em 1958 foi lançado o LP Canção do Amor Demais, que inclui a música Chega de Saudade, composta por ele e Tom Jobim, marco do movimento da Bossa Nova. Nas décadas seguintes ele participaria no movimento com diversas parcerias: Baden Powell, Carlos Lyra, Edu Lobo, Francis Hime, Pixinguinha, Tom Jobim e Toquinho. Em 1965 ganhou primeiro e segundo lugares no Festival de Música Popular da TV Excelsior, com as canções Arrastão, parceria com Edu Lobo, e Canção do Amor que não Vem, parceria com Baden Powell. Vinícius de Moraes, pertencente à segunda geração do Modernismo, é um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira. Suas canções alcançaram grande êxito de público, como Garota de Ipanema, a música brasileira mais executada no mundo. Para Otto Lara Rezende, "depois do Vinicius musical, foi o Vinicius cronista quem mais depressa chegou ao coração do grande público". Sua obra poética também teve e continua tendo muito sucesso; principalmente poemas como Soneto de Fidelidade. Ele produziu ainda poemas infantis, como os de A Arca de Noé (1970).> Vinicius De Moraes /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/waldick-soriano titleEurípedes Waldick Soriano (Caetité, 13 de maio de 1933 — Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2008) foi um cantor e compositor brasileiro, ícone da música classificada como brega. Em 2007, Patrícia Pillar dirigiu um documentário sobre o cantor, Waldick, Sempre no Meu Coração. Tabela de conteúdo Biografia Nascido na Bahia, filho de Manuel Sebastião Soriano, comerciante de ametistas no distrito de Brejinho das Ametistas, em sua cidade natal. Fato marcante de sua infância foi o abandono do lar pela mãe, a quem era muito apegado. Em Caetité viveu sua juventude, sempre boêmia, até um incidente num clube local, que o fez buscar o destino fora da cidade. Desde muito novo era um inveterado namorador e aventureiro e, seguindo o caminho de muitos sertanejos, foi tentar a vida em São Paulo. Antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música "Quem és tu?". Ele se destacava por suas canções sobre dor-de-cotovelo e seu visual revolucionário para a época: sempre usava roupas negras e óculos escuros. Seu maior sucesso foi "Eu não sou cachorro não", que foi regravada em inglês macarrônico por Falcão. Também se tornaram conhecidas outras músicas suas, tais como "Paixão de um Homem", "A Carta", "A Dama de Vermelho" e "Se Eu Morresse Amanhã". O "fenômeno" Waldick A posição quase marginal que o ritmo "cafona" ocupou mereceu uma análise mais acurada e científica, já na 5ª edição, pelo historiador e jornalista Paulo César de Araújo. Intitulado "Eu não sou cachorro, não - Música popular cafona e ditadura militar" (Rio de Janeiro, Record, 2005), a obra traz, já em seu título, uma referência a este cantor e sua música de maior sucesso. Ali o autor contesta, de forma veemente, o papel de adesista ao regime de exceção implantado a ferro e fogo no Brasil pelos militares, por parte dos músicos "bregas". Waldick, segundo ele, é um dos exemplos, tendo sua música "Tortura de Amor" censurada em 1974, quando foi por ele reeditada. Apesar de ser uma composição de 1962, o regime não tolerava que se falasse a palavra "tortura"... A revista "Nossa História", de dezembro de 2005, refere-se ao cantor como "o mais folclórico dos cafonas" (ano 3, nº26, ed. Vera Cruz). Num dos programas do apresentador Jô Soares, o músico Ubirajara Penacho dos Reis - Bira - declarou que nos anos 60 tocava apenas os sucessos de Waldick. Na sua cidade natal, Waldick sempre foi tratado com certo menosprezo. Aristocrática, Caetité mantinha apenas nas camadas mais populares uma fiel admiração. Ali teve dois de seus filhos, gêmeos, de forma quase despercebida, em 1966. Em meados da década de 90, porém, a cidade teve num político o resgate do filho ilustre. O vereador Edilson Batista protagonizou uma grande homenagem, que nomeou uma das principais avenidas com o nome de Waldick. Pouco tempo depois, o SBT realizava ali um documentário, encenado por moradores locais, retratando a juventude de Waldick, sua paixão pela professora Zilmar Moura, a mudança para o sul. Sílvio Santos aliás, protagonizou com Waldick uma das mais inusitadas cenas da televisão brasileira: no abraço que deram, foram perdendo o equilíbrio até ambos caírem, abraçados, no chão. Ali, então, simularam um affair, provocando hilaridade. Por tudo isto, Waldick Soriano faz-se símbolo, no Brasil inteiro, de um estilo, de uma classe social, e da sua manifestação cultural, pulsante e criativa. Doença Waldick teve diagnosticado um câncer de próstata em 2006. Em 2 de julho de 2008 foi divulgado que seu estado de saúde era grave, pois já ocorrera metástase da doença. Veio a falecer em 4 de setembro no Instituto Nacional do Câncer (Inca), em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro.> Waldick Soriano /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/wanderlea titleWanderléa Charlup Boere Salim (Lavras, 5 de junho de 1946) é uma cantora brasileira. Tornou-se famosa durante a Jovem Guarda. Fez um grande sucesso na época juntamente com seus amigos Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Trabalhou como atriz principal na película brasileira "Juventude e Ternura" (1968), direção de Aurélio Teixeira, bem como contracenou com Roberto Carlos e Erasmo Carlos em "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" (1968) de Roberto Farias entre outros filmes. É uma das mais respeitadas vozes da música brasileira, comparada a Janis Joplin. Aos 9 anos mudou-se para o Rio de janeiro com a família, para se tornar a mais importante cantora da Jovem Guarda. Já aos 10 anos ganhava concursos em rádios e lançou em 1962 o primeiro compacto. No ano seguinte sai o primeiro LP, "Wanderléa", pela CBS. Na gravadora conhece Roberto e Erasmo Carlos, com quem passa a apresentar em 1965 o programa Jovem Guarda pela TV Record de São Paulo. Transmitido nas tarde de domingo, o programa teve uma das maiores audiências da época e lançou diversos artistas. Wanderléa e Celly Campelo foram as primeiras estrelas do rock brasileiro. Participou de filmes ao lado de Roberto Carlos e, depois de terminada a Jovem Guarda, continuou a carreira como cantora pop. Atualmente se apresenta cantando seus maiores sucessos, como "Pare o Casamento" (versão de Luís Keller), "Ternura" (Rossini Pinto) e "Prova de Fogo" (Erasmo Carlos).> Wanderlea /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/wanderley-cardoso titleMorou nos bairros de Pirituba e Lapa em São Paulo.Estudou na escola Guilherme Kuhlmann,onde concluiu o primário(1º a 4º série),no Largo da Lapa,Lapa de Baixo - São paulo. Nascido no bairro paulistano do Belenzinho, começou a carreira de intérprete aos 13 anos. Depois de cinco anos dedicados ao estudos, investiu com força no showbiz. Seu primeiro sucesso gravado em 1965 chamava-se "Preste atenção". Rapidamente se tornou um dos ídolos da Jovem Guarda, ganhando o apelido de "O bom rapaz", título de seu grande sucesso gravado em 1967, que vendeu mais de cinco milhões de cópias. Foi apresentador de rádio e televisão e participou do programa "Os Adoráveis Trapalhões" na extinta TV Excelsior, ao lado de Renato Aragão, Ted Boy Marino e Ivon Curi. O cantor aparece num número musical no filme de 1966 de Renato Aragão, Na Onda do Iê-iê-iê, no qual também pode ser visto Wilton Franco, que criou o famoso programa humorístico para a TV Excelsior. Depois da Jovem Guarda e dos Adoráveis Trapalhões, foi contratado por Silvio Santos em 1970, juntamente com Paulo Sérgio e Antônio Marcos, para se apresentar semanalmente no quadro "Os galãs cantam e dançam na TV", que trazia além dos 3 (três) contratados fixos, vários cantores convidados. Manteve o romantismo em seus shows e discos. No cinema protagonizou vários filmes e participou de algumas peças de teatro e telenovelas. Outro de seus sucessos foi "Adeus Ingrata" que lançou no filme "O pobre príncipe encantado", que conta com a participação de Flávio Migliaccio e Vanusa. Ao longo de sua carreira, gravou mais de 900 músicas e vendeu cerca de dezesseis milhões de cópias de seus 84 discos. Morando no Rio de Janeiro, atualmente é evangélico e canta músicas da áurea época da Jovem Guarda, e suas mais novas canções Gospel. Recentemente lançou um DVD, com participações de vários artistas brasileiros.> Wanderley Cardoso /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/wando titleCantor romântico-brega, começou a lidar com música aos 20 anos em Minas Gerais, onde nasceu. Formou uma banda na cidade de Congonhas e com ela tocou em bailes e festas da região. Mais tarde passou a compor suas próprias músicas, alcançando sucesso no "Nega de Obaluaiê". Foi para São Paulo, onde Jair Rodrigues gravou sua "O Importante É Ser Fevereiro", outro sucesso. Depois de alguns compactos e um LP gravados, estourou em 1975 com as músicas "Moça" e "A Paz que Nasceu para Mim". Desde o início fez uma opção clara pelo repertório romântico, que se reflete principalmente nas letras de gosto duvidoso, muitas delas com forte conteúdo sensual e erótico. Um bom exemplo é o seu maior sucesso, "Fogo e Paixão". Seus discos têm títulos sugestivos como "Ui-Wando de Paixão", "Vulgar e Comum É Não Morrer de Amor", "Obsceno", "Depois da Cama", "Tenda dos Prazeres", "Mulheres", o que lhe rendeu o título de "o cantor mais erótico do Brasil". Em seus shows, banheiras, camas, haréns e distribuição de calcinhas perfumadas são comuns.> Wando /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/wilson-simonal titleA carreira Wilson Simonal de Castro nasceu no Rio, em 1939. Ao servir o exército começou a cantar nas festas do regimento. Depois da baixa das forças armadas começou a cantar em shows, principalmente rocks e calipsos, cantados em inglês. Por volta de 1961 foi descoberto pelo produtor e compositor Carlos Imperial e aí começa sua carreira profissional. Em 1963 é lançado pela Odeon o LP "Wilson Simonal tem algo mais", com arranjos do veterano Lyrio Panicali. Esse disco contava com sucessos da bossa nova como "Telefone" e "Menina flor". "Amanhecendo", de Roberto Menescal e Lula Freire, que tinha uma gravação bem sucedida com "Os Cariocas", recebeu aqui um tratamento suingado, jazzístico, com um resultado impressionante. Não havia dúvidas, estava ali um potencial grande cantor. Comprei agora os CDs para ouvir de novo algo que não ouvia há uns bons 40 anos e confirmei que ainda gosto. Surpreendeu-me a voz jovem do cantor principiante. (Um parêntese, é um saco ser obrigado a comprar uma caixa de 8 CDs, ou como me aconteceu recentemente com Nara Leão, uma caixa de 14 — que não comprei). O LP seguinte, o segundo da fase bossa nova, foi "A nova dimensão do samba", de 1964. Arranjos de Panicali e do novato Eumir Deodato. Esse abria com "Nanã", do genial Moacir Santos. Contava com "Só saudade" e "Inútil paisagem", de Tom, "Rapaz de bem", de Johnny Alf, entre outros. Acho que a faixa mais impactante era "Nanã". Este disco confirmava o grande cantor. Simonal começava a ganhar a fama de melhor cantor da bossa nova, aproveitando-se da reclusão do papa João Gilberto, que raramente cantava. (Eu, que era fanático por João desde o 78 rotações com "Chega de saudade", de 1958, só cheguei a vê-lo ao vivo lá por 1980.) O terceiro LP foi "Wilson Simonal", lançado em março de 65, menos de um ano depois do anterior, fato raro no Brasil. Novamente arranjos de Lyrio Panicali e Deodato. Para mim a faixa impactante foi "Chuva", de Durval Ferreira e Pedro Camargo. Tinha ainda algumas músicas de Ary Barroso, outras de Carlos Lyra, Tom Jobim, e "Rio do meu amor", de Billy Blanco, que Simonal defendeu num festival da época. E tinha, para choque dos fãs da bossa nova, uma canção que estava mais para rock do que para MPB, "Juca bobão". Era o prenúncio da queda. Deixando de lado tantos detalhes, Simonal gravou algum tempo depois disto uma canção chamada "Mamãe passou açúcar em mim". A letra dizia mais ou menos assim: "Eu era neném, não tinha talco, mamãe passou açúcar ni mim". A idéia é que o narrador tinha ficado tão doce que as mulheres, a vida inteira, corriam atrás dele. Um besteirol total, como letra e como melodia. Pois foi essa canção que levou o cantor para a popularidade com o grande público, fazendo com que chegasse a rivalizar com Roberto Carlos na preferência do público. Tinha nascido a pilantragem, nome que ele deu a esse estilo iniciado com "Juca bobão" e consagrado com "Mamãe passou açúcar…". Os amantes da música de boa qualidade ficaram chocados com esse barateamento de um talento e se afastaram de Simonal. Mas talentoso ele continuou. Não assisti à famosa cena em que, no Maracanãzinho lotado, ele colocou o público para cantar, em duas vozes, fazendo com que todos cantassem afinados e no tempo certo. Quem assistiu diz que foi impressionante. Mas assisti em 1970, e vi de novo agora em vídeo que está disponível no YouTube, ao dueto dele com Sarah Vaughan, transmitido pela TV Tupi. Em duas canções, "Oh happy days" e "The shadow of your smile", o jovem cantor de 30 anos dialoga com uma das rainhas do jazz, de 45, de igual para igual, improvisando, variando, e sendo tratado por ela absolutamente como um igual. Novamente, é impressionante. O crime De repente Simonal sumiu. Parou de fazer shows, não gravou mais. Aos poucos os fatos se espalharam pelo Rio: Simonal seria dedo-duro do DOPS — o famigerado Departamento da Ordem Política e Social, para onde eram levados os presos políticos. Qualquer músico que tocasse com ele iria para uma lista negra e não tocaria mais. O cantor precisava no mínimo de um pianista, de preferência um baixista e um baterista também. SIMONAL NUNCA MAIS CANTOU. Sobreviveu mais de vinte anos sem poder cantar, até morrer de cirrose causada por alcoolismo. Eu me lembro do diálogo que tive com um amigo que tocava contrabaixo: "É verdade essa história de dedo-duro?", perguntei. "Não tenho a menor idéia", foi a resposta. "Mas então por que você não toca com ele?" "Porque se eu tocar com ele fico proibido de tocar, ninguém mais vai tocar comigo." A proibição foi 100% eficaz, e durou até a morte de Simonal. Não vi esse novo documentário, mas li tudo que achei nos jornais sobre ele. Eis os fatos reais, de acordo com o relato de diferentes pessoas: Simonal achava que seu contador o estava roubando, e contratou dois meganhas para dar uma surra no mesmo. O surrado deu queixa na polícia e o cantor foi processado e condenado — entendo que não foi preso por ser criminoso primário. A história se espalhou e muita gente do meio musical cobrou de Simonal por que ele teria mandado dar a surra. Acontece que os meganhas contratados por ele eram do DOPS, tinham feito um bico no horário de folga. Simonal, que tinha um lado infantil e mentiroso, passou a espalhar: "Ninguém mexa comigo porque eu tenho amigos no DOPS". Essa mentira, somada ao fato de que o cantor era visto como favorável ao governo militar, fez com que alguma misteriosa entidade dona da verdade "politicamente correta" decretasse o banimento dele. Ninguém sabe, ninguém viu, quem era essa misteriosa pessoa, ou grupo de pessoas, que teve esse poder monstruoso: decretar a morte profissional de um grande artista. (Não me esqueço de que ele tinha prostituído seu talento, mas ouso pensar que quando essa moda idiota da "pilantragem" se esgotasse algum arranjador de talento o convenceria a gravar música de boa qualidade novamente. Que tal um disco Simonal/Luis Eça?) Resumindo: um grande artista, aos trinta e poucos anos de idade, foi privado do exercício da sua profissão e de seu talento com base numa mentira sórdida. E o meio musical se acovardou e aceitou isso calado. O que você acha de perseguições, como a de Wilson Simonal, baseada em divergências políticas? É razoável que a carreira de um artista seja impedida de continuar só porque os que dominavam o pensamento intelectual da época nao concordavam com as suas idéias?> Wilson Simonal /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/zeca-baleiro titleZeca Baleiro, nome artístico de José Ribamar Coelho Santos, (São Luís, 11 de abril de 1966) é um cantor, compositor e músico brasileiro de MPB. Transferiu-se para São Paulo onde lançou sua carreira. Zeca Baleiro canta, toca violão e já teve suas composições interpretadas por Simone, Gal Costa, Vange Milliet, Adriana Maciel, Luíza Pozzi, Rita Ribeiro, Renato Braz, Charlie Brown Jr(participando inclusive do acútico MTV da banda em 2003, interpretando a musica proibida pra mim), O Rappa, Babado Novo. Carreira Musical Apesar de sua carreira musical já existir 12 anos antes de gravar seu primeiro disco em 1997, seu salto para a fama foi em sua participação no Acústico MTV de Gal Costa com a canção "A Flor da Pele", no qual alcançou projeção nacional. Nos anos seguintes gravou mais cinco discos com participação de outros cantores do Brasil, muitos dos quais são seus parceiro em composições como: Chico César, Rita Ribeiro, Lobão, Arnaldo Antunes, Zé Geraldo, Paulinho Moska, Lenine, Fagner, Zeca Pagodinho e Zé Ramalho. Sua música deriva de muitos ritmos tradicionais brasileiros: samba, pagode, baião com elementos do rock, pop e música eletrônica com um modo muito particular de tocar violão. Suas letras contém de forma inteligente humor e poesia.> Zeca Baleiro /a> /div> div classms-1 me-3 mb-2> a hrefartist/ze-ramalho titleZé Ramalho, nome artístico de José Ramalho Neto, (Brejo do Cruz, Paraíba, 3 de Outubro de 1949) é um cantor-compositor brasileiro. O cantor, com sua voz cavernosa, tem uma maneira própria de compor e cantar, misturando ritmos e tendências diversas. Suas influências musicais são uma mistura de elementos da cultura nordestina (cantadores, repentistas e rabequeiros), da Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Golden Boys), a sonoridade dos Beatles e a rebeldia de The Rolling Stones, Pink Floyd, Raul Seixas e Alex Luiz e principalmente Bob Dylan. Há elementos da mitologia grega e de histórias em quadrinhos em suas músicas. Esta variedade, que para muitos torna o seu trabalho atemporal, pode ser considerada uma das principais responsáveis pela conquista de diversas gerações. Tem seis filhos: Cristhian (1974), Antônio Wilson (1978), João (1979), Maria (1981), José (1992) e Linda (1995).E uma neta, Ester, nascida em 1999 (filha de Maria).> Zé Ramalho /a> /div> /div> /div> /div> /div> !-- starts column with 2 rows (future use) --> !-- div classcol-md-4 d-flex> div classw-100 rounded justify-content-center d-flex> div classcontainer-fluid d-flex h-100 flex-column> -- we specify the height of this div -- div classrow bg-light flex-fill justify-content-start> div classshadow bg-white rounded> img classmy-2 rounded-3 img-fluid src/img/faded_black_white.jpg> /div> /div> -- and this one will take up the remaining space -- div classrow> div classcol m-2 rounded styleheight: 200px; font-size: 11px;> div>/div> /div> /div> /div> /div> /div> --> /div> !-- closes row --> /div> !-- closes container --> footer classfooter mt-auto py-3 text-center stylebackground-color: #e3f2fd;> div classcontainer> span classtext-muted>© 2024 Stardom Media LLC/span> /div> /footer> /body>/html>
View on OTX
|
View on ThreatMiner
Please enable JavaScript to view the
comments powered by Disqus.
Data with thanks to
AlienVault OTX
,
VirusTotal
,
Malwr
and
others
. [
Sitemap
]